quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Jovens admiram empreendedores de sucesso

Empreender faz parte das alternativas que os jovens devem analisar. Pais, mundo acadêmico e orientadores de carreira precisam se preparar para oferecer esta alternativa ao emprego convencional. Histórias de lutas e sucesso estimulam jovens. Empreender não é apenas se tornar "dono do seu nariz". Exige disciplina, determinação, criatividade, inovação e também humildade




“Considerando sua afinidade com a tecnologia e as novas formas de comunicação, o jovem atual está em busca não apenas de um emprego para pagar suas contas, mas de um propósito. O prazer na jornada é tão importante quanto o destino”.

A afirmativa acima foi extraída de matéria do “Valor Econômico”, “Os ídolos da nova geração de brasileiros”, do jornalista Rafael Sigollo, e seu autor é Flávio Augusto da Silva, um empreendedor de 42 anos que fundou e já vendeu sua bem sucedida escola de inglês Wise Up e transformou seu resultado – R$ 877 milhões - em um ativo fundo de investimentos.

Ele é o quarto, numa lista dos dez nomes mais admirados no Brasil, e o oitavo no ranking global numa pesquisa feita com 51.674 jovens brasileiros entre 17 e 26 anos, dos quais 55% já estão no mercado de trabalho.

Entre os admirados no mundo aparecem – na ordem – Barack Obama, Steve Jobs, Bill Gates, Jorge Paulo Lemann e Mark Zuckerberg como cinco primeiros. No Brasil o primeiro da lista é Jorge Paulo Lemann, seguido de Joaquim Barbosa, Roberto Justus, Flávio Augusto da Silva e Sílvio Santos.

Segundo Adriana Chaves, diretora da Cia. de Talentos, que realiza a pesquisa anualmente em parceria com a Nextview People, os fatores mais valorizados pelos jovens são: empreendedorismo; capacidade de inovar; ter uma causa pela qual lutar; claro conjunto de valores; visão sistêmica; clareza de onde quer chegar e como atingir.

Entre as dez também aparecem duas figuras femininas – Graça Foster (presidente da Petrobras) e Bel Pesce, uma vitoriosa empreendedora de apenas 26 anos.
Elas receberam os votos de 74% das mulheres que participaram da pesquisa que destacaram nas mesmas a capacidade e habilidade para superar barreiras/ vencer preconceitos/ determinação e disciplina.

Segundo Bel Pesce, que é também autora de dois livros sobre suas experiências, “quando me refiro aos jovens, falo também um pouco de mim. Queremos fazer mil coisas ao mesmo tempo e acabamos nos enrolando. O desafio está em canalizar essa energia em um objetivo. Quando acontece, é mágico”.

As conclusões dessa interessante pesquisa, cujos resultados são deveras instigantes, podem ser úteis para pais, mundo acadêmico e orientadores de carreira.

Aos pais ela fornece informações sobre a forma de abordar com os filhos as novas alternativas de carreira no mundo profissional. Agora elas já não estão restritas as profissões formais e vínculo empregatício.

O mundo acadêmico deve analisar estas conclusões na perspectiva de rever os curriculuns e conteúdos da maioria dos cursos de Adminnistração e demais ligados ao mundo do corporativo. 

A maioria das abordagens dos programas acadêmicos continua focado no preparo dos alunos para o emprego. E mais grave ainda, em muitos casos nem ao menos existem estímulos para o empreendedorismo como uma alternativa de carreira e realização profissional.

Aos orientadores de carreira se torna importante ter um melhor entendimento do que significa empreender, tanto do ponto de vista das habilidades como riscos e oportunidades, incluindo todas as suas implicações. 

Enfim, todos nós precisamos acompanhar as transformações que vem ocorrendo nas expectativas, alternativas, sonhos, ambições e desejos dos jovens atuais. Afinal, este é o mundo que nos rodeia. Tanto nas famílias como na sociedade como um todo. São novas provocações.



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