Filme conta a real história de um corretor de ações
americano chamado Jordan Belfort, que entre os 26 e os 36 anos somou uma
fortuna de bilhões de dólares
Finalmente eu consegui assistir o aclamado O Lobo de Wall
Street!
Depois de ver praticamente todas as pessoas da área de
negócio que sigo postarem comentários sobre o longa, chegou a minha hora de
prestigiar o épico filme do diretor Martin Scorsese, e que contou com mais uma
brilhante apresentação do ator Leonardo DiCaprio, ambos indicados ao Oscar. Já não
aguentava mais tanta angustia!
Para quem ainda não ouviu falar, O Lobo de Wall Street conta
a real história de um corretor de ações americano chamado Jordan Belfort, que
entre os 26 e os 36 anos somou uma fortuna de bilhões de dólares.
Interpretado por DiCaprio, Belfort torna-se um aventureiro
que cresce por méritos próprios, nem sempre dentro da lei, e que se esbalda na
vida dos sonhos de todo playboy: festas alucinantes, mulheres lindas, bebidas
aos montes e o direito adquirido por seu status de milionário de falar o que
quiser, para quem quiser, na hora em que quiser.
É válido lembrar que o filme também sofreu diversas
críticas. Muitas das vítimas de Jordan acusaram Scorsese de vangloriar uma
pessoa que literalmente rasga dinheiro, trata mal as mulheres e se orgulha de
enganar os outros. Obviamente, vou deixar esse delicado assunto de lado. O que
me interessa aqui são as lições que esse filme ensina a todos nós gestores.
O Lobo de Wall Street mostra fielmente o retrato do mundo
capitalista no qual vivemos, onde dinheiro, status, mulheres e luxo nunca são
demais, não importa o quanto você já os tenha. Quem não se identifica com essa
visão do capitalismo, com certeza se ofenderá com o filme.
Doa a quem doer, o fato é que REALMENTE existem pessoas que
são EXCLUSIVAMENTE movidas pelo dinheiro. Para elas, não existe esse negócio de
satisfazer o cliente sustentavelmente, pensando no seu bem-estar a longo prazo,
como nos é ensinado em salas de aula. Se elas tiverem que vender algo que nunca
utilizarão, mesmo sabendo que isso prejudicará o seu cliente futuramente, elas
venderão, e ponto.
Eu mesmo já conheci uma pessoa assim e aposto que você
também conhece!
O filme mostra esse fato de uma forma hilária, quando o
próprio Jordan, no início de carreira, pergunta para o seu chefe se vender
ações ruins não seria uma atitude incorreta, alegando que “se o nosso cliente
lucrar, por consequência, nós também iremos lucrar”. Quando o chefe dele
responde que “o importante é que no final do dia o dinheiro esteja no seu bolso,
não importa como”, o jovem corretor logo começa a entender as regras de Wall
Street.
Mas as melhores partes são mesmo as reuniões de vendas que
Jordan conduz! As cenas são ESPETACULARES, você NUNCA aprenderá aquilo em uma
sala de aula. Se até eu, como espectador, fiquei com vontade de pegar o
telefone e sair discando para realizar vendas, imagine as pessoas que
trabalhavam com ele e que ganhavam uma fortuna para fazer isso?
E como não se emocionar quando ele discursou contando a
história de sua funcionária, que entrou em sua companhia sem um tostão no
bolso, e que poucos anos depois, já ostentava uma vida luxuosa, tudo com base
em seu próprio mérito?
Só para você ter o gosto, deixo aqui uma das frases que mais
marcaram a carreira de Jordan Belfort, pronunciada em uma reunião de vendas:
“Deixe-me contar uma coisa. Não há nobreza alguma na
pobreza. Já fui pobre e já fui rico. E escolho ser rico toda a porra do tempo!”
Outro detalhe importante, para quem acha que premiar seus
vendedores com prostitutas após eles cumprirem suas metas é coisa de cinema,
está completamente enganado. A própria AMBEV é constante acusada de promover
esse tipo de incentivo, como você mesmo pode comprovar nessa matéria Sexo,
Cerveja e Bônus na AMBEV.
Para terminar, a cena na qual ele desafia as pessoas a lhe
venderem uma caneta é maravilhosa! Enquanto todos usam os mesmos argumentos
destacando os benefícios que a caneta oferece, o funcionário contratado por
Jordan vai na contramão de tudo isso e diz:
“Jordan, escreva o seu nome nesse guardanapo”.
Belfort responde: “Eu não posso, eu não tenho uma caneta”.
E o funcionário conclui: “Exatamente, é a lei da oferta e da
demanda”.
A lição dessa cena é muito clara: adapte o seu discurso de
vendas para os problemas do seu cliente, crie demanda para a sua oferta, e não
simplesmente vomite benefícios do seu produto. (Para entender melhor sobre esse
assunto, recomendo a leitura do texto Não, as pessoas não compram produtos).
Em minha opinião, todo gestor que se preze deveria não só
assistir, mas também recomendar que todos os seus funcionários assistam o Lobo
de Wall Street. Melhor ainda se todos se reunissem para debater o filme em
seguida.
Fonte: Administradores
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