Para serem bem sucedidas lidando com adversidades, as organizações devem incorporar a resiliência em seus modelos de gestão
Eventos adversos precisam ser considerados em qualquer tipo de empreendimento.
Conhecer, monitorar e tomar decisões sobre o que fazer com os inúmeros riscos que ameaçam um negócio é tão essencial como vender a mercadoria, para um varejista, ou recuperar com juros um valor emprestado, para uma instituição financeira. Por vezes, pensar no que pode dar errado, avaliar os riscos envolvidos ao assumir determinadas posturas e possuir um plano de contingência para o pior cenário, pode representar a continuidade, a manutenção da reputação e da confiança e clientes e, por último, o sucesso de uma empresa ou organização.
Situações aparentemente sem vínculo podem, a depender do contexto, criar conexões que, se ignoradas, podem significar uma triste surpresa logo adiante.
Não há uma única proteção suficiente o bastante para minimizar a ocorrência de um conjunto conhecido de riscos. Se restringirmos nosso foco aos riscos financeiros presentes na maior parte dos negócios, fatores exógenos, provocados por distintos agentes, conjunturas e estruturas macro e microeconômicas, potencializam variações indesejadas no valor de aplicações, direitos, dívidas, empréstimos, imóveis, dentre outros.
Dessa forma, empresas e organizações têm aprendido que a gestão de riscos deve ser feita no dia-a-dia e não a simples adoção de uma medida ou prática pontual.
Para serem bem sucedidas lidando com adversidades, as organizações devem incorporar a resiliência em seus modelos de gestão.
Uma empresa resiliente é aquela que consegue se adaptar a mudanças de contexto, resiste a choques repentinos e recupera-se para alcançar o equilíbrio desejável, sem perder a continuidade das suas operações.
Os principais atributos de uma empresa resiliente (apontados por estudos conduzidos pelo Fórum Econômico Mundial e pela PwC – “Closing the gap between strategic intent and operational execution” e “Resilience - a journal of strategy and risk”) são:
1. Redundância: capacidade da empresa em possuir diversas formas de alcançar os mesmos objetivos.
2. Robustez: empresas que possuem barreiras de segurança e controles internos em seus processos, bem como capacidade em alterar seu processo decisório de hierárquico para modular, quando necessário, sem perder a segurança.
3. Rede de recursos: existência de network com parceiros e aliados de confiança que ajudam a empresa a se reorganizar em crises que exijam novas formas de trabalho ou grandes alterações de mercado.
4.Responsividade: possuir bons mecanismos de feedback que ajudem no reconhecimento de pontos de atenção que impactam a empresa.
5. Recuperação: capacidade de se recuperar depois de uma crise, absorvendo novas informações e adaptando-se rapidamente a novas circunstâncias.
O desenvolvimento desses atributos aumenta a convicção de que a empresa se manterá em marcha, em um ambiente em que arriscado é subestimar e/ou ignorar o risco.
Fonte: Administradores
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