Criatividade é o ponto de partida para boas ideias. Um
projeto inovador depende de trabalho em equipe e da identificação das
necessidades do consumidor para entregar uma solução
A inovação é uma meta perseguida por grande parte das
companhias que buscam se destacar frente a concorrência e conquistar um lugar
de destaque junto ao consumidor. Para que isso aconteça é necessário
diferenciar a criatividade da inovação, dois princípios diferentes comumente
confundidos. A primeira é o ponto de partida para a segunda. Um projeto é
inovador a partir do momento em que deixa de ser apenas uma ideia e se torna
uma tendência de consumo entre os consumidores.
Uma mentalidade inovadora no ambiente coorporativo passa
obrigatoriamente por alguns pilares: planejamento estratégico para
identificação dos pontos que demandam atenção, compreensão das falhas dos
produtos, percepção das necessidades dos consumidores, trabalho em equipe e
esforço para driblar dificuldades orçamentárias. “Para inovar é necessário
saber aonde quer que isso aconteça, pois inovar de uma maneira caótica pode até
ser possível, mas identificar aonde estão os problemas é mais eficiente”, diz
Luiz Serafim, Gerente de Marketing da 3M do Brasil, em entrevista para a TV
Mundo do Marketing.
Criatividade como ponto de partida para inovar
Para pequenas e médias empresas, a criatividade é o ponto de
partida para as empresas desenvolverem projetos de inovação. Para que isso
aconteça, as empresas que se propõe a uma postura inovadora devem incentivar a
liberdade criativa entre seus funcionários e estarem abertas a ouvir ideias e
identificar aquelas com potencial para serem postas em prática. “A cultura é um
dos principais alicerces: se tem alguém em uma área da empresa que quer dar uma
ideia, mas o chefe não é sensível a ouvir, a pessoa ficará desmotivada”,
comenta Luiz Serafim.
Sabe-se quando um projeto deu certo quando ele entrega
resultados que podem ser no aumento de vendas, redução de custos ou aumento da
satisfação do consumidor. Inovação é fazer o inédito, sendo assim, é
fundamental dispor de certo grau de tolerância ao erro, inerente ao desafio de
fazer algo nunca antes testado. “As pessoas tem que fazer o que gostam, mas em
ambientes desafiadores. Uma das peças mais importantes para empresas inovadoras
é o investimento em liderança para criar mecanismos onde os gestores inspirem
as pessoas e desafiem e sejam acessíveis à ideias “, avalia o Gerente de
Marketing da 3M.
Trabalho de equipe leva o projeto à pratica
Para criar algo novo é necessário mais do que uma boa ideia.
Existem etapas de planejamento e execução a serem cumpridas aonde a
participação de diferentes profissionais e a aproximação do público são pontos
indispensáveis para identificar aonde o projeto se insere e se aproxima das
necessidades reais do cliente para oferecer soluções. “O consumidor participa
do processo de inovação. A empresa precisa fazer mais do que pesquisas,
necessita de indicadores próximos do cliente e do mercado, carece de empatia,
entrar na pele do cliente e vivenciar a experiência junto a ele”, diz Luiz
Serafim, em entrevista ao Portal.
O processo de fabricação de um projeto inovador depende de
um time para desenhar as características do que será lançado, desenvolver um
protótipo e comunicar a ideia ao público. Para que este trabalho seja completo,
um caminho é a adoção de processos colaborativos. “Quando se tem uma estrutura de empresa em
que as pessoas colaboram e trocam experiências e conhecimento, você tem uma
plataforma muito favorável para crescer. Se você juntar clientes para falarem a
respeito da sua empresa você tem uma ótima fonte de ideias”, aponta o Gerente
de Marketing.
Para inovar a empresa precisa de projetos a longo prazo
Na rotina empresarial, entretanto, o curto prazo consome a
maior parte dos esforços diários das equipes em busca de alcançar as metas e a
produtividade prevista para o mês. Apesar das emergências do dia a dia, se o
foco for inovar, é importante separar tempo e energia para traçar planos de
longo prazo. “Além de fazer aquilo que todo mundo está fazendo para não ficar
para trás e se preocupar com o giro cotidiano da empresa, é importante ter na
agenda espaço para pensar a frente do seu tempo, pois isso dá espaço para
inovar”, pontua Luiz Serafim.
Para enxergar uma oportunidade antes dos concorrentes o
caminho é estar atento às megatendências para saber como se posicionar diante
de cada uma. “Analisar as megatendências que impactam o mercado é uma questão
de sobrevivência. O importante é o que as empresas, independente do segmento,
estão fazendo com essas tendências e como elas estão traduzindo isso em solução
e ofertas”, diz o Gerente da 3 M.
Entrega de soluções
Para fugir do lugar comum, as empresas devem buscar entregar
soluções e explorar mercados que cabem dentro da marca. Uma possibilidade é
criar objetos de desejo para o público, aumentando também a sua participação no
ponto de venda. “A 3M inventou o durex, a fita commoditizou, ai nós criamos o
acessório que corta a fita e deixa a ponta sempre a mostra. A ideia veio de uma
necessidade identificada pelo cliente no ponto de venda. Se eu olhar apenas
para o concorrente, sempre existirão produtos melhorando. Tenho que olhar para
o cliente e o que ele quer para agregar valor”, conta Luiz Serafim.
Parte da evolução de produtos e processos de uma empresa
passa por incorporar novas competências técnicas e melhorar pontos deficientes.
“No Post It precisávamos rejuvenescer uma marca que já era admirada pelo
público. Incorporamos competências de design que antes talvez a empresa não
tivesse. Lançamos suportes de Post Its em formatos divertidos como maçã e o
cachorro da Fita Scotch. Com isto, os produtos se tornam objetos de desejo”,
complementa o Gerente de Marketing Brasil da 3M.
Fonte: Mundo do Marketing
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