O Volvismo foi
criado por Emti Chavanmco engenheiro da Volvo nos anos 60.
Em linhas gerais, a indústria sueca é caracterizada pelo
altíssimo grau de informatização e automação e
pela forte presença dos sindicatos trabalhistas e mão-de-obra altamente
qualificada. No caso das fábricas da Volvo, é ainda marcada por um alto grau de
experimentalismo, sem o qual talvez não fosse possível ter introduzido tantas
mudanças. O Volvismo surgiu como resultado de várias inovações conjuntamente
postas em prática, com a particularidade da participação constante dos
trabalhadores. A exigências do mercado competitivo forjaram melhorias, mas o
que fez a diferença no caso da Volvo foi claramente características
particulares da sociedade sueca. Além dos sindicatos fortes, o alto grau de
automação das fábricas no país faz com que desde há tempos os jovens rejeitem
serem vistos como “acessórios das máquinas”.
Isso gerou
mudanças estruturais: nessa linha, o operário tem um papel completamente
diferente daquele que tem no Fordismo, e ainda mais importante que no
Toyotismo: aqui é ele quem dita o ritmo das máquinas, conhece todas as etapas
da produção, é constantemente reciclado e participa, através do sindicatos, de
decisões no processo de montagem da planta da fábrica (o que o compromete ainda
mais com o sucesso de novos projetos).
Fordismo, termo
criado por ,Antonio
Gramsci em 1922 refere-se aos sistemas de produção em massa e
gestão idealizados em 1913 pelo
empresário Henry Ford (1863-1947)estadunidense, fundador
da Ford Motor Company,
em , Detroit. O Fordismo
trata-se de uma forma de racionalização da produção capitalista baseada em
inovações técnicas e organizacionais que se articulam tendo em vista, de um
lado a produção em massa e, do outro, o consumo em massa. Ou seja, esse
"conjunto de mudanças nos processos de trabalho (semi-automatização,
linhas de montagem)" é intimamente vinculado as novas formas de consumo
social.
Esse modelo revolucionou a indústria
automobilística a partir de janeiro de 1914, quando Ford introduziu a
primeira linha de
montagem automatizada. Ele seguiu à risca os princípios de padronização e
simplificação de Frederick
Taylor e desenvolveu outras técnicas avançadas para a época. Suas fábricas
eram totalmente verticalizadas. Ele possuía desde a fábrica de vidros, a
plantação de, seringueiras
até a siderúrgica.
Ford criou o mercado
de automóveis, tornando o automóvel tão barato que todos poderiam
comprá-lo. Uma das principais
características do fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de montagem. Os
veículos eram montados em esteiras
rolantes, que se movimentavam enquanto o operário ficava praticamente
parado. Buscava-se assim a eliminação do movimento inútil: o objeto de trabalho
era entregue ao operário, em vez de ele ir buscá-lo. Cada operário realizava
apenas uma operação simples ou uma pequena etapa da produção. Desta forma não
era necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores.
O método de produção fordista exigia vultosos investimentos em máquinas
e instalações, mas permitiu que a Ford produzisse mais de 2 milhões de carros
por ano, durante a década
de 1920. O veículo pioneiro produzido segundo o sistema fordista foi o
mítico Ford Modelo T,
mais conhecido no Brasilcomo "Ford
Bigode". O fordismo teve seu ápice
no pós guerra (1945-1968), que ficaram conhecidas na história do
capitalismo como os anos dourados.
Entretanto, a rigidez deste modelo de gestão industrial foi a causa do seu
declínio. Ficou famosa a frase de Ford, que dizia que poderiam ser produzidos
automóveis de qualquer cor, desde que fossem
pretos. Isto porque a tinta preta secava mais rapidamente, e os carros
poderiam ser montados em menos tempo.
A partir da década de 1970, o
fordismo entra em declínio. A General Motors flexibiliza sua produção e seu
modelo de gestão. Lança diversos modelos de veículos, várias cores e adota um
sistema de gestão profissionalizado, baseado em colegiados. Com isto a GM
ultrapassa a Ford, como a maior montadora do mundo.
Na década de 1970, após os choques do petróleo e a entrada
de competidores japoneses no mercado automobilístico, o fordismo e a produção em massa
entram em crise e começam gradativamente, sendo substituídos pela produção enxuta, modelo
de produção baseado no Sistema Toyota
de Produção ou toyotismo.
Toyotismo é um
modo de organização da produção capitalista originário do, Japão resultante da conjuntura
desfavorável do país. O toyotismo foi criado na fábrica da Toyota no Japão (dando origem ao
nome) após a Segunda
Guerra Mundial, este modo de organização produtiva, elaborado pelo japonês Taiichi Ohno e que foi
caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês),
adquirindo uma projeção global.
O Japão foi o lugar da automação flexível pois apresentava
um ambiente diferente dos EUA:
um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos, e grande
disponibilidade de mão-de-obra não-especializada, impossibilitavam a solução
taylorista-fordista de produção em massa. A resposta foi o aumento na
produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de
produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a
obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e
bens de capital necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o
desenvolvimento da própria industrialização.
No contexto de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial,
a Guerra da Coréia
(ocorrida entre 25 de junho
de 1950 e 27 de julho de 1953) também foi de grande valia
para o Japão, a Guerra provocou inúmeras baixas de ambos os lados e não deu
solução à situação territorial até os dias de hoje. Ao decorrer da guerra, os
dois lados fizeram grandes encomendas ao Japão, que ficou encarregado de
fabricar roupas, suprimentos para as tropas na frente de batalha, além de
caminhões Toyota, o que livrou a empresa da falência. Essa medida foi
conveniente aos Estados Unidos, já que a localização geográfica do Japão
favoreceu o fluxo da produção à Coréia e o aliado capitalista seria importante
em meio ao bloco socialista daquela região. A demanda Norte-Americana
incentivou a rotatividade da produção industrial e iniciou a reconstrução da
economia japonesa.
O Toyotismo é um modo de organização da produção capitalista originário do
Japão, caracterizado pelo just in time,
criado por Taiichi Ohno e surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota,
após a Segunda Guerra Mundial, tinha como elemento principal a flexibilização
da produção. Ao contrário do modelo fordista, que produzia muito e estocava
essa produção, no toyotismo só se produzia o necessário, reduzindo ao máximo os
estoques. Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem
exatamente no momento em que ele fosse demandado, no chamado Just in Time.
Dessa forma, ao trabalhar com pequenos lotes, pretende-se que a qualidade dos
produtos seja a máxima possível. Essa é outra característica do modelo japonês:
a Qualidade Total.
Momento do ADM, Carina Silva - 20 de julho 2013.
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