Sir Ken Robinson, líder internacionalmente reconhecido na área de criatividade, explica como esses três atributos unidos podem transformar empresas em vencedoras
Talento. Essa é uma característica cada vez mais exigida no mercado. Se antes precisava-se dos trabalhadores operacionais, hoje, os profissionais do conhecimento - aqueles que colaboram com ideias e agregam mais valor ao trabalho - tem sido cada vez mais procurados.
No entanto, de acordo com Sir Ken Robinson, autor do livro "O Elemento Chave" e um dos principais experts em criatividade mundial, ainda existe uma barreira que impede muitos profissionais de descobrirem o que podem extrair melhor de si. "Muitas pessoas não fazem ideia dos seus talentos verdadeiros e a maioria desses adultos passam a vida inteira fazendo coisas que não gostam, tem um emprego que só serve para pagar as contas e só esperaram o fim de semana chegar", afirma em sua palestra na Expomanagement.
Para Ken Robinson, o grande problema está na forma que o sistema educacional atua, que não estimula as pessoas a pensarem diferente. "Todos nós nascemos com talentos enormes, mas todo o talento é como o mineral, precisa ser extraído. As pessoas não sabem extrair o seu verdadeiro talento porque o modelo educacional do último século vem suprimindo a imaginação", indica.
Para o especialista, o mundo atual exige uma mudança rápida nesse modelo, principalmente porque as tecnologias e o próprio mercado vêm mudando rapidamente. "A inovação das empresas é uma das prioridades estratégicas existentes. Empresas devem ser criativas constantemente. Daqui a 20 anos as novas tecnologias já estarão ultrapassadas e muitas empresas não vão resistir a isso", destaca.
Muitas empresas estão interessadas nesse processo, mas elas não podem inovar da noite para o dia. O desafio para a inovação, explica Sir Ken Robinson, está no processo de incentivar a criatividade e promover a imaginação.
"A imaginação nos permite trazer à mente algo que não está disponível para ser captado por nossos sentidos. Tudo o que é humano vem do poder da imaginação. A criatividade consiste em colocar a imaginação para trabalhar. E a inovação significa colocar as boas ideias em prática", explica o especialista
Os mitos da criatividade
Sir Ken Robinson acredita que existem algumas coisas que minam a criatividade, principalmente ideias pré-concebidas sobre o seu real significado. O especialista destaca que existem três grandes mitos em torno dela que dificultam a implementação da cultura de inovação, ou seja, o incentivo para que o profissional seja mais criativo no dia-a-dia das empresas.
Mito 1 – Só pessoas especiais são criativas
"Existe um mito em achar que criatividade requer coisas especiais ou pessoas especiais. No entanto, fazer uma comida, administrar, construir uma casa, tudo é fonte potencial de pensamento criativo. O que temos é uma cultura de inovação que deveria envolver a todos. Muitas organizações dividem as equipes em pessoas criativas e não criativas, e isso não deveria acontecer", destaca.
Mito 2 – A criatividade requer atributos especiais
"Muitas vezes me pergunto como é possível incentivar a imaginação e me respondo que uma forma é com novas experiências. Se você nunca foi a uma galeria de arte, visite alguma; se nunca viu balé, assista a um espetáculo; se não costuma ir a eventos esportivos, vá a um; se sempre segue o mesmo caminho de casa para o trabalho, tente um diferente. Estimule sua imaginação com um novo fluxo de ideias", indica.
Mito 3 - Ou você é bom ou não é
"É preciso estabelecer um clima no qual as pessoas contribuam com ideias. É uma passagem do estado de comando e controle para o de controle climático.
"Para ser um grande líder não é preciso ter ideias o tempo todo, mas criar um ambiente que permita que as ideias possam ser criadas. Ele tem que envolver a organização inteira", finaliza.
Fonte: Administradores
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