terça-feira, 8 de julho de 2014

Escolas não devem ter medo de disputar os melhores diretores no mercado

Dois mecanismos de escolha são bem conhecidos: um elege os melhores profissionais de carreira; outro recruta destaques do mercado




No artigo anterior vimos que diretores fazem diferença, para o bem ou para o mal. A pergunta seguinte é: como recrutar diretores eficazes?

Não existem evidências a favor de um ou de outro método de escolha nos países desenvolvidos que registram desempenho médio e superior no Pisa. Comecemos pelo que não existe pelo mundo afora: não existe indicação política, não existe eleição, não existe prova, não existe mistura de indicação política e prova.

O que existe são dois mecanismos: o mecanismo de carreira e o mecanismo de recrutamento no mercado.

Leia os artigos anteriores da série​

O mecanismo de carreira é bem conhecido de todos. Algumas das instituições mais sólidas e eficazes do Brasil devem a isso sua reputação. É o caso de Banco Central, Receita Federal, Itamaraty, Forças Armadas, entre outras.

Normalmente, a pessoa começa de baixo e vai evoluindo. Quando assume postos de comando, já conhece a cultura da casa e já sabe como atuar. O risco é o corporativismo – que requer fortes antídotos. Uma vantagem de uma carreira é que você poder trocar as pessoas e colocar as pessoas certas nos lugares certos nos momentos certos.

O outro é o mecanismo de seleção – essencialmente semelhante à forma de recrutamento de executivos. O que se procura são evidências de que um candidato é capaz de liderar, de conseguir resultado através de outros e de que possui competências de planejamento e administração para evitar que a burocracia o tire do foco – que é promover um ensino de qualidade.

Nos dois modelos há uma variável fundamental: o diretor nunca é escolhido pela escola. Ele sempre é escolhido pelos que são responsáveis pela rede de ensino.

Fonte: Veja


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