segunda-feira, 30 de setembro de 2013

5 dicas para não perder o controle em situações adversas no trabalho

É possível amenizar os efeitos negativos que um processo de mudanças no trabalho pode trazer. Listamos algumas dicas para reduzir o estresse e ser feliz em situações complicadas do trabalho




É comum, e até esperado, que empresas que passem por processos de fusões, aquisições ou mesmo estruturações profundas, sofram mudanças no quadro de funcionários. O grande problema é quando você faz parte desse quadro. As empresas anunciam as mudanças e os problemas começam: diante do cenário de incertezas o nível de ansiedade e nervosismo aumenta, tornando as pessoas mais irritadiças. As tensões e atritos entre os funcionários crescem e, com eles, os erros no trabalho. A liderança se vê acuada tendo que lidar com funcionários insatisfeitos, irritados e pressionados por uma carga de trabalho maior, principalmente quando têm que trabalhar com pessoas novas e inexperientes.

Quando se está do lado de fora da situação a solução sempre parece mais fácil. O problema é quando se está passando pela situação. Lidar com o estresse, a frustração, a irritabilidade sua e dos colegas e, ao mesmo tempo, ter que alcançar as metas da empresa, torna-se cansativo e desgastante.

Mas saiba que é possível amenizar os efeitos negativos que um processo de mudanças no trabalho pode trazer. Veja algumas dicas para reduzir o estresse e ser feliz mesmo quando as situações externas se mostram adversas à nossa vontade.

1. Mantenha atitude positiva: atitude é uma predisposição interna, que nos ajuda a tomar decisões e que nos levam à ação. Manter uma atitude positiva nos processos de crise significa manter-se otimista. O que diferencia as pessoas que enxergam oportunidades enquanto outras só enxergam problemas em momentos de crise é justamente a forma como elas enxergam a situação e se posicionam frente a elas. Os que enxergam oportunidades são otimistas, enquanto os que só enxergam problemas são pessimistas. Problemas todos nós teremos em algum momento na vida, mas a forma como iremos passar pelas dificuldades é uma questão de escolha. Uma forma saudável de manter a atitude positiva é refletir sobre o que se ganha com a situação. Toda experiência traz um aprendizado, você pode se perguntar “que virtude estou aprendendo e/ou exercitando por meio dessa experiência?”, “será que estou tendo que aprender a ser mais paciente? Mais determinado? Mais humilde? Mais confiante? Como essa experiência me torna mais sábio e como ela me fortalece?”

2. Evite valorizar os problemas: num processo de mudança organizacional é natural que surjam mais problemas do que o normal. Entretanto, reclamar o tempo todo não ajudará a solucionar os problemas, ao contrário, quanto mais você pensar e falar sobre os problemas maiores eles se tornarão. Procure focar na solução dos problemas, pense de forma proativa e seja prático. Escolha fazer parte da solução e não dos problemas. Ao fazer parte da solução você, mesmo sem perceber, fez a escolha de ter sucesso profissional. Você deixa a sua marca no mundo pelo que faz e não pelo que tem intenção de fazer. E sempre existe um “caça-talentos” em busca de um funcionário proativo e com perfil empreendedor.

3. Não misture problemas da empresa com problemas pessoais: não permita que o medo de não conseguir pagar suas contas atrapalhem o seu desempenho no trabalho. Da mesma forma, não carregue as preocupações e chateações para dentro do seu lar. Em momentos de crise, procure focar no que tem que ser feito. Faça e pronto. Procure não “ruminar” situações. A praticidade nessas horas é importante. Foque no momento presente, se está em casa, foque nos seus familiares e curta o conforto do seu lar. Descanse. Se estiver no trabalho, foque no que tem ser feito e esqueça-se dos problemas domésticos. O estresse ocorre justamente quando a pessoa não consegue se desvencilhar dos pensamentos e preocupações, de forma que quando está no trabalho mantém o pensamento em casa, e quando está em casa pensa no trabalho. Quando isso ocorre aumenta as chances de cometer erros porque o corpo está presente, mas a mente está vagando.

4. Controle a ansiedade: as situações de mudanças causam insegurança. É normal que haja preocupações do tipo “será que serei o próximo a ser dispensado?”, “até quando durará tudo isso?”, etc. A ansiedade é causada pelo medo da incerteza do futuro. A ansiedade pode trazer pensamentos catastróficos e irreais. Há pessoas que só de pensarem em perder o emprego já se vêm debaixo da ponte e passando fome. Esse tipo de pensamento é irreal. Mas o problema é que se esse tipo de pensamento não for controlado ele pode desencadear problemas de saúde reais como síndrome do pânico, depressão, problemas cardíacos, pressão alta, etc. A ansiedade surge pela sensação de falta de controle sobre a situação. Uma das formas de amenizar a ansiedade é focar no momento presente. O momento presente dá sensação de controle e isso ameniza a ansiedade. Toda vez que os pensamentos catastróficos ameaçarem sua mente, afaste-os! Respire fundo e foque a atenção para o que estiver fazendo.

5. Faça o seu melhor sempre e confie: mesmo sem perceber você está sendo observado. Mesmo que a empresa tenha anunciado cortes e que você esteja no meio deles, procure entregar o melhor trabalho até o período final. O mercado carece de trabalhadores proativos, com iniciativa, que entregam bons resultados. Se você faz um bom trabalho, você deixa uma marca positiva por onde passa. Sem você saber as pessoas comentam sobre você. Isso é marketing pessoal. Essas informações, com certeza, chegarão às pessoas interessadas em você. Sendo assim, a preocupação só ocorre para quem não tem certeza sobre a qualidade do seu próprio trabalho. Lembre-se: o bom trabalhador nunca fica desempregado.



As grandes marcas são imortais?

Na nova campanha criada pela agência goiana Bees Publicidade, o conceito "grandes marcas nunca morrem" transforma ícones da cultura pop em marcas consagradas do mercado




Mesbla, Mappin, Arapuã, Bamerindus, Unibanco, Lollo, Varig, Yopa e Prosdócimo. Se você tem 30 anos ou mais, certamente já ouviu falar na maioria das marcas citadas. Surpreende saber que algumas delas já foram extintas há mais de duas décadas. Trata-se de uma prova cabal sobre a importância do trabalho de branding e comunicação para o share of mind (nível de lembrança) da marca junto ao público.

Com o conceito “grandes marcas nunca morrem”, a agência goiana Bees Publicidade criou uma campanha para promover o Pop List, premiação promovida pelo jornal O Popular, que através de um estudo de mercado, afere o grau de fixação na mente do consumidor das marcas de produtos e empresas do cotidiano econômico de Goiânia. Nas peças, Jimi Hendrix assume o papel de Coca-Cola, Michael Jackson encarna a marca Omo e Elvis representa a extinta marca de creme dental Kolynos.

A última, inclusive, é um grande exemplo de fixação de marca. Impossível não lembrar de sua clássica embalagem amarela e da propaganda na televisão, dos merchandisings em programas como Domingão do Faustão.

A força da marca era tão grande junto ao público brasileiro, que mesmo sendo descontinuada em 1997, apenas seis anos depois, em 2003, ela começou a deixar de figurar nas principais listas de Top of Mind no País.







Dica do dia





Sebrae-SP lança primeira escola gratuita de empreendedorismo no Brasil

A escola visa a formação e capacitação de empreendedores em diversas áreas, incluindo Administração e Marketing




O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) em parceria com o Centro Paula Souza (responsável pelas escolas técnicas e faculdades de tecnologia), visando uma disseminação da cultura empreendedora, anuncia a criação da primeira escola gratuita da área no Brasil. As inscrições para o processo seletivo já começam na primeira semana de outubro.

A Escola de Negócios Sebrae-SP visa a formação e capacitação gratuita de futuros e atuais empreendedores por meio do ensino técnico e tecnológico, nas áreas de Administração, Gestão, Logística e Marketing. Além da escola na capital paulista, está previsto no projeto a implementação de uma rede profissionalizante em todo o Estado e um sistema de ensino a distância em meados de 2014.

“Para ter uma verdadeira Escola de Negócios modelo reunimos o conhecimento, a credibilidade e a experiência das valorosas e reconhecidas equipes do Sebrae-SP e do Centro Paula Souza”, afirma Alencar Burti, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP. “Certamente será um marco para a construção de uma sociedade do conhecimento não só de São Paulo, mas do Brasil”, enfatiza.

Segundo Laura Laganá, diretora superintendente do Centro Paula Souza, o resultado da parceria com o Sebrae-SP permitirá a capacitação de profissionais focando o empreendedorismo e inovação.

De acordo com Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP, o projeto vem suprir a demanda do empresariado brasileiro por um ensino formal que integre teoria e prática e contribua para o fortalecimento das micro e pequenas empresas.

“Hoje quase 45% dos brasileiros sonham em ter a própria empresa. Com a Escola de Negócios, nossa missão será cada vez mais preparar o futuro empreendedor e ajudá-lo a transformar seu sonho em realidade. A Escola será um ambiente criativo para fomentar o empreendedorismo paulista”, completa.

Sebrae-LAB: um novo modelo de ensino

Com 10 mil m², a Escola de Negócios abrigará o Sebrae-LAB, composto por quatro processos complementares - Núcleo de Atendimento, Biblioteca Especializada, Espaço Criativo e Hotel de Ideias.

Com o objetivo de proporcionar uma experiência de aprendizagem que agregue os conhecimentos práticos de gestão de negócios aos conceitos teóricos da sala de aula, o espaço foi desenhado com um Núcleo de Atendimento que reunirá uma equipe de especialistas do Sebrae-SP, que além de apoiar os alunos oferecerá consultoria e orientação aos empresários de pequenos negócios.

A Escola abrigará também a Biblioteca Especializada com um acervo físico e digital de 50 mil títulos. Já o Espaço Criativo foi configurado para estimular a busca de soluções individual ou coletivamente e o debate sobre novos negócios. O Hotel de Ideias funcionará como incubadora de projetos para abrigar e apoiar empresas em sua fase de concepção e formatação.

Processo seletivo

Para ingressar na Etec (escola técnica), o pré-requisito é a conclusão do ensino fundamental ou do 1º ano do ensino médio, dependendo do curso escolhido. Para entrar na Fatec (faculdade de tecnologia), é preciso ter terminado o ensino médio. O processo seletivo será o mesmo dos outros cursos do Centro Paula Souza. As inscrições para vestibular da Fatec deverão ser feitas de 8 de outubro a 7 de novembro (mais informações no site www.vestibularfatec.com.br). O vestibulinho para a Etec terá inscrições de 1º a 24 de outubro.

Para o ciclo de aulas 2014/2017, serão disponibilizadas quase 2 mil vagas para os ensinos técnico e tecnológico, com entrega de certificados e diplomas. A duração dos cursos varia entre 18 (técnico) e 36 meses (técnico integrado ao médio integrado e tecnológico).



domingo, 29 de setembro de 2013

A complexa engenharia da Administração

Em cada etapa da vida de um negócio, é preciso entender qual a maneira mais adequada de fazer as engrenagens funcionarem




Empresas têm um único problema durante toda sua vida, o que muda são as formas de resolvê-lo. Gestão é uma engenharia. Você tem de construir suas fundações na sequência certa. Esse “único problema” é garantir seu direito de existir gerando mais do que gasta. Gerando “excesso” num nível adequado para manter a “máquina” funcionando sem ratear. Chamam isso de problema da geração de valor. Tudo o que tem valor tem custo. Se não tem custo, não tem valor.

No início da vida da empresa, tem que existir um mercado que queira aquilo que ela tem para vender. Veremos, mais para a frente, que a atitude mental certa para um gestor é partir de algo que seja desejado por um grupo de “pagadores” potenciais, e só então construir a empresa em torno daquilo. É errado começar um negócio porque a gente gosta do que vai vender [Ford], ou porque a família sempre trabalhou com aquilo etc.. Empresas devem ser construídas a partir de necessidades.

Quando ela é bem jovem, o foco único é demonstrar que é capaz de vender por um preço que a permita cobrir seus custos e ficar com uma sobra. Isso é uma grande conquista. A maioria não consegue. É a fase da criatividade, da informalidade; você não precisa (nem deve) ser sofisticado, ter sistemas, estruturas, nada disso. É planilha Excel ou papel de pão mesmo; “barriga no balcão”.

Os anos iniciais de qualquer empresa são simples. São muito trabalhosos, mas são simples. Têm pouca gente. Pouca especialização. Todo mundo faz tudo. A comunicação é informal e rápida. Não tem TI, não tem jurídico, financeiro, marketing, nada. Só contador (e olhe lá!).

Se a empresa passa nesse primeiro teste (e, portanto, não morre!) ela conquista temporariamente seu direito de existir. Mas logo surgem novos problemas – você tem que se estruturar; implantar sistemas, processos, controles. Você tem que gerenciar pessoas de forma mais técnica e menos paternalista.

Você tem que ir tornando a empresa mais complexa, pois, se não fizer isso, o valor que ela gera não se sustentará. Acabou a fase da papinha, tem que ter comida sólida.

É impossível continuar a gerar valor (preço menos custo) sem algum tipo de energia nova, se você quer continuar a existir. Tudo o que tem valor, tem custo. A empresa simples do início tem que se tornar complexa. Caso contrário, morre. Adicionar complexidade é o mecanismo para resolver problemas relacionados com “ficar viva”. Durante um período, o custo da complexidade crescente compensa.

Complexidade é uma coisa econômica. Quer dizer: para decidir se ela é boa ou má, você tem que avaliar os custos e os benefícios das soluções que ela propicia. Mas o que é complexidade?

“Você está num ambiente complexo quando tem muitas possibilidades de escolha, mas poucas o mantêm vivo. As demais matam você”.

Empresas iniciantes são simples porque se resolvem o problema certo (mercado) não morrem, mas terão de se complexificar para continuar vivas. Introduzimos complexidade nas organizações (de todos os tipos) porque é só através dela – complexidade – que conseguimos resolver os problemas com que o ambiente nos confronta. Complexidade é ferramenta de solução de problemas. Organismos de maior complexidade têm mais opções de comportamento, ou seja, têm mais chance de fazer as escolhas certas.

Insetos são simples. Têm que produzir bilhões de crias, pois só uma, em média, fará as escolhas certas e sobreviverá para gerar novas crias. Peixes são mais complexos – precisam só de milhões de crias para que uma faça a escolha certa. Sapos precisam só de milhares e mamíferos de dúzias. Sem isso, elas não crescem, mergulham na irrelevância e podem morrer.

Um gestor tem que aprender a decodificar com precisão a circunstância em que a empresa está, porque a ferramenta certa para resolver seus problemas depende dessas circunstâncias.



Alemão descobre como jogar online com o Super Nintendo

Basta utilizar um adaptador caseiro no controle para que os dados sejam capturados e transmitidos de um jogador para outro através da Internet




Os saudosistas que não tiveram coragem de se desfazer do seu Super Nintendo (SNES), videogame de quase 22 anos de idade, podem começar a comemorar. Graças ao improviso do programador alemão Michael Fitzmayer, agora há a possibilidade de jogar online o Super Mario World, por exemplo, com outros jogadores.

O truque é simples, não precisa de emulador: basta utilizar um adaptador caseiro no controle retrô para que os dados sejam capturados e transmitidos de um jogador para outro através da Internet. O projeto denomina-se SNESoIP e é descrito com maiores detalhes no GitHub, onde também é ensinada a fómula do adaptador.

Como se trata de um projeto de código aberto (open source), qualquer pessoa pode fazer o download do arquivo e também modificá-lo, livre de taxas. Para ajudar financeiramente o pesquisador a aprimorar o desenvolvimento da técnica, é possível fazer doações pelo PayPal.

Os planos futuros do programador envolvem versões do adaptador para o Gameboy Classic e para o Super Gameboy. Segundo Michael, "aqueles que se interessaram pela iniciativa e gostariam de participar do seu desenvolvimento serão bem vindos".

Para quem jogou seu SNES no lixo, mas ainda sente saudade dos games de antimagente, existe o site SNES Box, que, desde que seu computador reproduza Flash, vai rodar os jogos do Super Nintendo no seu browser, com a opção de multiplayers.



Dica do dia



Casais empreendedores que deram certo (no amor e nos negócios)

Muita gente tem medo de envolver trabalho e vida pessoal. Casos marcantes do Vale do Silício mostram, no entanto, que casais que empreendem juntos podem, sim, conseguir muito sucesso




Houve uma época no Vale do Silício em que venture capitals não gostavam da ideia de financiar casais. No entanto, Cisco e 3Com - duas importantes startups do Vale - foram fundadas por casais. Hoje, o mundo das startups parece nutrir ainda mais romances. Às vezes, ele é o CEO, outras vezes ela é. Às vezes, eles invertem os papeis. Para ter um filho, ou vários. Ou não. De qualquer maneira, o preconceito contra casais empreendedores precisa acabar. O empreendedorismo é um caso de paixão. Um afrodisíaco poderoso. Melhor conhecer o fenômeno.

Julia e Kevin Hartz (Eventbrite)

Foi necessário um pedido de casamento e uma oferta de trabalho em um novo negócio conjunto para que Kevin Hartz conseguisse trazer sua noiva Julia para o Vale do Silício. O antigo emprego de Julia em Los Angeles era simplesmente na indústria do entretenimento, mas ela mostrou bastante entusiasmo ao lidar com o início do negócio. Em 2006, o casal conseguiu um terceiro co-fundador e lançou o Eventbrite, uma plataforma online de vendas de ingressos que promove uma conexão com outros participantes do evento.

No começo de 2008, alguns dias antes do Eventbrite receber sua primeira rodada de investimento anjo, Julia deu à luz o primeiro filho do casal. Determinada a continuar durante o momento de sucesso, Julia permaneceu trabalhando em casa durantes cinco meses antes de retornar. Kevin ocupa a posição de CEO e Julia a presidência, enquanto cuida das duas filhas. Ela e Kevin usam a combinação ajuda da família e babá durante a semana. Durante as sextas, Julia trabalha em casa. Kevin e Julia continuam trabalhando como um time, balanceando seus negócios e a vida familiar.

Victoria Ransom e Alain Chuard (Wildfire)

Assim como Julia Hartz, o interesse de Victoria Ransom em se tornar uma empreendedora foi estimulado pelo seu namorado. Victoria se uniu a Alain Chuard para fundar, em 2001, a Access Trips, uma empresa de planejamento de viagens voltada para jovens profissionais. Em 2007, quando o Facebook estava expandindo sua presença com as fanpages, Victoria e Alain criaram um aplicativo para executar sorteioa na rede. O app fez tanto sucesso que ganhou uma expansão independente. O Wildfire faz marketing nas mídias sociais, baseando-se nos efeitos virais para executar campanhas, gerenciar análises e desenvolver ações online. A empresa cresceu para aproximadamente 300 empregados e incluiu 30 marcas globais entre os clientes. Em julho de 2012, o Google bateu na porta e comprou a companhia de Victoria por aproximadamente U$ 350 milhões.

Durante o trabalho conjunto, o casal permaneceu como um time forte que joga com os pontos fortes. As habilidades de Alain o colocaram como chefe de produção com foco no design, engenharia e desenvolvimento. O instinto empreendedor de Victoria ajudou não apenas no desenvolvimento do produto, mas principalmente na hora de conduzir o show, mantendo o título de CEO. Victoria admira as mães no mundo dos negócios, mas não possui filhos. Ela continua a trabalhar no Vale do Silício, sendo uma das defensoras das mulheres no ramo da tecnologia.

Collis e Cyan Ta’eed (Envato)

Collis e Cyan Ta’eed viajaram de Papua Nova Guiné e Nova York, respectivamente, para se casarem na Austrália. Collis estava procurando um trabalho como designer e Cyan estava estudando Design quando se conheceram, e em 2004 eles começaram a trabalhar juntos como freenlancers.

A empresa deles, GoodCreative, se focou em design para trabalhos de caridade. A venda de arquivos em flash promoveu a Envato, um marketplace online, voltada para compra e venda de serviços criativos e bens digitais.

Hoje a Envato possui aproximadamente 10 milhões de visitas por mês, e um arquivo é vendido a cada 10 segundos. É o maior marketplace para web design, templates do Adobe After Effects e um mercado de música de fundo para uso em publicidade.

Em 2007, a incursão de Collis em blogs resultou em uma segunda dimensão para o site. A Envato agora possui um total de 12 sites de tutoriais sobre todos os assuntos, de desenvolvimento de jogos até o trabalho como DJ.

A afinidade de Cyan com o gerenciamento do projeto criou um fluxo de trabalho simples para o casal, em que "Collis criaria ideias fantásticas de negócios e Cyan, então, colocaria uma equipe para desenvolver esse trabalho."

Collis é o CEO da empresa, e afirma que é menos solitário que outros CEOs por que pode trabalhar com sua esposa. Assim como Victoria e Alain, o casal não tem filhos. Os dois são bem próximos e passam o dia inteiro juntos, dividindo a paixão pelo trabalho.

Amy Pressman & Borge Hald (Medallia)

Após se formar em Administração em Stanford em 1993, Amy Pressman passou a trabalhar em uma empresa de consultoria norueguesa, focando na queda dos padrões da manufatura americana. Enquanto formulava um plano de negócios para esse setor negligenciado, ela se apaixonou pelo seu marido Borge Hald, que também trabalhava no exterior, após estudar na escola de negócios de Stanford.

O casal voltou para a baía de São Francisco em 1999 para fundar o Medallia. A empresa oferece pesquisas baseadas na internet e um trabalho voltado para fidelização de clientes para os varejistas, hotéis e outros serviços orientados para empresas.

Após a procura por financiamento, o Medallia passou a ser lucrativo no final de 2002. Em 10 anos desde que começaram, Amy e seu marido construíram uma empresa considerável, que lucra aproximadamente US$ 30 milhões. Borge lida com o produto primário e a engenharia, enquanto Amy promove as vendas e procura novos negócios. Os dois dividem a liderança da companhia. Apenas quando o segundo filho do casal nasceu, houve a designação de Borge como o CEO e Amy como presidente. Mãe de três crianças, ela equilibra a vida profissional e familiar em encontros matinais com seu marido, para falar sobre o desenvolvimento da companhia. "A vida é um caos", admite Amy.

Wendy Tan White & Joe White (Moonfruit)

Após se formar em Ciências da Computação na Imperial College em London, Wendy Tan White foi chamada para ajudar a construir o banco online Egg.com. Foi um projeto que a apresentaria para Joe White e a inspiraria para criar o seu próprio negócio. Em 2000, Wendy fundou a Moonfruit, uma plataforma de desenvolvimento web sob demanda, que fornece uma interface simples para que os usuários pudessem compartilhar suas paixões. Joe e um amigo da faculdade foram seus co-fundadores; Wendy e Joe se casaram logo depois.

A estabilidade financeira da Moonfruit oscilou durante a Crise das Pontocom, momento em que Joe deixou a empresa para trabalhar em tempo integral com a McKinsey. Com ajuda de trabalhos freelancers e financiamento adicional, a Moonfruit se reergueu em 2005.

No meio do crescimento da Moonfruit, Joe voltou e Wendy se afastou da empresa de 2004 até 2008 para criar os filhos do casal. Ela continuou contribuindo para o crescimento da empresa estudando design e desenvolvendo campanhas de mídia.

Quando Wendy voltou ao trabalho, aconteceu a inversão de papéis. Agora, Wendy se tornou CEO e Joe o CFO. Os dois cuidam dos negócios, trabalhando fora do escritório uma vez por semana.

Eles têm um "encontro" semanal à noite e deixam os telefones fora de área ao chegar em casa todas as noites. É um sistema que parece funcionar bem, já que os lucros da Moonfruit em 2012 foram acima de US$ 5 milhões, com uma taxa de retenção 80-90% na plataforma de e-commerce do produto.

Então, veja: amor e empreendedorismo podem, sim, dar muito certo juntos!



sábado, 28 de setembro de 2013

Custo-Brasil: o preço da ineficiência que as empresas têm de absorver

Os principais fatores que compõem o custo-Brasil são sistêmicos e dependem quase que totalmente de ações e projetos governamentais




As implicações do ‘custo-Brasil’ são muitas, mas sua raiz é basicamente um conjunto bem conhecido de fatores que atrapalham a competitividade das empresas e emperram o desenvolvimento do país. Entre eles, os mais impactantes parecem ser a exagerada carga tributária, a legislação fiscal complexa e ultrapassada, a excessiva burocracia administrativa e tributária, além da precária infraestrutura logística em todo o país. Podemos somar a isso o alto custo do dinheiro (taxa de juros e spread bancário), inflação em alta e mão de obra pouco qualificada. Como resultado, temos o “custo-Brasil” – que nada mais é senão o custo extremamente elevado de produtos domésticos, quando comparados com similares importados vendidos aqui, ou mesmo com produtos nossos quando colocados em outros países. Em estudo recente, a Fiesp identifica esse custo como sendo 38% a mais em relação a países emergentes e 30%  a mais quando comparado a países desenvolvidos.


Um dos fatores que mais impactam o custo-Brasil e o ambiente de negócios é a alta carga tributária – uma das mais vultosas do mundo, que penaliza tanto as empresas como os consumidores. Pode-se dizer que as ações do governo têm sido bastante acanhadas no sentido de  reduzir carga tributária. Recentemente, o Senado aprovou uma medida provisória que visava à desoneração da folha de pagamento de alguns setores. Na prática, entretanto, a medida gerou uma redução de apenas 0,5%, em média, no preço final de produtos e serviços. Isso indica que não se deve esperar do governo muito mais do que reduções pontuais, como do IPI para determinados setores. A propósito, essas medidas se mostram protecionistas para as empresas de tais segmentos. É o reconhecimento, pelo Estado, de que esses setores não conseguem competir com os importados devido à ineficiência sistêmica.

Não é difícil compreender a falta de vontade política do governo para uma ampla reforma tributária, já que esses recursos são usados para manter a máquina do governo e financiar projetos – alguns, é certo, importantes para melhorar a competitividade do país e outros tantos mais populistas, visando manter a governabilidade e a elegibilidade. Infelizmente, o que sobra é mal direcionado e mal gerido. Escândalos de superfaturamento estão por toda parte, assim como casos e mais casos de nepotismo e de funcionários fantasmas que constam da folha de pagamento sem nunca terem atuado na pasta.

Na esteira dos impostos vem a burocracia fiscal – fruto de uma legislação fiscal complexa e ultrapassada, com mais de 3.200 normas tributárias que exigem do setor privado uma estrutura descomunal. No ano passado, um estudo do Banco Mundial identificou que no Brasil uma empresa chega a gastar 2.600 horas por ano no processamento de tributos. Em países desenvolvidos, o tempo gasto é de apenas 179 horas. Mais um detalhe: são necessários cerca de 200 funcionários para atender às normas fiscais no Brasil, enquanto empresas norte-americanas de mesmo porte necessitam de apenas quatro. Em estudo recente, a Fiesp revela que essa carga tributária e a excessiva burocracia fiscal são responsáveis por metade do custo-Brasil. Contribuindo um pouco menos – sem deixar de ser importante – surge a ineficiência da infraestrutura, que penaliza todos os setores da economia – do industrial ao agronegócio e o setor extrativista. Com pouco investimento, capacidade deficiente de gestão, e foco no curto prazo, é difícil imaginar que os problemas de infraestrutura possam ser resolvidos dentro de cinco, seis, ou oito anos. Geralmente, são projetos com cerca de dez anos de maturação e que, por isso, acabam saindo do foco do governo.

Pode-se concluir que os principais fatores que compõem o custo-Brasil são sistêmicos e dependem quase que totalmente de ações e projetos governamentais. É possível chegar também à conclusão de que as chances de o governo adotar uma abordagem mais assertiva sobre esses fatores são quase nulas – pelo menos no curto prazo. Portanto, sobra para empresas e empresários brasileiros a missão de atuar sobre fatores que estão a seu alcance, no sentido de reduzir custos e aumentar a competitividade. Vale a ressalva: por mais que se tenha alta eficiência operacional, sempre é possível atuar em variáveis internas e descobrir processos que podem nos dar um pouco mais de eficiência e nos tornar mais competitivos.

Focar na capacitação e no desenvolvimento dos colaboradores é uma forma de fomentar a melhoria – que, aliás, ainda é um ‘mantra’ nas empresas japonesas, independentemente do nível de competitividade em que se encontram. Embora a história mostre que, em países como Japão, Taiwan, Coreia do Sul e China, essas virtudes foram fomentadas, coordenadas ou incentivadas pelo governo, podemos inventar um novo modelo em que o principal fator de competitividade está nas empresas e na capacidade individual. Na opinião de Michael Porter, consultor e professor da Harvard Business School, a prosperidade de um país é criada, não herdada. Ela não deriva das riquezas naturais, do número de trabalhadores ou do valor de sua moeda. Outrossim, é função da capacidade de inovar de suas empresas.



Sonegômetro mostra que calote aos cofres públicos passa de R$ 304 bilhões

Segundo os procuradores, se o Sonegômetro fosse um estado brasileiro, e o valor sonegado fosse colocado como seu Produto Interno Bruto (PIB), estaria em quarto lugar no ranking




O calote aos cofres públicos passou de R$ 304 bilhões, mostra o placar online da sonegação fiscal no Brasil, instalado hoje (25) perto do Congresso Nacional. Segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), o valor daria para construir 10.566.231 postos de saúde equipados. O leitor que quiser consultar a ferramenta em tempo real e ver alguns exemplos do prejuízo que o país tem deve acessar o endereço www.sonegometro.com na internet.

Segundo os procuradores, se o Sonegômetro fosse um estado brasileiro, e o valor sonegado fosse colocado como seu Produto Interno Bruto (PIB), estaria em quarto lugar no ranking, perdendo apenas para São Paulo (R$ 1,248 trilhão), Rio de Janeiro (R$ 407 bilhões) e Minas Gerais (R$ 351 bilhões).

O Sinprofaz destaca que não é só o volume do prejuízo que importa, mas a relação direta entre sonegação fiscal e corrupção. Por isso, a categoria considera importante esclarecer a população sobre o problema. A ação faz parte da Campanha Nacional da Justiça Fiscal "Quanto custa o Brasil pra você?", criada pela entidade em 2009.

O valor estimado de sonegação tributária é superior a tudo que foi arrecadado em 2011 de Imposto de Renda (R$ 278,3 bilhões). Para chegar ao índice de sonegação, o estudo selecionou tributos que correspondem ao 87,4% do total da arrecadação tributária no Brasil, entre eles os impostos de Renda, sobre Produtos Industrializados (IPI), sobre Operações Financeiras (IOF) e, sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); as contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e sobre o Lucro Líquido (CSLL), além do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Para os procuradores, existem duas situações: em uma delas, encontra-se a grande maioria dos cidadãos, que precisa trabalhar até quatro meses por ano só para pagar impostos. Na outra, "muito bem camuflada" está uma minoria que se beneficia das diversas brechas da legislação tributária, do sucateamento da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), fazendo fortuna e alimentando os caixas da corrupção, da lavagem de dinheiro e do crime organizado, explicam os procuradores.

“Indiferente e acomodado, o governo prefere repassar a conta para o cidadão, que suporta uma das maiores cargas tributárias do mundo”, destaca o Sinprofaz.

O secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, no entanto, garante que existe um esforço, pelo menos por parte do Fisco, para mudar tal realidade. “Não trabalho com esses números, que são do âmbito da Procuradoria da Fazenda Nacional, uma fase seguinte da cobrança dos créditos tributários. A visão da Receita Federal, sim, é que nós aperfeiçoamos os instrumentos de cobranças aos grandes contribuintes”, disse Nunes.

O secretário lembrou que foram criadas delegacias especializadas e preparadas para trabalhar com os grandes contribuintes para combater a sonegação. “Então, há, sim, cobrança de impostos dos assalariados, da classe média, mas também foram aperfeiçoados os instrumentos de cobrança em relação aos grandes contribuintes.”

Luiz Fernando Nunes lembrou que o Fisco tem pessoas treinadas e capacitadas, que procuram atuar firmemente em relação a esses contribuintes. “Há delegacias especializadas no Rio de Janeiro e em São Paulo apenas para trabalhar com os chamados grandes contribuintes."



Dica do dia



Empresários querem contratar temporários para o fim do ano, mas não pretendem efetivar

A previsão é que 233 mil trabalhadores temporários sejam contratados até dezembro. No entanto, 43% das empresas admitem que não vão assinar carteira, aponta estudo do SPC e CNDL




As empresas brasileiras de comércio e serviços já começaram a se movimentar para as contratações de funcionários temporários para suprir a demanda das festividades de fim de ano. De acordo com um estudo encomendado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 23% dos empresários devem contratar temporários no período.

Por outro lado, boa parte (43%) dos que pretendem contratar o farão sem assinar a carteira de trabalho dos trabalhadores. Isso significa que os direitos básicos assegurados por lei -- como salários justos, folga semanal remunerada, horas extras, dentre outros -- não serão garantidos.

“Até alguns benefícios adquiridos por negociações coletivas também devem ser estendidos aos funcionários temporários, como por exemplo, o auxílio alimentação”, explica o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.

Os empresários, por sua vez, culpam os elevados encargos na folha de pagamento pelo baixo desempenho na geração de empregos formais. Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, muitas conquistas foram adquiridas ao longo dos últimos dez anos, a exemplo da criação da modalidade jurídica do Microempreendedor Individual, que já formalizou mais de três milhões de trabalhadores. “No entanto, ainda é preciso fazer mais, sobretudo pelo pequeno empreendedor. O consumo e a geração de novos postos de trabalho ainda são emperrados pelos entraves gerados pelo excesso de impostos e pela folha de pagamento onerosa”, defende.

Trabalhadores efetivados

A pesquisa sinaliza que um total de 233.149 temporários devem ser contratados. Destes, 14,2% (33.097) devem ficar na empresa e ser efetivados. De acordo com a pesquisa, 55% dos entrevistados avaliam que as vendas serão melhores neste final de ano do que em igual período de 2012.

No comércio, as expectativas são ainda melhores e o percentual sobe para 62%, contra 46% do setor de serviços. Os motivos para o otimismo, segundo os próprios entrevistados, estão na existência de mais crédito disponível (36%), seguida por aspectos como queda no desemprego (25%), maior planejamento financeiro das famílias (19%) e mudanças no cenário econômico atual (16%).

Perfil do profissional

A pesquisa também procurou conhecer características pessoais e as habilidades profissionais dos empregados requisitadas pelos comerciantes de shoppings, lojas de rua e prestadores de serviço. De modo geral, o estudo apontou que o mercado busca mão de obra temporária jovem, com ensino médio completo, disposta a receber em média um salário mínimo (R$ 678) para trabalhar na função de vendedor e que seja dinâmico e pró-ativo.

Em relação à faixa etária, a pesquisa mostra que a maior parte do comércio busca profissionais com idade entre 18 e 24 anos, enquanto que os prestadores de serviço tendem a absorver funcionários de uma faixa etária superior, em especial entre 25 e 49 anos (83%). ”O comércio dá oportunidades à mão de obra jovem, com pouca ou nenhuma experiência, o que dá ao empresário a oportunidade de treinar um profissional de baixo custo. Já o setor de serviços tende a priorizar um trabalhador mais experiente, que dê um atendimento mais especializado ao consumidor”, avalia Pellizzaro Junior.

No geral, a pesquisa mostra que 50% dos funcionários temporários vão receber um salário mínimo por mês. O percentual sobe para 54% no comércio e cai para 39%, no caso do setor de serviços. Em 32% dos casos, os comerciantes vão complementar a remuneração com comissões sobre o valor das vendas. “O mercado dos setores pesquisados tende a contratar uma mão de obra jovem, com pouca experiência e por um período determinado, o que pode justificar a baixa atratividade em termos de remuneração”, avalia Borges.

Período e prazo de contratação

De acordo com a pesquisa, a maior parte dos empresários do comércio (86%) pretende contratar profissionais por no máximo três meses. No caso do setor de serviços, o período de maior incidência cai para até dois meses (63%), certamente em função da maior qualificação e maturidade da mão de obra, cuja remuneração, segundo a pesquisa, tende a ser mais elevada, com maiores despesas para o contratante.

Embora 19% dos empresários afirmem já ter feito contratações, a maior parte (48%) vai deixar para contratar mão de obra em novembro, enquanto que 27% pretendem iniciar as seleções em outubro e 5% no mês de dezembro.




Metodologia

O estudo ouviu 731 empresários do setor de comércio e serviços de todas as 27 capitais brasileiras. A margem de erro do estudo é de 3,6 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

6 tipos de clientes que, simpáticos ou não, você precisa atender bem

Entenda a importância de conhecer seu público




Há muito se fala sobre a qualidade do atendimento nos contact centers. Muitos dizem que a ligação demora mais tempo que o necessário e que nem sempre resolve o problema. Uma pesquisa recente feita pela ResearchNow concluiu que 58% dos consumidores se sentem incomodados com a espera e 48% acreditam que ligar para uma empresa é inútil.

Hoje, com tantos canais de relacionamento é difícil conhecer o seu cliente, mas isso é cada vez mais fundamental. Acredito que com essa informação nas mãos, é possível melhorar essa relação atendendo cada cliente da sua maneira. Há variados perfis de consumidores. Para auxiliar, listei abaixo alguns dos principais:

- O satisfeito: costuma estar contente com os serviços da empresa, mas também é exigente em suas escolhas e dificilmente irá se satisfaz com algo que não responda às suas necessidades. É um cliente importante para a empresa, já que costuma apontar os dados positivos referentes a ela, o que pode ser útil para a melhoria contínua do relacionamento com seus públicos e até a indica.

- O estressado: Quando liga, costuma já estar nervoso. Seja com algum problema que a empresa precisa solucionar, ou por qualquer outro motivo. Ele não está disposto a bater papo. Exige que seu problema seja solucionado o quanto antes e não costuma gostar de esperar para isso. Com ele, é preciso demonstrar vontade de ajudá-lo o quanto antes, para que ele se sinta compreendido.

- O conectado: é aquele que está sempre conectado na web e posta em tudo que é rede social. Esse é um dos tipos de clientes que mais preocupam as empresas.

- O bonzinho: Sabe aquele cliente que tem a maior paciência do mundo? Que não só está disposto a esperar por uma resolução, mas a também ouvir o que o atendente tem a oferecer, e às vezes, até pergunta informações de outros serviços. Ele conversa, conta dos produtos ou serviços que consome e demonstra contentamento com tudo.

- O crítico: Liga para enfatizar sua insatisfação através de críticas aos serviços, à empresa e à loja em que comprou. Costumo dizer que o cliente crítico pode ser um “termômetro” para a empresa, que tem a possibilidade de usar suas opiniões para fomentar melhorias no atendimento aos consumidores.

- O confuso: O atendimento a esse cliente requer paciência, porque não entende facilmente o que é transmitido. Esse público costuma se manter fiel a determinado produto ou serviço, quando é bem atendido.

Dentre tantos perfis, acredito que para todos o importante é que a empresa demonstre vontade de resolver as questões. É isso que no fim das contas constrói a opinião final das pessoas sobre determinada empresa e seu atendimento.

É preciso construir um bom relacionamento com os clientes, analisando quais são suas principais necessidades, as mais recorrentes queixas e reclamações, e também, compreender os seus perfis. Uma organização que sabe lidar com as diferenças e singularidades dos seus públicos, com certeza agrega mais valor a sua marca e aos seus serviços.



Adeus: Volkswagen lança campanha para marcar o fim da fabricação da Kombi no Brasil

Além da campanha, a empresa anunciou a Kombi Last Edition, última versão do modelo a ser fabricada




A Volkswagen lançou uma campanha, produzida pela agência AlmapBBDO, para marcar o fim da produção do seu modelo Kombi no Brasil. O anúncio de encerramento da fabricação do veículo foi feito no último mês de julho.

Além da campanha, a empresa anunciou a Kombi Last Edition, última versão do modelo a ser fabricada. A edição terá apenas 1,2 mil unidades disponíveis para a venda.

A Volkswagen também disponibilizou um hotsite para os nostálgicos fãs inconsoláveis com o fim da Kombi contarem suas experiências e momentos vividos lado a lado com o popular modelo.

A Kombi era fabricada no Brasil desde 1957 e foi concebida no fim dos anos 1940 pelo holandês Ben Pon.






Dica do dia





Cinco passos para uma meta

Uma meta, qualquer que seja ela, só pode ser assim conceituada quando traçada segundo cinco variáveis: especificidade, mensurabilidade, exequibilidade, relevância e temporalidade




“A fórmula da minha felicidade: um sim, um não, uma linha reta, um objetivo.”(Friedrich Nietzsche)

Você decide ir ao cinema. Sai de casa e, quando percebe, imerso em seus pensamentos, está fazendo o caminho convencional para ir ao trabalho – que, por sinal, é diametralmente oposto. Depois de enfrentar um belo trânsito, acerta o passo e chega ao shopping. Vasculha os três pisos de estacionamento para obter uma vaga. Logo mais, encontra uma agradável fila para comprar os ingressos. Na boca do caixa descobre que a sessão está esgotada. A próxima, somente em duas horas e quinze minutos.

Impossível? Improvável? Com você não? Pense bem antes de responder. Se você ainda não passou pelo ciclo completo descrito acima, uma boa parte dele já lhe visitou em um final de semana destes. O mal é o mesmo que afeta a profissionais e empresas no mundo corporativo: a ausência de metas definidas.

Vamos partir de um pressuposto. Você sabe o que quer, para onde deseja ir. Se estiver em uma companhia que não lhe agrada, buscará outra. Se estiver disponível, sabe qual o perfil de vaga lhe interessa. Se estiver satisfeito em sua posição atual, almeja alcançar um cargo mais elevado.

Uma meta, qualquer seja ela, só pode ser assim conceituada quando traçada segundo cinco variáveis. A primeira delas é a especificidade. Seu objetivo deve ser muito bem definido. Assim, é inútil declamar aos quatro cantos do mundo: “Quero trabalhar na multinacional ABC Ltda.”. Desculpe-me pela franqueza, mas acho que você não será contratado a menos que pense: “Vou trabalhar como gerente comercial, na divisão alfa, da companhia ABC Ltda., atuando na coordenação e desenvolvimento de equipes de vendas para a região sul”. Em outras palavras, quanto mais específica for a definição de seu propósito, mais direcionado estará seu caminho.

A segunda variável é a mensurabilidade. Sua meta deve ser quantificável, tornando-se objetiva, palpável. Em nosso exemplo anterior, você teria que definir, por exemplo, a faixa de remuneração desejada. Outra situação bem ilustrativa desta variável é a aquisição de bens materiais. “Pretendo comprar um carro”, é um desejo. “Vou comprar um veículo da marca XYZ, modelo beta, com motor 2.0, dotado dos seguintes opcionais (relacioná-los) e com valor estimado de R$ 30.000,00”, é uma quase-meta.

A próxima variável é a exequibilidade. Uma meta tem que ser alcançável, possível, viável. Voltando ao exemplo inicial, o objetivo de integrar o quadro da companhia ABC como gerente comercial não será alcançável se você tiver uma formação acadêmica deficiente, experiência profissional incompatível com o perfil do cargo e dificuldades de relacionamento interpessoal.

Chegamos à relevância. A meta tem que ser importante, significativa, desafiadora. Você decide como meta anual elevar o faturamento de seu departamento em 5% acima da inflação. Entretanto, seu mercado está aquecido e este foi o índice definido – e atingido – nos últimos dois anos. Logo, é preciso ousadia e coragem para determinar um percentual superior a este, capaz de motivar a equipe em busca do resultado. Lembre-se de que o bom não é bom onde o ótimo é esperado.

Finalmente, o aspecto mais negligenciado: o tempo. Muitas metas são bem específicas, mensuráveis, possíveis e importantes, porém não definidas em um horizonte de tempo. Aquela oportunidade de negócio tem que ser concretizada até uma data limite. Determinada reunião deve ocorrer entre oito e nove horas. Certo filme no cinema sairá de cartaz na sexta-feira próxima.

Por isso, evite procrastinar, nome feio dado à mania de adiar compromissos. Este pode ser um golpe fatal em qualquer meta proposta.



quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Intuição: você utiliza a sua?

Apesar de não ser encontrado facilmente nos livros de Administração (e muitas vezes ser ignorado), na prática, faz parte da vida de milhares de profissionais e empreendedores




Sexto sentido, insight, voz interior, feeling, toque divino, faro profissional, intuição. Os nomes utilizados para a capacidade mental de avaliar situações sem uma análise completa dos fatos são muitos. Mas você sabe o que é e de onde vem a intuição?

Fiz esse questionamento para uma dezena de pessoas e, pode acreditar, as respostas foram as mais variadas. Alguns falaram que ela funciona como se alguém soprasse em nossos ouvidos o melhor caminho a seguir. Outros, no entanto, acreditam que a intuição é criada de nosso próprio conhecimento, mas que está no subconsciente. Tiveram ainda os que consideraram ser um simples desejo pessoal de fazermos algo à nossa maneira.

Independente da variedade de respostas, em um contexto geral, houve um consenso sobre o seu significado. A maioria das pessoas apontou que a intuição é um pressentimento que não sai de nossa cabeça tão facilmente e impulsiona a frase: "alguma coisa me diz para fazermos dessa forma".

Esse pressentimento, inclusive, apesar de não ser encontrado facilmente nos livros de Administração (e muitas vezes ser ignorado), na prática, faz parte da vida de milhares de profissionais e empreendedores.

Akio Morita da Sony, Mark Zuckerberg do Facebook e Ray Kroc do McDonalds são alguns empresários conhecidos por construírem seus pilares comerciais fundamentados em suas intuições e instintos. Em 1991, após a explosão do walkman, Akio Morita chegou a dizer que “a criatividade depende do pensamento humano, da intuição espontânea e de um bocado de coragem”. Ignorando as recomendações de conselheiros, Ray Kroc comprou a marca McDonalds dos irmãos McDonald: “eu não era um jogador e não tinha esse tipo de dinheiro, mas meu instinto me impulsionou”.

E não é preciso ser vidente ou um mega empreendedor de sucesso para utilizar a intuição. De alguma forma, todos nós já experimentamos os efeitos dela e convivemos com as consequências dessas escolhas.

Se você já teve que tomar uma decisão antes de reunir todas as informações importantes por viver uma situação de tensão, ou teve a certeza de que uma ideia daria certo embora não tivesse todos os dados para assegurar seu potencial, ou até já pensou “parece tudo adequado, mas estou com um mau pressentimento”, parabéns! A intuição também tem exercido um papel influente em suas escolhas.




Intriga-me muito

Esse tema sempre intrigou pensadores e estudiosos. Platão, filósofo grego que viveu entre 428 e 347 a.C., já dava indícios de tentar compreender essa temática em sua chamada Teoria do Conhecimento. O fundador da psicologia analítica, Carl Jung, relatava a capacidade inconsciente do ser humano de perceber possibilidades. A cultura popular chinesa considera há séculos a existência das forças mentais Ying e Yang que, entre um de seus significados, simbolizam a “vanguarda intelectual da mente” (Yang) e a “retaguarda intuitiva da mente” (Ying).

Nos últimos anos, a ciência tem dado passos significativos para entender o que é, como funciona a intuição e, melhor, como utilizá-la a nosso favor. Uma das principais descobertas foi a comprovação de que a espécie humana desenvolveu dois sistemas de pensamento, que funcionam como se possuíssemos duas mentes: a analítica (fundamento dos processos racionais) e a intuitiva (responsável pelos sentimentos e comportamentos)

Uma boa definição para entender as duas mentes é do professor Eugene Sadler-Smith, um dos principais pesquisadores sobre psicologia da intuição na atualidade e autor do livro Mente intuitiva. “A mente analítica nos permite avaliar e resolver problemas. São os processos de educação e capacitação que trabalham basicamente com dados objetivos. Já a mente intuitiva funciona como um avançado programa de simulação que orienta na hora de decidirmos o que deve ou não ser feito, em quem devemos ou não confiar, e como tomar decisões importantes”, afirma

Os gestores que apostam tudo na mente intuitiva costumam ser muito bons em ter ideias, mas sem a ajuda de alguém para implementá-las, suas mentes perdem uso prático. Já os gestores que utilizam apenas a mente analítica costumam ser muito bons na realização de tarefas, porém, sem as ideias, suas mentes não possuem tanta utilidade. Por isso, nessa hora, ter a sabedoria em aliar as duas pode ser um bom caminho. Para Eugene Sadler-Smith, “é preciso unir e desenvolver um modo complementar de pensar, estimulando a consciência e a confiança nas nossas ilimitadas reservas de intuição ou capacidade de análise”.

Entrevista

Em 2012, tive a oportunidade de entrevistar o Eugene sobre esse tema. Abaixo, separei alguns dos pontos mais importantes desse contato.

Em que casos utilizamos mais a intuição?

Os administradores frequentemente usam a intuição em situações que são complexas, dinâmicas e incertas, o que inclui negociações e entrevistas de emprego. Muitas delas frequentemente envolvem julgamentos sociais, pois existe um grande número de informações para serem assimiladas e processadas rapidamente, com as quais a mente analítica não pode lidar e a mente intuitiva pode.

Quando você recomenda acreditarmos em nossa intuição?

O mais importante é que o uso frequente da intuição só deve ser feito quando os gestores têm a experiência (o que leva muitos anos para se desenvolver) de saber em que casos basear suas intuições. Se eles não têm a experiência para dar base à sua intuição, ela pode muito bem se tratar de uma adivinhação. Dessa maneira, a ideia-chave é a “experiência intuitiva”. 

Quem foram as personalidades mais intuitivas ao longo da história?

Existem muitos exemplos. Nos negócios, por exemplo, Steve Jobs e Richard Branson. Mas, surpreendentemente, existem muitos cientistas que recorreram à intuição, incluindo ganhadores do Prêmio Nobel. Eu acredito que o intuitivo mais famoso é Einstein, que é conhecido por ter dito: “o intelecto tem pouco a fazer no caminho para a descoberta. Então, chega um salto na consciência, chame-o de intuição ou do quiser, e a solução vem e você não sabe como ou porque”. Sem a imaginação e criatividade que vem com a intuição ele poderia não ter descoberto a teoria da relatividade.