A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto
de hábitos e crenças estabelecidos através de normas, valores, atitudes e
expectativas compartilhados por todos os membros da organização. Ela refere-se
ao sistema de significados compartilhados por todos os membros e que distingue
uma organização das demais. Constitui o modo institucionalizado de pensar e
agir que existe em uma organização.
A essência da cultura de uma empresa é expressa pela maneira
como ela faz seus negócios, a maneira como ela trata seus clientes e funcionários,
o grau de autonomia ou liberdade que existe em suas unidades ou escritórios e o
grau de lealdade expresso por seus funcionários com relação à empresa.
A cultura organizacional representa as percepções dos
dirigentes e funcionários da organização e reflete a mentalidade que predomina
na organização. Por esta razão, ela condiciona a administração das pessoas.
Em outras palavras, a cultura organizacional representa as
normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros de uma
organização no dia-a-dia e que direcionam suas ações para o alcance dos
objetivos organizacionais.
No fundo, é a cultura que define a missão e provoca o
nascimento e o estabelecimento dos objetivos da organização. A cultura precisa
ser alinhada juntamente com outros aspectos das decisões e ações da organização
como planejamento, organização, direção e controle para que se possa melhor
conhecer a organização.
Pode-se ou Deve-se Mudar a Cultura de uma Organização?
Segundo Kissil (1998), para que a organização possa
sobreviver e se desenvolver, para que existam revitalização e inovação, deve-se
mudar a cultura organizacional. Esse conceito responde plenamente esta questão,
onde o Autor sugere que a revitalização e a inovação são fatores importantes
para as empresas, e de certo modo só se consegue isso mudando a cultura da
organização.
O esforço de entendimento mútuo dentro da empresa é uma
maneira de garantir uma estrutura
consistente e manter o ritmo de produtividade da organização. Para montar as
equipes com um perfil variado é preciso de um enfoque cultural e escolher as
pessoas que são diferentes.
O que faz uma empresa forte é o respeito mútuo interno, é
ele que poderá gerar respostas rápidas e eficientes. Se as diversidades forem
integradas em torno de um único compromisso, a empresa estará sempre pronta
para administrar as mudanças que forem necessárias.
Só se consegue isso com uma cultura organizacional forte,
onde as pessoas têm os valores e princípios da empresa disseminados de forma
clara, onde todos tem orgulho de fazer parte de uma organização transparente e
focada no sucesso.
Ferramentas que ajudam na mudança na Cultura da Organização
Clareza de objetivos, valores e princípios: Onde a empresa
tem seus objetivos claros, definidos, formalmente estabelecidos e orientados
para médio e longo prazo. Para dar certo a empresa deve fazer com que todos
funcionários tenham acesso aos seus objetivos, ter definidos os valores e
princípios, sendo relembrados periodicamente (Ex. reunião mensal), isso auxilia
no processo de mudança e seu retorno pode ser de médio prazo, caso bem divulgado
e aplicado.
Imagem de produtos e serviços: Grau em que os vários públicos (internos e
externos) percebem a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Não basta o cliente externo ter percepção da
empresa, mas também os funcionários, a "venda" interna é muito
importante, divulgação de projetos que estão sendo executados, conquistas,
detalhes sobre a qualidade de seus produtos e serviços, devem ser do
conhecimento dos clientes internos e externos, fazendo com que o funcionário
tenha orgulho do seu trabalho. Seu resultado na mudança pode ser notado no
longo prazo. Deve ser também ser trabalhado constantemente, para manter os
funcionários informados.
Integração e comunicação: Onde a estrutura da organização
permite a comunicação interna entre os diversos níveis de forma simples e
aberta. Tendo também a colaboração e parceria como meio existente como auxílio
mútuo, sendo tanto internamente (funcionários) quanto externamente
(fornecedores). A comunicação flexível, entre subordinados e gestores, caso a
empresa for muito fechada se dará num
período de longo prazo, porém sendo um pouco mais flexível, se dará no curto ou
médio prazo. A política de "portas abertas" deve ser incentivada
pelos gestores até se tornar comum na organização.
Abertura a novas idéias: Grau em que a empresa é dinâmica,
está atenta às mudanças, tem senso de oportunidade, estabelece objetivos
arrojados, é líder de tendências e cria um ambiente motivador. Nesse ambiente a
empresa valoriza e incentiva as novas idéias de seus colaboradores. Pode ser
feito incentivos financeiros como premiações por economia na mudança de algum
processo, criar uma caixa de sugestões, ter reuniões periódicas entre setores
na busca de melhorias, criar um grupo de melhoria, etc. Depende muito da
comunicação, ela deve ser aberta a ponto do funcionário ter a ousadia de expor
e criar novos métodos e procedimentos. É um trabalho que pode trazer resultados
no curto, médio, ou longo prazo.
Desempenho profissional: O trabalho é estimulante para os
funcionários e oferece desafios profissionais, possibilidade de crescimento e
valorização pessoal. A própria prática de idéias faz com que o profissional
sinta-se mais valorizando, pode-se também fazer rodízios, onde o funcionário
deixa de ser um especialista numa função e começa a ter conhecimento de outras
atividades, ajudando no entendimento do todo do processo e seu objetivo final.
A construção de um plano de carreira também é importante, mas certamente é mais
viável em empresas de grande porte. Seus resultados são de médio a longo prazo.
Aprendizado: A empresa estimula e proporciona oportunidade
de desenvolvimento profissional para os funcionários. A empresa não passa da
fase de apenas cobrar qualificação do quadro funcional, mas passa a incentivar.
Pode-se fazer isso com cursos internos, auxílio financeiro nos estudos
(faculdade, curso de línguas, cursos profissionalizantes específicos, etc.).
Pode ser implantado com divulgação de uma nova política de valorização dos
funcionários incentivando aos estudos, tem um reflexo muito bom, e seus
resultados podem ser de curto prazo.
Critérios para recrutamento, seleção, promoção de
empregados. Os tipos de pessoas que são contratadas e os que têm sucesso são
aqueles que aceitam e comportam-se de acordo com os valores da organização. É fundamental
não ter o favoritismo de algumas pessoas, onde o caráter paternalista, pode ser
visto muito fortemente em empresas familiares acontecer tornando a organização desacreditada internamente.
Aplica-se com um recrutamento e seleção feita por profissionais qualificados,
onde são buscados profissionais que se encaixam com o perfil da vaga e os objetivos da organização. Seu
retorno é de longo prazo.
É importante porém ressaltar que antes de qualquer atitude
deve-se primeiramente fazer um diagnóstico da atual cultura da organização,
para poder assim fazer um plano de ação e finalmente executa-lo e controla-lo.
Aplicação das ferramentas citadas
Os mecanismos acima citados, realmente podem ser aplicados,
e são formas de fazer com que a organização mude sua cultura corporativa, claro
que se deve observar o tamanho e a estrutura de cada empresa e adaptar a
ferramenta conforme sua situação.
A mudança da cultura certamente começa de cima para baixo, e
podem e devem ser executadas pela Diretoria (CEO). Os gerentes intermediários,
supervisores, ou chefes de departamentos, devem obrigatoriamente fazer parte do
processo, ou etapas como a de comunicação não funcionariam, é seu papel também
incentivar as mudanças propostas, é por eles que as instruções normalmente
chegam, e se falhar nessa etapa todo o processo pode vir por água abaixo.
Dessa forma conclui-se que apenas com a integração de todos
é possível fazer com que se mude a cultura de uma organização.
"Só existem duas maneiras de mudar a cultura de uma
organização: mudando as pessoas ou mudando de pessoas." (Autor
desconhecido)
O que é cultura
Cultura é o termo genérico usado para significar duas
acepções diferentes. De um lado, o conjunto de costumes, civilização e
realizações de uma época ou povo, e, de outro lado, artes, erudição e demais
manifestações mais sofisticadas do intelecto e da sensibilidade humana,
consideradas coletivamente. A cultura organizacional nada tem a ver com isto.
No estudo das organizações, a cultura equivale ao modo de vida da organização
em todos os seus aspectos, como idéias, crenças, costumes, regras, técnicas,
etc. Neste sentido, todos os seres humanos são dotados de cultura, pois fazem
parte de algum sistema cultural. Em função disso, toda pessoa tende a ver e
julgar as outras culturas a partir do ponto de vista de sua própria cultura.
Daí o relativismo: as crenças e comportamentos só podem ser compreendidos em
relação ao seu contexto cultural.
Cada organização cultiva e mantém a sua própria cultura. É
por este motivo que algumas empresas são conhecidas por algumas peculiaridades
próprias. Os administradores da Procter & Gamble fazem memorandos que não
ultrapassam uma página. Todas as reuniões da Du Pont começam com um comentário
obrigatório sobre segurança. O pessoal da Toyota está concentrado em perfeição.
A cultura representa o universo simbólico da organização e
proporciona um referencial de padrões de desempenho entre de padrões de
desempenho, entre os funcionários, influenciando a pontualidade, a produtividade e a preocupação com qualidade
e serviço ao cliente.
A cultura exprime a identidade da organização. Ela é
construída ao longo do tempo e passa a impregnar todas as práticas, impregnar
todas as práticas, constituindo um complexo de representações mentais e um
sistema coerente de significados que une todos os membros em torno dos mesmos
objetivos e dos mesmos modos de agir. Ela serve de elo entre o presente e o passado e contribui para a
permanência e a coesão da organização. Em outras palavras, a cultura
organizacional representa as normas informais e não escritas que orientam o
comportamento dos membros de uma organização no dia-a-dia e que direcionam suas
ações para o alcance dos objetivos organizacionais. No fundo, é a cultura que
define a missão e provoca o nascimento e o estabelecimento dos objetivos da
organização. A cultura precisa ser
alinhada juntamente com outros aspectos das decisões e ações da organização
como planejamento, organização, direção e controle para que se possa melhor
conhecer a organização.
Componentes da cultura organizacional
Toda cultura se apresenta em três diferentes níveis:
artefatos, valores compartilhados e pressuposições básicas.
Artefatos: Constituem o primeiro nível da cultura, o mais
superficial, visível e perceptível. Artefatos são as coisas concretas que cada
um vê, ouve e sente quando se depara com uma organização. Incluem os produtos,
serviços, e os padrões, de comportamento dos membros de uma organização. Quando
se percorre os escritórios de uma organização, pode-se notar como as pessoas se
vestem, como elas falam, sobre o que conversam, como se comportam, o que são
importantes e relevantes para elas. Os artefatos são todas ou eventos que podem
nos indicar visual ou auditivamente como é a cultura da organização. Os
símbolos, as histórias, os heróis, os lemas, as cerimônias anuais são exemplos
de artefatos.
Valores compartilhados: Constituem o segundo nível da
cultura. São os valores relevantes que se tornam importantes para as pessoas e
que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. Funcionam como
justificativas aceitas por todos os membros. Em muitas culturas organizacionais
os valores são criados originalmente pelos fundadores da organização.
Pressuposições básicas: Constituem o nível mais íntimo,
profundo e oculto da cultura organizacional. São as crenças inconscientes,
percepções, sentimentos e pressuposições dominantes nos quais as pessoas acreditam.
A cultura prescreve a maneira de fazer as coisas adotadas na organização,
muitas vezes através de pressuposições não escritas e nem sequer faladas.
Os funcionários aprendem a cultura organizacional através de
várias formas, como histórias, rituais, símbolos materiais e linguagem.
Histórias: Contos e passagens sobre o fundador da companhia,
lembranças, sobre dificuldades ou eventos especiais, regras de conduta, corte e
recolocação de funcionários. Acertos e erros do passado geralmente ancoram o
presente no passado e explicam a legitimação das práticas atuais.
Rituais e Cerimonias: São seqüências repetitivas de
atividades que expressam e reforçam os valores principais da organização. As
cerimônias de fim de ano e as comemorações do aniversário da organização são
rituais que reúnem e aproximam a totalidade dos funcionários para motivar e
reforçar aspectos da cultura da organização, bem como reduzir os conflitos.
Símbolos Materiais: A arquitetura do edifício, as salas e
mesas, o tamanho e arranjo físico dos escritórios constituem símbolos materiais
que definem o grau de igualdade ou diferenciação entre as pessoas e o tipo de
comportamento ( como assumir riscos ou seguir a rotina, autoritarismo ou
espírito democrático, estilo participativo ou individualismo, atitude
conservadora ou inovadora) desejado pela organização. Os símbolos materiais
constituem a comunicação não verbal.
Linguagem: Muitas organizações e mesmo unidades dentro das
organizações utilizam a linguagem como um meio de identificar membros de uma
cultura ou subcultura. Ao aprender a linguagem, o membro confirma a aceitação
da cultura e ajuda a preserva-la. As organizações desenvolvem termos singulares
para descrever equipamentos, escritórios, pessoas - chaves, fornecedores,
clientes ou produtos. Também a maneira como as pessoas se vestem e os
documentos utilizados constituem formas de expressar a cultura organizacional.
A cultura organizacional se caracteriza pela sua aceitação
implícita pelos seus membros. Ela é também reforçada pelo próprio processo de
seleção, que elimina as pessoas com características discrepantes com os padrões
estabelecidos e ajuda a preservar a cultura.
Tipos de cultura organizacional:
Culturas adaptativas: Caracterizam-se pela sua maleabilidade
e flexibilidade e são voltadas para a inovação e a mudança. São organizações
que adotam e fazem constantes revisões e atualizações, em suas culturas
adaptativas se caracterizam pela criatividade, inovação e mudanças. De um lado,
a necessidade de mudança e a adaptação para garantir a atualização e modernização,
e de outro, a necessidade de estabilidade e permanência para garantir a
identidade da organização. O Japão, por exemplo, é um país que convive com
tradições milenares ao mesmo tempo em que cultua e incentiva a mudança e a
inovação constantes.
Culturas conservadoras: Se caracterizam pela manutenção de
idéias, valores, costumes e tradições que permanecem arraigados e que não mudam
ao longo do tempo. São organizações conservadoras que se mantêm inalteradas
como se nada tivesse mudado no mundo ao seu redor.
Culturas fortes: Seus valores são compartilhados
intensamente pela maioria dos funcionários e influencia comportamentos e
expectativas. Empresas como IBM, 3M, Merk, Sony, Honda, estão entre aquelas que
ostentam culturas fortes.
Culturas fracas: São
culturas mais facilmente mudadas. Como exemplo, seria uma empresa pequena e
jovem, como está no início, é mais fácil para a administração comunicar os
novos valores, isto explica a dificuldade que as grandes corporações tem para
mudar sua cultura.
Fonte: Cola da Web
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