terça-feira, 30 de setembro de 2014

12 maneiras de ser um super-herói das multitarefas

Se você não está focado, não vai alcançar o seu melhor. Você não vai produzir resultados que serão lendários




Tem havido muito debate nos últimos anos sobre a eficácia da multitarefa. Especialistas em produtividade dizem que tentar fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo leva a resultados ruins - e semi-acabados. Nada recebe o melhor da sua atenção. Em vez de fazer mais, você realmente conclui menos. E o que você consegue fazer não é nada revolucionário ou digno de nota.

Talvez não seja o fato de ser multitarefa que não esteja funcionando. Talvez seja o seu foco e planejamento que estejam precisando de um ajuste. Se você não está focado, você não vai alcançar o seu melhor. Você não vai produzir resultados que serão lendários. Mas isso não significa necessariamente que você precisa jogar fora sua habilidade de ser multitarefa. Talvez você só precise fazer um plano melhor - de modo que possa fazer melhor enquanto faz mais.

Talvez você precise descobrir o seu foco. Talvez você precise construir um plano para fazer mais coisas a cada dia. Afinal, não é o plano a chave para ser produtivo? Aqui estão algumas ideias para ter resultados eficazes quando você estiver no modo multitarefas.

1. Dedique tempo a cada semana para priorizar grandes objetivos para a próxima semana, mês e trimestre;

2. Use lembretes para notificá-lo das próximas tarefas ao longo do dia;

3. Mude sua longa reunião padrão de uma hora para apenas 20 minutos e certifique-se que qualquer pessoa que solicite o seu tempo saiba que você vai sair mais cedo;

4. Use aplicativos de rastreamento de tarefas como Todoist, Wunderlist ou Asana para se livrar de tarefas genéricas durante o dia quando você tiver alguns minutos livre;

5. Faça disso uma prioridade para que tudo o que foi colocado na lista seja feito durante o dia. Seja religioso em não procrastinar;

6. Use o seu calendário como um diário em "tempo real" de quem você tem que ligar e o que fazer em intervalos de tempo ao longo do dia. Isso torna mais fácil para você lembrar no futuro;

7. Use a tecnologia do seu smartphone para ditar lembretes, eventos e tarefas que precisam ser feitas, assim como o que você pensa a respeito delas;

8. Bloqueie as distrações ao desligar as notificações do celular quando você tem um projeto importante que precise de sua atenção;

9. Use música, a televisão ligada ou outro ruído de fundo para manter o seu cérebro envolvido enquanto você trabalha em tarefas chatas;

10. Utilize vários computadores ou telas múltiplas para gerenciar diferentes partes do projeto que você está trabalhando no momento;

11. Ajuste o tamanho da sua lista de tarefas a serem feitas e o número de compromissos no seu calendário se baseando na sua capacidade de realizá-los de forma eficaz;

12. Responda e arquive os seus e-mails 30 segundos depois de ler as mensagens. Tire-os do seu caminho o mais rápido possível.

Talvez seja a hora de planejar fazer mais coisas. Multitarefa, hiper tarefa, focando no que é importante - não importa do que você chame, a chave para ser incrível é ter um plano incrível. Só porque você pode fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo não quer dizer que está fazendo menos do que o seu melhor. Pode ser que isso só signifique que seus grandes objetivos exigem que você faça mais do que todos os outros ao seu redor.

Aja como um campeão. Seja um super-herói multitarefas.



Crianças superconectadas têm dificuldades para reconhecer expressões, revela estudo

Para especialista, questão pode prejudicar áreas pessoal e profissional durante a vida adulta







Uma recente pesquisa da Universidade da Califórnia mostra que a nova geração de crianças superconectadas pode ter perdido uma habilidade muito importante: a identificação das emoções transmitidas pelo olhar e expressão facial. O estudo comparou crianças de 11 e 12 anos que passam a semana num internato a crianças que passam, em média, cinco horas por dia conectadas em seus celulares. O resultado foi que os internos conseguiram identificar emoções em testes com fotos e trechos de filmes muito mais precisamente do que os superconectados.

“Em uma geração na qual as expressões são definidas por dialetos digitais como “kkkk” e “snif”, é de se refletir sobre como essas crianças irão lidar com os desafios da vida adulta, com as suas emoções e com as emoções de quem está ao seu redor”, salienta Eduardo Shinyashiki, especialista em comportamento humano e no desenvolvimento das competências de liderança aplicada à administração e à educação.

Eduardo explica que as crianças que estão perdendo o poder natural do ser humano de reconhecer as expressões, estão perdendo metade da sua comunicação. “Um dos sistemas de comunicação mais antigos do mundo é a linguagem não verbal. Em uma mensagem, só 7% se dá por meio das palavras, 38% por tom de voz, ritmo e pausas e 55% por expressão corporal, ou seja, postura, olhar, mímica facial, gestos, expressões do rosto e movimentos do corpo”.

Em uma infância na qual o acesso a tabletes e smartphones não tem limite, é importante prever o futuro dos pequenos conectados, pois, segundo o especialista, eles podem ter dificuldades em se desenvolver nas áreas pessoal e profissional. “No trabalho, por exemplo, é essencial que a pessoa saiba reconhecer expressões. Em reuniões, entrevistas de emprego e encontros com clientes é preciso nos observar e analisar com atenção o outro. Desse modo, por meio da linguagem corporal, será transmitido o que se quer comunicar e também entender as intenções do interlocutor”, explica.

Nas relações pessoais o risco é de não estabelecer relacionamentos consistentes. “Em uma amizade ou namoro a ausência de habilidades para reconhecer as expressões pode acarretar em falta de compreensão e pré-julgamentos, o que contribui para que laços afetivos sejam desfeitos”, finaliza.



Entender bem para atender melhor ainda

Para bem atender o cliente, é imprescindível entender sua exata necessidade, saber o que ele procura para resolver essa necessidade, para que, então, seja possível supri-la da maneira mais eficiente




Durante muitos anos, eram atribuídas à profissão de vendedor características como uma boa conversa, o uso de frases de efeito e o conhecimento apenas sobre o produto. O mundo das negociações, no entanto, mudou muito! De tempos para cá, muito por conta da facilidade de acesso que o comprador passou a ter às informações, fatores como uma boa capacidade investigativa, uma argumentação segura, credibilidade e agilidade no atendimento passaram a ser mais importantes para que o vendedor concretize seu objetivo.

Nada disso, porém, é mais importante que entender o cliente, uma qualidade que faz com todas as demais ganhem valor para quem está comprando. O "bom atendimento passa, inevitavelmente, pelo bom entendimento", esta é a máxima a ser praticada diariamente por vendedores e vendedoras! Para bem atender o cliente, é imprescindível entender sua exata necessidade, saber o que ele procura para resolver essa necessidade, para que, então, seja possível supri-la da maneira mais eficiente.

O profissional de vendas precisa desenvolver sua capacidade investigativa, sua capacidade de perguntar com o interesse genuíno de ajudar o comprador. Quando é bem atendido, o cliente naturalmente passa a dar valor a isso. E valor não é algo que podemos comprar ou produzir, valor é algo que ganhamos, que é enxergado ou não e, por fim, é dado pelo cliente - “ou o cliente lhe dá valor ou não dá”. E é aí que entra a chave para que o resultado apareça nos números: quando o cliente valoriza algo, o vendedor passa a ter direito de cobrar por isso, de pôr um preço em seu serviço ou produto e de ver seu resultado ampliado.

A função de um vendedor profissional nada mais é que conquistar o direito de cobrar por aquilo que oferece. Para isso, é preciso estar preparado, saber o momento de ouvir, fazer as perguntas na hora certa, ir para uma reunião já sabendo do que se trata, conhecer tudo sobre o produto, ser mais que um folheto ambulante, fazer o cliente enxergar valor no que está oferecendo. É preciso estar treinado para ter o melhor entendimento e, consequentemente, oferecer o melhor atendimento!



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Como torturar pessoas usando o PowerPoint

Criado para facilitar a vida de milhões de pessoas necessitadas de um suporte para as suas apresentações acadêmicas, comerciais e corporativas, o PowerPoint acabou se tornando um verdadeiro instrumento de tortura





Criado para facilitar a vida de milhões de pessoas necessitadas de um suporte para as suas apresentações acadêmicas, comerciais e corporativas, o PowerPoint acabou se tornando um verdadeiro instrumento de tortura.

Fãs de Bill Gates, tenham calma! Eu explico.

O problema, como sempre, não é a ferramenta, mas o uso que se faz dela. A maior parte das pessoas utiliza o PowerPoint como uma bengala em suas apresentações. As razões podem ser diversas: insegurança, medo, despreparo, vontade de surpreender a plateia com os "efeitos especiais", deslumbre com o programa, e por aí vai. A bronca é que, sem o bendito PowerPoint, adiós apresentação.

O modo mais comum de tortura é rechear os slides com texto. O apresentador, com medo de não lembrar o que veio falar, entope os slides com um milhão de frases. Para completar, ignora o público à sua frente e lê o que está escrito no telão. Pobre plateia.

Utilizar o clipart do Windows é um dos clichês. Sempre em busca do caminho mais fácil, o torturador não pensa duas vezes antes de inserir aquelas imagens batidas em sua apresentação.

Outra estratégia torturante é o uso de bullet-time, aquele efeito irritante que faz as frases deslizarem na tela. A cada tópico lido pelo palestrante, uma nova frase faz sua entrada triunfante da esquerda para a direita (ou de baixo para cima, ou rodopiando, ou piscando...). Os mais empolgados ainda utilizam o pacote de sons do aplicativo: 

"as vendas do primeiro semestre de 2010 superaram em 6% as do mesmo período do ano passado". POW! (barulho de disparo de revólver);
"Em contrapartida, fomos obrigados a reduzir nossa margem de lucro em 3,29%" SCRINNNCHHHH! (carro freando);
"Dessa forma, para a nossa empresa decolar, minha proposta é de expandirmos nossa atuação para o estado vizinho" PLAC! PLAC! PLAC! (som de aplausos. Do programa, é claro.)

Fale a verdade: você já viu esse filme antes, não viu?



Estamos buscando alguém versado na arte da tortura. Você sabe usar PowerPoint?



Sons, imagens, vídeos e outros recursos multimídia, podem enriquecer - e muito - uma apresentação. Mas o seu uso deve ser, apenas, para apoiar a mensagem do apresentador - e nunca para o apresentador se apoiar em seu uso.

Não quero bancar o sabichão. Eu mesmo já fui um exímio torturador com o PowerPoint. Minhas apresentações seguiam o mesmo roteiro que acabei de descrever. Fui melhorando com o tempo; à medida que me sentia mais seguro para passar minha mensagem, comecei a abrir mão do copy+paste de texto nos slides, e passei a utilizar uma abordagem muito mais clean, muito mais simples e harmoniosa.

Ao mesmo tempo em que pode servir como um terrível instrumento de tortura, o PowerPoint pode ser a ferramenta ideal para ajudá-lo a fazer uma apresentação fantástica e memorável.

Observe como Seth Godin, Chris Anderson, Steve Jobs e outros mestres jedis na arte de encantar plateias utilizam slidewares como o PowerPoint, Keynote ou similares. Cada um tem seu estilo e personalidade na hora de contar histórias. O que suas apresentações têm em comum é, justamente, a utilização de slides simples, pouquíssimo texto, imagens marcantes e design de impacto.

Em se tratando de apresentações, menos é mais. Acredite.

E você, já torturou alguém ou foi torturado por PowerPoint? Comente suas experiências mais abaixo! Até a próxima!



Gadget ajuda polícia a identificar usuários de celular no trânsito

Quando o telefone está sendo usado, ele emite radiofrequências que podem ser captadas e detectadas, variando de acordo com o tipo de uso que está sendo feito no aparelho




Mesmo sendo extremamente perigoso e, em alguns lugares, ilegal, muita gente ainda se arrisca para mandar mensagens de texto enquanto dirige, já que os policiais não podem acusá-lo de algo que eles não podem ver você fazendo. Entretanto, um novo gadget está em vias de se tornar o novo aliado das autoridades para identificar motoristas que estão utilizando o celular no trânsito.

Quando o telefone está sendo usado, ele emite radiofrequências que podem ser captadas e detectadas, variando de acordo com o tipo de uso que está sendo feito no aparelho. O gadget da companhia ComSonics consegue detectar e captar essas frequências, quando configurado para um tipo específico. Dessa forma, se um policial aponta o dispositivo para o seu veículo, ele vai conseguir identificar se está havendo uso do telefone celular dentro do mesmo.

É claro que, se o veículo tem diversos passageiros, provar que quem estava utilizando o celular era o motorista vai ser um pouco mais difícil. O gadget está próximo de começar a ser produzido, mas ainda precisa ser testado e adotado por agências de aplicação de lei para ser utilizado em larga escala nos Estados Unidos.

Fica aqui só uma questão: será que vai conseguir público um aparelho que dedura os próprios usuários?



Como ser um líder motivador sem ser chato

Segundo o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz, o que existe muito hoje nas empresas são aqueles chefes que se esforçam para ser ‘o gente boa’ e acabam, muitas vezes, sendo chatos e motivo de chacota




Pesquisas comprovam que, mais do que bons salários, jovens profissionais valorizam a qualidade e a reputação de seus líderes. Por esse motivo, além de conhecimento, os gestores precisam estar atentos ao discurso e à prática diária para passar uma mensagem realmente motivadora à sua equipe.

Segundo o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz, o que existe muito hoje nas empresas são aqueles chefes que se esforçam para ser ‘o gente boa’ e acabam, muitas vezes, sendo chatos e motivo de chacota. “Excesso de intimidade, piadas fora de hora e discursos vazios destroem a legitimidade de qualquer líder”, afirma. O consultor alerta ainda que, ao contrário, um chefe agressivo ou muito frio é igualmente desmotivador.

Ferraz completa dizendo que, na prática, o que motiva as pessoas é a coerência. “As pessoas seguem e respeitam o líder que faz o que prega, dá bons exemplos e procura tratar as pessoas com justiça, respeitando o estilo de ser de cada um”, afirma.

“Não é preciso buscar fórmulas de autoajuda ou ter uma oratória brilhante, porque, na prática, o que vale para ser um bom líder é sua coerência e competência no dia a dia”, finaliza Eduardo Ferraz.



domingo, 28 de setembro de 2014

11 dicas importantes de comunicação que líderes utilizam

Líderes consumados dão especial atenção à comunicação porque é o canal através do qual todo o relacionamento se concretiza




Líderes consumados dão especial atenção à comunicação porque é o canal através do qual todo o relacionamento se concretiza. Comunicação é a atividade mais comum a qualquer pessoa. Estudos e pesquisas realizadas em organizações mostram que setenta e cinco por cento do tempo de um gestor é gasto comunicando-se com outros, seja para conversar, telefonar, ler, escrever relatórios, mandar e-mails ou administrar conflitos. Por comunicação interpessoal, refiro-me à capacidade do indivíduo de saber comunicar-se, de dialogar e de entender aos outros, bem como a de fazer-se compreender. Líderes autênticos são mestres consumados neste quesito. Sabem o que interessa às pessoas, do que elas necessitam e de como motivá-las.

Veja os 11 pontos essenciais da comunicação que eles utilizam:

1. É impossível você não se comunicar

É bom levar em conta que tudo o que você faz e tudo o que você diz, comunica aos outros o seu modo de ser. E, mais importante ainda, tudo o que você não diz e tudo o que você não faz, comunica igualmente às pessoas que estão ao seu redor. Na condição de líder isto é vital, porque todos estão de olho em você, durante todo o tempo, mesmo que você não se dê conta disso. Os liderados, e demais pessoas à sua volta, analisam constantemente seus comentários e suas ações: como você fala, como você sorri (ou não sorri), se você presta atenção aos outros (ou não) quando conversa, se você é assertivo (ou não), se você fala ou se omite, impaciente (ou não), agressivo (ou não) e assim por diante. Portanto, é impossível você não se comunicar mesmo que esteja dentro de uma concha, porque até mesmo ao não se comunicar, você está dizendo a todos que prefere ficar isolado em vez de manter contato.

2. Comunicação começa por você

A comunicação se inicia por você, mas é processada e entendida na mente da outra pessoa. A pergunta é: o que e como a outra pessoa entendeu o que você disse? Logo, o que importa não é o que você diz, mas o que a outra pessoa entende do que foi dito. É fundamental saber comunicar-se de forma clara, objetiva e concisa. Antes de comunicar algo clarifique suas próprias ideias e a maneira de transmiti-las. Os pontos básicos de uma boa comunicação são: objetividade (vá direto ao ponto), clareza (vá por etapas, dê as explicações necessárias, não misture um assunto com outro), concisão (não diga em cinquenta palavras o que pode dizer em dez, nem diga em cinco palavras o que deve dizer em vinte).

3. Ouça com atenção

Muitas vezes as pessoas acham que estão ouvindo, quando na verdade elas estão pensando no que vão dizer assim que o interlocutor parar de falar. Embora às vezes possa ser difícil, faça um real esforço para ouvir o que a outra pessoa está dizendo, porque nossa tendência é a de nos ocuparmos com algo e não de apenas ouvir. Essa impaciência é porque, muitas vezes, achamos que temos a solução e queremos colocá-la em prática o quanto antes. A verdadeira comunicação é uma via de mão dupla. Deixe de lado o que você estava fazendo e olhe nos olhos da outra pessoa, mostre que você está interessado no que ela diz, meneie a cabeça em sinal de concordância. Deixe que o interlocutor perceba que você se importa com o que ele está dizendo.

4. Dê fluência ao dialogo

Não interrompa quando o outro estiver falando. Evite atitudes agressivas ou defensivas, pois isto só irá dificultar o desenrolar da conversação e do entendimento. Ouça as sugestões, opiniões e ideias com naturalidade e aceitação. Sobretudo não se irrite nem demonstre aborrecimento se os outros expressarem pontos de vista diferentes dos seus, nem concordarem com você. Se for contra-argumentar faça-o com tranquilidade, sem afetação. Ficará surpreso de quantas ideias e soluções novas surgem, simplesmente ouvindo.

5. Faça perguntas criativas

Líderes que ajudam os outros a crescer e inovar continuamente geram perguntas criativas que fazem a diferença. Perguntar é uma forma ativa e criativa de fazer sondagens que auxiliam outros a crescerem. Ouvir é uma forma receptiva que também auxilia no desenvolvimento das pessoas. Essas duas formas complementares de abordagem fazem parte do ciclo de crescimento da comunicação. Líderes inovadores e que buscam soluções para os problemas concentram-se em fazer as perguntas certeiras, adequadas, muitas vezes gerando questões provocativas que obrigam as pessoas a se aprofundarem nos temas em discussão. Ao desenvolver outros líderes através de perguntas, eles estão, não apenas, ajudando-os a crescer, mas a terem experiências singulares e diferentes. Desafie os outros e a si mesmo, procurando soluções por ângulos diferentes. Cave e aprofunde mais as experiências, perspectivas e motivações. Desafie, de vez em quando, o status quo, e leve a conversação para um outro patamar, diferente do atual. Qual seria o impacto para sua equipe e para a organização se você fizesse perguntas cujas respostas alavancariam o crescimento da empresa? O que isso poderia também significar em termos de desenvolvimento das pessoas e equipes?


6. Tenha coerência entre mensagem verbal e não verbal

Líderes sabem da importância em manter coerência entre palavras e atos. O professor Albert Mehrabian da Universidade da Califórnia pesquisou acuradamente o processo de comunicação. Os estudos revelaram que apenas 7% do significado de uma mensagem são feitos verbalmente, enquanto que 38% são transmitidos pelo tom de voz e 55% através da linguagem corporal. Isto é, comunicamos 93% da nossa mensagem de modo não verbal através do tom de voz, gestos, postura, jeito de nos conduzirmos e falarmos etc. Quando nossa linguagem verbal contradiz nossa linguagem não verbal o resultado será uma distorção de comunicação e o interlocutor acreditará, não no que você disse, mas no que ele viu e sentiu. Desse momento em diante ele passará a prestar atenção na nossa postura e ignorará as palavras.

7. Líderes são ótimos comunicadores

A capacidade de comunicação é uma das habilidades mais importantes de que o líder necessita para ser bem-sucedido em sua missão. Se você pretende liderar uma equipe, um departamento, uma organização, ou o que mais for, terá que tornar-se um “expert” em comunicação e sentir-se tranquilo ao dialogar com as pessoas. Mantenha contato visual, respeite as opiniões das pessoas, preste atenção em sua própria comunicação não verbal (se é tranquila, defensiva, agressiva, apática, como é seu tom de voz). Examine os grandes líderes e verá que todos eles são excelentes comunicadores. Mesmo quando discorrem sobre suas próprias ideias eles o fazem de uma maneira que fala diretamente às emoções e aspirações das pessoas, deitam raízes no âmago delas. Eles sabem que a verdadeira mensagem não é a do mensageiro (isto é, a do líder), mas ir ao encontro às necessidades e expectativas dos membros da equipe e fazer vir à tona o melhor de cada um visando arquitetar e construir objetivos que realmente respondam às necessidades da empresa e dos colaboradores.

8. Grandes líderes entregam mais do que recebem

Os melhores líderes não são hábeis apenas em motivar e em comunicar-se, mas são também adeptos em repassar ideias, alinhar expectativas, inspirar ações e difundir a visão que trazem consigo. Quando você se concentra mais em contribuir do que em receber terá realizado sua missão e, curiosamente, ao focalizar seus esforços em desenvolver pessoas e organizações, você aprenderá e crescerá muito mais do que se tivesse simplesmente preocupado em atingir sua própria agenda.

9. Aprenda a ler nas entrelinhas

Focalize sua atenção num grande líder, e você verá uma pessoa dotada de grande capacidade de ler nas entrelinhas. Ele tem a incrível habilidade de entender e perceber o que não foi dito, observado ou ouvido. Na era da comunicação instantânea, como a que estamos vivendo, as pessoas estão muito mais interessadas em comunicar seus pensamentos e opiniões e falham em não perceber o quanto perdem por não aprender com as ideias das outras pessoas. Mantenha seus olhos e ouvidos bem abertos, e tenha sob controle seus lábios, e ficará surpreso de como sua capacidade perceptiva da organização e das pessoas aumentará muito acima do normal.

10. Tenha um plano de contingência em comunicação

Ao comunicar-se tenha um plano de contingência. Lembre-se que para que haja uma interação bem sucedida seu objetivo deve estar alinhado com as pessoas com as quais você está interagindo. Caso sua mensagem, claridade ou empatia não estejam produzindo os efeitos desejados você tem que mudar o rumo da conversação. Enriqueça o diálogo com histórias, analogias, humor, coloque em pauta desafios para o grupo, faça perguntas que provoquem a participação de todos. Por outro lado não presuma que alguém esteja preparado para conversar com você, só porque você está preparado para conversar com essa pessoa. O ponto chave aqui é que, ao transmitir uma mensagem, assegure-se de que ela é verdadeira, correta, específica, consistente, clara e fundamentada em sólidos argumentos. E - o mais importante -, tenha em mente de que a comunicação não diz respeito a você, a suas opiniões ou sua posição. Ela diz respeito ao entendimento e comprometimento de todos em busca da satisfação das necessidades e dos interesses da empresa e do quadro de colaboradores.

11. Previna o surgimento de boatos e rumores

Boatos e rumores surgem apenas quando há pouca ou nenhuma informação sobre um assunto polêmico ou problemático, e só acabam causando mágoas, despontamentos, raiva e insegurança. É um estado de coisas que tende a aumentar na proporção exata em que aumenta a falta de informação, e também, da omissão das lideranças que comandam a empresa. Você poderá saber o nível de transparência com que sua empresa (ou setor) trata dos assuntos problemáticos, pelo número de boatos e mexericos que acontecem na organização. Quando os colaboradores sabem o que está acontecendo na empresa, eles não ficarão adivinhando. Faça reuniões semanais com a equipe, utilize regularmente a intranet, mantenha a comunicação aberta. É fundamental que a comunicação seja a mais clara possível. Quanto mais os colaboradores forem informados a respeito de questões que lhes afetam, menor será a tensão e o estresse que porventura possa ocorrer por conta de notícias mal veiculadas ou mesmo inexistentes.



Vale tudo para ser presidente?

Quando as disputas se transformam em guerras, temos um vale-tudo no qual a emoção fica acima da razão




A verdade é a primeira a morrer em uma guerra. Por esse motivo, devemos levar as disputas por cargos elevados na empresa (ou no País) para um campo mais seguro. Nem todos os duelos devem ser encarados como uma guerra, pois, nela, o objetivo é destruir o inimigo. Quando as disputas se transformam em guerras, temos um vale-tudo no qual a emoção fica acima da razão, e a subjetividade, em vez das evidências, é utilizada como critério de escolha. A empresa e a sociedade saem perdendo.

Isso ocorre porque há em jogo propósitos inconfessáveis, valores e crenças desconexos e uma ética duvidosa.

Por esse motivo, a melhor forma de escolher os principais líderes é pensar no futuro da empresa. Para que isso aconteça, é bom observar quatro fundamentos que são usados por líderes em suas decisões e que, portanto, impactarão o destino da companhia. Seriam esses os mesmos critérios que deveríamos usar para escolher o presidente da República? Quer você seja o acionista de uma empresa, ou o eleitor em um país, é sempre bom ter em mente esses fundamentos. A busca pura e simples de renda e resultados cada vez maiores não deveria ser a única baliza para suas escolhas.

Qual o propósito do candidato? Alguns executivos desejam ser presidente da empresa somente pelo status, dinheiro e poder do cargo. Mas qual é o propósito dele? Deve ser buscado aquele com o propósito mais elevado. Ele deve propiciar construção, crescimento e coexistência. Conheço presidentes de organizações que, em vez de construir, destruíram relações e o engajamento dos funcionários. A empresa perdeu mercado e, ao invés de crescer, diminuiu de tamanho. E, como ele não permitia a coexistência de ideias, executivos importantes saíram e foram contratados por concorrentes, que se tornaram mais perigosos.

Portanto, um propósito elevado é fundamental para quem deseja estar no cargo mais elevado da empresa.

O segundo ponto a observar é a conjugação de valores e crenças. Ninguém será contrariado por expressar seus valores. Isto é, dificilmente você encontrará alguém que seja criticado por ter valores como: justiça, confiança e sustentabilidade. Mas os problemas começam quando as crenças são esclarecidas. Por exemplo, o mesmo valor, justiça, pode significar a seguinte crença: oportunidades iguais para todos. Ou, pode ser: oportunidades maiores para quem entrega mais. Ou seja, podemos ter valores iguais e crenças diferentes. O executivo deve ser capaz de esclarecer suas crenças tanto quanto seus valores.

Por último, devemos observar com cuidado a ética de um candidato. Ela pode estar em um de cinco níveis possíveis.

O primeiro nível é aquele no qual o pensamento dominante é: “Estão todos contra mim.” São pessoas destrutivas, incapazes de construir e participar de um time. Dificilmente chegam a níveis de liderança relevantes e, se o fizerem, podem causar grandes estragos na organização.

O segundo é aquele no qual a pessoa pensa primordialmente: “Somos nós contra eles.” São indivíduos que fomentam ideias que aglutinam outros profissionais, normalmente incompetentes e de má índole, com pensamento igual e que veem inimigos a ser destruídos. Em geral, se alçados a postos de liderança, provocam a retirada de pessoas contrárias às suas ideias e, se possível, destroem a reputação delas para obter o que desejam.

Somente no terceiro nível, temos o mínimo necessário para a pessoa liderar uma empresa. Nele, o pensamento dominante é o famoso “ganha-ganha”. Isto é, tudo que tiver de ser realizado deve ser pensado em termos de ganho para a empresa e também para o cliente. Ou seja, são indivíduos que procuram estabelecer relacionamentos nos quais todos os envolvidos sejam beneficiados.

O próximo pensamento é aquele que afirma: “Somos um só.” Ele conduz as pessoas a compreender que suas ações reverberam em uma corrente que acaba voltando para elas mesmas. Isto é, para ajudar a empresa, não adianta prejudicar o outro, quer seja funcionário, cliente ou fornecedor. Pois o dano causado retornará para a companhia. É o caso da empresa que pressiona tanto seu fornecedor por menores custos, que ele acaba falindo, e a companhia fica sem seu melhor fornecedor. Ou que trata tão mal seus funcionários, que o clima organizacional fica negativo, a produtividade cai e os resultados são afetados. Portanto, é aquele que pensa no todo de forma integrada e contribui da maneira mais positiva possível.

O nível mais elevado da ética não se aplica às organizações empresariais, pois é aquele no qual as pessoas são convidadas a fazer algo no qual elas sairão perdendo, assim como o líder, para que a humanidade saia ganhando. É o caso de líderes como Gandhi, Mandela e Martin Luther King Jr., que sacrificaram suas vidas, e de muitos que a eles se juntaram, para que um propósito maior se realizasse. Será que é possível um líder empresarial pensar assim?

Conhecer os propósitos, valores, crenças e ética daqueles que desejam ser os líderes em cargos mais elevados da empresa é uma maneira criteriosa de escolhê-los. Eles revelam o nível de preparo do indivíduo para a liderança.

As empresas e o mundo estariam em melhores condições, se fossem liderados por aqueles que estão mais bem preparados para a tarefa, e não por aqueles que somente sabem falar bem.

Saibamos escolhê-los.

Vamos em frente!



Contact center: que tal pedir permissão?

O Marketing de Permissão é uma ferramenta que permite que o atendente da central de relacionamento entre em contato apenas com os consumidores que autorizam o contato




Vivemos em uma era em que a comunicação é a principal forma de conseguirmos bons resultados para todos os tipos de negócio. Para otimizar cada vez mais este contato, o mercado de telecomunicações vem expandindo e integrando diversos sistemas que auxiliam seus agentes a desenvolverem o seu trabalho com mais facilidade e através de ferramentas que garantem o sucesso das ligações. A comunicação através de múltiplos canais já foi bem explorada. Neste artigo, quero falar de um recurso promissor, talvez já bem conhecido, mas não muito utilizado pelo setor: o Marketing de Permissão.

Pesquisas apontam que 35% das companhias usam o e-mail marketing como sua principal ferramenta de divulgação direta dos seus serviços e produtos e que para 28% delas esse é o método com melhor desempenho e com maior facilidade de mensuração, de acordo com dados da Direct Partners. Imagina como seria se todos os e-mails que a sua empresa envia fossem recebidos pelos seus clientes sem ir para a lixeira ou spam? Será que isso aumentaria o seu lucro?

O Marketing de Permissão, como o próprio nome diz, é uma ferramenta que permite que o atendente da central de relacionamento entre em contato apenas com os consumidores que autorizam o contato. A pesquisa da Direct Partners mostrou ainda que as empresas que utilizam o sistema obtiveram resultados positivos e tem sido responsável por boa parte do faturamento das companhias. Claro! Precisamos nos comunicar com os nossos clientes, mas, que tal pedir permissão?

No Brasil, o Senado Federal apresentou um projeto que estipula a multa de R$ 30 mil para os contact centers que entrarem em contato com consumidores que fazem parte da lista dos clientes que não querem receber ligações de televendas e de R$ 100 mil em caso de venda de banco de dados. Outros projetos de Leis para o telemarketing do Brasil já circulam. Um deles proíbe as ligações aos domingos e demanda que os funcionários da área trabalhem no máximo seis horas por dia, totalizando 36 horas semanais com intervalos de 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho.

Você pode me questionar: quais são as vantagens desta ferramenta, se eu só posso contatar consumidores que autorizam essa comunicação? Primeiramente, é uma forma de demonstrar seriedade e respeito com o seu cliente. Outra vantagem é que sua mensagem é levada apenas a consumidores que possam se interessar pelo seu produto. Com e-mails e telefonemas mais direcionados, a garantia do retorno é muito maior e a imagem da empresa não fica com fama de “chata” ou “desnecessária”.

Mas, vamos lá! A empresa precisa ter o cuidado de passar apenas mensagens interessantes e com uma frequência adequada. Não adianta, por exemplo, orientar o agente do seu contact centera ligar três vezes em um dia para o mesmo cliente oferecendo produtos diferenciados. Como assim, se são produtos diferentes, por que eu não posso entrar em contato? Você gostaria de ser interrompido várias vezes em um mesmo dia por televendas? Sem dúvida, não. Vamos ser conscientes, fora o seu contact center existem outros milhões, que podem já ter contatado aquele mesmo consumidor naquele dia. É preciso muito bom senso.

Se quisermos avançar em nosso setor, temos que adaptá-lo as tendências que garantem um retorno positivo para o negócio. Com tanta burocracia, a lista de contatos das empresas pode reduzir, mas não podemos olhar apenas para este lado. Nada melhor que oferecer produtos para menos pessoas, mas que se interessam pelas suas ofertas. Não se esqueçam, vamos sempre pedir a permissão!



sábado, 27 de setembro de 2014

5 dicas para você trabalhar menos sem comprometer a produtividade

Quanto mais horas são colocadas para o trabalho, menos é feito




Trabalho duro é necessário para ser bem sucedido. Mas quem disse que isso singnifica trabalhar mais? O escritor Jeff Haden, em artigo para o site Inc., afirma que, apesar de ser um disseminador do trabalho duro, acredita que mais do que ficar muito tempo no escritório, é importante trabalhar de forma inteligente. 

Mas como fazer isso? Confira uma lista de 5 dicas para trabalhar menos sem comprometer a produtividade:

1 – Refaça sua lista de tarefas

Um dos métodos mais efetivos para aumentar a produtividade no ambiente de trabalho é limitar o número de itens na lista de tarefas. Uma forma de fazer isso é escolher as três mais importantes. “Essas são as maiores e mais difíceis tarefas do seu dia, que você realmente precisa realizar. São as que farão você ficar no escritório além do tempo ou trabalhar depois de jantar se você não terminá-las”, diz ele.

Fazendo-as no começo do seu dia, você não irá se ocupar com outras coisas e perder seu tempo realizando coisas que não são tão importantes quanto essas tarefas. “O resto da sua lista de coisas para fazer pode ser preenchida com tarefas menores que você faria, desde que tenha terminado suas importantes.

Assegure-se de trabalhar nisso antes de passar a fazer coisas menos críticas e você sentirá que seu dia foi muito mais produtivo”, afirma Harden. 

2 – Meça seus resultados, não seu tempo

A ideia de trabalhar de forma mais inteligente, em vez de trabalhar por mais tempo, vem do fato de que quanto mais horas são dedicadas ao trabalho, menos é feito. Essa é a principal razão pela qual especialistas procuram formas de trabalhar menos sem perder em produtividade.

Uma forma de fazer isso é ajustar como você mede produtividade. “Se você valoriza a si mesmo pelo que você faz, em vez de em quanto tempo você fez, notará que existe uma diferença em como você vai passar a trabalhar”, diz Harden.

Manter uma lista de coisas que você já fez no dia também é uma boa forma de analisar seus feitos. Se você mantém um registro de tudo que fez em um dia, pode ficar surpreso ao ver como vai ficar mais motivado para fazer trabalhos que realmente importam e se manter focado.

3 – Crie hábitos para começar a trabalhar

“Quando eu não tenho um plano sobre em que trabalhar primeiro, eu tendo a procrastinar e gastar todo meu tempo na manhã. Você pode ter um tempo de procrastinação que não seja o início do dia, mas começar é a parte mais difícil para a maioria das pessoas”, revela Harden.

Uma forma de superar esse problema é criar uma rotina que informa ao seu cérebro e ao seu corpo que é hora de trabalhar. A rotina pode ser algo simples, como seus hábitos matinais ou comprar um café no caminho para o trabalho. “Geralmente eu sento na minha mesa com uma xícara de café e olho meus sites favoritos para checar as novidades. Assim que eu termino o café, eu sei que cheguei no meu limite, esse é meu gatilho para começar”, diz Harden.

4 – Observe no que você mais perde tempo

Reveja seu dia a dia e registre no que você perde tempo. Se existem dificuldades com a produtividade, é tentador mudar sua rotina ou tentar novas soluções antes de descobrir o problema real. “O primeiro passo para se tornar mais produtivo é identificar os pontos onde você mais perde tempo. Comece analisando o que você faz toda manhã para se preparar para um dia de trabalho. Você pode achar que está passando tempo em coisas como escolher sua roupa, coisas que podem ser feitas no dia anterior”, diz Harden.

“Então, continue: veja como você gasta seu tempo durante o dia e procure padrões. Talvez você descubra que está passando tempo demais no Facebook. Ou que o que deveria ser uma conversa rápida no trabalho se torna num bate-papo de mais de 10 minutos”, completa.

5 – Crie hábitos para parar de trabalhar

“Essa dica pode parecer um pouco estranha, mas ajuda bastante. Alguns de nós temos dificuldade para parar de trabalhar”, diz Harden. “É fácil continuar trabalhando por outra hora, ou pegar seu computador depois de jantar e trabalhar até a hora de dormir. A pior coisa sobre esses hábitos é que atrapalham na hora de fazermos nossas tarefas mais importantes, pois nós imaginamos que vamos ter tempo suficiente para realizá-las. Mas não temos”, complementa.

Uma forma de fazer isso é parar enquanto você está indo bem. O escritor cita um outro escritor, o norte-americano Ernest Hemingway: “A melhor maneira é sempre parar quando você está indo bem e sabe o que vai acontecer em seguida. Se você fizer isso todos os dias, nunca ficará preso”. E isso pode ser aplicado a qualquer área de trabalho. Parar no meio de um projeto pode funcionar muito bem. Você já sabe o que foi feito e sabe exatamente o que precisa ser feito em seguida. Assim, estará animado para começar de novo.

Seguindo essas regras simples e básicas, será muito mais fácil trabalhar de maneira produtiva.



Corpo presente, alma ausente

Você não quer estar, mas precisa ficar! As razões são muitas. De todos os tipos: legais, contratuais, de caráter, de honra, tolas... Algo que te impede de ir




Você não quer estar, mas precisa ficar. As razões são muitas. De todos os tipos: legais, contratuais, de caráter, de honra, tolas... Algo que te impede de ir. 

As amarras podem ser no campo pessoal e também profissional. 

Por essa razão, jamais coloquei multas em contrato de trabalho. Se o contrato tiver que ser rompido, que assim seja. Nada de prolongar o problema além do necessário.

 Todo rompimento pode gerar dor. Mas, não necessariamente! 

Há um choque de realidade que assusta, depois vem a fase do desapego e finalmente do afastamento.

Quando o desapego acontece dentro da relação, lembre-se que estamos considerando relações pessoais e ou profissionais, o afastamento traz enorme alívio, e não deixa dúvidas.

A dor do rompimento, quando há, é para ser sentida. Portanto, que seja na fase do desapego. Importante é equilibrar os pratos na balança, tornando o ganha-perde ou perde-perde, em ganha-ganha. Afinal, ninguém ganha nada com uma relação ruim.

Lembro-me de uma propaganda de um desses “magos” que dizia: “Trago seu amor de volta em sete dias, queira ele ou não queira!”. 

Caramba, já imaginou enfeitiçar uma pessoa para ficar ao seu lado, quando lá dentro o que ela mais quer é distância? Ou voltar a trabalhar em uma empresa que deixou, e não gosta do trabalho e nem do ambiente, por causa do salário? Que vida, heim?

 Qualquer que seja a situação, o tratamento da questão pode seguir os seguintes passos:

Mapeamento da situação para entendimento;

Análise, avaliando as vantagens e as desvantagens;

Reflexão sobre sua disposição para tomada de decisão;

Experimentação de soluções que levam ao rompimento;

Desapego;

Afastamento.

O alívio com a decisão de ficar ou ir deixa a mente livre para novos projetos e horizontes. A dúvida é uma roda-gigante. Gira em torno do mesmo eixo, levando-nos para cima e para baixo o tempo todo. 

Relação que não vale a pena, não vale a pena a relação!

 Ao pé do arco-íris tem um pote de ouro, cujo caminho para alcançá-lo recebe o nome de futuro. Trilhe-o!

Ao ler biografias, você ficará surpreso com a quantidade de histórias de sucesso geradas pelo pé na bunda. 

Se você já teve oportunidade de perder bons colaboradores, assim gosto de denominar os funcionários, e os entrevistou na saída, de forma honesta, deixando a “janela aberta” para ouvi-los, verá que muitos ali estavam apenas de corpo presente, suas almas já tinha deixado o ambiente há muito tempo. 

Você mesmo, quando trocou de emprego, já deve alguma vez ter sentido isso. Acontece o inverso também: o corpo se vai, mas a alma e o coração não deixarão o lugar jamais!

Há momentos que encaramos alguns desafios por um bem maior, ainda que aquilo não seja a nossa realização profissional: um salário maior para comprar uma casa, para dar mais conforto à família, para pagar a faculdade, nossa ou dos filhos!

Alguns decidem por uma profissão ou até se casam para agradar ou não desagradar a família!

Poderão até dizer: não tive escolha!

Tiveram sim, só voltar às regrinhas acima e veremos que tiveram.

Decisão tem como fator determinante a coragem. Se tem uma palavra assustadora, aí está ela: C O R A G E M !

Veja por quê: coragem é a capacidade de confrontar a discórdia, as agruras da vida, o amor, a certeza ou a intimidação. Uma pessoa corajosa é uma pessoa que faz o que tem a fazer. 

Com isso fica mais fácil o corpo acompanhar a alma, vez que esta é sempre mais determinada. Tanto que quando o corpo não resiste, ela o deixa!



10 dicas poderosas para você impulsionar sua autoconfiança

Aprenda como ser mais confiante em seu dia a dia e motive as pessoas através da força do entusiasmo




Charles Chaplin disse: "Mesmo quando eu estava no orfanato, quando percorria as ruas tentando encontrar algo de comer para me manter vivo, mesmo então pensava em mim como o maior ator do mundo. Eu tinha de sentir a exuberância que é fruto da absoluta confiança em si mesmo."

O que a frase exposta acima nos ensina é o seguinte: autoconfiança não tem nada a ver com a posição que ostentamos, pois é uma qualidade intrínseca do ser humano e, portanto, depende única e exclusivamente de como ele enxerga seus problemas.

Por exemplo: quando passamos em uma calçada e vemos um mendigo deitado, sorrindo e cantando sem cessar, mesmo sem ter o que comer e vestindo trapos de imundícia, temos um sinal claro de que ele encara seus problemas sob uma ótica otimista. Logo, ele possui autoconfiança, porquanto tem um sentimento de fé e esperança de que um dia, as coisas irão mudar e ele sairá dessa triste situação.

Desta forma, o que o mendigo nos traz é que mesmo sendo o homem mais miserável da cidade, ele pode manter a chama de sua motivação acesa, pois entusiasmo não significa ser rico e abastado, ou ter uma saúde inabalável, mas sim ter a convicção de que o universo gerou cada ser humano com a predestinação suprema e absoluta de alcançar o sucesso.

Parece algo simples e banal, todavia muitas pessoas teimam em aceitar essa clara realidade. Assim, sofrem e desperdiçam boas oportunidades profissionais e pessoais simplesmente pelo fato de negligenciarem a principal regra a ser seguida por quem busca ser vitorioso nessa esfera terrena em que vivemos.

Sabendo do interesse de muitas pessoas em ostentar tal atributo e conhecendo métodos eficazes para desenvolver tal questão, elaborei 10 formas de entusiasmar uma pessoa e elevar seu nível de confiança. Confira:

1 – Críticas e elogios não existem: quem se vislumbra com elogios e se ofende com críticas é semelhante a uma criança que chora no seu quarto escuro com medo de fantasma, ou seja, crê ridiculamente em algo que não existe e sofre desnecessariamente por isso. Em outras palavras, se sabemos que ninguém pode emitir julgamento sobre nós por estarmos em um estado igualitário, é totalmente inaceitável filtrar o que nossos semelhantes pensam a nosso respeito, até porque eles não nos conhecem, pois o autoconhecimento não pode ser terceirizado.

2 – Seja você mesmo e se orgulhe disso: acredite, as pessoas querem que você seja verdadeiro em suas ações e, principalmente, que aja naturalmente diante delas. Muitas pessoas acham que para causar uma boa impressão precisam realizar algo espetacular, todavia a simplicidade sempre ocupou a preferência de qualquer sociedade, tendo em vista que as pessoas apreciam a sinceridade e a singeleza de nossas atitudes.

3 – Saiba equilibrar suas emoções: não se cobre em demasia, mas também não deixe a “corda frouxa”. É fundamental que você tenha perseverança e que busque seus objetivos com garra e excelência constante, contudo não deixe que essa sua cobrança pessoal esmague sua psique, o transformando em um ser esgotado emocionalmente. Vale pontuar que o homem moderno é doente porque não sabe dosar a busca por suas metas e a capacidade de estresse que sua mente pode suportar. Portanto, aja com prudência e sabedoria, para que as variáveis possam ser suas companheiras, não suas adversárias.

4 – Sempre volte seus olhos para a luz: muitas pessoas adotam uma postura negativa, criando um mundo desgraçado onde metas impossíveis de serem alcançadas são criadas e onde elas são obrigadas a cumpri-las, pois se assim não fizerem, serão consideradas fracassadas, derrotadas e dignas de uma memorável vergonha eterna. Achou pesado? Pois é, mas é exatamente assim que algumas pessoas se comportam em suas vidas, se pressionando exageradamente e se martirizando por não conseguirem os resultados esperados. Não faça isso, seja diferente: pense positivo, acredite em seus pontos fortes, permita-se errar e jamais deixe que os horrendos sentimentos de culpa e arrependimento o dominem.

5 – Esqueça o lado de fora: se você não acredita em si mesmo, nenhum acessório poderá ajuda-lo: você pode vestir o terno mais caro da cidade, fazer a barba com extrema perfeição, ter o carro da moda, ostentar o cargo mais importante de sua empresa, ter os olhos mais lindos que sua esposa já viu, porém nada disso adiantará porque as coisas exteriores não serão suficientes se elas não forem acompanhadas de um interior restaurado.

6 – Quebre os arquétipos criados pelo seu “EU OBSCURO”: ao longo de sua existência você criou uma figura autossabotante de si mesmo. Logicamente, isso somente aconteceu porque o mundo buscou, desde o seu nascimento até hoje, convencê-lo de que você não passa de mais um tolo que caminha por essa terra e, portanto, possui um valor limitado. Em outros termos, algumas pessoas trabalham para tirar a esperança e a luz de nossos olhos, tentando nos destruir através da inserção de uma falsa realidade. Portanto, cabe a nós, a apreciação veemente de nossas próprias qualidades, pois sabemos que somos importantes para o universo e que ele está do nosso lado por acreditarmos que podemos fazer dele, um paraíso mais perfeito do que ele já é.

7 - Seja uma pessoa de caráter: de nada adianta as glórias e vitórias esmagadoras se elas não forem acompanhadas de uma consciência limpa e de um senso de justiça minimamente coerente. Foi exatamente por isso que Theophile Gautier disse: “As mais belas qualidades tornam-se inúteis, quando a força do caráter as não sustenta”. Sem dúvidas, criar princípios e valores, tendo ações cotidianas que sejam congruentes com eles é a única e melhor forma de gerar mais estima para as nossas vidas.


8 – Não seja escravo dos outros: quem tem autoestima baixa adora assumir a culpa por tudo, ou se colocar em uma posição menor nas tarefas existentes, ou propagar que não é ninguém ao receber um justo elogio, ou possuir uma cabeça baixa e sentimentos retraídos, ou ostentar um medo excessivo do julgamento alheio, ou ter pânico ao entrar em conflito/debate com alguém. Enfim, essa pessoa nunca foi livre e vive enjaulada nas cadeias de sua própria (e doentia) mente. Faça o inverso e valorize sempre sua liberdade, porquanto você tem direito de defender suas ideias e de criar sua maneira única de enxergar o mundo, fazendo com que as esferas existentes sejam otimizadas e gerando um efeito social que causará um desenvolvimento ímpar para toda a comunidade.

9 – Cuide mais de você: olhe para trás e veja o quanto você já conquistou e por quantas adversidades passou, repare que você nunca deixou de lutar e que tem inúmeros motivos para se orgulhar disso. Faça um favor aos seus descendentes: olhe seu reflexo no espelho e se veja como um gladiador: forte, imponente, poderoso e dono de incontáveis vitórias.

10 – Seja uma casa em eterna construção: nunca pare de evoluir e busque fazer com que esse seu desenvolvimento atinja também as outras pessoas. Por exemplo: vamos supor que você tenha o desejo de aprender a tocar violão e tem um amigo que domine tal técnica, assim você pede a ajuda dele e procura se apoiar no mesmo até que tenha força para caminhar sozinho. Até aqui você não fez nada demais, e foi apenas “mais um na multidão”, mas isso pode mudar.

Em outras palavras, o que quero dizer é o seguinte: é curioso que muitas pessoas aprendam novas coisas todos os dias, mas que não gerem o desejo de transmitir esse Know How para as outras, ou seja, não são generosas ou propensas a partilhar conhecimento. Desta forma, elas perdem a oportunidade sempar de transformar o ambiente e crescer junto com ele, haja vista que uma das maneiras mais inteligentes de alimentar o espírito humano é fazendo o bem para o próximo, usufruindo-se da lei da colheita, onde colhemos exatamente aquilo que plantamos.

O resplendor de um homem está em acreditar em sua grandeza, fazendo com que as pelejas sejam o alicerce de suas conquistas e tentando introduzir em sua mente uma aura dotada de uma impenetrável esperança, que fará com que todos ao seu redor sintam a soberania de um ser que existe para transformar seu planeta em algo absolutamente próximo da perfeição.



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Barbie católica causa polêmica na Argentina

Na exposição serão exibidas 33 figuras dos bonecos da Mattel adaptados como figuras de diversas diversas religiões




A dupla de artistas Pool e Marianela, da cidade de Rosario, na Argentina, causou polêmica e despertou crítica dos religiosos com sua mostra "Barbie, a Religião Plástica". "Se existe uma Barbie doutora, professora e policial, por que não poderia existir uma Barbie Virgem Maria?", questionam eles em seu site.

Na exposição, que acontecerá em Buenos Aires, serão exibidas 33 figuras dos bonecos da Mattel adaptados como figuras católicas, budistas e judaicas, assim como também de crenças populares do país. "Em um mundo que nos recompensa para pensarmos, agirmos e sentirmos de maneira igual, Marianela e Pool rebelam-se ao se reafirmarem diferentes. Usam o humor para destacar seu desligamento a partir de um universo histórico, político e religioso que ressalta a ficção ligada aos mais velhos", dizem eles.

Uma das obras, que representa a "La Difunta Correa", figura venerada na Argentina, foi a maior causadora de polêmica. As autoridades de San Juan, onde é encontrado o santuário dela, já entraram em contato com os artistas. Eles reconheceram que esperavam que a mostra poderia despertar críticas, mas não imaginavam que chegaria ao ponto de tanto as autoridades quanto os fiéis reclamarem.

"Sabíamos que poderia haver alguma polêmcia com a Mattel, que reclamaria do uso da boneca Barbie", disse Marianela à BBC Mundo. "Mas nunca imaginamos que teríamos que pedir permissão para usar a imagem de "La Difunta Correa. Me ligaram do governo de San Juan para contarem que teríamos que pedir permissão, que ela está patenteada, eu não conseguia acreditar", acrescentou.

Seu parceiro, Pool, explicou que não tinha nada contra as religiões e que tomara cuidado para respeitar todas. Ele aponta como exemplo disso a ausência da imagem de Maomé, já que o Islamismo considera ofensiva qualquer representação do profeta. "Nosso compromisso é homenagear, não faltar com respeito", completa ele.



“Todos podem ser líderes no seu espaço de trabalho”, afirma Peter Senge

Para o autor de A quinta disciplina, é possível que todos os níveis de uma organização trabalhem com o mesmo grau de engajamento, desde que os administradores estejam comprometidos com isso




Expressões como “vantagem competitiva”, “domínio pessoal” e “visão compartilhada” são cotidiana e exaustivamente repetidas nas organizações, seja pelos diretores e gerentes, seja pelos empenhados colaboradores. Compreendê-las na prática, entretanto, é o que de fato faz a grande diferença. Pelo menos é o que pensa o norte-americano Peter Senge. PhD em Management pelo MIT – Massachusetts Institute of Technology, ele é autor do prestigiado livro A quinta disciplina, em que apresenta as cinco competências que considera fundamentais para o sucesso de um modelo administrativo, sendo a última delas – “visão ampla” ou “raciocínio sistêmico” – a mais importante.
Para o estudioso, o administrador precisa compreender o mundo como um grande corpo do qual ele e a organização que dirige fazem parte. “Tenho que entender como eu quero que minha empresa contribua para esse mundo mais amplo”, afirma Senge, para quem o desempenho de um negócio está diretamente relacionado a essa capacidade de percepção sistêmica daqueles que o comandam.

Senge destaca ainda que a liderança, dentro das organizações, não precisa estar restrita aos diretores e gerentes. Para ele, na verdade, a possibilidade de cada profissional agir como líder no exercício do seu trabalho é um dos fatores que podem garantir que todos atuem com o mesmo grau de engajamento, colocando em prática outra das suas disciplinas, a “visão compartilhada”. E faz uma importante observação: nem todos os líderes comandam alguma coisa. 

Você costuma dizer que os líderes devem ser “idealistas pragmáticos”. Na prática, o que isso significa? 

Em primeiro lugar, quando diz líderes, você se refere aos chefes? 

Sim, a eles, principalmente. 

É sempre bom tentar esclarecer isso, porque há muitos tipos de líderes. E muitos deles não são chefes de ninguém. Se estamos falando sobre negócios, é importante você estar atento ao desempenho da empresa. Mas você tem que prestar atenção também a um mundo mais amplo. E o que acontece nesse mundo? Qual é a minha visão pessoal? Tenho que entender como eu quero que minha empresa, minha organização, contribua para esse mundo mais amplo. É bastante simples.

Você é reconhecido no mundo todo como um dos principais nomes do pensamento estratégico, pela relevância dos seus estudos e a aplicabilidade de suas teorias. Entretanto, colocar em prática – por exemplo – a sua quinta disciplina é algo ainda um tanto difícil para algumas empresas, principalmente em mercados menores, onde o pragmatismo fala mais alto. Como você avalia o nível de aprendizado das empresas hoje, principalmente nos mercados emergentes?

Eu não passo muito tempo em países como o Brasil. Então não tenho tanta experiência para falar sobre eles. Eu acho que há mais oportunidades em mercados emergentes, porque há muito espaço para experimentação. Uma das empresas que eu conheço bastante no Brasil é a Natura, uma empresa grande hoje. Mas há 20 anos não era tão grande. E eles tinham uma visão muito clara do impacto social que desejavam ter, vendendo com uma rede grande de pessoas que, talvez, seriam muito pobres se não tivessem esse emprego de consultoras da Natura. E buscando comprar produtos que fossem realmente naturais e que fossem consumidos de uma forma sustentável. Então acabou surgindo um espaço muito grande para a inovação. 

Em primeiro lugar, eu não acho que a quinta disciplina seja tanto uma teoria, é mais prática, uma prática que nós aprendemos das outras empresas. Uma empresa como a Natura tem descoberto, sozinha, uma série desses princípios básicos, olhando o sistema mais amplo do qual eles fazem parte, uma visão forte daquilo que eles querem criar e tendo um compromisso com o desenvolvimento pessoal dos seus funcionários. Embora esses movimentos sejam naturais, não significa que sejam fáceis. Tudo que aprendemos, aprendemos de empresas que aplicaram esses conceitos de forma bem sucedida numa inovação de longo prazo.

Acerca das iniciativas da chamada wikieconomia ou economia colaborativa, elas podem ser consideradas como um instrumento de aprendizado contínuo entre empresas?

Quando você tem uma economia, creio eu, que requer colaboração, essa é a circunstância ideal para analisar como todos funcionam juntos. Por exemplo, se você olhar comunidades rurais tradicionais ou estruturas tribais mais antigas, lá as pessoas têm que trabalhar juntas. Quando há crescimento, as empresas estão se desenvolvendo, muita gente acaba lutando individualmente. Mas aprender a ter eficácia na colaboração é fundamental para a sobrevivência das economias de hoje. Isso pode ser tão simples quanto, por exemplo, você trabalhar com seus fornecedores chave. 

Que tipo de relação queremos criar? Confiança é uma coisa complicada. Por que, por um lado, pode parecer que basta parecer simpático com o outro. Mas quando há uma relação de confiança real, nós podemos questionar um ao outro e levá-lo a aprender. Então, na verdade, as relações baseadas em colaboração mútua e na confiança são relações básicas para o desenvolvimento das pessoas. Em momentos econômicos difíceis é ainda mais importante desenvolver essas competências em colaboração.

Sobre a sua disciplina que trata do aprendizado nas empresas, é importante que os colaboradores entendam que aprender coletivamente é a melhor maneira de todos, inclusive a companhia, crescerem. Como as empresas podem provar aos seus funcionários que isso será de fato bom para todos? Como atestar que o todo pode ser maior que a soma das partes?

Eu acho que as pessoas têm que provar para elas mesmas. Não é função da empresa convencer ninguém. Os bons gestores criam espaço e oportunidades para que as pessoas trabalhem juntas de forma eficaz. E aí as pessoas descobrem sozinhas. O que é muito importante aqui é perceber o seguinte: isso faz parte da natureza humana. Os seres humanos são seres sociais. Naturalmente, somos indivíduos também. Mas todo mundo tem a percepção de que o seu bem estar depende das suas redes e da colaboração. Se você perguntar o que é mais importante para as pessoas no ambiente de trabalho, a maioria dirá que gosta de fazer parte de equipes onde possa aprender, onde o trabalho seja realmente interessante, que tenha um significado, que faça sentido, e que permita estavelecer relações de importância real. Então os gestores não têm que convencer as pessoas disso, eles só têm que parar de dificultar essas relações.

Outra das cinco disciplinas que você elenca em seus estudos sobre aprendizado nas empresas é a visão compartilhada, que na prática significa justamente conseguir das equipes compromisso e engajamento em vez de mera aceitação do trabalho. Você não acha um tanto utópico querer o mesmo nível de engajamento em todos os níveis de um sistema hierárquico onde cada parte desfruta de forma diferenciada dos resultados?

Não acho que seja utópico, acho que é uma visão. Depende do que você quer dizer com utópico. Muitas vezes, utópico pode querer dizer “não impossível”. Eu vi isso acontecer muitas vezes. Eu vejo que isso não é impossível, mas requer um certo comprometimento por parte dos gestores, no sentido de criar oportunidades para as pessoas descobrirem seus próprios compromissos. Voltando àquilo de que estávamos falando antes, você tem que acreditar que as pessoas, independente do trabalho ou da função que exercem, prefeririam estar comprometidas com o seu trabalho. Essa é uma premissa muito importante. Se você não tem essa premissa, tudo isso não serve para nada. Você precisa realmente acreditar que há algo desejado pelas pessoas, e deve ser um gestor que crie essas condições. Eu acho que é bem diferente da forma como a maioria das empresas funcionaram historicamente. 

E qual é essa diferença?

Elas crescem e os gestores acham que o trabalho deles é simplesmente dar ordens para as pessoas, e não ouvir, tratar todos como líderes. No exército norte-americano eles dizem que o seu primeiro dia como líder é o primeiro dia no trabalho. Então o interessante é acreditar que todos podem ser líderes no seu espaço de trabalho. Eu uso esse exemplo porque o exército é um arquétipo claro do que é a hierarquia. Então essa disciplina é perfeitamente compatível com a hierarquia, se os gestores realmente estiverem comprometidos com isso. Então, não acho que seja algo utópico. Pelo contrário, acredito que seja muito prático. Porém difícil.