segunda-feira, 31 de março de 2014

Artista inglês cria "museu aquático" com esculturas

Com 420 metros quadrados e peso total de 200 toneladas, obras ficam na costa do México




O eco-escultor inglês Jason deCaires Taylor criou um enorme museu subaquático usando 450 esculturas em tamanho real, que foram colocadas no fundo do oceano em águas próximas a balneários mexicanos. De acordo com a BBC, o museu ocupa uma área de 420 metros quadrados e as esculturas têm um peso total de 200 toneladas.

Feitas com um tipo de cimento especial que permite o crescimento de recifes de corais ao seu redor, as esculturas eram colocadas cuidadosamente no fundo do mar. Com o tempo, as obras de arte atraíam a vida marinha, tornando-se recifes vivos.

Taylor admite que sua obra tem um conceito filosófico e humano por trás, além do estético. "Nos últimos 20 anos, nossa geração viveu mudanças rápidas, tecnologicamente, culturalmente e geograficamente. Sentia que isso nos deixava com uma sensação de perda. Meu trabalho tenta registrar alguns desses momentos", diz o inglês, já que seu trabalho depende do lento processo natural da vida marinha. "É uma evolução ambiental, intervenção artística como uma forma de crescimento ou balanceamento do nosso relacionamento com a natureza", completa o artista.

O Musa, nome dado ao museu subaquático instalado nas águas de Cancún, Isla Mujeres e Punta Nizuc, no México, foi financiado por integrantes do Parque Marítimo Nacional, da Associação Náutica de Cancún e pelo próprio Taylor.








10 perguntas embaraçosas na hora da entrevista de emprego

O consultor Ellis Chase dá dicas de como se sair bem nas respostas e garantir uma boa apresentação




O consultor em gestão norte-americano, Ellis Chase, acaba de publicar seu livro, "In Search of the Fun-Forever Job: Career Strategies That Work". Chase é profissional do ramo de recursos humanos e carreira há 35 anos e seu livro tem como temática as estratégias usadas na hora de conseguir um emprego.

Em entrevista à Forbes, Chase deu dicas de como responder àquelas perguntas chatas e traiçoeiras que aparecem durante uma entrevista de emprego, entre elas o que você não gosta sobre o seu trabalho e qual foi seu primeiro amor, considerada por muitos às grandes vilãs na hora decisiva da resposta.

1º) O que você não gosta sobre o seu trabalho?

Tente dizer algo como “eu não gosto quando recebo um monte de serviço quando já estou atolado”. Então, fale sobre como você desenvolveu habilidades de gerenciamento de tempo e de priorização e como isso te ajudou lidar com a sobrecarga de atribuição.

2º) Do que você tem medo no trabalho?

A longa e chata reunião de equipe semanal que irá atrasar sua produção. Mas você aprendeu a sorrir e aguentar e também a aceitar que este é o preço que se paga por trabalhar em uma grande organização. Conte como isso te ajudou a descrever em detalhes seus projetos e que descobriu informações valiosas sobre o resto da empresa durante essas reuniões.

3º) Descreva um período difícil em sua carreira.

Fale sobre como foi difícil a adaptação a um novo programa do escritório quando você já dominava o antigo. Conte que de primeira você se recusou a usar o produto, mas depois que você percebeu que não conseguia trabalhar sem o mesmo descobriu com quem falar o que ler e que recursos usar para usufruir do programa.

4º) Se você tivesse a oportunidade, qual figura histórica você gostaria de convidar para jantar?

Cite figuras lendárias de sua indústria. Se for de serviços financeiros ou qualquer coisa relacionada com o investimento, você pode dizer que gostaria de jantar com Warren Buffett e conversar com ele sobre investimentos. Se você trabalha com tecnologia, Bill Gates e Steve Jobs são duas ótimas opções. Não escolha uma figura histórica de outras áreas, mantenha-se focado no trabalho que você deseja.

5º) Qual foi o seu primeiro amor?

Chase jura que essa foi uma pergunta realizada durante uma entrevista recente. Ela emoldurou seu primeiro amor como sua paixão pela profissão.

6º) Você acha que tamanho é documento?

O contexto no qual esta pergunta foi realizada foi um projeto onde três universidades de diferentes tamanhos estavam trabalhando juntos e o trabalho estava em um comum projeto. A melhor maneira de responder é por falar o que você precisaria saber a fim de encontrar a resposta.

7º) Você está planejando ter filhos?

Os empregadores devem se orientar mais antes de fazer uma pergunta como esta, porque existe um conjunto de leis federais que proíbem a discriminação no trabalho contra as mulheres grávidas.Mesmo assim se eles perguntarem a resposta correta seria 'não no momento'. Se você já tem filhos, deixe claro que você tem responsabilidades com as crianças. Se você está grávida, mas ainda não está aparentando seja honesta e diga a verdade.

8º) Você pretende se casar?

Sim, os empregadores fazem esta pergunta, principalmente às mulheres. A resposta correta: 'Se o homem ou a mulher certo/certa aparecer'.

9º) Onde você se vê em cinco anos?

Esta pergunta pode ser uma armadilha. Não diga que você quer exercer a função da qual está sendo entrevistado para por dois ou três anos e depois se tornar um. Em vez disso, diz Chase, diga 'este trabalho combina todas as minhas habilidades, eu quero crescer nele. Eu consigo me ver fazendo isso pelo resto da vida”.

10º) Qual é a cor do sucesso?

Mais uma das perguntas que ninguém nunca pensou. A resposta correta: Verde, a cor do dinheiro, porque isso significaria o nosso negócio é altamente rentável. Ou se você está sendo entrevistado para uma empresa sem fins lucrativos você pode dizer vermelho, porque queremos causar impacto.



Espaço do Administrador - Negociação




As negociações não são apenas feitas por vendedores e compradores ou por grandes empresários, mas são feitas por nós mesmos no cotidiano da vida. Como exemplo disso temos: conseguir emprego, obter promoção, casar-se, obter o divórcio, comprar ou vender propriedades, alugar imóveis, participar de algum investimento, fazer acordos, encontrar harmonia entre diferentes departamentos de uma empresa, etc.

No entanto, a maioria de nós não é constituída por negociar muito bem, pelo menos julgando-se em função dos sentimentos negativos que muitas pessoas têm sobre suas aptidões para fazer negócios.

Negociar é um desafio excitante. Essa habilidade deve ser uma das ferramentas mais afiadas e eficazes de seu arsenal. Negociar significa tomar as melhores decisões para maximizar seus interesses. Contudo, o que mais importa não é o “sim”, ou seja, não fazer qualquer tipo de acordo, mas o que for melhor para você.

Negociação é um processo utilizado para alcançar o intercâmbio de valor capaz de satisfazer os interesses de todas as partes envolvidas.


Negociar racionalmente

Serão analisados agora como os negociadores devem tomar decisões em um mundo em que nem sempre as pessoas agem racionalmente.

· Informações a serem acessadas durante negociações

1) Alternativas a um acordo negociado

Antes de iniciar qualquer negociação, devem-se considerar as potenciais consequências de não ser possível chegar a um acordo. É necessário determinar sua melhor alternativa para um acordo negociado. Isso é vital porque determina o mais baixo valor aceitável para se fazer um acordo negociado, ou seja, se os negociadores não conseguem chegar a um acordo contentam-se com suas alternativas. Portanto, qualquer acordo de valor superior à sua alternativa é melhor do que um impasse.

Lembre-se:  o objetivo de negociar não é chegar a qualquer acordo, mas chegar a um acordo melhor para você do que seria possível conseguir sem fechar um acordo.

Ao considerar as circunstâncias e prováveis alternativas para um acordo, é possível manter muita informação sobre o quanto negociarão antes de abandonar a mesa de negócios.

Deve-se também tentar identificar as alternativas do oponente, apesar de ser difícil avaliar as alternativas do outro.

2) Interesse dos negociadores

Identificar a importância dos interesses de cada negociador. Interesse é aquilo que cada lado realmente deseja, mesmo se não for declarado publicamente, pois essa descoberta de interesses pode ajudar a identificar soluções mais úteis.

3) A relativa importância dos interesses de cada negociador

Para estar totalmente preparado para negociar, é necessário identificar claramente suas prioridades.

Como cada um dos lados da negociação tenta persuadir o outro, é possível aprender informações cruciais. Estar ciente de quais informações ainda não se têm evita a ocorrência de erros. É melhor reconhecer que seu oponente detém algumas informações valiosas que você não tem do que fazer algumas suposições mal-informadas.

· Estratégias para encontrar acordos

1) Faça muitas perguntas

Faça muitas perguntas para render uma quantia significativa de informações, mesmo que seu oponente não responda a todas elas.

2) Fortaleça a confiança e compartilhe informações

A partilha de informações é uma forma ideal dos dois negociadores analisarem a tarefa, e também ajuda a criar um relacionamento positivos entre os dois lados.

3) Dê algumas informações

Se existir pouca confiança entre os dois lados, ou se seu oponente não estiver respondendo a suas perguntas de maneira útil, dar algumas informações pode ajudar a quebrar a trava de informações.

4) Faça ofertas múltiplas simultaneamente

É melhor coletar as informações antes de colocar uma oferta na mesa ou antes de responder a uma oferta.

5) Buscar acordos depois de fechar acordos

Depois de ter feito um acordo mútuo, pode-se propor buscar um novo acordo vantajoso a ambos os lados e, ao mesmo tempo, concordar em ficar comprometido ao primeiro acordo se outro melhor não for encontrado.


Justiça, Emoção e Racionalidade em Negociações

Para negociar com sucesso, negociadores devem compreender como antecipar o impacto das considerações emocionais e ter percepções de imparcialidade e justiça.

Preferências por padrões diferentes de justiça são influenciadas pelos estados emocionais dos negociadores.

É necessário escolher as estratégias racionais de negociações considerando emoções e preocupações reais que todo têm.

As negociações podem ir por água abaixo quando um dos lados se irrita com o outro e tenta “maximizar o desprazer de seu oponente em vez de aumentar sua própria satisfação”.


Estilos de Negociação

· Cada pessoa negocia da sua própria maneira

O modelo de negociação depende da personalidade, da constituição psicológica, da auto-estima de cada um, das antigas opiniões e valores em relação a si próprio e aos outros, e de convicções pessoais mais profundas que tenham sobre o que é necessário para ter sucesso na vida.

O segredo é descobrir e compreender a forma que seu oponente aborda a negociação, para então não precisar desperdiçar tempo e energia para influenciá-lo.

Para se ter sucesso, deve-se ter muita sensibilidade e percepção do modo pelo qual as outras pessoas tenham adquirido as informações delas sobre as experiências de negociação.

· Fator testosterona: Será que homens e mulheres negociam de modo diferente?

As mulheres participam menos que os homens em seminários sobre negociação, lêem menos livros sobre este assunto, e poucas se matriculam em programas de treinamento sobre negociação.

Este fato ocorre principalmente pelos homens utilizarem linguagens de metáforas de operação de guerras, de combate, de táticas e de esporte.

Os machos tendem a atribuir prioridade menor às questões como clima social, empatia interpessoal, prevenção de conflitos e necessidades humanas, do que para resolver problemas, alcançar metas e executar tarefas.

No restante, as similaridades entre homens e mulheres em relação à negociação poderão ser maiores do que as diferenças.

Nem todos os homens preferem ver a negociação como uma forma de combate. E nem todas as mulheres vêem a negociação como algo ameaçador e combativo.

Diversidade é a característica fundamental dos seres humanos.

· Hierarquia dos estilos

Ao mesmo tempo que não é fácil ou razoável rotular pessoas, para fins de identificar traços e táticas de diversos tipos de negociadores, fizemos algumas generalizações para ajudá-lo a caraterizar as pessoas que você poderá encontrar nas mesas de negociação.

· O Buldogue

Como negociadores, as pessoas de estilo buldogue tendern a agir da seguinte forma:

· Negociam utilizando estilo agressivo e dominador; tendem a encarar a negociação como uma confrontação de vontades.

· Consideram a vitória mais importante do que a própria negociação. Apresentam frequentemente um elemento de identificação de ego e conceito pessoal em levar vantagem sobre os outros, e as
vezes em exploráIos. 
· Fazem uso de exigências, ultimatos e extorsões para forçálo a concordar com eles. Tendem a adotar posicionamentos firmes, defendendoos tenazmente. Fazem concessões com mávontade, quando as fazem, e esperam poder lucrar com tais concessões.

Um importante efeito colateral da negociação com buldogues é que você não se sente confortável com eles. A abordagem bombástica que eles empregam consegue fazer com que a maioria das pessoas acabe perdendo a vontade de negociar, ocasio­nando animosidade e ressentimentos que podem empanar a possibilidade de realizar um bom negócio.

· A Raposa

As raposas tem estilos especiais próprios que refletem suas estratégias pessoais para poder obter o que desejam.

· Elas tendem a operar a partir de uma mentalidade reservada e manipuladora. Procuram forçálo a adivinhar seus motivos e suas intenções.

· Da mesma forma que os buldogues, as raposas querem levar vantagem no negócio, porém em vez de utilizar a abordagem direta dos buldogues, elas gostam de abordagens mais dissimuladas. Tendem a encarar a negociação como uma disputa de sagacidade, em vez de confrontação de vontades, como ocorre com os buldogues.

· As raposas frequentemente se apóiam. Em ambiguidade, manipulação e subterfúgios para obter aquilo que desejam. Ao vê-las, às vezes você consegue reconhecer suas táticas, outras vezes não.

· As raposas tendem a fazer com que as pessoas que negociam com elas sintam que não podem confiar nelas, especialmente quando fatos passados, afirmações falsas ou outros comportamentos não éticos interferem no andamento da negociação.

· O Veado

Pessoas com grau de abertura muito baixo e alto grau de aquiescência utilizam o estilo do veado. Estas pessoas não compartilham com você aquilo que desejam ou planejam fazer. É muito provável que abandonem a negociação caso, sintamse em situação ameaçadora que as remova de sua zona de conforto. As pessoas que apresentam comportamento no estilo veado tendem a agir da seguinte forma:

  • Optam por demonstrar um estilo, passivo e conciliador, sem procurar fazer ondas ou antagonizar qualquer pessoa.
  • Temem as situações de conflito ou confrontação, ao ponto de por vezes não conseguir negociar efetivamente, e terminando por aceitar negócios propostos a elas por pessoas mais agressivas.
  • Quando decidem negociar, trabalham através de subterfúgios ou apaziguamento de modo a não perturbar ninguém, ou seja, eles próprios e a outra parte.
  • Deixam a outra parte encarregada de ditar e controlar o processo da negociação, e tendem a aquiescer em relação as propostas do outro lado, em vez de preferir fazer suas próprias propostas.
  • Preferern ocultarse atrás de substitutos como sócios da empresa, agentes, representantes e intermediários, que efetuam toda a negociação por eles.

Esta descrição provavelmente descreve a maioria da população de pessoas adultas que participam de negociações. A maioria de nós tem pelo menos um pouco de estilo veado dentro de nós, mesmo que possamos nos sentir mais seguros adotando um dos outros estilos. A maioria de nós não tem prazer em duras negociações, e o mero pensamento de ter de batalhar com um insistente vendedor de automóveis, com um inflexível corretor de imóveis, ou com um chefe agressivo já basta para nos tirar de nossas zonas de conforto. Muitas pessoas que fazem parte desta categoria logram a si próprias porque tem tal pressa de terminar o negócio e sair que acabam deixando valor excessivo na mesa de negociação.

· O Construtor de Negócios

O estilo do construtor de negócios é reconhecido pela abordagem da negociação com valor agregado como capaz de equilibrar seu interesse pessoal com os interesses dos outros. Utilizando tanto a abertura como a aquiescência, esta pessoa consegue confiantemente explorar seus próprios interesses e as opções capazes de satisfazêIos, sem a indevida necessidade do uso de segredos ou comportamento antagônico.

  • Os construtores de negócios sentemse mais confortáveis com uma abordagem do tipo ganhaganha para as negociações.
  • Eles negociam com base no valor que podem oferecer e obter para cada negócio. Eles não perdem tempo com questões emocionais, ataques pessoais, alegações ou discussões a nivel pessoal que tentam desviálos dos elementos de valor de um negócio.
  • Os construtores de negócios são geralmente mais experientes como pensadores e empresários. São suficientemente experientes para conhe­cer aquilo que Ihes convém e aquilo que não Ihes convém.
  • Os construtores de negócios possuem uma idéia clara dos seus interes­ses nos negócios e como satisfazê-los através do uso de diversas opções.
  • Acreditam na negociação dentro da zona de conforto como forma de desenvolver confiança e abertura com a outra pessoa.
  • Eles podem não ser completamente altruístas. Eles gostam de ver você ter sucesso, mas também querem ter seu próprio sucesso.
  • Os construtores de negócios confiam no processo de pesquisar o valor cooperativamente, porque acreditam em seus instintos e na sua habilidade para conseguir fazer um bom negócio sem ter de se rebaixar utilizando táticas antagônicas típicas de buldogues ou raposas.



Principais erros nas negociações

Existe um grande número de pessoas que agem de maneira irracional na realização de negócios. Descreveremos a seguir os erros mais comuns entre negociantes.

1) Aumento irracional dos compromissos

Os negociadores ao iniciarem uma ação de negócio, devem se preocupar não apenas com os dados que apoiam sua opinião inicial, mas buscar informações contraditórias ou dados mais confirmativos, baseando-se em custos e benefícios futuros, para depois então fechar um compromisso, ou seja, não deve haver precipitação nas decisões.

2) A mitológica torta fixa

As melhores negociações acabam em uma resolução satisfatória para todos. Tais acordos são muito raros. É muito mais comum as negociações de sucesso terminarem em trocas, onde cada lado da negociação entrega ou desiste de algo que está em jogo. Isto acontece porque as pessoas dão diferentes valores à múltiplas questões da negociação, trocas podem acelerar e melhorar a resolução de um conflito.

Mas geralmente os diferentes lados não consideram essas trocas benéficas, pois cada qual acha que seus interesses estão em conflito com o do outro.

3) Ancoramento e ajustes

Cada negociador deve possuir sua âncora inicial, ou seja, uma proposta inicial. Esta deve ser uma oferta que atraia atenção do outro negociador, não podendo ser extrema e sequer ser considerada pelo seu oponente, e isto servirá como a âncora de ofertas subsequentes.

Não deixe uma âncora minimizar a quantidade de informação que se busca e tampouco limita o raciocínio lógico a ser empregado para avaliar a situação. Além disso, não dê muito peso à oferta inicial de seu oponente no início da negociação.

Não legitime uma oferta inaceitável ao fazer uma contra-oferta. Saiba o suficiente sobre as questões em disputa para reconhecer âncoras irreais.

4) Disponibilidade de informações

Para se chegar ao final de uma negociação com qualidade é necessário identificar e usar informações confiáveis, e não apenas as disponíveis, que estão aparentes no processo de negócio.

As informações de maneira mais colorida e dramática geram impacto muito maior nas decisões as serem tomadas do que as que possuem sentido informativos com poucos detalhes.

O negociador deve ter o controle de informações, tanto da qualidade quanto da maneira como são apresentadas.

5) A praga do vencedor

Muitos negociadores pensam que seus oponentes são inativos e não possuem informações necessárias à negociação, fazendo então propostas baixas, onde a aceitação da proposta pode deixá-lo inseguro, pelo fato de ser uma proposta ridícula.

6) Excesso de confiança

Este é um dos problemas que leva tantas pessoas a negociarem mal.

O excesso de confiança pode inibir uma variedade de acordos possíveis e aceitáveis. Quando um negociador está excessivamente confiante na aceitação de sua posição em particular, fica reduzido o incentivo a fazer concessões. Contudo, se existir uma avaliação mais precisa, um negociador muito provavelmente ficará mais incerto quanto a sua probabilidade de sucesso e estará mais disposto e/ou aceitar uma troca de concessões.

Conclusão

Algumas consideracões sobre negociação:

  1. Jamais faça uma única proposta; apresente sempre pelo menos dois negócios possíveis, e preferivelmente um número maior deles.
  2. Ouça com bastante atenção; compreenda claramente os interesses da outra parte.
  3. Não personalize ou emocionalize o processo de negociação.
  4. Tenha confiança no seu poder de veto; você sempre pode dizer não.
  5. Confie no processo; tenha cuidado com atalhos.
  6. Não espere resultados perfeitos todas as vezes. Algumas rodadas de negociação transcorrerão mais harmoniosamente do que outras.
  7. Demonstre pessoalmente abertura e aquiescência e aja como se estivesse esperando que a outra parte fizesse o mesmo.
  8. Nada de fazer negociação pouco-a-pouco; trabalhe a partir do quadro geral e não em um item de cada vez.
  9. Não use estratagemas de força, truques sujos ou outras ciladas e táticas de manipulação.
  10. Nada de fazer “apanhar cerejas” - cada negócio irá ficar de pé ou cair pelos próprios méritos. Não permita que a outra parte escolha as melhores partes de todos os negócios para fazer outro negócio novo.
  11. Analise o processo de decisão.
  12. Considere ativamente os processos de decisão de seu oponente.
  13. Faça a melhor avaliação possível dos preços de reserva, interesses e importância comparativa de questões.
  14. Visualize o processo de negociação como uma oportunidade para coletar e atualizar informações.


Fonte: Cola da Web


Dica do dia



Como descobrir o valor de uma empresa?

O valor de uma empresa não pode ser medido pelos imóveis e máquinas registrados na contabilidade. O valor real de uma empresa é a sua capacidade de gerar a riqueza nos próximos anos




Os empresários e sócios em geral não estão preparados para vender a empresa ou sua participação nela. Por isso, é comum estabelecer um valor baseado em sentimentos pessoais, lembranças do passado - especificamente das dificuldades enfrentadas, horas de trabalho e dedicação para fazer a empresa crescer.

Glórias passadas não pagam contas atuais, portanto não entram na hora de valorar a empresa. É como querer obter mais dinheiro emprestado do banco enumerando ao gerente as realizações pessoais do passado. O que vale nesta hora são as garantias por meio de bens duráveis com valor de mercado.

Conhecer o lucro real da empresa é o ponto de partida para poder avaliar a empresa corretamente. Não importa se é pequena, média ou grande empresa, o fundamental é ter uma contabilidade organizada para ter os valores confiáveis. O que mais vale em uma empresa é a sua capacidade de geração de resultados nos próximos anos.

Conhecer o lucro não é só conhecer o montante do lucro. O fundamental é saber como ele é gerado para poder estimar os ganhos futuros. Faz-se uma projeção financeira baseada em parâmetros técnicos dos negócios futuros. Não se deve projetar os ganhos futuros baseados só no desempenho histórico da empresa, nem em sentimentos pessoais.

O segundo aspecto a analisar é a real situação patrimonial da empresa. A situação patrimonial é o valor dos ativos permanentes, mais contas a receber, menos contas a pagar, pendências tributárias, passivos trabalhistas e passivos ocultos que não constam dos balanços patrimoniais.

Os ativos permanentes representam a parcela do capital investido do negócio. É composto de bens corpóreos ou tangíveis: imóveis, máquinas, veículos, e bens incorpóreos: marcas e patentes. Excetuando as indústrias, geralmente os valores dos bens corpóreos são pouco significativos e interferem pouco na geração de caixa.

Para algumas indústrias o processo de fabricação é o segredo do sucesso do negócio. Para esta situação é fundamental avaliar a capacidade dos seus ativos e gerar riqueza nos próximos anos. Se a empresa realizou e contabilizou a avaliação do valor justo, esta expectativa de geração de benefícios futuros dos ativos já está registrada na contabilidade na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial.

Existem atividades industriais em que o potencial de geração de caixa não está nos equipamentos e na tecnologia de fabricação. Como exemplo, podemos citar a indústria de produtos de limpeza. A marca representa o potencial de geração de receita e consequente o valor do negócio. Desta forma, há a necessidade de fazer a avaliação da marca para determinar o potencial de geração de receitas.

Em alguns ramos o que vale não são as máquinas, nem a marca. O que tem valor são patentes, ponto comercial, localização e atuação geográfica, condições privilegiadas de legislação, etc. Se outra empresa abrir o negócio vai ter sucesso. Portanto, o valor da empresa está limitado ao seu custo-benefício.

Alguns empresários tendem a supervalorizar a carteira de clientes. Cliente não pertence especificamente a uma empresa. Clientes são atraídos pela tradição da empresa no mercado, qualidade dos produtos ou serviços. Estes componentes já estão contemplados na avaliação da marca.

Um aspecto que a parte vendedora acaba ignorando é o levantamento dos passivos, sejam eles trabalhistas, tributários e até ocultos, os não registrados na contabilidade tais como multas rescisórias, pendências judiciais. Estes valores devem ser deduzidos do valor da empresa e sua análise ajuda a mostrar a verdadeira saúde financeira do empreendimento em questão.



domingo, 30 de março de 2014

3 teorias da psicologia que vão ajudá-lo se comunicar melhor

Conheça o Número de Dunbar, a Navalha de Hanlon e a teoria de motivação de Herzberg




Na maioria das vezes as teorias da psicologia parecem muito complicadas, porém, reuni algumas de simples compreensão, que me vêm à cabeça com frequência, principalmente quando estou lidando com outras pessoas.

Pensei que poderia ser divertido dar uma breve olhada em algumas teorias da psicologia especialmente relevantes para administração de negócios, marketing, liderança e comunicação em geral. Tenha em mente que não sou uma psicóloga profissional, por isso, se você estiver interessado em saber mais sobre o assunto, definitivamente deve aprofundar sua pesquisa sobre cada teoria.

O Número de Dunbar

O professor Robin Dunbar é um psicólogo evolucionista que desenvolveu um modelo de previsão de fatores sociais em primatas com base no tamanho do cérebro. Ao trabalhar as expansões cerebrais nos primatas (inclusive humanos) ao longo do tempo, Dunbar foi capaz de relacionar o tamanho do cérebro com comportamentos sociais: "Robin Dunbar usou o volume do neocórtex - a parte 'pensante' - do cérebro - como a medida do cérebro por ele englobar a maioria das expansões cerebrais dos primatas".

Em particular, ele prestou atenção aos tamanhos dos grupos sociais e ao número de parceiros mais íntimos em diferentes espécies de primatas: "Por exemplo, chimpanzés pertencem a grupos sociais que comportam em média 50 indivíduos, mas eles tem apenas dois ou três parceiros íntimos".

Com base no volume do neocórtex, Dunbar pôde prever precisamente o tamanho de um grupo social de "parceiros próximos" de várias espécies.

Quando aplicou isso aos seres humanos, Dunbar descobriu que a maioria dos grupos sociais humanos possuem cerca de 150 pessoas: "… a literatura sugere que 150 é mais ou menos o número de pessoas que se você pedisse um favor poderia esperar tê-lo atendido".

Nosso grupo de amigos íntimos geralmente inclui cerca de 12 pessoas. No entanto, 150 é o número importante. É (mais ou menos) o número máximo de pessoas com que a maioria de nós consegue administrar um conexão social. Qualquer coisa acima disso é um luta para nosso cérebro, então pessoas acabam saindo do fim a lista quando adicionamos mais ao topo.

Dunbar descreve isso de outra forma: "Em outras palavras, é o número de pessoas com quem você não sentiria vergonha de se juntar para tomar uma bebida sem ser convidado caso encontrasse em um bar".

O Número de Dunbar é particularmente interessante em termos de marketing, brand-building e mídia social. Se você tiver em mente que cada pessoa com quem interage tem apenas 150 pessoas no total de suas "conexões emocionais", poderá tornar interações bem mais fáceis. Ao invés de se frustrar ou se surpreender pelo fato de os clientes não "se conectarem" com sua marca, reflita sobre isso: toda conexão emocional que eles oferecem à sua empresa é uma que eles não conseguem ofertar a um amigo verdadeiro ou a um membro da família. Então quando eles o fazem é uma grande coisa.

Você pode pensar que o Número de Dunbar está diretamente oposto à ideia de uma rede social. Na verdade, o número é a razão pela qual a rede social Path limita os usuários a 150 conexões. Todavia, redes sociais também tiram proveito de laços fracos - o amigo de um amigo ou a teoria dos seis graus de separação que leva você a fazer um novo amigo no Twitter ou no Facebook.

O livro "Colaboração", de Morten T. Hansen, descreve como tanto os laços fracos como os fortes são cruciais - mas que os laços fracos criados através de redes e mídias sociais eram sempre a chave para novas oportunidades.

"Pesquisas apontam que não é o tamanho - o número bruto de contatos mantidos por uma pessoa - que conta. Pelo contrário, é a diversidade de conexões - o número de diferentes tipos de pessoas, unidades, conhecimentos, tecnologias e pontos de vista - que as pessoas podem ter acesso em suas redes".

Laços fracos ajudam aqui por que eles "formam pontes para mundos em que não circulamos", enquanto os laços fortes são estabelecidos com pessoas de mundos que já conhecemos.

A Navalha de Hanlon

A Navalha de Hanlon representa o seguinte ditado:

"Nunca atribua à malícia o que é adequadamente explicado pela estupidez"

Se você ouviu falar sobre a Navalha de Ockham (ou Navalha de Occam) deve saber que, na filosofia, uma navalha serve para nos ajudar a eliminar todas as explicações improváveis de um fenômeno. Assim essencialmente, algo acontece (um fenômeno) e tentamos explicá-lo com uma hipótese (possível explicação). A navalha nos ajuda a eliminar as hipóteses improváveis ​​até sobrar a explicação mais provável para o fenômeno.

Apesar de a Navalha de Hanlon citar a palavra "estupidez", eu prefiro usar "ignorância", tendo em vista que não ter todas as informações pode muitas vezes ser o problema onde supomos haver estupidez (ou seja, falta de bom senso).

Então exploremos a ideia do trabalho de Hanlon. Quando uma pessoa parece tratá-lo maliciosamente, você deve sempre deve cavar mais fundo para saber se a causa é ignorância.

Você já recebeu um e-mail de um colega de trabalho que pareceu criticá-lo ou atacar sua ideia? Provavelmente sua primeira reação foi atribuir à malícia - porém, se você olhar de perto talvez descubra que foi apenas um mal entendido.

"Se eu posso pensar no mínimo três interpretações diferentes de algo que recebi, não pensei o suficiente sobre o que isso pode significar realmente" - Jerry Weinberg.

Na próxima vez que você não estiver totalmente certo de como interpretar aquele tweet ou e-mail ambíguo, lembre-se da Navalha de Hanlon e considere dar ao remetente o benefício da dúvida.

A teoria de motivação higiênica de Herzberg

Esta última pode ser usada para interagir com qualquer a respeito de seu trabalho: colegas, empregados ou até mesmo um amigo ou um cônjuge. Publicada pelo psicólogo Frederick Herzberg em 1959, a teoria sugere que a satisfação e insatisfação no trabalho são de fato medidas de maneiras diferentes, ao invés de serem duas extremidades da mesma escala.

Segundo a teoria, a insatisfação com o emprego vem de fatores higiênicos assim como o ambiente de trabalho físico, segurança do trabalho e salário. A satisfação, no entanto, origina-se de fatores motivacionais, como gostar do trabalho em si, sentir-se realizado e ter responsabilidades.

Herzerberg conduziu a pesquisa sobre a satisfação no trabalho durante cinco anos, devido ao crescimento de indicadores de insatisfação com o trabalho, como greves e reclamações por parte do operariado.

O que podemos aprender de sua pesquisa é que fatores mitigantes direcionados a amenizar a insatisfação com o trabalho não vão necessariamente gerar satisfação. Assim, um emprego bem remunerado que oferece ótimos benefícios e um ambiente corporativo confortável pode continuar a nos fazer sentir mal se não tivermos nenhuma responsabilidade no trabalho e se nunca temos o sentimento de realização.

Por outro lado, sentir-se bem pelo trabalho que realiza e ser reconhecido por isso não compensa os problemas de ser mal pago ou do desconforto do ambiente de trabalho.

Essa teoria nos faz compreender a razão pela qual algumas empresas são vistas como bons locais para trabalhar e nos faz refletir sobre como é importante motivar uma equipe ou um indivíduo no trabalho. Ela mostra que um bom salário não é tudo.



Maioria acredita que mulher tem responsabilidade em casos de estupro, diz Ipea

Os pesquisadores sugerem que a população ainda tem visão de família nuclear patriarcal, ainda que sob uma versão contemporânea, atualizada




Pesquisa divulgada na última quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que 58,5% dos entrevistados concordaram totalmente ou parcialmente com a frase "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros". Em relação a essa pergunta, 35,3% concordaram totalmente, 23,2% parcialmente, 30,3% discordaram totalmente, 7,6% discordaram parcialmente e 2,6% se declararam neutros.

"Por trás da afirmação, está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então, as mulheres que os provocam é que deveriam saber se comportar, e não os estupradores. A violência parece surgir, aqui, também, como uma correção. A mulher merece e deve ser estuprada para aprender a se comportar", dizem os pesquisadores.

Os pesquisadores também perguntaram "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas": 42,7% concordaram totalmente com a afirmação, 22,4% parcialmente; e 24% discordaram totalmente e 8,4% parcialmente.

"O acesso dos homens aos corpos das mulheres é livre se elas não impuserem barreiras , como se comportar e se vestir 'adequadamente'", concluíram os pesquisadores.

Conforme o levantamento, 63% concordaram, total ou parcialmente, que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”, 89% dos entrevistados tenderam a concordar que “a roupa suja deve ser lavada em casa” e 82% que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

Os dados fazem parte da pesquisa Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) - Tolerância social à violência contra as mulheres, que mostrou ainda que 78,1% dos entrevistados concordam totalmente e 13,3% concordam parcialmente que a prisão é a punição adequada para o homem que bate na esposa. A pesquisa colheu dados sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo e relação familiar.

Os pesquisadores sugerem que a população ainda tem "visão de família nuclear patriarcal, ainda que sob uma versão contemporânea, atualizada. Nessa, embora o homem seja ainda percebido como o chefe da família, seus direitos sobre a mulher não são irrestritos, e excluem as formas mais abertas e extremas de violência.

Os resultados apontam que a Lei Maria da Penha, que endurece as punições para o agressor, contribuiu para minimizar a tolerância à violência contra a mulher. Para a secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Aparecida Gonçalves, as tendências machistas vêm mudando. “Apesar de não ter mudado ainda da forma como gostaríamos, elas vêm se alterando aos poucos, principalmente no que tange à violência doméstica e familiar”.

Ao todo, 3.810 pessoas foram entrevistadas no ano passado, sendo 66,5% mulheres.

Outra pesquisa do Ipea apresentou dados sobre o crime de estupro no Brasil. A estimativa com base nos atendimentos prestados às vítimas é que, a cada ano, 527 mil pessoas são estupradas no país. Apenas 10% dos casos chegam ao conhecimento da polícia.

A maioria das vítimas é mulher, sendo 70% são crianças ou adolescentes. Mais de 92% dos agressores são homens. Pais, padrastos, amigos e conhecidos representam 56,3% dos criminosos.



Espaço do Administrador - Método Deming de Administração: 14 pontos




O MÉTODO DEMING DE ADMINISTRAÇÃO: 
a visão de um mundo melhor.

Toda organização tem sua própria história e, na medida que se estrutura, adquire identidade, tradições e padrões de comportamento. E, para alcançar seus objetivos, precisa ser organizada e administrada, por meio de processos e instrumentos eficazes, hábeis de materializar suas ações.

Diante deste imperativo, é mister que novos instrumentos de ação sejam incorporados nas atividades das empresas. É necessário que novos princípios e filosofias sejam adotadas e uma delas é a filosofia da qualidade que desponta para contribuir, efetivamente, no sentido de acelerar o processo de desenvolvimento das organizações. A aplicação desta filosofia pode trazer muitas vantagens tais como: melhoria no ambiente de trabalho, na qualificação dos empregados, no grau de comunicação interna, nas relações de trabalho, enfim, pode acarretar lucros para todo o corpo social da organização.

Dentro desta perspectiva, nasce a oportunidade de trabalhar a filosofia da qualidade nas bibliotecas universitárias. Para tanto, é preciso levar em consideração a cultura da instituição, revisar os pressupostos a respeito de "como obter qualidade" e, finalmente, estruturar o programa de qualidade escolhido de forma crítica, não só a partir das experiências de outras empresas, mas, especificamente, da realidade contextual e da "leitura" do ambiente organizacional que desejamos reformular.


CONHECENDO O PERFIL DOS CATORZE PONTOS DE DEMING

O compromisso da organização com sua missão de serviços, concretizado nas ações empenhadas em anteceder, atender e exceder as expectativas e necessidades dos clientes é um referencial para aplicarem os 14 Pontos de Deming, na redução dos seus problemas práticos e na busca da verdadeira espiral da qualidade. Os princípios de Deming são 14 forças poderosas que, apontadas para a mesma direção, podem determinar o nível de sucesso e a excelência duradoura de seus serviços.

01. Estabelecer constância de finalidade para melhorar o produto e serviço

Este ponto é fundamental para uma empresa que pensa no futuro. Para tanto, exige: inovação, pesquisa e educação, constante aperfeiçoamento do produto e serviços e manutenção dos equipamentos e instalações. Este princípio possibilita à biblioteca universitária o planejamento adequado dos serviços e produtos dentro de uma nova ótica, ou seja, prever, ter uma visão holística, atender às necessidades dos clientes. Assim, o esforço da biblioteca universitária em embutir a busca da qualidade na sua política organizacional requer uma avaliação da sua missão em termos de comprometimento e fidelidade. Deverá repensar e revitalizar seus objetivos. Redescobrir o sentido de suas atividades e executá-las com responsabilidade.

02. Adotar a nova filosofia

Diz respeito as exigências no controle da produção. A qualidade não acontece por si só. Ela deve ser construída no dia-a-dia da empresa. A biblioteca universitária ao se orientar por este princípio deve adquirir, evidentemente, uma nova postura administrativa; precisa acordar para o desafio, ter responsabilidades e assumir a liderança para melhorar. Através de uma nova filosofia, ela poderá redesenhar suas atividades e seus processos; simplificá-los, agilizá-los e torná-los mais eficazes, a fim de identificar e satisfazer as necessidades dos seus clientes.

03. Acabar com a dependência da inspeção em massa para garantir a qualidade

Como em toda empresa, a inspeção e o controle não produzem qualidade. Apenas verificam sua existência ou não. Desta forma o que importa para as bibliotecas universitárias é fazer com que as pessoas não precisem ser mais controladas e sim educadas para se tornarem capazes de monitorar a qualidade do que fazem. Não é necessário inspecionar o produto acabado, pois a qualidade não deriva da inspeção e sim da melhoria do processo produtivo. Ela não melhora a qualidade, apenas traz prejuízo e retrabalho e não constitui ações corretivas sobre o processo. Exemplo disto ocorre quando, nas bibliotecas universitárias, se realiza a inspeção para evitar o vandalismo ou destruição das obras. Uma forma melhor de evitar o problema seria criar campanhas educativas no sentido de sensibilizar o usuário para o fato. Fazer com que eles entendam os prejuízos e as conseqüências de tal atitude.

04. Cessar a prática de avaliar as transações apenas com base nos preços

É minimizar o custo total a longo prazo. Neste contexto as bibliotecas universitárias precisam saber qual o resultado a longo prazo do custo que elas têm. Preocupar-se, apenas, com resultados a curto prazo poderá privá-las de uma estrutura necessária à produção de lucros duradouros. Elas devem entender que comprar pelo menor preço nem sempre significa economia. Elas têm que se preocupar com outras questões tais como: durabilidade, suporte, impressão etc. As escolhas devem recair, em cada caso, naquilo que melhor satisfizer as necessidades, interesse e exigências do usuário. Por exemplo: os profissionais da informação, responsáveis pela aquisição, devem eliminar a política de sempre procurar os menores preços, sem considerar a qualidade e o serviço.

05. Melhorar sempre e constantemente o sistema de produção e serviços

A qualidade deve existir no produto já na etapa do projeto. Todo produto deve ser encarado como parte de um todo. O trabalho em equipe é essencial no processo produtivo, que deverá ser sempre expandido e aperfeiçoado. Instituir a melhoria contínua nas bibliotecas universitárias é fazê-las concentrar-se no fundamental, nas coisas vitais, para que elas possam entender os princípios básicos da qualidade e desenvolver habilidades necessárias para implementá-los. Para tanto, é necessário: conhecer efetivamente as necessidades dos usuários, dispor de uma estrutura adequada às ações que deseja realizar e traçar processos devidamente identificados e gerenciáveis.

6. Instituir o treinamento e o retreinamento

Este princípio refere-se aos fundamentos para o treinamento da administração e dos funcionários novos. O treinamento deverá ser sempre instituído na empresa, a fim de evitar desperdícios de conhecimentos e de esforços. O treinamento é um instrumento de desenvolvimento pessoal. O desafio que esta função enfrenta é justamente o de conciliar as necessidades pessoais e profissionais do trabalhador com os objetivos declarados da organização. Este item é indispensável à implantação da gestão de qualidade nas bibliotecas universitárias. Portanto, elas devem treinar seus funcionários antes de lhes atribuir a responsabilidade de um cargo. O treinamento deve fazer com que eles compreendam as políticas da empresa e as necessidades de seus clientes. Citaremos alguns exemplos ligados diretamente a questão do treinamento dos funcionários das bibliotecas universitárias: Desperdício de tempo do cliente nas filas de empréstimo; erros no preenchimento de pedidos de documento; demora para prestar informações; erros no arquivamento de documentos nas estantes; demora no processamento técnico dos documentos. Resumidamente, podemos afirmar que estas bibliotecas devem treinar seus funcionários através de metodologias apropriadas, capacitando-os para o pensamento crítico e o trabalho em equipe.

07. Ponto - Adotar e instituir a liderança

A liderança é condição absolutamente necessária para o desenvolvimento da empresa, porque estimula a revalorização. Assim, a gerência das bibliotecas universitárias deve caracterizar-se por uma liderança absoluta, capaz de sensibilizar todas as pessoas para assumir o compromisso de produzir qualidade. Os gerentes destas instituições devem: ajudar as pessoas, máquinas e dispositivos a realizarem um trabalho melhor, gerar uma estrutura flexível, e adotar uma administração participativa para obter um novo nível de relação com os clientes.

08. Afastar o medo, de modo a que todos possam trabalhar eficazmente na empresa

O desperdício causado pelo medo é enorme. A sua eliminação ou minimização deve ser um dos primeiros caminhos a ser obedecido porque ele afeta nove dos demais pontos de Deming. O medo impede as pessoas de servir aos interesses da empresa. Neste sentido, o gerente e os funcionários das bibliotecas universitárias devem fugir do medo de descobrir e de aceitar problemas e de buscar verdades, do medo da consciência, do medo da própria limitação e da limitação do sistema, do medo da avaliação negativa e do conhecimento das necessidades e expectativas dos clientes. O medo assume várias facetas degeneradoras, gera timidez e ansiedade.

09. Romper as barreiras entre os diversos setores de pessoal

Este ponto tem uma ligação intima com o ponto oito. É também uma condição necessária para a melhoria da qualidade; embora não seja suficiente para controlá-la em toda a empresa. Incentivar o trabalho em equipe é uma necessidade crucial na organização. As bibliotecas universitárias deverão assimilar este princípio no sentido de criar um espírito de cooperação, participação e responsabilidade solidária. A equipe deve conhecer a função, a importância e os problemas de todos setores da biblioteca; fazer com que todos entendam que a cooperação é benéfica a cada um. Um exemplo palpável desta situação pode ser ilustrado nas bibliotecas universitárias, através das ajudas que o setor de empréstimo pode oferecer ao setor de aquisição e seleção. Ele serve de fonte de informação importante no diz respeito aos problemas enfrentados pelos usuários em relação a: multas por atraso das obras; sugestões dos documentos a serem adquiridos e qualidade dos serviços oferecidos.

10. Eliminar slogan, exortações e metas para os empregados

Os slogan cartazes e as exortações não ajudam a melhorar o trabalho; ao contrário, provocam frustrações, criam hábito de ansiedade e ressentimento entre as pessoas. Palavras não produzem qualidade nem induzem as pessoas a praticá-la. A biblioteca universitária deve-se preocupar em educar as pessoas para uma mudança de comportamento. Assim, elas terão dentro delas mesmas um motivo para ser produtoras da qualidade. Sensibilizar as pessoas, atuando nas suas emoções é condição essencial para se obter mão-de-obra real, com enorme impulso de progresso.

11. Suprimir as cotas numéricas

Deve-se definir, ao invés de cotas, o que é e o que não é aceitável em termos de qualidade. Pois, definições de cotas numéricas sufocam a auto-realização. A qualidade não se identifica, necessariamente, com a quantidade. Está pode até comprometê-la e impedi-la. Os profissionais que atuam nas bibliotecas universitárias não devem agir apenas em função do calendário, das horas de trabalho e nem, tão pouco, devem ser pressionados por números, mas, pela responsabilidade de produzir algo de que possam se orgulhar em fazer. Exemplificando: o catalogador não pode se preocupar apenas em catalogar um certo número de documentos por dia; deve-se preocupar, também, com outros fatores que agregam valor à atividade executada.

12. Remover as barreiras ao orgulho da execução

Os empregados muitas vezes sabem o que está errado dentro da empresa, mas não podem mudar a situação. É preciso que os administradores escutem as suas sugestões e opiniões e ofereçam subsídios para que eles passem a se envolver mais efetivamente no desenvolvimento da empresa. As barreiras que se interpõem à realização profissional podem causar sérios danos na redução de custos e melhoria da qualidade nas bibliotecas universitárias, haja vista as pessoas e o que elas fazem serem o seu principal patrimônio. É preciso deixar que as pessoas se sintam livres e responsáveis para participarem do processo de revitalização da biblioteca.

13. Instituir um solido programa de formação e auto-desenvolvimeto

As pessoas necessitam de uma nova formação e a administração deve sempre submetê-las a um novo aprendizado. Os administradores devem-se conscientizar da real importância e do potencial de um programa de formação e retreinamento para o desenvolvimento organizacional. À medida em que as bibliotecas universitárias passam a trilhar a estrada da melhoria contínua, precisam investir no seu patrimônio mais importante: as pessoas. Estimular o estudo e a busca do aperfeiçoamento continuado. A atualização permanente é uma questão de responsabilidade profissional. Este princípio se aplica tanto aos gerentes quanto aos funcionários destas instituições. A educação continuada é obrigação de todos aqueles que optaram em trabalhar nestas bibliotecas. Somente, ela é capaz de criar a nova cultura organizacional, que é o pressuposto básico da filosofia da qualidade.

14. Agir no sentido de concretizar a transformação

Todos na organização devem ter uma idéia precisa de como melhorar a qualidade. A administração deve engajar todos a assumir e enfrentar os princípios adotados pelo Dr. Deming para realizar a transformação. A transformação é tarefa de todos. A biblioteca universitária deverá, ao optar pela melhoria continua, assumir e encarar os 14 pontos enfatizados neste estudo. Os administradores destas instituições deverão chegar a um consenso quanto ao significado e importância de cada um deles e a orientação a tomar, pois não adianta acreditar que os pontos de Deming são importantes se não houver coragem e iniciativa para aplicá-los. Este princípio pode ser adotado em todos os processos da biblioteca.

Tomando como base estas abordagens, acreditamos que as bibliotecas universitárias devem, deliberadamente, definir uma visão de futuro, adotando a melhoria continua, sem jamais esquecer que o acesso a informação para o exercício do pensamento criador é um direito de todos. Para tanto, é necessário que elas estejam voltadas para a conquista da qualidade e que esta qualidade seja uma fonte de energia ativa para impulsioná-las a crescer e progredir.

Resumindo, podemos afirmar que absorver e cultivar a filosofia de Deming nas bibliotecas universitárias é desenvolver a criatividade e a capacidade de querer acertar os caminhos da excelência do trabalho informacional. Ela não exige grandes investimentos para ser aplicada. É tarefa de todos na organização, mas para sua implantação devem ser observadas algumas questões básicas, tais como:

  1. todos devem estar envolvidos e acreditar na mudança;
  2. é preciso que os profissionais da informação saibam gerenciar, sem perder a visão da importância das relações humanas dentro da organização;
  3. que o usuário das bibliotecas universitárias é a fonte de toda a avaliação sobre a qualidade dos produtos e serviços e;
  4. que exista um feed-back de informação e as metas da qualidade sejam claramente definidas.
  5. Obedecendo estes procedimentos, poderemos ter o método de Deming como um aliado no combate as barreiras e obstáculos que impedem a modernização destas unidades informacionais


Fonte: Cola da Web


Dica do dia