domingo, 16 de fevereiro de 2014

Big Data e o mercado de trabalho: estamos preparados?

O crescimento do conceito de Big Data parece promissor tanto para as empresas, quanto para os profissionais, mas será que estamos preparados?




O assunto Big Data se tornou extremamente comentado no mundo corporativo nos últimos anos e em 2014 as grandes empresas brasileiras começam a se organizar para tirar o conceito do campo das idéias, colocando-o na prática. Pesquisas revelam que esse mercado crescerá 40% até 2015 e promete grandes oportunidades de crescimento e desenvolvimento de carreira.

Big Data é um termo usado para descrever soluções tecnológicas capazes de lidar com informações exponenciais, que orientarão as empresas na tomada de decisão, baseado em sua capacidade de mostrar soluções gerenciais para desafios de médio/longo prazo.

O conceito surgiu devido à necessidade de compreensão das informações acumuladas diariamente por cada um de nós, através de comportamentos, tweets, posts no Facebook e outras movimentações, que geram uma massa de dados digitais em volume, variedade e velocidade nunca vistos até hoje. Utilizando o Big Data, as empresas podem prever os padrões de comportamento e consumo humano e com isso fazer proposições de compras, marcas e produtos através dos mais diversos canais de comunicação e relacionamento.

Netflix, Danone e Macy´s são alguns exemplos de empresas que estão fazendo o uso de Big Data e obtendo bons resultados a partir da aplicação da técnica.

Nessa ansiedade de entender cada vez mais seus clientes e acompanhar esse novo fenômeno corporativo, as empresas investem milhões em tecnologia, buscando aproveitar dos benefícios que o Big Data pode oferecer. Dentro desse cenário, a reflexão que queremos trazer é: As organizações têm investido em pessoas com as competências necessárias para fazer bom uso dessa tecnologia?

Curiosamente, apesar do grande crescimento esperado em relação ao Big Data, estima-se para o ano de 2015, um déficit de 60% de profissionais especializados. Segundo relatório do McKinsey Global Institute, acredita-se que essa lacuna seja o maior bloqueio para a adoção em massa da tecnologia pela indústria, o que nos mostra uma incongruência entre o alto investimento em tecnologia versus o investimento em pessoas.

O Big Data ou qualquer outra ferramenta por si só não trará os números esperados pelas empresas. Para garantir excelentes resultados nessa implementação, faz-se necessário dois fatores críticos de sucesso.

O primeiro é o estabelecimento de métodos e processos que nortearão a implementação e utilização da ferramenta de maneira otimizada.

Será preciso organizar rotinas, processos e cronogramas, que visem atender de forma estrutural as necessidades básicas e primordiais do projeto. Não é inteligente pensar em personalização de campanha a partir do comportamento nas redes sociais, se a empresa mal tem os dados básicos cadastrais do cliente organizados de forma clara e confiável. Sendo assim, o mais simples pode ser o melhor para começar esse trabalho.

O segundo fator crítico de sucesso é a preparação de uma equipe multidisciplinar, com os conhecimentos e comportamentos necessários para garantir a execução das tarefas e a entrega dos resultados.

Na busca de uma equipe para atuar em Big Data, poderíamos pensar exclusivamente em profissionais provenientes de TI, Marketing CRM e BI, porém as organizações precisam abrir seus horizontes e entender como perfis complementares podem trazer excelentes resultados. Em algumas empresas brasileiras, por exemplo, psicólogos tem sido contratados para integrar a equipe de Big Data. Eles trabalham junto com os estatísticos, compreendendo o comportamento do consumidor por trás dos números e trazendo o lado humano para a análise de dados.

No meio dessas mudanças, empresas e profissionais devem se unir para fazer o Big Data acontecer.

O conceito ainda está muito novo no Brasil, o que faz com que a oferta de Cursos nessa área sejam escassos. A recomendação é que os interessados acompanhem notícias relacionadas, leiam fontes seguras sobre o assunto e procurem saber se em sua empresa já existe alguma frente de trabalho ligada ao tema. Se já existe, você pode entender como participar desse grupo, caso não, você pode apresentar a ideia e quem sabe, ser o precursor do tema dentro de sua equipe.

As empresas precisam estar preparadas para acompanhar esse desenvolvimento tecnológico, vendo a relação empresa - cliente sendo revolucionada através do conhecimento gerado na implementação e bom uso desse novo conceito.

E você? Já está preparado?



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