sábado, 30 de novembro de 2013

Lei limitando peso de mochilas escolares "pegaria"?

Tramita no Congresso Nacional um projeto sobre o assunto




Está em discussão no Congresso Nacional um projeto que visa limitar o peso das mochilas escolares a 15% do peso do estudante e obriga a todas as escolas do ensino fundamental e médio a oferecerem armários para os alunos guardarem seus pertences. A proposta foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social (CSS) do Senado Federal na última quarta-feira (20), mas ainda deve ser analisada na Câmara dos Deputados.

Para o advogado Eli Alves da Silva, especialista em direito empresarial, Conselheiro Seccional da OAB-SP e presidente da Comissão de Direito Material do Trabalho da OAB-SP, é importante a criação de uma campanha nacional para a conscientização dos pais, alunos e educadores, sobre as consequências físicas para a desproporcionalidade de peso a ser suportado por crianças e adolescentes.

Ele alerta que essa conscientização não dependerá da lei propriamente dita, mesmo porque ela não traz nenhum tipo de penalidade ou forma de fiscalização. “Lei sem punição não tem eficácia”, afirma. Para ele, mais importante que a aprovação da lei, é a realização de campanhas de conscientização sobre os males que o excesso de peso provoca na saúde de crianças e adolescentes.



Google facilita busca por voz com "OK, Google"

Empresa disponibiliza extensão que agiliza a ativação do recurso para o Chrome




A busca por voz do Google já é conhecida pelos internautas, porém agora ele está ainda mais assertiva e prática. Não será mais necessário clicar no microfone ao lado da barra de pesquisas para iniciar a busca. Ao invés disso, a empresa disponibilizou uma extensão para o Chrome que permite às pessoas dizerem "OK, Google" para ativar o modo de entrada por voz.

A extensão pode ser útil para muitas coisas como gravar um lembrete, converter unidades, traduzir palavras e definir um temporizador, porém a novidade ainda está em fase de testes e funciona somente em inglês.

O recurso está disponível no Chrome OS, Android , iOS e Chrome. Para utiliza-lo é preciso instalar a extensão e autorizar o uso do microfone.



Dica do dia



Bitcoin ultrapassa patamar de US$1 mil pela primeira vez

No início do mês, a bitcoin, moeda digital que não é apoiada por nenhum governo ou banco central, era negociada por cerca de 215 dólares




O preço da moeda digital bitcoin subiu acima de 1 mil dólares nesta quarta-feira pela primeira vez, estendendo a alta deste mês depois de uma audiência do Senado dos Estados Unidos sobre moedas virtuais.

A bitcoin atingiu o patamar de 1.073 dólares na Mt. Gox, operadora sediada em Tóquio conhecida por negociar a moeda, ante uma cotação pouco inferior a 900 dólares na véspera.

No início do mês, a bitcoin, uma proeminente moeda digital que não é apoiada por nenhum governo ou banco central, era negociada por cerca de 215 dólares.

Os defensores da bitcoin dizem que a audiência no Senado na semana passada deu mais legitimidade à moeda, que vem ganhando aceitação por parte do público em geral e de investidores, mas que ainda não é aceita como uma forma de pagamento nos sites de grandes varejistas, como a Amazon.

"Não é apenas a comunidade bitcoin que está dizendo que a bitcoin é usada para coisas boas, há um grande potencial, temos membros do Congresso e agências do governo que concordam com isso", disse Jinyoung Lee Englund, porta-voz da Fundação Bitcoin em Washington.

A bitcoin é valorizada por muitos usuários por seu anonimato. Mas funcionários do governo expressaram preocupações de que muitos serviços de moeda virtual não têm os controles adequados para evitar atividades ilegais, como lavagem de dinheiro.



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Segurança online: 9 ações perigosas que você deve evitar

Veja algumas ações perigosas que podem (e devem) ser evitadas no dia a dia de pessoas e empresas




Este ano que está chegando ao fim foi pródigo em notícias relacionadas à Segurança da Informação, das fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann às declarações do técnico em Segurança da NSA Edward Snowden que tanta repercussão causaram. Nosso país, que até hoje não possui Legislação que regulamente atividades online acelerou a discussão em torno do Marco Civil da Internet – projeto de lei que há quatro anos aguarda votação no Congresso Nacional. O fato é que a cada dia mais e mais pessoas acessam a grande rede – e a proximidade dos mega eventos Copa do Mundo e Olimpíadas obriga as operadoras de telecomunicações a melhorar a qualidade das conexões. E assim, como seria de se supor, quanto mais gente online com maior qualidade na conexão, igualmente mais incidentes de segurança.

Nós que trabalhamos protegendo empresas e seus ativos de informação dos perigos da exposição à internet, procuramos aqui listar algumas ações perigosas que podem (e devem) ser evitadas no dia a dia de pessoas e empresas. Pequenas atitudes de observância a estas regras podem evitar grandes transtornos e prejuízos futuros. Vamos então a elas:

1. Anexos enviados por e-mail de pessoas que você não conhece – esta regra aparece como número 1 não por acaso: anexos são a forma mais rápida de transmitir arquivos maliciosos, e apesar de bastante antiga ainda hoje é muito eficaz. Jamais abra nenhum arquivo enviado em anexo por pessoas que você não conhece;

2. Jamais instale aplicações não autorizadas por sua empresa (se o computador pertence à empresa só deve executar aplicações autorizadas) ou que não sejam previamente conhecidas e testadas. Especial atenção aos clientes de Bit Torrent – no afã de baixar aquele filme ou música pirata, você via regra irá baixar malware;

3. Não desinstale as ferramentas de segurança de seu computador – como o firewall ou o anti-malware. Várias pessoas fazem isso por uma situação de momento e esquecem de desfazer a ação – permanecendo sem segurança depois disso;

4. Apesar de os anexos representarem o maior perigo (como dito no item 1), muitas vezes itens trazidos no corpo de e-mails em HTML como imagens e arquivos PDF podem conter malware. Atenção redobrada com e-mail de origem desconhecida. Na dúvida, apague a mensagem, é sempre melhor;

5. Sites de conteúdo duvidoso são muito mais propensos ao risco de infectar seu computador – pornografia, sites de apostas, sites que hospedam conteúdo ilegal (filmes, músicas) são de alto risco. O melhor é não acessar este tipo de sites;

6. Jamais compartilhe senhas, mesmo de sites aparentemente inofensivos. Aquela sua conta do Netflix que você empresta a um amigo muito provavelmente usa uma senha parecida com outras que você usa em sites mais importantes (muitas vezes até a mesma senha). Não compartilhe;

7. Use um browser diferente do que você utiliza para acessar seu home banking e em private mode: sem armazenar cookies ou histórico. Existe bastante adware e spyware escrito para explorar vulnerabilidades do Chrome, Internet Explorer e do Firefox;

8. Cuidado com as redes wireless gratuitas, comuns em restaurantes, cafés, etc. Neste caso, vale reforçar o que já foi dito em itens anteriores: não desabilite o firewall de seu computador, não preencha formulários em sites desconhecidos, não envie usuário e senha em sites sem HTTPS. Seu tráfego pode estar sendo monitorado por alguém na rede;

9. Faça as atualizações de segurança disponíveis para os softwares que utiliza –a grande maioria dos ataques explora vulnerabilidades antigas, que já deveriam estar corrigidas – se todos fizessem as atualizações de segurança disponíveis. Como o Windows ainda é onipresente, é importante ressaltar a importância do Windows Update – não demore a fazê-lo.

Seguir estas dicas simples não significa que você estará seguro online – segundo os especialistas a segurança online é uma panaceia – inatingível. É certo, entretanto, que pequenas ações podem evitar grandes prejuízos e, neste caso, podemos acrescentar que fazem parte da educação para este terceiro milênio. Faça a sua parte!



Por que seu currículo já não vale mais nada

Com a capacidade que todos nós temos de gerar conteúdo relevante na web, cada vez mais o currículo, em seu formato tradicional, perderá espaço




Você sabia que seu currículo tem cada vez menos valor nesse novo cenário dominado pela internet e pelos meios digitais? Pelo menos, o currículo em seu formato tradicional.

"Como assim?", você deve estar pensando.

Leonardo da Vinci redigiu o primeiro currículo profissional da história em 1482. De lá pra cá a verdade é que o currículo não mudou muito desde que foi inventado. As folhas de papel ou os modelos existentes hoje na web não refletem nosso mundo altamente digital.

Em que o seu currículo difere dos demais? Você pode estar pensando que o que importa realmente é o conteúdo do currículo e não possíveis diferentes formatos. Tem razão. No entanto, não faz sentido olharmos um pouco além de uma folha de papel ou um simples preenchimento de dados pessoais, educação, objetivos e experiências? Quero que você pense um pouco fora da caixa por um momento e veja o universo de possibilidades que você tem para fazer algo diferente na internet.
Os recrutadores "escaneiam" centenas de currículos diariamente buscando pessoas diferenciadas para trazer valor às suas empresas, colaboradores e clientes. Além de sua formação e experiências profissionais, o que você tem feito para se destacar e ter a chance de apresentar suas ideias e habilidades?

Já pensou em fazer uma carta de apresentação em vídeo, por exemplo? Sim, grave um vídeo (curto) falando um pouco mais sobre você e o que pode oferecer e contribuir para a vaga que está buscando. Não é necessário um estúdio e câmeras profissionais, você mesmo pode gravar um vídeo de seu smartphone. Depois de finalizar, faça o upload no Youtube e pronto! Você já está inovando na forma de se mostrar ao mundo. Use a criatividade, pense na vaga ou na empresa em que você mostrará esse vídeo (pode ser para várias empresas), mas capriche no texto e mostre o porquê você deveria ser contratado.

Tenha um perfil completo no Linkedin. As redes sociais são cada vez mais utilizadas por recrutadores e sem dúvida o Linkedin é a primeira rede social a ser analisada. Se você ainda não tem um perfil lá, faça-o agora mesmo e aproveite para entrar em contato com outros profissionais e empresas. Além disso, essa rede social pode lhe trazer maior visibilidade na internet, uma vez que o Google e outros mecanismos de busca tendem a trazer esses resultados em suas primeiras páginas ao digitar o nome de uma pessoa.

Faça uma apresentação pessoal no Slideshare ou no Prezi. O Slideshare e o Prezi são duas ferramentas fantásticas para inovar na maneira de apresentar seu currículo. O Slideshare é uma apresentação na forma de slides que fica disponível na web e também irá lhe ajudar a ganhar maior visibilidade online. Capriche no layout e faça diferente! O Prezi é uma ferramenta inovadora na forma de apresentação, muito mais interativo e dinâmico. Vale a pena conhecer e verificar se faz sentido se apresentar por lá (de acordo com sua área e objetivos profissionais), pois a ferramenta é muito interessante!

Que tal ter um blog ou site pessoal e postar por lá textos, vídeos ou áudios que façam sentido ao seu mercado e que chamem a atenção de pessoas importantes para você (sejam elas recrutadores, empresários, parceiros de trabalho ou até clientes)?

Atualmente é muito simples montar seu blog ou site pessoal, existem tutoriais na internet completos para isso. É claro que haverá outras estratégias após lançá-lo, mas que tal começar? Dê o primeiro passo agora!

E você? Quais outros formatos poderia utilizar para inovar na forma de se apresentar ao mercado? Existem centenas de outras maneiras. Tenho certeza de que você poderá fazer mais do que apenas utilizar o velho e ultrapassado currículo. É claro que o conteúdo de seu currículo deve chamar a atenção dos recrutadores também, mas ao inovar na forma, você tem mais chances de sair na frente.

Você concorda com isso? Se ainda tem dúvidas, faça um teste. Talvez os resultados não apareçam no curtíssimo prazo, mas acredite: eles poderão surpreendê-lo em muito menos tempo do que você espera.



Dica do dia



Senado aprova fim do voto secreto para processos de cassação

Texto estabelece que votos dos parlamentares sobre processos de cassação de mandato e vetos presidenciais serão públicos




O plenário do Senado aprovou, em segundo turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição 43/2013, conhecida como PEC do Voto Aberto. O texto estabelece que os votos dos parlamentares sobre processos de cassação de mandato e vetos presidenciais serão públicos, e não mais secretos como atualmente.

A partir de agora os senadores vão analisar os destaques para emendas que propõem mudanças a esse texto. A maioria dos destaques é destinada a ampliar o escopo de votações que deverão ser públicas. Se forem aprovadas as emendas, os votos dos parlamentares também podem passar a ser abertos em casos de indicações de autoridades e eleições das mesas diretoras da Câmara e do Senado.

Por se tratar de PEC, para os destaques serem aprovados eles precisam de 49 votos favoráveis. Nos casos de vetos e autoridades há bastante polêmica e o plenário se manifesta até o momento de maneira dividida, com alguns senadores considerando que será prejudicial para a independência do Legislativo o fim do sigilo nas votações de indicações presidenciais. Esses também defendem emendas que estipulem o voto secreto também para vetos presidenciais. A votação continua e deve se encerrar ainda hoje.



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Lidando com a Incerteza: como transformar a incerteza e o medo em confiança e criatividade

Resenha do livro de Jonathan Fields




Apesar do seu título de autoajuda, "Lidando com a Incerteza: como transformar a incerteza e o medo em confiança e criatividade", de Jonathan Fields, mostrou ser um bom livro. O autor, que está longe de ser uma celebridade conhecida dos negócios, encobertou esse ponto fraco estampando frases elogiosas nas primeiras páginas e contracapa do livro de autores mais famosos, como Daniel Pink, Tony Hsieh e Seth Godin. Sem dúvidas, ele é melhor nos contatos do que propriamente em sua escrita.

Em suma, o autor aborda, de uma maneira um pouco superficial, sobre o grande despreparo da maioria das pessoas ao enfrentar situações que envolvem medo, angustia e ansiedade.

Segundo o autor, quanto mais você se inclina em direção à incerteza e maiores são os riscos que você corre para criar algo que ainda não existe, maiores são as suas chances de ser julgado e criticado. Julgado por sua família, amigos, concorrentes, diretoria, ou o que é pior, por você mesmo.

Entretanto, para quase todos nós, viver em dúvida é doloroso, provoca ansiedade, medo, sofrimento e dor. Mas nós não gostamos de dor. Em vez de lançar-nos nela, fazemos todo o possível para eliminá-la.

Para ele, o risco da perda deve existir, pois ele é um dos principais incentivos que leva as pessoas a buscarem soluções inovadoras. A tolerância à incerteza e ao desconhecido é a grande força propulsora para se chegar a melhores soluções, ideias e criações.

Essa é a situação pela qual vivem as pessoas criativas, que adoram erros e ficam totalmente à vontade em momentos de incerteza.

A incerteza faz parte da inovação

Por meio de experimentos, o autor demonstra que caso eliminássemos a possibilidade dos outros avaliarem nossas ações, a nossa capacidade em assumir riscos aumentaria consideravelmente. Segundo Fields, no momento em que ficamos expostos ao julgamento e às críticas de outras pessoas, nosso potencial de rejeição aumenta, e o resultado dessa conta é que a maioria das pessoas tende a correr rumo à segurança. Ao agir assim, nos tornamos menos dispostos a romper com os limites e a correr riscos, sobrando como alternativa escolher opções de mais certeza que, na maioria das vezes, geram as menores oportunidades.

"Resumindo, somos covardes por medo de sermos julgados e condenados pela sociedade"

Dentre algumas soluções que o autor fornece para superar esses empecilhos, destaca-se a de engajar-se no que ele chama de “colmeias criativas”, que nada mais é do que uma reunião de pessoas em um espaço comunitário para discutir ideias, apresentar projetos, debater tendências, etc.

A importância dos mentores

A mentoria pode ter um papel extraordinário no cultivo da mentalidade necessária para assumir riscos criativos, principalmente quando o seu mentor é alguém que já esteve na posição em que você está, viveu, respirou e brigou contra os mesmos demônios e alegrias semelhantes aos que você irá enfrentar.

Entretanto, não encontrar um bom mentor não deve ser usado como uma desculpa pela sua falta de coragem para assumir riscos.

Na ausência de um mentor, o autor recomenda que você procure heróis, que são indivíduos talentosos que possam nos inspirar com seu exemplo, sem ter de fornecer feedback e apoio individual. Talvez daí vem o meu grande apetite em ler sobre biografias empresariais.

Há um terceiro personagem, chamado de defensor, que caracterizam uma ou mais pessoas que estarão ao seu lado, não importa o que aconteça, e que sentirão a mesma intensidade de dor, emocional ou financeira, se você fracassar. Como exemplo, podemos citar a família e os amigos.

"A ausência de um mentor nunca deve ser apontada como motivo de sua própria falta de vontade, ação ou progresso"

Outra forma de minimizar a incerteza citada no livro é através do método MVP – Mínimo Produto Viável) que se popularizou através do livro A Startup Enxuta de Eric Ries.

Essa técnica consiste em receber feedback de usuários potenciais no início do seu projeto e com alta frequência. A exposição acontece logo no inicio do processo, quando há muito menos em jogo e é mais fácil de aprender e, se desejado, corrigir a trajetória e tentar outra vez. Dessa forma, o medo de criar algo que ninguém mais apreciará atenua-se consideravelmente.

A tecnologia tornou as coisas mais fáceis para serem criadas, pois estimulam os consumidores a cocriar, verificar seus feebacks, fornecer crédito, tudo de maneira rápida e barata.

Por dentro da cocriação

Sobre esse assunto, é importante dizer que a cocriação é uma ferramenta que serve para orientar melhor sua criação, e não para administrá-la. Não significa que as pessoas irão mandar no seu produto; elas apenas que lhe darão um norte. Se você perceber que depende da multidão não só para orientar o seu rumo, mas para guiá-lo até o seu destino, é um sinal evidente de que você está entregando a sua autonomia e sua visão aos outros.

"A multidão não deve ser usada como uma muleta para você se proteger do seu fracasso, tampouco receber a culpa caso as coisas não derem certo"

É preciso saber dividir os créditos da co-criação, você não será a única estrela. Se você está pedindo algo que tem valor, deve oferecer algo de valor em troca. Isso não significa necessariamente dinheiro.

Confiar demasiadamente na contribuição dos consumidores potenciais traz consigo o risco muito real de que você perderá sua habilidade de conduzir as pessoas a um lugar novo.

É como disse Henry Ford: “se eu tivesse perguntando às pessoas o que elas queriam, elas teriam me dito cavalos mais rápidos”.

Dicas diversas para diminuir suas incertezas

Pratique exercícios. O livro cita alguns estudos nos quais os resultados apontam que as pessoas que se exercitaram se tornaram menos ansiosas, menos neuróticas e mais sociáveis, além de possuir menores níveis de depressão, raiva, stress e ceticismo a desconfiança, resultando em um aumento da criatividade.

O propósito e a paixão te ajudam a fortalecer contra os demônios da incerteza. Esse senso de compromisso em fazer o que você ama fazer muda a forma como você vivencia as emoções e os desafios do processo. Te ajuda a superar o julgamentos dos outros. Você não liga para que os outros estão pensando, pois você está fazendo o que está aqui para fazer. Pessoas que deixam transparecer o que amam fazer mobilizam outras pessoas a favor da sua causa. Elas passam a querer ficar perto de você, te seguir, se mobilizar.

O insight raramente vem quando você está restringido pelo trabalho e somente pelo trabalho. Ele vem mais frequentemente quando você se distancia de seu trabalho, quando passa tempo com outras pessoas em mundos aparentemente menos relacionados. Quando você se senta, anda e respira na quietude.
Conclusão
As empresas devem permear, entre seus funcionários, o pensamento de que correr riscos, experimentar ideias malucas e lançar-se na incerteza são ações recebidas com aceitação, independente dos resultados, e serão uma parte essencial do que eles estão lá para fazer.

Serviço

Livro: Lidando Com A Incerteza - Como Transformar A Incerteza e o Medo Em Confiança e Criatividade
I.S.B.N.: 9788575223109
Acabamento : Brochura
Edição : 1 / 2013
Idioma : Português
Número de Paginas : 208



Cancelei a minha conta no WhatsApp

Quando uma ferramenta criada para ajudar na comunicação começa a tomar o rumo absolutamente contrário, chega a hora de abandonar o barco




Resolvi. Cancelei minha conta no WhatsApp. Eu demorei até certo tempo, comparado ao meu ciclo de convívio, para iniciar no aplicativo. Houve um encantamento imediato sobre a facilidade de trocar mensagens, vídeos, imagens, mas o efeito “nefasto” que o app provoca nas pessoas me fez abandonar a ideia de tê-lo.

A palavra “nefasto” pode até soar pesado para alguns, mas, de fato, é assim que passei a enxergar a questão. Ir a um barzinho, estar em uma confraternização/aniversário, encontrar os amigos. É quase uma regra (principalmente se você tem entre 12 a 30 anos), sempre terão aqueles que não desgrudam os olhos da tela do celular e entram em seu mundo paralelo digital, geralmente no WhatsApp ou Facebook.

As pessoas ao redor desses “ultra conectados” parecem meras peças de um cenário paralisado que só acontece a real interação em três momentos: Na chegada ao local (é preciso cumprimentar as pessoas); no momento da foto (é claro, a foto vai para as redes sociais para mostrar como a pessoa se diverte com o restante do grupo); e na hora de ir embora (ainda dizendo como foi bom o reencontro).

O problema é que esse número de pessoas alienadas está se multiplicando. Chega ao ponto que não existe um diálogo, fica cada um imerso em sua mini tela. Isso, quando a conversa entre as pessoas não é: “Você viu aquele vídeo no WhatsApp? Você tem que ver... muito engraçado. Estou enviando para o seu”. Sim, essa é apenas uma situação ruim do aplicativo, mas não irei me alongar nas outras.

A questão é que vivemos em plena era de ouro da comunicação, onde todos têm possibilidades infinitas para interagir, mas talvez, seja o momento mais crítico da história da comunicação. Há falta de diálogo, convívio, interação com quem está próximo de nós. Até ligar já está virando “artigo de luxo”. Exagero? As operadoras de telefone estão acompanhando essa tendência de comportamento e invertendo seu marketing... Não se oferece mais tantos planos para ligar, a questão, agora, são os planos com internet ilimitada, internet a R$ 0,25, entre outros.

Acho que o sempre otimista filósofo Pierre Levy, quando descreveu o conceito de Inteligência Coletiva, não imagina que o WhatsApp poderia ter sido inventado. Ou até imaginava, mas não sabia que as pessoas iam preferir ficar ali – no aplicativo -, em vez do convívio social.

As falas de um de seus maiores opositores, o polêmico filósofo e sociólogo francês Jean Baudrillard (já falecido), feroz crítico da sociedade de consumo, nunca fizeram tanto sentido. Principalmente na questão de quando se transfere suas características para as novas máquinas, o homem está abrindo mão de si mesmo.

Na edição novembro/dezembro resolvemos questionar sobre o WhatsApp em nossa editoria contraponto. Colocamos dois especialistas para defenderem sua tese e apontar as vantagens e desvantagens do aplicativo. Você pode ler aqui o que os dois especialistas falaram.

Confesso que minha opinião foi alterada ao longo do tempo. Antes favorável à facilidade de comunicação que o WhatsApp poderia gerar, coloco-me hoje a favor da comunicação real, do tête-à-tête, sem as barreiras das mini telas. Apesar de não me encaixar no perfil alienado (como aquele citado acima), estar no aplicativo me colocava no status de condescendente com algo que sou contra. Isso estava incomodando.

Que tal refletir

Acho que essa questão de como lidamos com a internet e com o ato de estar conectado 24h cabe uma reflexão individual. Você: como lida com essa conexão com redes sociais e aplicativos no celular?

Talvez não esteja no momento de avaliar e refletir sobre o tempo que se "dedica" a eles?
Acho que a reflexão vale, principalmente, para aqueles que se encaixam no perfil de sentir necessidade de ver a timeline constantemente, que trocam a leitura de um livro para ver vídeos e besteiras na internet ou até mesmo não que conseguem realizar algumas atividades e tarefas de sua rotina por falta de concentração que as redes sociais e aplicativos com o WhatsApp geram.

Não sou contra redes sociais e apps, pelo contrário, acho que são fontes de interação, entretenimento e até de negócios muito válidas. No entanto, percebo certa alienação que essa conexão provoca em muitos. Não quero causar uma revolução nesse aspecto, apenas proponho que se busque encontrar formas de equilibrar essa balança do real com o virtual.

Enquanto isso não acontece, acho melhor deixar minha conta do WhatsApp cancelada.



Dica do dia



Autor dá dicas de contabilidade para startups

José Elias Feres, autor do livro Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, esclarece algumas dúvidas de empreendedores e donos de startups




Abrir um negócio pode gerar incontáveis dúvidas em jovens empreendedores e donos de startups, que, nessas ocasiões, ainda sofrem com a questão da incerteza. Para José Elias Feres, autor do livro Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, o segredo do empreendedorismo está no desenvolvimento de um mercado novo, ou seja, na criação de algo inédito (produto ou serviço), capaz de gerar receitas que superem amplamente os gastos.

“O empreendedor tem que estar consciente que em um ambiente de incerteza tudo pode dar muito certo, como muito errado. O que precisa entender e compreender friamente é que no início é comum a empresa ter prejuízos e esconder isso é um erro”, afirma Elias Feres. Segundo ele, é de sacrifícios de recursos, principalmente financeiros, que surgem lucros no futuro.

De acordo com o especialista, é necessário que empreendedor dê atenção à contabilidade da empresa. “Ter prejuízo é natural dos negócios em alguns momentos, mas nem sempre. O empreendedor precisa compreender se suas receitas estão caindo ou se as despesas e os custos estão aumentando. São coisas distintas e utilizar a contabilidade para monitorar isso é fundamental”, explica.

Ao abrir uma empresa, é preciso que o gestor leve em conta todas as despesas que terá nessa primeira fase do seu negócio. “É importante que, no momento inicial das startups, o empreendedor procure um contador e levante todo tipo de gasto que pode incorrer desde gastos com materiais até com horas de trabalho das equipes”.

“Um investidor com expertise em finanças entenderá que as despesas que estão gerando prejuízos são fundamentais para gerar receitas no futuro. Todavia, é preciso monitorá-las e alimentar o sistema contábil com informações, para que o dado contábil produzida seja útil no processo decisório ou de captação de recursos. A transparência nesses casos tem um preço. Empresas mais transparentes tendem a aumentar a capacidade de obtenção de financiamentos e investimentos e, quando for capital de terceiros, obter recursos com juros menores”, finaliza o autor.



quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Como preparar uma apresentação encantadora?

Se você está precisando apresentar algo na universidade ou no seu trabalho, é bom ficar atento a algumas dicas para surpreender seu público




Apresentação. Por mais que essa palavrinha cause verdadeiros calafrios em algumas pessoas, todas, independente da área, precisam apresentar algum trabalho em um momento de suas vidas.

Quando estamos na universidade ou atuando em determinadas áreas profissionais, fazer uma apresentação torna-se algo ainda mais frequente. No entanto, muitos sentem dificuldade para transmitir o conteúdo e transformam esse momento em um verdadeiro suplício para quem está assistindo e para ele mesmo.

"Traduzir para o papel uma ideia não é uma tarefa fácil. Por isso, constantemente vemos boas ideias não serem bem transmitidas. Às vezes fica uma repetição de textos que cansam o leitor e no final não entregam o que prometeram", lembra Manuela Baraad, sócia da Bistrô de Ideias, empresa especializada em preparar apresentações.

Caso você tenha se identificado com a situação acima, calma, temos uma boa notícia: não é preciso nascer com um dom para fazer boas apresentações. Muito se deve ao treino e a união entre o visual e a forma como o conteúdo é transmitido. "Quando tudo funciona em perfeita sintonia, a mensagem ganha mais força e clareza. O padrão visual tem um papel muito mais importante que apenas a estética da apresentação. É ele que direciona o tom da comunicação e ajuda a atrair a atenção do expectador", ressalta Manuela Baraad.




Acadêmicas x profissionais

Muitos não sabem, mas as construções das apresentações profissionais e das acadêmicas seguem a mesma linha de preparo. As diferenças irão aparecer dependendo do assunto que será abordado.

"Por exemplo, uma apresentação acadêmica tende a ter um conteúdo mais denso e extenso e por isso será mais técnica que uma apresentação profissional. Já nas apresentações profissionais atuais, um dos pré-requisitos é que deve ser apresentada em cada vez menos tempo, porém com a mesma qualidade. Isto exige uma maior utilização de recursos visuais, imagens impactantes e foco na informação principal", ressalta a especialista Manuela.

Os torturadores das apresentações

Sem sombra de dúvida, as imagens de clip-art, excesso de textos e exagero nos efeitos visuais são alguns dos grandes torturadores nas apresentações de PowerPoint. No entanto, não são apenas eles.

"Podemos destacar também a falta de objetividade. Apresentações muito grandes, beirando muitas vezes a prolixidade, cansam o leitor e na maioria das vezes poderiam passar a mesma mensagem, explorando melhor a informação a ser passada. O tempo destinado a uma apresentação faz parte do sucesso dela", destaca a sócia da Bistrô de Ideias.

Criando apresentações encantadoras

As apresentações de Steve Jobs sobre os lançamentos da Apple eram memoráveis e conseguiam prender e encantar a todos que assistiam. E o segredo delas estava em transmitir um conteúdo aparentemente complexo em algo simples e marcante.

"Jobs e sua equipe foram capazes de dissecar informações técnicas chegando à raiz da questão e transformando tudo em uma imagem que diz tudo sobre o produto. A Apple conseguiu apresentar o MacBookAir apenas mostrando que cabe em um envelope e o IPod dizendo quantas músicas cabiam em seu bolso, sem cair na tentação de apresentar todos os seus detalhes técnicos", afirma Manuela. E a especialista deixa uma reflexão bem simples sobre o assunto: "A tentação de mostrar os mínimos detalhes é enorme, principalmente para aqueles que estão envolvidos no projeto, mas para quem está assistindo terá o mesmo impacto?".

Dicas para montar sua apresentação

Com a colaboração da Manuela Baraad, o portal Administradores elaborou algumas dicas para você fazer excelentes apresentações. Lembre-se, o tempo de preparação de uma boa apresentação irá depender do tamanho e da informação que será desenvolvida.

Confira abaixo:






Idosos ficam mais tempo no computador em casa do que os jovens

Faixa de 55 anos consome mais de 50 horas por mês no computador, enquanto jovens de 12 a 17 utilizam cerca de 30 horas




O tempo de uso do computador domiciliar com internet já é maior entre os idosos brasileiros do que entre os jovens, indica a pesquisa NetView, da Nielsen IBOPE, joint-venture entre Nielsen e IBOPE, empresa da área de mensuração do comportamento dos usuários de internet. Segundo o levantamento de outubro de 2013, pessoas da faixa de 55 a 64 anos de idade registraram média individual de tempo de 53 horas e 12 minutos no mês.

No mesmo período, o tempo médio de computador domiciliar de um jovem de 12 a 17 anos foi de 30 horas e 30 minutos. O número de páginas vistas e o número de sessões por mês também é maior entre os internautas de mais idade. Em outubro, o público de 55 a 64 anos foi ao computador em média 48 vezes no mês, enquanto a faixa de 12 a 17 anos somou 20 sessões por pessoa.

O número de usuários ativos em outubro foi de 56 milhões, em casa ou no local de trabalho, o que significou uma oscilação de 0,7% em relação aos 56,4 milhões do mês anterior. Na comparação com os 53,2 milhões de usuários ativos de outubro de 2012, o aumento foi de 5,3%. O tempo por pessoa de uso do computador aumentou 5% em outubro, ao chegar a 60 horas e 18 minutos, em casa ou no local de trabalho.

Evidentemente é preciso considerar que, além de teoricamente permanecer um tempo maior em casa em relação aos adolescentes, os idosos também tem mais dificuldades com os dispositivos móveis, que são muito utilizados pelos jovens quando não estão em casa.



Dica do dia



Jovens não se importam com políticas de segurança digital das empresas, aponta pesquisa

Cerca de 45% dos entrevistados latino-americanos com idade entre 21 e 32 violaria políticas restritivas da empresa




As políticas de segurança das empresas com relação às novas tecnologias não interessam muito aos jovens trabalhadores, sobretudo da chamada geração Y. De acordo com um estudo realizado pela consultoria Vision Critical a pedido da Fortinet, houve um aumento de 42% na iniciativa de quebrar as regras em comparação a uma pesquisa semelhante realizada no ano passado.

O estudo foi realizado em outubro por meio de entrevistas junto a 3,2 mil funcionários de 20 países com idades entre 21 e 32 anos que trabalham em período integral e têm dispositivos (tablet, smartphone ou notebook) próprios. Os países latino-americanos que participaram da pesquisa foram Brasil, Chile, Colômbia e México. Embora a maior parte dos quesitos seja semelhante à média global, alguns pontos foram bem peculiares.

Confira abaixo os principais resultados.

Forte tendência à violação

Apesar do otimismo dos entrevistados sobre a disposição para uma política BYOD ("bring your own device", ou "traga seu próprio dispositivo"), com 45% concordando que ela os autoriza a utilizar seus dispositivos, 51% da amostra global afirmou que violaria qualquer política em vigor que proibisse o uso de dispositivos pessoais no trabalho ou para propósitos de trabalho.

Esta tendência de ignorar medidas destinadas a proteger o empregador e o empregado ocorre igualmente em outros domínios de uso pessoal de TI. Cerca de 36% dos entrevistados que utilizam seu armazenamento em contas pessoais em nuvem (por exemplo, DropBox) para fins de trabalho disseram que quebrariam qualquer regra que visasse impedi-los .

Ainda que o percentual de funcionários latino-americanos dispostos a violar as políticas de BYOD (45%) seja ligeiramente menor do que o índice global, destaca-se que, ao contrário da amostra total que indica que as empresas com políticas em vigor "os autoriza" a utilizar seus dispositivos, na América Latina 55% dos entrevistados afirmaram que a empresa na qual trabalham não têm uma política corporativa definida gerenciando o uso de dispositivos pessoais no trabalho.

Isso representa uma oportunidade para as empresas educarem seus funcionários sobre a importância de tais políticas e sobre o eventual impacto negativo ao quebrarem essas medidas de segurança. Isto é ainda mais relevante considerando-se o fato de que 64% dos entrevistados latino-americanos disseram que usam seus próprios dispositivos pessoais para fins de trabalho, o que representa uma quantidade maior do que a amostra global que foi de 44%.

Contas pessoais na nuvem para dados corporativos confidenciais

Em nível global, 89% da amostra tem ao menos uma conta pessoal em um serviço de armazenamento em nuvem com o DropBox representando 38% da amostra total. Cerca de 70% dos titulares de contas pessoais usam suas contas para fins de trabalho. Os números dos entrevistados da América Latina são mais altos, com 94% da amostra indicando que eles têm pelo menos uma conta pessoal de um serviço de armazenamento em nuvem e 80% indicando que eles usam suas contas pessoais para fins de trabalho.

Um dos aspectos mais reveladores do estudo é que, embora os entrevistados entendam que existam riscos de segurança na utilização de serviços em nuvem, eles ainda armazenam informações que podem ser críticas e perigosas para o sucesso da empresa em que trabalham. No caso da América Latina, mais da metade (61%) dos indivíduos pesquisados ​​afirmaram compreender os riscos de segurança envolvidos ao utilizar serviços em nuvem. No entanto, quase um terço (31%) da amostra latino-americana admite o armazenamento de dados dos clientes que utilizam estas contas, 24% armazenam documentos particulares críticos como contratos / planos de negócios, 13% guardam informações financeiras enquanto 7% arquivam senhas. Esses números são as mesmas respostas registradas em nível global.

Equipamentos com risco

Entre uma das constatações mais preocupantes da pesquisa, 14% dos entrevistados disseram que não iriam dizer ao seu empregador se um dispositivo pessoal usado para fins de trabalho tornou-se comprometido e perigoso. No caso da América Latina, 12% disseram que também não diriam nada, no entanto, quando questionados se sentiam ter a obrigação de entender os riscos de segurança para a sua empresa a partir do uso de dispositivos pessoais no trabalho ou para o trabalho, a maioria (90%) concordou que isso é de fato muito importante.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Assembleia decide proibir empresas juniores em Centro da UFSC

Decisão será analisada pelo Conselho de Unidade do Centro, que pode referendá-la ou não




A existência de empresas juniores relacionadas aos cursos do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (CFH/UFSC) pode ser proibida no próximo dia 26. Na data, o Conselho de Unidade do Centro vai analisar o resultado de uma assembleia de estudantes, professores e funcionários que decidiu vetar as organizações, alegando que elas “não são coerentes pedagogicamente com o papel da universidade pública”.

De acordo com informações veiculadas no site do CFH, “a assembleia foi o desfecho de um processo de várias semanas de debates chamados pelo Conselho de Unidade e por diversos setores”.

Os dois lados dessa disputa têm se organizado em busca de apoios, pela internet e na própria UFSC. Os contrários às empresas juniores afirmam que as organizações promovem o “empresariamento” da universidade, “submetendo o serviço público (o ensino público, no caso) à lógica do capital privado”.

Já os defensores das EJs alegam que a proposta de proibição fere a liberdade de iniciativa dos estudantes. Eles defendem o modelo e afirmam que a experiência nas organizações auxilia no aprendizado, promove o empreendedorismo e fomenta a cultura da responsabilidade social.

Na assembleia realizada no dia 13 deste mês, segundo o CFH, 553 pessoas votaram e o não às empresas juniores venceu por 329 votos a 160.

A reportagem do Administradores.com entrou em contato com a direção do CFH e os dois movimentos (pró e contra EJs), mas ainda não obteve retorno.



Sexo funciona? Veja como o marketing tem explorado o erotismo na publicidade

O apelo sexual em propagandas é comum e, às vezes, inevitável. Conheça a cronologia da aplicação desse recurso e entenda por que (e como) ele é tão explorado desde os tempos de antanho




"(...) Voltou a focalizar os anúncios do lado oposto da rua. Tinha as suas razões particulares para odiá-los. Mecanicamente, releu os slogans. 'Borgonha Kangaroo - o vinho para os britânicos', 'A asma a estava sufocando!', 'O Molho Q.T conserva o sorriso do marido', 'Passe o dia inteiro com um tablete de Vitamalt', 'Curve Cut - O cigarro dos esportistas'".

O trecho do livro "Keep the Aspidistra Flying", do britânico Eric Arthur Blair*, demonstra como a persuasão era trabalhada no marketing nos idos anos de 1936. A "sensualidade" expressa no terceiro slogan representa o papel da mulher numa sociedade patriarcal e como os fatores sociais, culturais e antropológicos impactaram a produção publicitária de um recorte histórico – sobretudo quando estamos falando de apelo sexual nos anúncios.

"O uso do sexo na propaganda não é recente. Isso porque a utilização de tal apelo pelos publicitários pode ser considerado como um reflexo, um espelho da vida na sociedade. Neste contexto, o corpo foi transformado em um dos principais símbolos e objetos vendáveis e cultuáveis do mundo capitalista", afirma Martin Petroll, doutor e autor de pesquisas na área de Marketing e Propaganda.




A publicitária Suzane Barros, sócia-diretora da Agência Dádiva, acredita que esse tipo de apelo é inevitável quando o serviço oferecido pelo cliente exige uma dose de erotismo, como é o caso de motéis. "Cabe aos órgãos responsáveis fiscalizar os meios de comunicação para que a propaganda não seja veiculada em horários impróprios", disse. Mesmo sem atender a empresas cujo serviço demande esse tipo de recurso, ela explica que sempre é recomendável ao publicitário buscar soluções criativas, que evitem a utilização do sexo como ferramenta de marketing.

Mas o que é suficiente para caracterizar o apelo sexual em uma determinada propaganda ou ação de marketing? Apenas a nudez, a mais singela insinuação de sedução, ou também a ideia de que o uso daquele produto ou serviço irá culminar, cedo ou tarde, em uma relação sexual? Citando o estudioso Tom Reichert, autor da pesquisa "Sex in Advertising", Petroll afirma que a nudez é apenas uma das cinco formas de manifestação sexual nas propagandas realizadas pelas empresas.

A representação dos gêneros


Apesar de ter se modificado ao longo das décadas, assumindo abordagens cada vez mais ousadas, a representação do homem e da mulher, em muitos aspectos, permaneceu quase inalterada por muito tempo. "As atitudes do consumidor ante a propaganda e a marca serão positivas quando for veiculado um modelo do sexo oposto ao seu, e vice-versa", diz Martin, acrescentando que a reação pode ser mais ou menos positiva conforme o nível de nudez do modelo, sempre do gênero oposto. "A única exceção ocorre quando a consumidora está exposta a um anúncio contendo nudez parcial masculina, sendo ela mais favorável a esse tipo do que ao nu total masculino", explica.

Até hoje, em propagandas de determinados produtos, a mulher é mostrada por um viés de objeto, passivo, enquanto o homem é o sujeito, ativo no ato da conquista e da consumação, tal qual nos anos 1950. Para Petroll, "as propagandas brasileiras não costumam mostrar o homem como objeto de desejo no jogo da sedução, mas sim como conquistador, concomitante ao que a sociedade considera como comportamento sexual apropriado do homem e da mulher".

Porém, pode-se notar, cada vez mais, um papel ativo da mulher nas propagandas contemporâneas – e não apenas em publicidade de produtos de limpeza ou para o uso no lar, como costumeiramente se apregoa. Isso se deve, principalmente, aos movimentos de emancipação do sexo feminino, que tiveram início no começo do século passado, mas que receberam ampla adesão e participação de outros segmentos da sociedade a partir dos anos 1970.

"Nos últimos tempos, auxiliadas pela revolução sexual, houve uma mudança considerável no comportamento das mulheres, que – de esposas, mães, românticas, sonhadoras, passivas, doces e sensíveis – passaram a ter um comportamento mais ativo na sociedade por meio, principalmente, da inserção de sua força de trabalho no mercado. O homem também teve de mudar a sua postura, tanto em relação ao papel da mulher como em relação ao seu próprio papel dentro desse novo contexto", explica o pesquisador. Apesar desses fatores, ele complementa que a sociedade ainda atribui as velhas representações ao homem e à mulher.

Formas de manifestação sexual na propaganda


1. Exibição do corpo

A nudez em si, a exploração do corpo humano e da sensualidade como finalidade do produto ou serviço anunciado; sua transformação em símbolo de culto e comércio.

2. Comportamento sexual

Consiste na interação entre os modelos nas propagandas, a insinuação, a provocação, o flerte. É a utilização mais frequente e mais apelativa.

3. Fatores contextuais

São aspectos não inerentes aos modelos em si, mas às situações e locais ou, até mesmo, às técnicas de produção, como o movimento das câmeras.

4. Referências sexuais

Sugere ou insinua o sexo através de formas verbais e/ou visuais, com mensagens de duplo sentido. Petroll destaca que "um exemplo clássico de referências sexuais numa propaganda data dos anos 1980, quando a Calvin Klein veiculou a uma campanha da então desconhecida modelo Brooke Shields vestindo jeans com a seguinte pergunta: 'Você quer saber o que existe entre mim e a minha Calvin? Nada!'. O impacto da frase de duplo sentido foi enorme, graças também a alguns fatores contextuais, como o movimento da câmera, que trilhava o corpo da modelo verticalmente, bem devagar.




5. Formas subliminares

Explora o inconsciente do usuário, implantando mensagens visuais que lembram partes íntimas do corpo de forma imperceptível a olho nu. "Esse reconhecimento inconsciente é sexualmente provocativo e motivante, apesar de o indivíduo muitas vezes não estar consciente das associações sexuais do objeto e dos conteúdos simbólicos", explica.

Cases

(Anos 1950)

O homem de meia-idade, charmoso e sedutor, que atrai olhares inocentes das garotas, que ficam enrubescidas. O sexo masculino tem papel ativo e extremamente dominante na relação, enquanto a mulher é a feliz dona de casa, são fatores que ressaltam a ordem moral pretendida pela sociedade nos anos 1950 – sobretudo, pelas classes mais elevadas.

(Anos 1960)

A liberdade sexual e a pressão crescente do feminismo forçam a sociedade a atribuir à mulher um papel cada vez mais protagonista, pelo menos em alguns aspectos, como se percebe na propaganda do higienizador íntimo Tasmin. Há uma ligeira insinuação, quase despercebida, que relaciona o produto ao órgão genital. O papel dominante do sexo masculino ainda é facilmente


(Anos 1970)

Os fabricantes de calças jeans aproveitam o período de liberação sexual e rompimento dos velhos paradigmas para ousar na propaganda dos seus produtos. E haja ousadia.

(Anos 1980)

A memorável propaganda do sutiã Valisère é um marco da publicidade tupiniquim. O corpo feminino não é mais apenas um objeto de desejo, e sim um organismo com necessidades e vontades particulares, algumas (ou muitas) das quais não podem ser supridas pelo homem. Os norte-americanos suspiram com a então jovem atriz Brooke Shields no marcante comercial da Calvin Klein.

(Anos 1990)

Um copo de cerveja na mão é garantia de mulher na cama, certo? Para os publicitários e fabricantes de cerveja, sim. Pelo menos até o Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) bater em cima, em 2007. Desde 1997, a Skol utilizava o slogan "a cerveja que desce redondo" associado ao corpo feminino como fonte de prazer e luxúria. As mulheres, obviamente, nunca gostaram disso.




Mulheres sensuais e motos possantes: uma combinação que não falha nunca em campanhas para máquinas de duas rodas. Em 2008, a modelo norte-americana Marisa Miller protagonizou uma ação para a Harley Davidson, na qual suas curvas se confundem com as da poderosa V-Rod Muscle.
Para não cair no clichê da sensualidade nas propagandas de cerveja, a marca Devassa fez uma ação criativa e viral: usou a imagem da cantora Sandy, conhecida pela fama de boa moça, com a chamada "todo mundo tem um lado devassa", explorando o contraste entre o puro e o profano. A ação foi um sucesso nas redes sociais e a campanha permaneceu por vários dias entre os temas mais comentados no Brasil.
Propagandas de perfumes, loções, hidratantes ou desodorantes normalmente têm como objetivo atiçar os sentidos do usuário, provocando-o com uma dose variável de erotismo. A divulgação do Axe Excite foi mais além e atribuiu uma masculinidade tão inconteste ao consumidor que até o mais raquítico dos homens torna-se um garanhão. A mesma marca já fez uma campanha semelhante: lembram do elevador?

* As versões brasileiras foram publicadas com dois títulos: "Mantenha o Sistema" (editora Hemus) e "Moinhos de Vento" (editora Nova Fronteira). Blair é mais conhecido pelo seu pseudônimo, George Orwell.