quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Da escola ao mercado de trabalho: como se constrói um profissional

Participação em empresas juniores, diretórios acadêmicos e até mesmo a conduta em sala de aula podem gerar (ou não) uma boa impressão para futuros colegas ou empregadores




A imagem de um profissional não é construída apenas quando ele entra no mercado de trabalho. É um processo que começa desde a escola. A vida profissional é a de certa forma a extensão da vida de estudante. Um colega de classe pode, amanhã, ser o contratante de uma oportunidade relevante. Qual será a marca deixada por um aluno que sempre se mostra perdido, nunca sabe o dia da prova, jamais cumpre seus compromissos ou trabalhos em grupo? Será que ele será lembrado de maneira positiva para um processo seletivo? Será que ele seria indicado? Estas são perguntas que os estudantes de hoje precisam se fazer.

No início de carreira, alguns jovens só percebem o impacto de serem vistos de forma negativa pelos colegas quando possuem dificuldades de serem indicados para uma vaga de estágio. Alguns dizem que tais comportamentos aparecem apenas no papel de estudante. Quando “vestem” o papel profissional, alegam serem diferentes. Mas, pessoas são pessoas e não há como dissociar essas duas partes de um todo.

“Na vida escolar pode até acontecer de um aluno esquecer uma tarefa ou prova, mas no trabalho isso não é bem aceito. Aquelas pessoas que parecem sempre descomprometidas estão mostrando a forma como lidam com as coisas e com as pessoas. É claro que podem se adaptar, porém esse comportamento não costuma mudar do dia para a noite, só porque foi assinado um contrato trabalho. Por outro lado, quando um estudante é dedicado aos estudos, certamente poderá contar com seus colegas de sala como “pontes” para sua entrada no mercado de trabalho e também futuras recolocações,” ressalta Bruna Tokunaga Dias, gerente de orientação de carreira da Cia de Talentos.

Para fortalecer sua imagem, um profissional deve saber identificar seus pontos fortes e evidenciá-los. “Quando um profissional tem um bom autoconhecimento, naturalmente ele mostra o que tem de melhor e ainda pode desenvolver o que eventualmente prejudica sua imagem. Porém, muitas vezes, para identificar estes pontos é importante buscar orientação”, explica a especialista.

Preocupar-se com a imagem profissional não significa perder a espontaneidade ou deixar de ser quem se é. “Devemos apenas tomar um pouco de cuidado para não nos expormos em demasia, pois como estudantes somos avaliados por meio das notas das provas – independente de alguns comportamentos ao longo do ano letivo. No mundo profissional, além do nosso conhecimento, somos avaliados por uma série de fatores dentro e fora do ambiente de trabalho. Afinal, somos um só e vida pessoal e profissional andam juntas”, conclui Bruna.



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