Armazenagem, controle e manuseio de mercadorias são
componentes essenciais da logística. Seus custos são elevados. A seleção dos
locais onde esse processo será feito está intimamente associada aos custos
desse processo.
É conveniente para as organizações alocarem grandes espaços
físicos para armazenagem e estocagem? Sabemos que é muito difícil especificar a
demanda com precisão, por isso, em muitos casos são necessários à utilização de
grande espaço físico. Podemos minimizar esse espaço, fazendo com que nosso
estoque seja o mínimo possível, reduzindo-se assim os custos totais em
armazenagem.
Os estoques podem servir como redutor dos custos de
transportes, pois permite o uso de quantidades econômicas de transportes, ou
seja, utilizando-se o máximo que o responsável pelo frete consegue lhe trazer
você estaria economizando custos com esse serviço.
Muitas empresas, porém, nos dias atuais, estão evitando as
necessidades de estoques, aplicando a filosofia JUST-IN-TIME. Entretanto é
muito importante que a demanda por produtos acabados seja conhecida com alto
grau de precisão e com fornecedores confiáveis a fim de obter um suprimento
adequado à demanda, caso contrário tal método não funciona.
Caso exista a necessidade de armazenar matérias é muito
importante e até preocupante controlar esses estoques. Os custos com
armazenagem e manuseio de mercadorias podem absorver de 10 a 40% das despesas
logísticas de uma firma.
NECESSIDADES DE ESPAÇO FÍSICO
As empresas necessitam de espaço físico para estocagem?
Quais os motivos que levam as firmas a ter enormes armazéns para estocagem?
Esses são pontos importantes a serem respondidos antes de ser feito qualquer
ato concreto. Se as demandas forem todas conhecidas com exatidão, e as
mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, não há necessidade para
manter espaço físico para estoque. Porém isso não costuma ocorrer com
freqüência por diversos motivos: demanda variável, atraso nos fornecimentos,
marketing, etc.
Podemos reduzir os custos de armazenagem utilizando como
base quatro razões básicas:
1 – REDUZIR CUSTOS DE TRANSPORTE E PRODUÇÃO – A estocagem de
produtos, tende a reduzir custos de transporte pela compensação nos custos de
produção e estocagem.
2 – COORDENAÇÃO DE SUPRIMENTO E DEMANDA – Caso trabalhe-se
com produto sazonal (ou seja, que não se pode encontrar em qualquer época do
ano com facilidade), deve-se estocar esses produtos para venda fora da
safra/época, com isso terá um aumento na receita considerável.
3 – AUXILIAR PROCESSO DE PRODUÇÃO – A manufatura de certos
produtos, como queijos e bebidas alcoólicas, precisam de um período de tempo
para maturação. No caso de produtos taxados, segurar a mercadoria até a sua
venda evita o pagamento de impostos antecipado.
4 – AUXILIAR MARKETING – Para a área do marketing somos
importantes à disponibilidade do produto para o mercado. Pela estocagem do
produto próximo ao consumidor se tem uma entrega mais rápida e melhoria no
nível de serviço, com isso o processo de marketing será um sucesso.
LOCALIZAÇÃO DE DEPÓSITOS
Estabelecido que temos necessidade por área de armazenagem
devemos definir a localização desse espaço. Primeiro definiremos a melhor
localização geográfica, levando-se em conta se é um local de fácil acesso,
tanto para o fornecedor quanto para o fornecimento, se o local é ideal para ser
um centro de distribuição, o custo para preparar o terreno, custo de produção,
se essa área possui um potencial para expansão caso seja necessárias futuras
ampliações das instalados, disponibilidade de mão-de-obra local para que não
seja preciso trazer trabalhadores de outros locais, valor do local e sistema
viário, verificando as condições das estradas, se tem muito pedágio até seu
destino final.
Localizado o depósito, deve-se determinar o tamanho do
edifício. Verificar se é preferível ter custos com construção ou utilizar um
local alugado. Após construção feita levar em consideração a segurança do local
e de seus estoques, verificar e avaliar qual tipo de produto será estocado,
para assim saber quais são os cuidados específicos e necessários de cada
material do local.
Uma vez montado o depósito e o mesmo funcionando, utilizar
sempre que possível à aplicação do importante princípio logístico de despachar
tão longe quanto possível com o maior volume viável, pois, a estrutura dos
fretes é tal que grandes lotes de entrega têm fretes unitários
significativamente mais baixos do que entregas menos volumosa.
AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
A gestão de estoque tem como preocupação a busca constante
da redução dos valores monetários de seus estoques, atuando para mantê-los o
mais baixo possível e dentro dos níveis de segurança financeiro e dos volumes
para atender à demanda. Essa atividade é uma das mais importantes de uma
empresa de manufatura, algumas chegam à falência por imobilizar elevadas somas
de capital em estoques. Alguns fatores que justificam a avaliação de estoque
são: assegurar que o capital imobilizado seja o mínimo possível; assegurar que
estejam de acordo com a política da empresa; garantir que a valorização do
estoque reflita seu conteúdo; o valor desse capital seja uma ferramenta de
tomada de decisão; evitar desperdícios como roubos, extravio, etc.
Torna-se indispensável uma perfeita avaliação financeira do
estoque para proporcionar informações exatas e atualizadas das matérias primas
e produtos em estoque sob responsabilidade da empresa. O valor real de estoque
que dispomos é feito por dois processos; um por meio das fichas de controle de
cada item de estoque, e o segundo por meio de inventário físico. No primeiro
processo podemos avaliar os estoques pelos métodos de custo médio, Fifo (peps)
e Lifo (ueps).
FIFO – O procedimento de baixa dos itens de estoque é feito
para ordem de entrada de material na empresa, o primeiro que entrou será o
primeiro que sairá, e assim utilizarmos seus valores na contabilização do
estoque.
LIFO – Considera que o primeiro a sair deve ser o último que
entrou em estoque, sempre teremos uma valorização do saldo baseada nos últimos
preços.
CUSTO MÉDIO – A avaliação por este método é muito freqüente,
pois seu procedimento é simples e ao mesmo tempo age como um moderador de
preços, eliminando as flutuações que possam ocorrer. Tem por metodologia a
fixação de preço médio entre todas as entradas e saídas. O procedimento de
baixa dos itens é feito normalmente pela quantidade da própria ordem de
fabricação e os valores finais de saldo são dados pelo preço médio dos
produtos.
CURVA ABC – A Curva ABC tornou-se utilidade ampla nos mais
diversos setores em que se necessita tomar decisões envolvendo grande volume de
dados e a ação torna-se urgente. A Curva ABC é usada para avaliação de
estoques, produção, vendas, salários e outros.
Sua grande eficácia está na diferenciação dos itens de
estoque com vistas a seu controle e, principalmente, a seu custo. A Curva ABC
classifica os itens da empresa por grau de importância, sendo os materiais
necessários para seu funcionamento classificados como A, os estoque e itens que
são necessários, mas não atrapalham seu funcionamento caso faltem por um
determinado período é considerado como B e os matérias administrativos como
canetas, papeis, lápis entre outros são considerados como C.
CONCLUSÃO
Antes de tudo é necessária uma rigorosa avaliação, sabendo
quais são seus objetivos, avaliando o que será necessário e qual será o melhor
método para se trabalhar. Verificando que a armazenagem será necessária devemos
buscar sempre um melhor local e com menor custo possível para se fazer um
centro de distribuição. Nunca perder o controle do seu estoque, nem
financeiramente e nem fisicamente, assim teremos controle sobre o que temos e
se realmente aquilo é necessário, e por fim classificar seus itens em grau de
importância para sabermos qual área devemos ter mais cuidados e atenção.
Fonte: Cola da Web
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