Uma de nossas tarefas para o futuro é colocar o aumento da
produtividade na linha de frente; para que isso aconteça, a valorização do
profissional é fundamental
O grande desafio da economia brasileira está no aumento da
produtividade do trabalhador, com ganho de competitividade das empresas
nacionais. É fundamental que as empresas se tornem mais competitivas, com maior
participação de mercado, maior lucro, melhores preços, melhores condições de
trabalho e maior remuneração aos colaboradores.
A questão não é dizer que o brasileiro trabalha pouco, pois
chegamos a trabalhar mais horas por dia que americanos e alemães. Nosso
problema é a eficácia questionável e a baixa eficiência. Eficácia é a medida de
alcance dos resultados desejados e eficiência refere-se à relação entre os
resultados obtidos e os recursos empregados.
Como aumentar a eficiência do trabalho? A resposta está na
melhora da administração do tempo das pessoas. Isso é uma questão de tecnologia
e dos processos de trabalho.
Já o nosso problema de eficácia é cultural e está ligado aos
valores sobre os quais se alicerça a sociedade brasileira. Não se pode dizer
que somos ineficazes, mas pode-se questionar aquilo que valorizamos
comparativamente às sociedades concorrentes. Por exemplo, no Brasil valoriza
mais a titulação, o salário e o emprego do que a competência, a produção e o
trabalho.
A riqueza de um país deve-se à sua capacidade de gerar
produtos e serviços, com a melhor utilização possível dos recursos disponíveis.
Assim, o fator chave para possibilitar o desenvolvimento econômico é o aumento
da produtividade. A economia brasileira ainda precisa percorrer um vasto
caminho em termos de produtividade, embora com significativos progressos quando
comparado à década de 1990 com a abertura econômica.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getúlio Vargas (Ibre/FGV), para o Brasil crescer 4% ao ano, de 2012 a 2022,
será necessário o aumento médio de 3% ao ano na produtividade do trabalho. A
baixa produtividade está relacionada à precariedade na gestão das empresas em
geral e ao baixo investimento em inovação e tecnologia.
A escassez da mão de obra, limitações da infraestrutura,
baixo investimento e um ambiente institucional subdesenvolvido dificultam a
produção e a competitividade das empresas. Soma-se a isso, o custo e a
complexidade dos negócios no Brasil, em função de legislação complexa,
morosidade judiciária e processos regulatórios ineficientes.
Afinal, o que fazer? O desafio é que as empresas reconheçam
esse contexto e se adaptem. A tarefa compreende reavaliar o portfólio,
diversificação dos negócios, mercados e segmentos. Quatro pilares são
fundamentais para a criação de valor: gestão de talentos; linhas de automação
mais eficientes, enxutas e com alta tecnologia; gestão do valor do produto e
eficiência da cadeia de valor.
Uma de nossas tarefas para o futuro é colocar o aumento da
produtividade na linha de frente. Para que isso aconteça, a valorização do
profissional é fundamental.
Fonte: Administradores
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