O excesso de informalidade na comunicação oral pode se
tornar um problema sério no dia a dia profissional – muitas vezes, a pessoa já
não sabe mais diferenciar o que está de acordo ou fora dos padrões da língua
portuguesa
O excesso de informalidade na comunicação oral pode se
tornar um problema sério no dia a dia profissional – muitas vezes, a pessoa já
não sabe mais diferenciar o que está de acordo ou fora dos padrões da língua
portuguesa. Mas quais são as principais “gafes” cometidas pelos brasileiros e o
que fazer para eliminar essas falhas do vocabulário?
Segundo o professor Elvio Peralta, Diretor Superintendente
da Fundação Fisk, não há fórmula mágica: o segredo “é praticar a norma culta na
leitura e na escrita”. Consequentemente, o cérebro passará a armazenar os
termos corretos e a comunicação oral será mais precisa, fluirá com mais coesão,
coerência e, claro, menos erros: “Problemas no discurso infelizmente são
cometidos pela grande maioria das pessoas que não estudam a língua
profundamente”, explica o professor, “Antes de aprendermos a escrever, aprendemos
a falar. O que é absorvido nos primeiros anos da infância também será carregado
durante o aprendizado da escrita”, complementa.
O professor ainda explica que a televisão, a Internet e o
rádio, importantes emissores de informação, vêm contribuindo para o aumento das
gafes: “A comunicação nas mídias sociais é repleta de informalidade, assim como
na TV e nas rádios. É uma linguagem que permite maior aproximação do
espectador, mas que deve ser usada com cautela” argumenta Peralta.
Confira abaixo as gafes apontadas como as mais comuns. Elas
envolvem o uso de pronomes e concordância verbal, principalmente.
- "Pra mim fazer”, no lugar de: “para eu fazer”;
- “A gente vamos fazer”, no lugar de: “a gente vai fazer” ou
“nós vamos fazer”;
- “Fazem três anos”, no lugar de: “faz três anos”;
- “Houveram muitos acidentes”, no lugar de: “Houve muitos
acidentes”;
- “Há dez mil anos atrás, no lugar de”: “Há dez mil anos”;
- “Aonde você comprou isso?”, no lugar de: “Onde você
comprou isso?”;
- “O que que você fez no fim de semana?”, no lugar de: “O
que você fez no fim de semana?”;
- “Eu vi ele” ou “Eu vi ela”, no lugar de: “Eu o vi” ou “Eu
a vi”;
- “Não lhe convidei”, no lugar de: “Não o convidei” ou “Não
a convidei”;
- “Ela é meia louca”, no lugar de: “Ela é meio louca” ou
“Ela é um pouco louca”;
- “As pessoas elas são contraditórias às vezes”, no lugar
de: “As pessoas são contraditórias às vezes”;
- Palavras com pronúncias inadequadas: largatixa, cardaço,
mendingo e mortandela.
Uma dica essencial para quem quer aprimorar a comunicação
oral é a leitura de jornais, revistas e clássicos da literatura, que irão
aprimorar o vocabulário, a fala e a escrita: “Nesses veículos, o redator
precisa ser cuidadoso, pois um erro fica registrado para sempre”. Após essas
providências, a prática de exercícios é essencial, pois “uma língua, mesmo que
materna, só é aperfeiçoada com muito uso e leitura”, explica o Diretor
Superintendente da Fisk. “Um curso de atualização e o conhecimento da gramática
são essenciais para nos livrarmos dos vícios de linguagem e não cometermos
gafes” finaliza Peralta.
Fonte: Administradores
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