O crescimento do conceito de Big Data parece promissor tanto
para as empresas, quanto para os profissionais, mas será que estamos
preparados?
O assunto Big Data se tornou extremamente comentado no mundo
corporativo nos últimos anos e em 2014 as grandes empresas brasileiras começam
a se organizar para tirar o conceito do campo das idéias, colocando-o na
prática. Pesquisas revelam que esse mercado crescerá 40% até 2015 e promete
grandes oportunidades de crescimento e desenvolvimento de carreira.
Big Data é um termo usado para descrever soluções
tecnológicas capazes de lidar com informações exponenciais, que orientarão as
empresas na tomada de decisão, baseado em sua capacidade de mostrar soluções
gerenciais para desafios de médio/longo prazo.
O conceito surgiu devido à necessidade de compreensão das
informações acumuladas diariamente por cada um de nós, através de
comportamentos, tweets, posts no Facebook e outras movimentações, que geram uma
massa de dados digitais em volume, variedade e velocidade nunca vistos até
hoje. Utilizando o Big Data, as empresas podem prever os padrões de
comportamento e consumo humano e com isso fazer proposições de compras, marcas
e produtos através dos mais diversos canais de comunicação e relacionamento.
Netflix, Danone e Macy´s são alguns exemplos de empresas que
estão fazendo o uso de Big Data e obtendo bons resultados a partir da aplicação
da técnica.
Nessa ansiedade de entender cada vez mais seus clientes e
acompanhar esse novo fenômeno corporativo, as empresas investem milhões em
tecnologia, buscando aproveitar dos benefícios que o Big Data pode oferecer.
Dentro desse cenário, a reflexão que queremos trazer é: As organizações têm
investido em pessoas com as competências necessárias para fazer bom uso dessa
tecnologia?
Curiosamente, apesar do grande crescimento esperado em
relação ao Big Data, estima-se para o ano de 2015, um déficit de 60% de
profissionais especializados. Segundo relatório do McKinsey Global Institute,
acredita-se que essa lacuna seja o maior bloqueio para a adoção em massa da
tecnologia pela indústria, o que nos mostra uma incongruência entre o alto
investimento em tecnologia versus o investimento em pessoas.
O Big Data ou qualquer outra ferramenta por si só não trará
os números esperados pelas empresas. Para garantir excelentes resultados nessa
implementação, faz-se necessário dois fatores críticos de sucesso.
O primeiro é o estabelecimento de métodos e processos que
nortearão a implementação e utilização da ferramenta de maneira otimizada.
Será preciso organizar rotinas, processos e cronogramas, que
visem atender de forma estrutural as necessidades básicas e primordiais do
projeto. Não é inteligente pensar em personalização de campanha a partir do
comportamento nas redes sociais, se a empresa mal tem os dados básicos
cadastrais do cliente organizados de forma clara e confiável. Sendo assim, o
mais simples pode ser o melhor para começar esse trabalho.
O segundo fator crítico de sucesso é a preparação de uma
equipe multidisciplinar, com os conhecimentos e comportamentos necessários para
garantir a execução das tarefas e a entrega dos resultados.
Na busca de uma equipe para atuar em Big Data, poderíamos
pensar exclusivamente em profissionais provenientes de TI, Marketing CRM e BI,
porém as organizações precisam abrir seus horizontes e entender como perfis
complementares podem trazer excelentes resultados. Em algumas empresas
brasileiras, por exemplo, psicólogos tem sido contratados para integrar a
equipe de Big Data. Eles trabalham junto com os estatísticos, compreendendo o
comportamento do consumidor por trás dos números e trazendo o lado humano para
a análise de dados.
No meio dessas mudanças, empresas e profissionais devem se
unir para fazer o Big Data acontecer.
O conceito ainda está muito novo no Brasil, o que faz com
que a oferta de Cursos nessa área sejam escassos. A recomendação é que os
interessados acompanhem notícias relacionadas, leiam fontes seguras sobre o
assunto e procurem saber se em sua empresa já existe alguma frente de trabalho
ligada ao tema. Se já existe, você pode entender como participar desse grupo,
caso não, você pode apresentar a ideia e quem sabe, ser o precursor do tema
dentro de sua equipe.
As empresas precisam estar preparadas para acompanhar esse
desenvolvimento tecnológico, vendo a relação empresa - cliente sendo
revolucionada através do conhecimento gerado na implementação e bom uso desse
novo conceito.
E você? Já está preparado?
Fonte: Administradores
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