domingo, 16 de fevereiro de 2014

Língua portuguesa: quais são as “gafes” da comunicação oral?

O excesso de informalidade na comunicação oral pode se tornar um problema sério no dia a dia profissional – muitas vezes, a pessoa já não sabe mais diferenciar o que está de acordo ou fora dos padrões da língua portuguesa




O excesso de informalidade na comunicação oral pode se tornar um problema sério no dia a dia profissional – muitas vezes, a pessoa já não sabe mais diferenciar o que está de acordo ou fora dos padrões da língua portuguesa. Mas quais são as principais “gafes” cometidas pelos brasileiros e o que fazer para eliminar essas falhas do vocabulário?

Segundo o professor Elvio Peralta, Diretor Superintendente da Fundação Fisk, não há fórmula mágica: o segredo “é praticar a norma culta na leitura e na escrita”. Consequentemente, o cérebro passará a armazenar os termos corretos e a comunicação oral será mais precisa, fluirá com mais coesão, coerência e, claro, menos erros: “Problemas no discurso infelizmente são cometidos pela grande maioria das pessoas que não estudam a língua profundamente”, explica o professor, “Antes de aprendermos a escrever, aprendemos a falar. O que é absorvido nos primeiros anos da infância também será carregado durante o aprendizado da escrita”, complementa.

O professor ainda explica que a televisão, a Internet e o rádio, importantes emissores de informação, vêm contribuindo para o aumento das gafes: “A comunicação nas mídias sociais é repleta de informalidade, assim como na TV e nas rádios. É uma linguagem que permite maior aproximação do espectador, mas que deve ser usada com cautela” argumenta Peralta.

Confira abaixo as gafes apontadas como as mais comuns. Elas envolvem o uso de pronomes e concordância verbal, principalmente.

- "Pra mim fazer”, no lugar de: “para eu fazer”;

- “A gente vamos fazer”, no lugar de: “a gente vai fazer” ou “nós vamos fazer”;

- “Fazem três anos”, no lugar de: “faz três anos”;

- “Houveram muitos acidentes”, no lugar de: “Houve muitos acidentes”;

- “Há dez mil anos atrás, no lugar de”: “Há dez mil anos”;

- “Aonde você comprou isso?”, no lugar de: “Onde você comprou isso?”;

- “O que que você fez no fim de semana?”, no lugar de: “O que você fez no fim de semana?”;

- “Eu vi ele” ou “Eu vi ela”, no lugar de: “Eu o vi” ou “Eu a vi”;

- “Não lhe convidei”, no lugar de: “Não o convidei” ou “Não a convidei”;

- “Ela é meia louca”, no lugar de: “Ela é meio louca” ou “Ela é um pouco louca”;

- “As pessoas elas são contraditórias às vezes”, no lugar de: “As pessoas são contraditórias às vezes”;

- Palavras com pronúncias inadequadas: largatixa, cardaço, mendingo e mortandela.

Uma dica essencial para quem quer aprimorar a comunicação oral é a leitura de jornais, revistas e clássicos da literatura, que irão aprimorar o vocabulário, a fala e a escrita: “Nesses veículos, o redator precisa ser cuidadoso, pois um erro fica registrado para sempre”. Após essas providências, a prática de exercícios é essencial, pois “uma língua, mesmo que materna, só é aperfeiçoada com muito uso e leitura”, explica o Diretor Superintendente da Fisk. “Um curso de atualização e o conhecimento da gramática são essenciais para nos livrarmos dos vícios de linguagem e não cometermos gafes” finaliza Peralta.



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