FREDERICK WINSLOW TAYLOR
(Administração Científica - 1911)
PRIMEIRO PERÍODO
Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do
operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração
geral: sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para o
todo.
O primeiro período de Taylor corresponde à época da
publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas) (1903) onde
se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do
operário, através do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-Time Study).
Claude S. Geoge Jr., salienta em essência, o que procurou
dizer em Shop Management foi que:
O objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos
e ter custos unitários de produção.
Para realizar esse objetivo, a Administração tinha de
aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento para o seu problema
global, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que
permitissem o controle das operações fabris.
Os empregados tinham de ser cientificamente colocados em
serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho fossem
cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas.
Os empregados deviam ser cientificamente adestrados para
aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo
que a produção normal fosse cumprida.
Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação teria de ser
cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a
continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos outros
princípios por ele mencionados.
SEGUNDO PERÍODO
O
segundo período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro
Princípios da Administração Científica (1911), quando concluiu que a
racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma
estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus
princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sobre a
Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar
contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário.
Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de
males que poderiam ser agrupados em três fatores:
Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam
propositadamente a produção a cerca de um terço da que seria normal, para
evitar a redução das tarifas de salários pela gerência. Há três causas
determinantes da vadiagem no trabalho, que são:
o erro que vem de época imemorial e quase universalmente disseminado entre os
trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como
resultante o desemprego de grande número de operários;
o sistema defeituoso da Administração, comumente em uso, que
força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus
interesses;
os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em
todas as empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu
esforço e do seu tempo.
Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do
tempo necessário para sua realização.
Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
De acordo com Taylor, a implantação da Administração
Científica deve ser gradual e obedecer a um certo período de tempo, para evitar
alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e
prejuízos aos patrões. Essa implantação requer um período de quatro a cinco
anos para um progresso efetivo.
ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA
Para Taylor. os elementos da Administração Científica são:
- estudo de tempo e padrões de produção;
- supervisão funcional;
- padronização de ferramentas e instrumentos;
- planejamento das tarefas;
- o princípio da exceção;
- a utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;
- fichas de instruções de serviço;
- a idéia de tarefa, associada a prêmios de produção pela sua execução eficiente;
- sistemas para classificação dos produtos e do material utilizado na manufatura;
- sistema de delineamento da rotina de trabalho.
ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO
A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares
pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização
Racional do Trabalho (ORT).
Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação,
nem meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer
racionalmente qual o método ou processo mais eficiente. Geralmente, o
supervisor comum deixava ao arbítrio de cada operário a escolha do método ou
processo para executar o seu trabalho, para encorajar sua iniciativa.
Porém, com a Administração Cientifica ocorre uma repartição
de responsabilidades: a administração (gerência) fica com o planejamento
(estudo minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de
trabalho) e a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a
produção), e o trabalhador fica com a execução do trabalho, pura e
simplesmente.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR
Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e
responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir:
1. Principio de Planejamento: substitui no trabalho o
critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírica-prática,
pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação
pela ciência, através do planejamento.
2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os
trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para
produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da
mão-de-obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o
arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.
3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se
certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas
estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os
trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.
4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as
atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem
mais disciplinada.
CONCLUSÃO SOBRE TAYLOR
No início sua preocupação era tentar eliminar o desperdício
e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de
produtividade através de métodos e técnicas de engenharia. Ele utilizava
técnicas que eram centradas do operário para a direção, através do estudo de
tempos e movimentos, da fragmentação das tarefas e na especialização do
trabalhador reestruturava a fabricação e com os conceitos de gratificações por
produção incentivava o operário a produzir mais.
Só que não adiantava racionalizar o trabalho do operário se
o supervisor, o chefe, o gerente, o diretor continuavam a trabalhar dentro do
mesmo empirismo anterior.
Contudo a Administração Científica tinha diversos defeitos
dentre eles: o mecanicismo de sua abordagem (teoria da máquina), a
superescalização que robotiza o operário, a visão microscópica do homem tomando
isoladamente e como parte da maquinaria industrial, a ausência de qualquer
comprovação científica de suas afirmações e princípios, a abordagem incompleta
envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de aplicação à
fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem eminentemente
prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado.
Mesmo assim, essas limitações e restrições não apagam o fato
de que Administração Científica foi o primeiro passo concreto da Administração
rumo a uma teoria administrativa Foi Taylor que implantou diversos conceitos
que até hoje o utilizamos na Administração isso fica explícito no parágrafo de
Administração Como Ciência.
HENRI FAYOL
(Teoria Clássica Administrativa - 1916)
AS 6 FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA
Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser
dividida em seis grupos:
- Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa;
- Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação.
- Funções Financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.
- Funções de Segurança, relacionadas com a proteção e preservação de bens.
- Funções Contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
- Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas.
CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
A Administração não é senão uma das seis funções, cujo ritmo
é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes
que, as vezes, pode parecer que as funções administrativas estejam concentradas
exclusivamente no topo da organização, o que não é verdade.
FUNÇÕES UNIVERSAIS DA ADMINISTRAÇÃO
1. Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento
em função dele. Unidade, continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos
principais de um bom plano de ação.
2. Organização: proporciona todas as coisas úteis ao
funcionamento da empresa.
3. Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo e
alcançar o máximo retorno de todas os empregados no interesse dos aspectos
globais.
4. Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio,
facilitando seu negócio e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas
proporções certas e adapta os meios aos fins.
5. Controle: Consiste na verificação para certificar se
todas as coisas acorrem em conformidade com o plano adotado, as instruções
transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas
e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência.
PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL
1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das
tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.
2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de
dar ordens e o poder de esperar obediência, responsabilidade é uma conseqüência
natural da autoridade. Ambos devem estar equilibradas entre si.
3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia,
comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.
4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de
apenas um superior. É o princípio da autoridade única.
5. Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo
de atividades que tenham o mesmo objetivo.
6. Subordinação de interesses individuais aos interesses
gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares.
7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida
satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição.
8. Centralização: refere-se a concentração da autoridade no
topo da hierarquia da organização.
9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do
escalão mais alto ao mais baixo. É o princípio de comando.
10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu
lugar. É a ordem material e humana.
11. Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade
do pessoal.
12. Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação
tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo
uma pessoa permanecer num cargo tanto melhor.
13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e
assegurar seu sucesso.
14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas
são grandes forças para a organização.
A teoria Clássica concebe a organização em termos de
estrutura, forma e disposição das partes que a constituem, além do inter-relacionamento
entre as partes. Restringe-se apenas apenas aos aspectos da organização formal.
Para a Teoria Clássica, os aspectos organizacionais são
analisadas de cima para baixo (da direção para execução) e do todo para as
partes (da síntese para análise), exatamente ao contrário da abordagem da
Administração Científica.
ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA URWICK
1. investigação
2. previsão
3. planejamento
4. organização
5. coordenação
6. comando
7. controle
ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA GULICK
1. planejamento (planning)
2. organização (organizing)
3. assessoria (staffing)
4. direção (directing)
5. coordenação (coordinating)
6. informação (reporting)
7. orçamento (budgeting)
Nos elementos da Administração (POSDCORD), Gulick aumentara
o planejamento, organização, comando e coordenação mencionados por Fayol.
Porém, os elementos staffing, reporting e budgeting são aparentemente novos. Na
realidade, a organização para Fayol implica a constituição de duplo organismo
material e social da empresa, o que contém o staffing de Gulick. O reporting
participa da previsão e do controle de Fayol, simultaneamente, porquanto a fase
preliminar da previsão se assenta na pesquisa e documentação, e a fase do
controle envolve a apresentação dos dados e relatórios para a autoridade
superior. O budgeting, na concepção moderna, é um instrumento, tanto de
planejamento e previsão, quanto de controle.
CONCLUSÃO SOBRE FAYOL
As funções da empresa são repartidas em seis nas quais a
Administrativas engloba as funções universais da Administração que são: prever,
organizar, comandar, coordenar e controlar. Essas funções também se estendem
nas outras cinco esferas como uma técnica para estruturar a empresa.
Para Fayol a empresa é analisada em uma estrutura de cima
para baixo.
Sua visão é mais gerencial com resultados finais na produção
enquanto que a visão de Taylor é na produção e no operário para resultados na
quantidade produtiva.
Fayol complementa a Administração Científica com a Teoria
Clássica.
Nessa mesma linha de complementação estão Urwick e Gulick.
Fonte: Cola da Web
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