Participação em empresas juniores, diretórios acadêmicos e
até mesmo a conduta em sala de aula podem gerar (ou não) uma boa impressão para
futuros colegas ou empregadores
A imagem de um profissional não é construída apenas quando
ele entra no mercado de trabalho. É um processo que começa desde a escola. A
vida profissional é a de certa forma a extensão da vida de estudante. Um colega
de classe pode, amanhã, ser o contratante de uma oportunidade relevante. Qual
será a marca deixada por um aluno que sempre se mostra perdido, nunca sabe o
dia da prova, jamais cumpre seus compromissos ou trabalhos em grupo? Será que
ele será lembrado de maneira positiva para um processo seletivo? Será que ele
seria indicado? Estas são perguntas que os estudantes de hoje precisam se
fazer.
No início de carreira, alguns jovens só percebem o impacto
de serem vistos de forma negativa pelos colegas quando possuem dificuldades de
serem indicados para uma vaga de estágio. Alguns dizem que tais comportamentos
aparecem apenas no papel de estudante. Quando “vestem” o papel profissional,
alegam serem diferentes. Mas, pessoas são pessoas e não há como dissociar essas
duas partes de um todo.
“Na vida escolar pode até acontecer de um aluno esquecer uma
tarefa ou prova, mas no trabalho isso não é bem aceito. Aquelas pessoas que
parecem sempre descomprometidas estão mostrando a forma como lidam com as
coisas e com as pessoas. É claro que podem se adaptar, porém esse comportamento
não costuma mudar do dia para a noite, só porque foi assinado um contrato
trabalho. Por outro lado, quando um estudante é dedicado aos estudos,
certamente poderá contar com seus colegas de sala como “pontes” para sua
entrada no mercado de trabalho e também futuras recolocações,” ressalta Bruna
Tokunaga Dias, gerente de orientação de carreira da Cia de Talentos.
Para fortalecer sua imagem, um profissional deve saber
identificar seus pontos fortes e evidenciá-los. “Quando um profissional tem um
bom autoconhecimento, naturalmente ele mostra o que tem de melhor e ainda pode
desenvolver o que eventualmente prejudica sua imagem. Porém, muitas vezes, para
identificar estes pontos é importante buscar orientação”, explica a
especialista.
Preocupar-se com a imagem profissional não significa perder
a espontaneidade ou deixar de ser quem se é. “Devemos apenas tomar um pouco de
cuidado para não nos expormos em demasia, pois como estudantes somos avaliados
por meio das notas das provas – independente de alguns comportamentos ao longo
do ano letivo. No mundo profissional, além do nosso conhecimento, somos
avaliados por uma série de fatores dentro e fora do ambiente de trabalho.
Afinal, somos um só e vida pessoal e profissional andam juntas”, conclui Bruna.
Fonte: Administradores
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