quarta-feira, 30 de setembro de 2015

5 conselhos que eu gostaria de ter ouvido nos meus 20 e poucos anos

Quando olho para trás, penso que se eu soubesse de tudo isso quando tinha 20 e poucos anos, talvez eu tivesse aproveitado mais algumas coisas e perdido menos tempo com outras




Em junho desse ano, eu fiz – INACREDITÁVEIS – 34 anos.

Sim, eu sei que não parece (por favor, digam que não parece, tá?), mas nem eu consigo acreditar que já tenho toda essa idade. Na minha cabeça, eu ainda tenho 24.

O engraçado é pensar que quando eu tinha 24, eu não conseguia sequer imaginar como seria a minha vida aos 34 anos. Estava tão, tão distante que era difícil até mesmo vislumbrar.

Não fazia muito tempo que eu tinha terminado a faculdade e tinha acabado de realizar 2 sonhos: conseguir um emprego em uma grande agência e comprar o meu primeiro carro (parcelado em 60 vezes, claro!).

Muita coisa mudou de lá para cá e, como a grande maioria dos meus leitores tem 20 e poucos anos, decidi fazer a tiazona e escrever sobre aquilo que eu gostaria que alguém tivesse me dito quando eu tinha essa idade. Mesmo que talvez, eu não tivesse ouvido.

1. Não se endivide

Por se endividar entenda ter tantas coisas para pagar todo mês que você mal vê o dinheiro passar pela conta bancária no dia do pagamento ou estar sempre no negativo. Quando isso acontece, você se torna refém do seu emprego, do seu salário e esse é o primeiro passo para o descontentamento com a vida.

Será que você realmente precisa comprar tudo o que compra ou viver nos padrões que você vive? Será que você está gastando o seu dinheiro de forma inteligente, com coisas que te fazem realmente feliz? Eu gostaria de ter percebido muito antes que não.

2. Guarde dinheiro

Não para comprar uma casa, um carro melhor ou para viajar nas férias. Guarde dinheiro para ter liberdade de escolha. Quando não temos nenhuma reserva ou guardamos dinheiro com apenas um propósito em mente, deixamos passar oportunidades que poderiam mudar totalmente a nossa vida no futuro.

Eu só fui começar juntar dinheiro depois dos 30 anos. Por isso, quando eu decidi usar esse dinheiro para viajar em vez de comprar um apartamento, muita gente achou que eu estava completamente louca.

A verdade é que eu não tomei essa decisão antes porque estava sempre endividada e sem dinheiro. Além disso, uma casa eu vou ter a vida toda para comprar, mas essa viagem com certeza não seria a mesma se eu fosse ainda mais velha.

3. Invista no seu bem-estar

Acho que a única coisa da qual eu me arrependo na vida é isso. Como eu queria que alguém tivesse me forçado a fazer exercícios físicos, a comer de forma mais saudável, a não tomar sol como uma louca sem protetor, a usar anti-rugas desde os 25 anos e a beber mais água.

Gente, sério, a coisa mais importante que nós temos na vida é a nossa saúde. Eu aprendi isso quando perdi meu pai ainda muito jovem e quanto mais cedo você se der conta disso, melhor. O seu “eu” mais velho vai te agradecer.

4. Não namore ou case com alguém só porque você está com ele ou ela há muito tempo ou porque “é o melhor que você pode arranjar”

Quando eu era mais nova, eu conhecia um cara num dia e no dia seguinte achava que ele era o amor da minha vida. Passava mais duas semanas, eu já estava apaixonada de novo, por outro. Isso sempre me fez pensar se eu realmente saberia quando o cara fosse realmente O CARA, sabe?

Aí eu comecei a namorar para valer. Achei que ele fosse o tal cara. Depois de quase 5 anos, por mais amor que eu sentisse e por mais perfeito que ele fosse, eu não me via casada com ele.

Mesmo com quase 29 anos e achando que eu nunca mais arranjaria um namorado tão bacana, eu decidi terminar e hoje tenho certeza que foi o melhor para nós dois.

5. Assuma a responsabilidade pelas suas escolhas

Eu recebo muitos emails de pessoas cheias de sonhos que, por causa dos pais, do namorado, do que os outros vão pensar, desistem do que sonham.

Cada sonho que deixamos passar vira um fantasminha. E, pode acreditar em mim, um dia ele vai te assombrar.

Se você não muda de cidade por causa dos seus pais, você escolheu abrir mão disso porque não quer decepcioná-los. Se você deixou de tirar um sabático por causa do seu namorado, você escolheu não querer lidar com as consequências de ir mesmo contra a vontade dele.

Nunca culpe os outros pelas coisas que você fez ou deixou de fazer. Mesmo que você não perceba, você fez uma escolha e precisa ser responsável por ela.

Quando olho para trás, penso que se eu soubesse de tudo isso quando tinha 20 e poucos anos, talvez eu tivesse aproveitado mais algumas coisas e perdido menos tempo com outras.

Mas se soubesse, com certeza não teria aprendido nem metade do que aprendi e não poderia escrever esse texto dando alguns pequenos toques para você quem tem 20 a poucos anos, não é?

Por isso, não me arrependo de absolutamente nada. Tudo o que fiz me ajudou a estar aqui.

Agora, aos 34 anos, a minha vida é muito mais maravilhosa do que eu jamais poderia sonhar 10 anos atrás e espero que continue assim nos próximos!

Ah, e aproveitando o texto, quero pedir uma coisa para vocês! Se você está lendo esse texto e tem mais de 44 anos, que tal escrever nos comentários qual a sua idade e o que você gostaria de ter sabido nos seus 30 e poucos anos?

Texto Fernanda Nêute



Três indícios de que é hora de repensar sua carreira

Será que você está realmente satisfeito com o seu trabalho? Confira esses três indícios e reflita




Mesmo em momentos de crise como o que estamos vivendo atualmente, parar um pouco para refletir sobre os rumos da sua carreira é necessário. Não importa sua idade, capacitação atual ou tempo de serviço, todos possuem uma realização profissional a alcançar e nunca é tarde para tentar isso. O que o profissional não pode é se acostumar com o descontentamento por comodismo e medo da mudança.

Listo aqui três indícios de que talvez seja hora de você refletir e repensar os rumos da sua carreira o quanto antes:

#1 – Você trabalha contando os minutos pelo fim de semana

Segunda-feira, oito horas da manhã. Faltam cinco dias para o final de semana. Segunda-feira, meio dia. Faltam quatro dias e meio para o final de semana. Se você realiza essa contagem regressiva mentalmente todas as semanas, pode ser um indício de que é hora de repensar sua carreira.

Lógico que todos nós gostamos do final de semana, de relaxar e descansar, mas esperarmos em todo início da semana desesperadamente para que ela termine mostra a insatisfação com o trabalho e torna um sacrifício acordar todo dia e ir trabalhar.

#2 – Você não gosta de falar sobre o seu trabalho

Claro que quem fala só de trabalho a todo momento se torna uma pessoa chata, principalmente nos ambientes de descontração, mas é nas conversas sobre o trabalho fora do próprio ambiente de trabalho que oportunidades e soluções de problemas podem surgir.

Se você tem pavor e irritação quando o assunto é o seu trabalho, provavelmente você está sofrendo de insatisfação profissional. Conversar sobre o trabalho e seu ambiente pode te auxiliar para entender porque você está insatisfeito e como pode melhorar isso. E é em um conselho de um amigo ou pessoa próxima que você pode encontrar uma luz para a solução dos problemas da sua carreira.

#3 – O que você gosta no seu trabalho? O dinheiro

Se a única coisa que te anima profissionalmente é o salário que o seu trabalho fornece, você pode estar sofrendo de insatisfação profissional. Nesse momento caímos naquela discussão de ganhar pouco mas fazer o que gosta ou ganhar muito fazendo o que não gosta, mas trabalhar só pelo dinheiro de fato não é nada saudável.

Porque se o que te motiva é apenas a questão financeira, sua carreira vai ser responsável por apenas te trazer uma realização material. Claro que o dinheiro proporciona conquistas como viagens nas férias, uma casa confortável e um carro potente, mas será que você se formou e batalhou apenas para isso?

A realização profissional não pode ser medida apenas pela questão monetária. Construir algo que te orgulhe e dê vontade de contar a todos sobre suas conquistas no trabalho, seja qual ele for, é um exemplo de carreira de sucesso. Você tem muito mais capacidade do que apenas trabalhar a semana inteira para aproveitar os dois dias do final de semana. Encontrar no trabalho a satisfação profissional nos torna pessoas melhores, seja no aspecto pessoal e profissional, faz bem para nossa saúde física e mental.

Se você se encaixou em um ou em todos esses três itens, aproveite o próximo final de semana para repensar sua carreira e colocar no papel e planejar uma virada de cenário para encontrar sua realização profissional. Mas, se você não se encaixou em nenhum desses itens e se sente realizado profissionalmente, meus parabéns, pois poucos são os profissionais que alcançam essa realização e a caminhada para isso é longa.

E você, já encontrou a sua realização profissional?



As 17 profissões mais estressantes

Situações estressantes existem em todas as profissões, mas algumas são mais intensas do que outras e se você não lida bem com a pressão o melhor é evitar essas carreiras




Você sabe lidar com o estresse e pressão? Se você é o tipo de pessoa que prefere evitar esse tipo de situação, o Business Insider adverte: é melhor aspirar uma carreira científica ou acadêmica em vez de algo na área de saúde ou legislativa.

Usando dados do Bureau of Labor Statics dos Estados Unidos e O*NET OnLine, o site ranqueou as profissões com maior nível de estresse, medindo o quão frequentemente os trabalhadores devem lidar com criticismo e driblar de forma eficaz situações estressantes.

Os dados se referem ao mercado americano. Mas, resguardadas pequenas diferenças, a situação não é muito diferente no Brasil.

Abaixo, confira as 17 profissões com maior nível de estresse, segundo levantamento:

1. Atendente de polícia, bombeiro e de ambulância
Nível de estresse: 98,5

2. Anestesista
Nível de estresse: 98,2

3. Operador de telemarketing
Nível de estresse: 98,2

4. Dançarino
Nível de estresse: 97

5. Obstetra e ginecologista
Nível de estresse: 96,5

6. Cirurgião
Nível de estresse: 96,2

7. Piloto, copiloto de avião e engenheiro de aviação
Nível de estresse: 95,2

8. Cuidador
Nível de estresse: 95

9. Flebotomista (coletor de amostras de sangue)
Nível de estresse: 95

10. Comentarista e colunista de TV ou jornal
Nível de estresse: 94,7

11. Diretor de creche e de pré-escola
Nível de estresse: 94,2

12. Conselheiro de saúde mental
Nível de estresse: 94,2

13. Supervisor de polícia e detetive
Nível de estresse: 94

14. Operador de processos industriais
Nível de estresse: 94

15. Médico clínico geral
Nível de estresse: 94

16. Oficiais de liberdade condicional e especialistas em tratamento correcional
Nível de estresse: 94

17. Diretor de empresa
Nível de estresse: 93,8



terça-feira, 29 de setembro de 2015

Como melhorar meus Calls to Action?

O Call to Action normalmente aparece em um botão que incentiva o cliente a clicar para obter um desconto, para inscrever seu e-mail, para pedir um orçamento, para entrar em contato, e para comprar um produto.




Como o próprio nome já diz, os Calls to Action são “chamadas para ação”, ou seja, mecanismos que farão seu consumidor tomar uma atitude com base no que seu e-commerce deseja que ele faça.

Parece complicado, mas não é: o Call to Action normalmente aparece em um botão que incentiva o cliente a clicar para obter um desconto, para inscrever seu e-mail, para pedir um orçamento, para entrar em contato, e para comprar um produto.

Existem técnicas e estudos no mercado virtual que favorecem o clique neste tipo de botão e melhoram a ação do Call to Action, por exemplo:

Aposte no contraste. O botão que chama o consumidor para uma determinada ação deve ser diferente do restante do contexto em que está inserido; e não provoque distração no cliente.

Escolha o tamanho ideal. É muito importante considerar que este tipo de botão não pode ser pequeno, uma vez que o cliente precisa enxergá-lo e entendê-lo facilmente.

Pense bem ao definir a cor. Seguindo o mesmo conceito do contraste, a cor deve ser bem pensada para não confundir o cliente. É importante garantir, também, que as informações escritas no botão estejam legíveis.

Seja objetivo. Aposte em verbos no imperativo, isso incentivará o consumidor a executar a ação desejada pelo lojista. Além disso, frases específicas são eficazes, como: “Faça seu orçamento”, “Cadastre-se aqui”, “Compre agora”, e outras.

Aposte na eficácia desses botões, e fortaleças as ações dentro do seu e-commerce. Sucesso!



A geração de míopes injustiçados e o fator sorte

A sorte nasce para todos mas ela só aparece para os que constantemente criam oportunidades




Em uma de suas passagens por São Paulo, Jim Collins, que é autor do livro “Empresas feitas para vencer” e também é considerado um dos maiores especialistas em gestão, ao falar sobre o sucesso disse que “não há nada que prove que os vencedores têm mais sorte que as outras pessoas; entretanto, há uma evidência: todos os vencedores pensam que são pessoas de sorte.”

Foi-se o tempo em que o brasileiro sofria da chamada síndrome de vira-latas por “voluntariamente colocar-se em posição de inferioridade perante o restante do mundo”, como bem descreveu às vésperas da Copa do Mundo de 1958 o imortal escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues. Felizmente, graças ao sucesso obtido no exterior tanto pelas empresas como principalmente por vários brasileiros nos mais diversos ramos de atividade, as coisas mudaram e a autoestima aumentou consideravelmente nos últimos anos.

Entretanto, se por um lado isto é uma boa notícia, por outro lado o acirramento da competição em todos os níveis da sociedade e o nivelamento das chamadas competências individuais estão potencializando esta sensação de que o sucesso do outro só aconteceu por pura sorte. Afinal de contas, se todos começam a se achar melhores do que realmente são e acham que estão mais preparados do que de fato estão, por que é que o fulano conseguiu chegar lá e o beltrano não? A resposta simplista (e até certo ponto egoísta) do fulano que conseguiu, até mesmo para não divulgar o segredo do seu sucesso e assim deixar os que não conseguiram de certa forma acomodados, é: sorte.

E a resposta óbvia e conformista dos que insistem em tapar o sol com a peneira porque não conseguiram também será a mesma: sorte. Desta forma, cria-se uma geração de “míopes injustiçados” que prefere transferir a responsabilidade do seu não-sucesso para o outro quando, na verdade, ao pensar e ao agir desta forma, ela acabará tornando-se a única responsável por manter esta barreira que a impedirá de progredir.

Não é porque um fulano possui um MBA que se o beltrano fizer o mesmo MBA isto garantirá que o beltrano se tornará melhor do que o fulano. A diferença se tornará visível em como cada um utilizará o arcabouço teórico recebido para fazer as coisas acontecerem no dia-a-dia, em como cada um perceberá o contexto situacional e os possíveis impactos do e no seu negócio de forma macro para tomar ações que gerem resultados positivos no micro, ou ainda, o quanto cada um realmente se dedicará no chamado tempo livre para treinar, aprender e estudar coisas novas de forma a aprimorar cada vez mais o seu valor como indivíduo e aprimorar suas competências pessoais.

Entretanto, tudo isto se tornará insignificante se a principal questão não for respondida: o que a pessoa se propõe a fazer faz sentido como desafio ou ideal de vida ou ela ali está apenas para “cumprir tabela”? Se a resposta for “cumprir tabela”, ela terá grandes chances de passar o resto da vida pulando de galho em galho e reclamando da sorte que nunca chega; mas se a resposta for o desafio ou o ideal, mesmo com todos os percalços que certamente aparecerão pelo caminho, ela não só viverá de forma muito mais feliz, como invariavelmente alcançará todos os seus objetivos e se achará a pessoa mais sortuda do mundo.



Você não precisa empreender

É comum escutarmos por aí que devemos trabalhar para nós mesmos, mas não há nada de errado em querer ser excelente em sua profissão dentro de uma empresa e com um chefe. Se você é bom nisso e gosta dessa forma de trabalho, continue. Por que parar?




É comum escutarmos por aí que devemos trabalhar para nós mesmos. Que é tolice nos dedicarmos a uma profissão que fará o “dono da empresa” mais rico. Que devíamos ser todos donos de nossos próprios negócios, nossos próprios chefes e donos do nosso nariz.


Acreditar nessa visão praticamente nos diz que trabalhar com carteira assinada é errado e que nossa ambição deve ser sempre buscar o empreendedorismo.


Pra você se tornar um empreendedor você precisa de uma motivação real. Algo ali dentro que fará você levantar todo dia pela manhã e ditar o rumo da sua vida e da sua empresa. Essa motivação não está presente em todos e isso é ok.


Não há nada de errado em querer ser excelente em sua profissão dentro de uma empresa e com um chefe. Se você é bom nisso e gosta dessa forma de trabalho, continue. Por que parar?


Durante 12 anos da minha vida fui funcionário com carteira assinada e gostava muito disso. Ter metas, desafios e reconhecimento que o mundo corporativo me proporcionava me motivava muito. Salário mensal garantido e benefícios diversos faziam parte do pacote, claro. Durante 12 anos isso fez sentido pra mim e estava feliz com minhas conquistas e metas profissionais neste ambiente. Porém, em certo momento isso mudou. Fui atrás, entendi e me interessei por empreendedorismo.

O choque na mudança de rotina e avalanche de incertezas é inevitável. Mas uma coisa é certa: eu não empreenderia hoje se não tivesse tido minha vivência corporativa. Conhecimento, experiência e contatos profissionais que são tão essenciais a qualquer pessoa que quer começar com o mínimo de segurança nesse território.

É possível ter uma história de sucesso e uma trajetória profissional inspiradora nos dois lados do muro. Seja como empreendedor ou como funcionário, planeje onde quer chegar, quais conquistas quer alcançar e trabalhe para isso. Você é o dono da sua carreira e o único responsável por seu sucesso.



segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Novo consumidor idoso: um filão de oportunidades

Até 2030, a terceira idade vai dobrar no Brasil. Muitas empresas ainda não perceberam o potencial desse nicho promissor de consumidores e como são seus novos hábitos e atitudes




O envelhecimento da população brasileira ocorre a taxas aceleradas. O Brasil tem hoje 12,6% da população com mais de 60 anos, ou 24,85 milhões de indivíduos. Em 2025 serão 35 milhões e em 2050, um em cada três habitantes. Com maior longevidade, autonomia, qualidade de vida e independência financeira, a terceira idade está se tornando a grande força do mercado de consumo, revertendo a velha noção de que o Brasil é um país de jovens. O grupo demográfico que mais cresce no Brasil e no mundo parece sofrer menos diretamente com a crise econômica e representa uma mina de oportunidades à espera daquelas empresas que souberem analisar, compreender e satisfazer as necessidades e os desejos específicos desse segmento.

Apelidados pelo eufemismo de ‘consumidores da melhor idade’ (suavizando eventuais preconceitos e valorizando sua maturidade e sabedoria), esse segmento representa um mercado em crescimento exponencial, com peculiaridades relevantes no que diz respeito a fatores econômicos, socioculturais e psicológicos de consumo. Seus membros constituem, na verdade, uma nova geração de idosos que chegam à fase da velhice com algumas diferenças importantes e cruciais dos idosos da geração anterior.

Segundo pesquisas, os idosos estão dispostos a gastar mais. Um levantamento recente do SPC Brasil constatou que 4 em cada 10 idosos passaram a gastar mais com produtos que gostam. Em torno de 71% dos idosos conseguem ter independência financeira (49% originária de aposentadoria). Eles são responsáveis por uma renda anual de R$ 243 bilhões, um poder de compra nada desprezível. De cada 10, 7 são da nova classe média. Aproveitar a vida foi considerado por 6 em cada 10 idosos (66%) como a grande prioridade de suas vidas no presente. Nesse mesmo sentido, para quase metade (49%) dos idosos aproveitar os momentos consumindo é mais importante do que poupar.

Mas o mercado brasileiro parece não estar preparado para esse filão: 45% dos idosos sentem dificuldades para encontrar produtos adequados para sua idade. Essa impressão é mais notada pelas mulheres (47%) e pelas pessoas entre 70 e 75 anos (51%).

O novo consumidor idoso surge em meio a diversas tendências mundiais, como a crescente expectativa média de vida (em 2025, segundo a ONU, a expectativa de vida média será de mais de 92 anos), o grande potencial de consumo dessas pessoas, a melhor qualidade de vida, uma maior autonomia (no Brasil, 66% dos idosos são responsáveis por manter seu domicílio), um maior poder aquisitivo (a renda média do idoso brasileiro cresceu 63% em 10 anos e é de R$1.413,65, um padrão razoável para a realidade brasileira) e uma maior familiaridade desse grupo com as modernas tecnologias (mais de 50% dos idosos nos EUA usam a Internet, no Brasil são 21%). Outros aspectos que também têm contribuído para revolucionar o comportamento da terceira idade são: maior permanência do idoso no mercado de trabalho, crescente número de divórcios e novas uniões conjugais e avanços da medicina e biocosmética.

A maioria vive no Rio de Janeiro (12,8%), Porto Alegre (11,8%), Recife (9,4%), São Paulo (9,3%), Belo Horizonte (9,2%), Vitória (8,9%), Florianópolis (8,4%) e Curitiba (8,4%).

Com mais tempo disponível e considerável poder aquisitivo, o consumidor idoso é um nicho potencialmente lucrativo. No entanto, surpreendentemente, a maioria das empresas tem sido lenta em reconhecer as necessidades desse segmento e as oportunidades de vendas sobretudo em setores como saúde, turismo, lazer, entretenimento e varejo.

Embora 83% dos idosos tenham casa própria quitada, um relatório da OAB aponta que o Brasil não possui infraestrutura mínima de abrigos para a população idosa. Segundo o relatório, alguns asilos visitados pelos pesquisadores são "depósitos de idosos abandonados", onde os internos vivem "sem família ou contato com a comunidade". Nesse contexto, o negócio de casas de repouso e profissões como a de cuidador são boas oportunidades.

As empresas também não percebem que o novo consumidor idoso pensa e age de modo muito mais jovem do que mostram os costumeiros estereótipos com os quais são rotulados em muitos anúncios. Os valores e os hábitos conservadores com os quais normalmente eles são retratados não refletem as atitudes independentes, os julgamentos acurados e os discernimentos precisos que em geral os caracterizam. Eles são mais informados, mais instruídos e muito mais ativos na defesa de seus direitos. Também não são avessos à inovação e à mudança, como se costuma pregar, nem são extremamente fiéis a marcas. Além disso, vivem em famílias menos numerosas e muitas vezes possuem plano de saúde.

Falando em saúde, sabemos que os problemas aumentam – a memória deixa de ser tão boa, a visão e a audição tornam-se menos precisas. Naturalmente, esses são fatores importantes a serem considerados no perfil do idoso, no entanto vale lembrar que muitos dos problemas relacionados à idade têm sido superados pelo avanço da medicina, da biotecnologia e da cosmética, e eles não gostam de ser tratados de maneira condescendente por isso.

Por fim, podemos pensar a terceira idade como uma transição que eventualmente começa lentamente depois dos 50 anos. A melhor idade não representa um grupo homogêneo de consumidores. Eles se diferenciam em renda, atitudes, comportamentos e estilo de vida. Desse modo, podem e devem ser analisados sob várias formas de segmentação, como qualquer outro grupo de consumidores, até porque informações precisas sobre hábitos e comportamentos são essenciais para um bom planejamento de marketing.

Assim, buscando entender melhor esse segmento e evitar perigosas generalizações, muitos estudos têm sido feitos na tentativa de encontrar comportamentos de consumo específicos, que possam ser agrupados. Podemos categorizar o comportamento e as atitudes do novo consumidor idoso em seis estilos de vida diferentes. São eles:

  • Bon Vivant (só se vive uma vez): os idosos desse grupo são alegres e realizados, têm ótima situação financeira e amam viver intensamente. Embora aposentados, buscam novas atividades, hobbies e amizades. Geralmente possuem boa saúde, são espirituosos e jovens de espírito. Passam a maior parte do tempo fora de casa. Aderem facilmente a novos produtos, praticam esportes, têm vida social ativa e viajam bastante. Valorizam o status, as marcas de luxo e a boa vida.
  • Nostálgico (preso ao passado): esse perfil de consumidor é saudosista, mais resistente a inovações e não possui muita renda para consumo. Quando se aposentam, diminuem a agitação da vida social, deixam-se tomar facilmente por atitudes negativas e costumam sentir-se vítimas da sociedade. Valorizam a tradição, a segurança e as marcas mais confiáveis.
  • Aqui-e-agora (preso ao presente): são imediatistas, até impulsivos, na busca de suas satisfações de consumo. Fizeram uma boa poupança e têm boa saúde. Procuram viver o presente como se a velhice ainda fosse distante (vêem o futuro como uma extensão do presente). Gostam muito de trabalhar, tanto que trabalham mesmo depois de aposentados e tendem a ser muito solidários e sociáveis. Valorizam o relacionamento e as marcas socialmente responsáveis.
  • Temeroso (não dá para parar): são inseguros com relação a seu futuro, recusam-se a envelhecer e procuram adiar ao máximo a aposentadoria, mantendo-se ocupados com a rotina do dia-a-dia mais por medo de parar do que por satisfação. Gastam pouco, economizam todo mês e sempre acham que precisam de mais dinheiro. Valorizam as liquidações e as promoções de venda. 
  • Sociável (eu faço parte): nessa categoria estão os idosos que adoram fazer amigos, bem como participar de um ou mais grupos sociais, conselhos e associações. Em sua maioria, são pessoas que ficaram sós e preenchem seu tempo ocioso com diversas atividades. Buscam manter-se atualizados, assistem muita TV, escutam rádio e frequentam teatros. Valorizam as novidades e o relacionamento.
  • Frustrado (talvez em outra vida): os idosos desse grupo, trabalhadores e empenhados, sentem que não aproveitaram as oportunidades, que a vida passou praticamente em branco (nesse grupo inclui-se também aqueles com problemas de saúde). Esses idosos lastimam o tempo todo, acreditando que não há mais nada a ser feito, e passam boa parte do tempo imaginando como teria sido sua vida se isso ou aquilo tivesse acontecido. Valorizam preços de ocasião e programas de entretenimento.


As estratégias mercadológicas utilizadas para abordar esse mercado devem variar de acordo com o perfil específico de cada subgrupo. Assim, em termos de comunicação, por exemplo, marketing digital pode funcionar mais efetivamente para os bon vivants do que para os frustrados ou sociáveis, os quais podem ser alcançados com maior sucesso pela mídia televisiva. Entretanto, seja qual for o caminho para satisfazer o mercado da terceira idade, o importante é saber que ele existe e que está pronto para ser trilhado.






Decisões inteligentes em um mundo confuso

Em um mundo de tantas complexidades é necessário decidir movido por inteligência e não por emoção




Noreena Hertz, autora britânica na área de liderança, lançou recentemente um livro de título muito sugestivo: ‘De Olhos Bem Abertos: Como Tomar Decisões Inteligentes em um Mundo Confuso’. O livro me chamou a atenção a partir do título e, ao ler, senti-me desafiado a reconhecer algo que é citado não apenas nessa obra, mas em várias outras: vivemos em um mundo confuso. Aquela ordem e o equilíbrio, tão comuns às gerações anteriores, parecem ter desaparecido, ou substituídos por uma nova ordem, que, em um primeiro momento, parece não existir.

Essa confusão é vista em todos os lugares. Há uma multiplicidade tão grande de opiniões, ideias, posições que o equilíbrio e a simplicidade deram lugar a uma aparente confusão e, em alguns casos, discórdia. Achar um consenso está cada vez mais difícil e agradar a todos com uma medida equilibrada se tornou praticamente impossível. O mundo, cada vez mais rápido, vai nos obrigando a refazer nossos conceitos; e alguns demoram mais para aceitar mudanças, enquanto outros, mais velozes, já se adaptam com facilidade, entrando em choque com os que ainda não se adaptaram.

E em meio a choques, dificuldades de conciliação e momentos de tensão diante das diferenças, surge a necessidade cada vez maior de o líder tomar decisões inteligentes, que amenizem a confusão e criem caminhos alternativos por onde os diferentes possam caminhar.

Tomar decisões inteligentes é algo difícil, porque, com o tempo, nos acostumamos a decidir motivados muito mais por nossas convicções, tradição e perfil psicológico do que propriamente com a inteligência. A preguiça, acompanhada pelo cansaço, nos leva a decidir por temas muito difíceis com o mesmo empenho intelectual utilizado para decidir pelas questões fáceis da vida e com as quais já estamos acostumados.

Precisamos aprender a aprimorar nossa maneira de decidir, analisando mais os temas que estão à nossa frente e lidando com as opiniões diferentes de forma muito mais elaborada, descobrindo maneiras diferentes de unir os diferentes diante de propostas novas. Aliás, propor algo novo é uma das ferramentas mais notáveis de uma decisão inteligente. Tentar dizer quem está certo, por vezes, é impossível, diante desse panorama de diversidade. Por vezes, todos estarão certos. Ou todos estarão errados. Então, uma proposta nova, diferente e desafiadora, poderá gerar uma nova expectativa por parte de todos, agregando e unindo forças.              

As decisões inteligentes não se limitam a propor algo novo. Também é necessário desenvolver um raciocínio mais elaborado, considerando perdas e ganhos com base nas demandas desse tempo. O que era perda no passado talvez tenha se transformado em ganho e vice-versa. Assim sendo, é necessário raciocinar com os pés no presente e olhando para o futuro. Considerar as vantagens ‘a longo prazo’ é algo que todos devem incluir em suas decisões. O futuro tem se mostrado incerto e, até certo ponto, perigoso. Então, que tal raciocinar de maneira diferente? A leitura de bons livros que tragam prognósticos e tendências do futuro ajudam nisso. Estar aberto a considerar questões novas também. E o mais importante: saber que temos desafios enormes, que dependem de nossa inteligência em decidir o que de fato é melhor, e não apenas o que parece ser melhor.

A confusão está diante de nós. Não podemos recuar diante desse quadro real de instabilidade, diferenças, contrariedades e possibilidades múltiplas. Propor ideias novas e raciocinar com base no futuro são ferramentas inteligentes para os processos de decisão. Por certo, não dissiparão a confusão, mas nos darão um caminho adequado para lidar com ela.



Chargeback: a esperança de cura

Como evitar que pagamentos feitos pelo cartão de crédito sejam cancelados e quebrem o seu negócio online




Apesar do constante crescimento do e-commerce brasileiro, o setor ainda não possuiu soluções efetivas – leia-se definitivas – no combate à fraude e os chargebacks continuam sendo o pesadelos dos lojistas e um mal que assombra novos possíveis empreendedores. Compartilhar informações ainda é a melhor forma de elucidar o tema, por isso elaborei uma trilogia de diagnósticos onde, como especialista em prevenção à fraude e responsável pelas operações antifraudes de uma holding e-commerce especializada em celulares e smartphones, abordo o chargeback em partes. No primeiro artigo, Chargeback: o mal, apresento a fraude via cartão de crédito, a modalidade mais comum, e o modo como ela acontece. No segundo, Chargeback: O remédio, explano práticas e dicas que podem auxiliar o lojista na prevenção à fraude e hoje, no artigo final, foco na esperança da erradicação total dessa prática fraudulenta.

Chargeback: a esperança de cura

O mercado de fraudes está em constante adaptação e conta não apenas com fraudadores profissionais, mas com verdadeiras quadrilhas especializadas em chargebacks. O que o lojista e-commerce pode fazer? Estar atento e proteger-se por meio de todas as soluções possíveis, desde a análise de risco até a checagem interna. Então não há cura? O chargeback é considerado um risco da atividade online, mas algumas novidades podem, finalmente, mudar esse quadro.

Uma das esperanças de cura é a força que um antigo debate tem ganho junto ao Poder Judiciário: de quem é a responsabilidade real sobre o chargeback?

Os contratos com as administradoras de cartões são de adesão, mas não há uma discussão das cláusulas contratuais entre as partes, elas são redigidas e impostas pelas administradoras de cartões para os e-commerces, que apenas aceitam. Assim sendo, o judiciário já vem demonstrando um entendimento de unilateralidade e criando precedentes de decisões favoráveis aos e-commerces. Afinal, não é o e-commerce um cliente da operadora devendo ser defendido também de cláusulas leoninas com base no Código de Defesa Consumidor?

Como as cláusulas beneficiam exclusivamente as administradoras são consideradas abusivas, visto que se opõem à função do contrato e do princípio de equivalência material. Essa é a base das decisões que determinam que os chargebacks devem ser suportados pela credenciadora do cartão de crédito e não pelo lojista. Como as atividades de concessão de crédito são de risco, assume o risco quem autoriza a transação. Outro aspecto positivo do direito digital está na condenação de fraudadores quando há compra legítima. Em casos de comprovação de má-fé do próprio consumidor, ou seja, clientes que solicitam o cancelamento da compra realmente efetuada por ele, há decisões favoráveis aos e-commerces, punindo inclusive de modo criminal o fraudador.

Mas as soluções que dependem da evolução das legislações digitais são incertas, morosas e onerosas aos lojistas. Tratam o prejuízo, mas não evitam o golpe. É preciso investir em autenticação online. As principais bandeiras de cartões nacionais, preocupadas com o alto volume de fraudes, já buscam soluções de validação da compra online, exigindo a comprovação de autenticidade através de senhas pessoais e interação com a internet banking do comprador. Os métodos de autenticação do portador são muitos, desde códigos enviados via SMS ou gerados via Apps ou Token até respostas de perguntas pessoais pré-cadastradas. Apesar de existirem a pelo menos uma década, esse tipo de soluções só têm ganho espaço agora, em razão do cenário de insegurança do mercado de meios de pagamentos virtuais. Cenário que também motivou a criação de novas soluções, como leitores de cartões para certificação digital e cartões anti-fraudes, com teclado numérico e display.

Os métodos de autenticação do portador tornam a compra mais segura para todas as pontas do comércio online, administradoras de cartão, bancos, e-commerces e consumidores. Então por que as ferramentas não são utilizadas? Basicamente porque significam mais uma etapa de compra dentro das lojas virtuais, o que pode assustar o consumidor. No Brasil ainda existe muito receio em relação ao comércio eletrônico e impor a autenticação online pode ser mais um entrave para a compra, custando caro para o e-commerce em termos de conversão.

A autenticação online é muito importante para manter a saúde do e-commerce, representando uma forte esperança de descoberta da cura para o chargeback. Mas ela só se tornará efetiva quando o consumidor estiver consciente que não é um entrave e sim um mecanismo de segurança. E que a autenticação online do portador não apenas impede a fraude, mas também evita que custos com prevenção e chargebacks sejam repassados para o preço do produto, impedindo assim que o bom consumidor pague o custo dos fraudadores.

Resumindo!

Especialistas estimam que, mesmo com lojas virtuais utilizando entre 3 e 5 ferramentas antifraudes, grandes lojas chegam à uma média de 10 soluções, o prejuízo do e-commerce brasileiro com chargebacks, ultrapassou 500 milhões no ano de 2014. Está mais do que na hora do brasileiro mudar alguns padrões de consumo, de bancos e operadoras de cartões reverem suas cláusulas e de e-commerces atuarem com mais segurança e soluções próprias, afinal, o comércio eletrônico cresceu muito e não vai mais parar de crescer.



domingo, 27 de setembro de 2015

Metacognição: pensar sobre o próprio pensar para mudar

As mudanças verdadeiras passam pela mudança na própria forma de pensar




As transformações nos vários campos do saber são inúmeras, surgindo temas como: transgênicos, mapeamento genético, física quântica, inteligência artificial, cura genética, neurociência, novos planetas, nanotecnologia, celulares sofisticados, entre outros.

Para a pesquisadora, escritora e Doutora em Letras pela PUC (RJ), Valéria Cristina Pereira: “os programas apresentados para a manutenção e/ou desenvolvimento das organizações, supõem um indivíduo constantemente preparado para a recepção e compreensão dos itens estabelecidos por tais programas, como, por exemplo, a consciência para perceber maneiras de resolução das dificuldades encontradas no ambiente de trabalho e aprendizado contínuo. Porém, tais programas não mostram aos indivíduos formas de aperfeiçoamento desta consciência [...]”.

A escritora continua: “como desenvolver esta consciência? Como adquirir autonomia e acesso à informação? Como aprender a aprender de forma crítica? Como alcançar leituras e linguagens para muitos inacessíveis? Como manter o desenvolvimento desta consciência no cotidiano e na dinâmica das organizações? Os programas não respondem a tais perguntas, à medida que não exploram a força de potência individual e a prática do desenvolvimento da consciência [...]”.

Frente a essa complexidade apresentada pela estudiosa e levando em consideração que vivemos na Era da Informação e do Conhecimento, pensar e aperfeiçoar o próprio pensar (metacognição) se reflete, entre outros aspectos, na comunicação, nas linguagens e nas suas leituras diversas, gerando ações mais assertivas. As mudanças verdadeiras, seja em qual esfera for, sendo o indivíduo o principal agente modificador, passam pela transformação na forma de pensar. Em outras palavras, passam “pelo pensar sobre o próprio pensar”, o que por sua vez implica em criatividade.    

No que tange ao próprio pensar, o sociólogo Edgar Morin com a sua teoria do “Pensamento Complexo” e os estudos sobre “Criatividade e Pensamento Lateral” do psicólogo Edward de Bono (ver meu artigo intitulado Creativity e Pensamento Lateral) vão ao encontro dos estudos da pesquisadora e Doutora no tema Valéria Pereira, assim sendo, nos lança uma luz à questão.

Para Edgar Morin, a concepção da necessidade do modelo de pensamento complexo advém das revoluções provocadas nas ciências com a Teoria da Relatividade (Albert Einstein afirmou que tempo e espaço são relativos e estão profundamente entrelaçados) e da Mecânica Quântica (segmento da física moderna que estuda o movimento das partículas muito pequenas, mesmo de limites muito imprecisos, dos quais começam a notar efeitos como a impossibilidade de conhecer com infinita acuidade e ao mesmo tempo a posição e a velocidade de uma partícula).

Em linhas gerais, tanto a Teoria da Relatividade e a Mecânica Quântica já haviam obrigado as ciências a reverem suas doutrinas e Leis (que até então eram inquestionáveis) referentes à relatividade, incertezas a probabilidade na esfera da física, e nesse aparente “caos”, surge a Teoria do Caos:

“Quando tudo parecia incerto e relativo, a teoria do caos, já na segunda metade do século, veio, de certa forma, na direção oposta, ao demonstrar que também no sistema caótico existe ordem” (Revista Nova Escola, nº 25, p. 114).

As transformações descritas acima e outras, levaram Edgar Morin a definir princípios de reformulação do conhecimento humano para ajustar a realidade e a sociedade do conhecimento e da informação. Entre esses princípios, que são sete (Revista Nova Escola, nº 25, p. 114-115), destaco alguns:

-  Reintrodução do conhecimento em todo o conhecimento (pensamento crítico sobre o próprio pensar);

-  Princípio sistêmico (o todo é mais do que a soma das partes);

-  Ciclo retroativo (a causa age sobre o efeito e vice-e-versa);

-  Autoeco-organização (o homem se recria em troca com o ambiente);

-  Outros.

Os princípios de Edgar Morin vão além, evidentemente, do exposto acima, logo, este artigo não pretende esgotar o debate sobre, pelo contrário, pretende provocar os leitores sobre nossos modelos e paradigmas de pensamento. “Como pensar fora da caixa, como se diz nas empresas, se não conseguimos ver a caixa? Acha mesmo que vai mudar as coisas (e/ ou a si mesmo) pensando do mesmo jeito?".   

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Quem sabe este texto também faça diferença na vida de outros!



Nem todo problema de comunicação é da Comunicação

Isso significa que a Comunicação não tem qualquer controle sobre a comunicação, mas, como uma área que a tem em seu próprio DNA, ela pode muito bem pegar para si a função de desenhar fluxos e construir e animar redes




Quem nunca ouviu a frase: ‘ isso é um problema de comunicação’. O tema ao mesmo tempo que é simples, daria uma tese de pós-doutorado...

Fato é que muitos dilemas do dia a dia se desencadeiam por falta de (ou falhas na) comunicação interpessoal. No ambiente corporativo não é diferente, a ausência de diálogo entre as pessoas, as conversas truncadas e a propagação de informações por meio da rádio-corredor colaboram para o surgimento de problemas de comunicação. Esta comunicação não oficial entre os profissionais é o que se denomina comunicação informal. Para uma Comunicação Organizacional transparente e de sucesso, é preciso desvendar a comunicação informal e integrá-la o máximo possível à comunicação formal.

A especialista em comunicação com empregados, Viviane Mansi, em seu livro “Comunicação, Diálogo e Compreensão nas Organizações”, no blog Comunicação com Funcionário e em diversas entrevistas que concedeu a blogs e portais de comunicação, enfatiza o quanto o caminho do diálogo é importante [o que não significa que seja fácil]. “Manter essa conversa aberta, mesmo que às vezes ela seja dura, traz consciência sobre onde estamos e para onde vamos e nos dá chance de sermos protagonistas de nossas decisões”, enfatiza Viviane. E esta conversa aberta serve tanto para gestores imediatos terem com sua equipe, como entre profissionais, entre a alta liderança e os gestores imediatos, enfim serve para todas as pessoas que compõem a companhia.

É necessário ter em mente que não há canais, campanhas ou ações de Comunicação e Recursos Humanos que resolvam dificuldades relacionadas à falta de comunicação face a face e escassez de diálogo entre as pessoas. Essas áreas podem e devem realizar ações que colaborem para que obstáculos como esses não sejam recorrentes, mas possuem limitações em relação a fatores que fogem de seu alcance.  

Fábio Betti, consultor especializado em Comunicação de Liderança e Cultura de Diálogo exemplifica bem a diferença entre comunicação com caixa baixa e Comunicação com caixa alta: “Comunicação com caixa alta é uma área. Já comunicação com caixa baixa é uma habilidade inerente a todo ser humano. Alguns se tornam melhores comunicadores que outros, mas todo e qualquer ser humano pode ser um excelente comunicador sem que precise fazer qualquer curso ou trabalhar na área. Isso significa que a Comunicação não tem qualquer controle sobre a comunicação, mas, como uma área que a tem em seu próprio DNA, ela pode muito bem pegar para si a função de desenhar fluxos e construir e animar redes de comunicação por toda – e além da – organização”.

Assim, tendo como foco melhorar os fluxos de comunicação da empresa, a área de Comunicação se torna mais estratégica do que ferramental, em vez de mera produtora e disseminadora de conteúdo oficial (o que também é importante), ela passa a contribuir para a construção de espaços, além de oferecer técnicas e ferramentas para o diálogo genuíno e transparente.

Enfim, nem todo problema de comunicação é da Comunicação, mas é possível trabalhar para amenizar e até mesmo evitar ruídos de entendimento e escassez do bom e velho bate-papo olho no olho. Cabe a nós, profissionais de Comunicação, buscarmos essa abertura junto a alta liderança.



Leia se você está perdido

Eu não imaginava como um vídeo do TED ia fazer a diferença na minha resposta para a pergunta "por que você veio ao mundo?"




“Você é fruto das suas escolhas”.

A primeira vez que me recordo ter lido esta frase foi num vídeo da Cidade do Cérebro há mais de dez anos. Nunca imaginei que isso fosse fazer tanto sentido quanto agora…

Durante anos estive numa busca intensa por descobrir “porque eu vim ao mundo”. Me perdi e me encontrei diversas vezes nessa busca. A cada muro novo construído, diversos tijolos eram quebrados (e às vezes até o próprio muro que acabara de ser erguido). Foi um processo de construção e desconstrução dolorido, assustador, mas transformador.

Perdi algumas coisas, ganhei outras. Dentre as primeiras, minha autoconfiança foi a que mais senti a perda. Principalmente porque ela não se foi sozinha. Levou com ela o meu brilho nos olhos, a esperança de realizar sonhos e, com isso, até algumas pessoas queridas.

Aos poucos fui entendendo que a busca externa que eu estava fazendo só me enfraquecia mais. Só me deixava mais vulnerável. Só me taxava cada vez mais como “o que não sabe o que fazer da vida”, “o perdido”, “o desencontrado”, até “o coitado” talvez…

Mas as tags, etiquetas, carapuças, máscaras que mais doeram foram “desistente” e “inconstante”. Era bem verdade que eu começava um monte de coisas e não ia até o fim. Foi assim com várias escolas (das quais eu saí), em empregos, projetos, relacionamentos, em tudo. E a justificativa sempre era: “eu ainda não me encontrei”. Faltava-me uma coisa.

Depois da minha formação em Coaching, eu comecei a trabalhar isso. Percebi que isso era um hábito e comecei a tentar “acabar” pequenas coisas para criar o hábito de ir até o fim e esse hábito criar caminhos mentais de acabativa no meu cérebro.

Comecei a correr e parei. Depois voltei e parei. Depois arrumei outras coisas… enfim, não foi um fracasso total, mas também não foi como eu esperava que fosse. As coisas não mudam completamente da noite para o dia. Porém, todavia, entretanto, contudo, existiu um trunfo grande nessa tentativa de acabar as coisas: eu comecei a bancar minhas escolhas, minhas decisões.

E é exatamente aí que a mágica acontece (e o motivo desse texto). Acabei de assistir um TED sobre como tomar decisões difíceis e algumas peças se encaixaram na minha cabeça. Indo bem direto ao ponto, quando você precisa tomar uma decisão difícil é porque de todas as opções que você tem, nenhuma é melhor que a outra. Alguma é melhor em um ponto que as outras e vice-versa, mas no geral não existe uma melhor.

Mas o que isso tem de tão interessante?

Quando você precisa escolher, toma uma decisão e, principalmente, banca essa decisão, você começa a criar justificativas racionais para aquela decisão e aquilo se torna você. Você precisa criar um motivo para escolher. E esse motivo se torna você.

“Você é fruto de suas escolhas”

Na primeira vez que ouvi essa frase, ela era aparentemente só mais um jargão motivacional (que me ajudou muito, diga-se de passagem). Porém, hoje, eu conheci o porquê de isso ser verdade. E fez muito sentido pra mim. Porque eu só “me encontrei” depois que eu comecei a bancar as minhas escolhas.

E, à medida que eu caminho para mais perto de onde eu quero chegar, mais escolhas vão aparecendo e mais eu vou me encontrando (vi num outro TED que você vai mudar muito mais nos próximos 10 anos do que você imagina — o ser humano não é, ele vai sendo).

Então, se você está perdido assim como eu estava bem pouco tempo atrás, a minha dica é: primeiro, siga seu coração e, em seguida, comece a bancar as suas escolhas.

“Você é essencialmente fruto de suas escolhas. Então escolha ser o melhor que puder.”



sábado, 26 de setembro de 2015

Quem são os influenciadores de compra?

Você sabe quem são os influenciadores de compra do seu consumidor?




Conhecer o comportamento do consumidor é essencial para realizar ações de marketing e, consequentemente, negociações mais focadas. Diante disso, vale a pena pensar: você sabe quem são os influenciadores de compra do seu consumidor?

Segundo dados do 32º WebShoppers, apenas 6% dos consumidores são influenciados a comprar em uma loja virtual por meio de mídias offline, como TV, anúncios em revistas/jornais ou catálogo impresso, por exemplo.

Dessa forma, o que podemos elencar como os principais influenciadores de compra de um consumidor virtual? Confira essa análise:

Propaganda. Um marketing bem direcionado pode influenciar positivamente seu cliente, especialmente se este vem de uma mídia social ou de um e-mail marketing que ele aceitou receber. Nesse caso, o segredo é a personalização: ir ao encontro da sua necessidade.

Referência. Amigos e parentes exercem influência direta em negociações. Por isso, trate sempre muito bem um cliente, pois você nunca sabe quando um de seus parentes ou amigos podem querer comprar em seu e-commerce.

Preço. Esse fator sempre influencia o consumidor ao optar por uma ou outra loja virtual. Por isso, é sempre interessante ter em mente a realidade do seu consumidor e dos seus concorrentes para definir as precificações ideais para seus produtos.

Experiência. Uma boa experiência de compra na loja virtual sempre influenciará outros potenciais clientes a comprar. Isso porque todos buscam por uma condição de compra confortável, com usabilidade, facilidade, transparência e segurança. Consumidores também compartilham coisas boas sobre empresas.

Entrega. Por ser o momento mais esperado, se a entrega for satisfatória, isto é, no tempo esperado, com detalhes que surpreendam o cliente, isso não apenas o fará voltar, como certamente motivará outros que receberão esta boa notícia por parte do seu negócio.

Nenhum desses itens pode ser ignorado. Por isso, analise a influência que esses aspectos têm na realidade do seu consumidor e melhore-os. Sucesso!



5 pontos pelos quais os malucos são os mais amados

Nós queremos saber suas histórias, às vezes ficamos por horas apenas ouvindo e até curiosos com o que está acontecendo em suas vidas, às vezes porque nos fazem sentir mais poderosos e corajosos para enfrentarmos nossas adversidades




Pense um pouco nos seus personagens de comédia favoritos, nos seriados, em alguns parentes... Podemos dizer que aquelas pessoas que são um pouquinho da pá virada normalmente têm um grande carisma e, pelo menos, tendemos a nos atrair por elas e desenvolver um carinho muito grande. 

De vez em quando nos irritam com suas excentricidades, por vezes nos perturbam com seus jeitos “incoerentes de pensar”, mas, ainda assim, no final do dia, fazem-nos rir e com que nos sintamos felizes por estar perto delas. 

É quase como um imã. Nós queremos saber suas histórias, às vezes ficamos por horas apenas ouvindo e até curiosos com o que está acontecendo em suas vidas, às vezes porque nos fazem sentir mais poderosos e corajosos para enfrentarmos nossas adversidades. Então, aqui vão 5 motivos para você liberar suas loucuras:

1 - São autênticos 

Eles não escondem quem são, sabem que têm suas excentricidades e gostam delas. Na verdade, é aquilo que os torna diferentes e é o que mais amam. É infinitamente mais fácil você ser aquilo que é do que representar diversos papéis, ou vestir várias máscaras. 
Pense em como é agradável estar próximo a uma pessoa que está sendo 100% verdadeira. Por mais que algumas vezes não gostemos de algumas coisas, ou não concordemos, ainda assim existe um respeito muito grande, que mexe conosco quanto mais não estamos sendo nós mesmos. Porque essas pessoas são livres das amarras de conceitos impostos pela sociedade. 

2 -Têm boas histórias 

É cativante uma boa história, todo mundo gosta de presenciar uma. Seja indo no cinema naquele final de tarde de domingo com alguém que gosta, seja decidindo ficar em casa em uma sexta à noite para uma sessão de pipoca, ou seja aquele livro que carrega para diferentes lugares, elas são inspiradoras. Não é à toa que as nossas mães e pais contam várias histórias desde que somos pequeninos. 

Com o passar do tempo, as histórias mais inusitadas e surpreendentes começam a chamar nossa atenção, pois já escutamos tantas que aquilo que é diferente do normal nos prende. Acontece que são essas pessoas mais malucas, normalmente, que têm as histórias mais inusitadas. Elas arriscam mais e consequentemente têm mais experiências, o que é altamente atrativo.

3 - Inspiram coragem

Quando vemos sua autenticidade e o compromisso de se manterem fiéis ao seu próprio eu, por mais doido que seja, automaticamente já identificamos a coragem necessária para tal. É algo forte e impactante, o quanto dessa característica é necessária para ser maluco, mas também é um grande exemplo.

Todas as pessoas, quando vêem os mais excêntricos, apesar de até acharem ridículo o que eles fazem, seguem o tradicional comentário: “mas é preciso ter muita coragem”. E realmente é... A questão é que as pessoas começam a pensar sobre ter mais coragem para fazer aquilo que gostam ou irem atrás dos seus sonhos como se fosse uma aventura.

4 - Percepção positiva

Os doidos tendem a ser muito otimistas, pois eles querem enxergar o mundo e as suas possibilidades através das suas crenças esquisitas. Normalmente, precisam estar encontrando uma maneira singular de perceber as coisas e assim as suas ideias fazerem sentido. 

Você normalmente é cativado por essas pessoas, pois elas lhe mostram que apesar de tantos problemas ou até preconceitos, elas estão super felizes, pois encontram esse jeito mais agradável de perceber as coisas, de conviver com elas. Não importa o que o acaso traga, as suas loucuras seguem forte, pois sempre têm um jeito positivo de ver tudo. 

5 - São presentes

Talvez seja essa seja a característica mais surpreendente para você e a mais importante, pois, parece que às vezes esses nossos queridos malucos estão em outra galáxia. Mas na verdade não, pois normalmente são as pessoas normais que estão. 

Apesar de as suas ideias serem de outro planeta, eles se fazem muito presentes para vivê-las. Eles estão ali, curtindo ao máximo sua excentricidade, inspirando a coragem, sendo autênticos. Quando você está próximo a uma pessoa mais doidinha assim, você sente que ele está ali, vivendo, fazendo, experimentando... A questão de estar apenas de corpo presente, mas já pensando na próxima e na próxima atividade, é das pessoas normais infectadas pelo vírus do “amanhã está chegando”, em que o hoje é deixado de lado. 

Essas são 5 razões pelas quais devemos liberar um pouco esse nosso lado mais piradinho de ser. Veja o quanto seria libertador deixar essas suas crenças mais estranhas, essas suas peculiaridades mais esquisitas virem ao mundo. E se você tem medo, note o quanto as pessoas que fizeram isso gozam de uma admiração altíssima, muitas vezes se tornando altamente cativantes.



Qual é a principal competência do empreendedor de sucesso?

O empreendedor precisa saber vender seus produtos ou serviços e também suas ideias para os parceiros e colaboradores




Você sabe qual é a principal competência do empreendedor de sucesso?

Na minha opinião é saber vender.

Explico. O empreendedor precisa saber vender:

• Seu plano de negócio para sócios ou investidores;
• Seus produtos ou serviços para os clientes de seu negócio;
• Suas necessidades para os fornecedores de seu negócio e para os empregados que irão apoiá-lo no empreendimento.

Podemos também chamar essa competência de Negociação, e talvez esse seja o termo mais adequado, quando olhamos para a literatura.

Além dessa competência, existe uma segunda também muito importante e complementar à primeira, imprescindível, que irei falar mais à frente.

Agora vamos focar na primeira.

Você sabe por que então estou utilizando a palavra vender?

Para que você entenda que, caso não tenha essa competência ainda, você pode desenvolvê-la atuando como vendedor.
Esse profissional, para ter grandes resultados, precisa saber vender, ou seja, precisa saber negociar com os clientes.

Ele terá que lidar com pessoas diferentes, com perfis e características psicológicas muito diversas. Ao lidar com várias pessoas diariamente, ele desenvolverá essas habilidades.

Claro que, para ser bem-sucedido em uma negociação, além da experiência, você precisa também conhecer detalhadamente as características daquilo que está tentando “vender”, para poder falar com propriedade e confiança. Seja seu projeto, seja um produto ou serviço. Você precisa mostrar para a outra pessoa os ganhos que ela irá obter com aquela negociação e precisa saber lidar com todas dúvidas que possam surgir no caminho.

Vou contar minha história.

Eu tive a oportunidade de desenvolver essa competência enquanto trabalhava no ramo bancário, ao longo de quatro anos e meio.
No banco eu iniciei o contato com o público no atendimento de caixa. Em três meses já estava atrás de uma mesa atendendo o público e suas demandas diárias.

Depois pude atender também produtores rurais, um público com necessidades e características próprias bem diversas.

Por fim, após dois anos, fui trabalhar no atendimento a empresas e empresários, grandes e pequenos, um público um pouco mais exigente e demandante do que os dois anteriores.

Durante todo esse processo, tive a oportunidade de lidar com pessoas tranquilas e também com pessoas difíceis, com pessoas exigentes, e pude aprender com a experiência como lidar com cada uma delas.

Foram anos de desenvolvimento, que me permitiram entender qual a melhor forma de abordar determinada pessoa para obter um resultado esperado.

Pude aprender algumas dicas que parecem simples, mas que normalmente não nos damos conta. Por exemplo: quando já estava trabalhando com empresas, eu tinha um cliente que ia quase todos os dias no banco fazer alguma solicitação. Esse cliente somente solicitava e ia embora, um contato exclusivamente profissional.

Um dia esse cliente veio me pedir para liberar alguma operação de crédito para sua empresa, porque ele iria viajar para uma pescaria e precisaria manter um caixa.

Eu guardei aquela informação em minha memória e, duas semanas depois, quando ele voltou na agência, perguntei: “como foi a pescaria? ”.

Uma única e simples pergunta fez toda a diferença!

Guarde essa lição preciosa: as pessoas gostam de ser ouvidas e gostam de falar de si mesmas. Ao perceber meu interesse, o cliente contou como foi a viagem e ficou um bom tempo no atendimento.

Depois desse dia, minha amizade com esse cliente permaneceu e o atendimento passou a ser totalmente diferente. Agora havia a empatia.

Tendo empatia você consegue conectar-se à outra pessoa, consegue ouvi-la melhor e consegue fazer com que ela lhe ouça também. Além disso, terá relacionamentos mais efetivos e interessantes, fará mais amigos e terá uma rede maior de relacionamentos, o que essencial para qualquer negócio. 

Assista ao vídeo em que eu conto um pouco mais sobre os benefícios de se exercitar a empatia.

Dale Carnegie, famoso escritor, dizia que “ser sinceramente interessado em outras pessoas é uma das mais importantes qualidades de um vendedor – aliás, de qualquer pessoa”.

O que Carnegie chama de “sinceramente interessado” é parecido com o que eu chamei de empatia.

Veja um exemplo da importância dessa habilidade: é muito mais fácil falar “não” para uma pessoa desconhecida do que para alguém com quem você tem empatia. Por isso, essa característica é uma arma poderosa no processo de negociação.

Agora você já deve ter percebido que para saber vender bem e empreender você naturalmente precisará desenvolver outras competências, e a empatia é componente importante da segunda característica mais importante que um empreendedor precisa ter, a comunicação, que será o assunto de meu próximo artigo.

Para saber vender-se ou negociar, você precisa também saber comunicar-se. Ou seja, precisa saber ouvir e entender a necessidade das pessoas com quem lidará e precisará saber expressar-se da melhor maneira com elas, para que elas o compreendam também.

E, como você deve ter percebido, da mesma forma que saber vender é essencial para um empreendedor ou um líder, ter “foco no cliente” é uma característica essencial que seu negócio precisa ter. O cliente é seu maior ativo, sem ele não existe negócio. Então, trate-o como tal!

Você já deve ter percebido também que essas competências são interconectadas, ou seja, você terá que entender e desenvolver um pacote de competências e habilidades.

E você, tem uma experiência com negociação ou vendas que gostaria de compartilhar? Você concorda que essa é a competência mais importante para um empreendedor? Conte na área de comentários qual é a sua opinião!

Um abraço.