O mito fez parte de uma centena de filmes e séries de TV, que retrataram as aventuras do herói grego e sua divindade
De forma resumida, Hércules (ou Heracles) foi um semideus grego, filho de Zeus e a mortal Alcmena, o que lhe garantiu uma força sobre-humana. Chegou a matar mulher e filhos por causa da enciumada mulher de Zeus, Hera, e, por isso, foi obrigado a realizar 12 trabalhos prodigiosos, que lhe concederam sua imortalidade e um lugar ao lado dos deuses no Olimpo.
O mito fez parte de uma centena de filmes e séries de TV, que retrataram as aventuras do herói grego e sua divindade. Em “Hércules”, dirigido pelo americano Brett Ratner (responsável pela franquia “Hora do Rush”) e estrelado pelo ator Dwayne Johnson (ideal para o papel), a história é outra.
Já no início da produção, o espectador conhece a origem e os feitos do semideus por meio de uma narração efusiva e veloz do personagem Iolaus (Reece Ritchie). Nas imagens, vemos Hércules matar o Leão de Neméia, capturar o javali de Erimanto ou mesmo vencer a Hidra de Lerna, entre outros de seus 12 trabalhos.
Porém, como se vê a seguir, tudo isso não passa de exageros que o grupo de mercenários (Ian McShane, Rufus Sewell, Ingrid Berdal e Aksel Hennie), liderados por Hércules, usa como propaganda para vender seus serviços aos senhores na Grécia antiga. A divindade, enfim, não passa de um embuste.
Na dúvida, o rei da Trácia (John Hurt) contrata os serviços dessa equipe para apaziguar os ânimos em seu reino, já que o malfeitor Rhesus (Tobias Santelmann), um suposto demônio, enfeitiçou o povo contra o rei. Tentado pelo pagamento em ouro (o seu próprio peso) e pela beleza da princesa Ergenia (Rebecca Ferguson), o matador aceita a empreitada.
Não se sabe quais são as reais pretensões do rei da Trácia, tal como a forma com que o Hércules irá resolver os problemas de seu passado. Afinal, como se mostra em flashs pelo filme, parece ter matado mulher e filhos enquanto era adorado como herói em Athenas ao lado do rei Eurhysteus (Joseph Fiennes). As soluções ficarão para uma apressada e incoerente reviravolta final.
Com altas doses de humor, em especial pelo personagem de McShane (Amphiaraus), o roteiro inspirado nos quadrinhos "Hercules: The Thracian Wars", de Steve Moore, fica em cima do muro. Não vai totalmente para a fantasia e retrata Hércules como seu mito, nem tampouco o faz um homem comum, já que possui forças extraordinárias.
No meio do caminho, sobram os efeitos digitais e as cenas de ação que se esperam de uma produção como esta, mas falta uma narrativa mais crível. Fraca, a aventura de Hércules carece de vigor, justamente o grande atributo do herói mitológico.
Fonte: Administradores
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo participação!