terça-feira, 1 de abril de 2014

Qual o seu valor?

Um dia desses me deliciando com as frases clichês do Facebook, me deparei com uma que me fez pensar profundamente: "Uns tem preço, outros valores!". Não deixei passar em branco e fui logo comentando: alguns indivíduos não valem nada!




Depois de muito refletir sobre a contundente frase a qual por si só conseguiu revirar meus mais profundos pensamentos acerca de meus reais valores, pude perceber que muitos deles são pouco garimpados. Estes, muitas vezes sem ao menos nos darmos conta, acabam soterrados nos escombros de nosso lixo mental, junto com os péssimos pensamentos que deterioram nossa qualidade de vida.

Lembro-me como se fosse ontem, sentado na beirada da cama, com lágrimas rolando ao chão. Uma angústia me dominava pouco a pouco meu ser e muitas perguntas pairavam sobre minha cabeça. Uma delas era a seguinte: onde estão meus verdadeiros valores?

Tenho certeza que você, leitor, já deve ter passado por algum momento muito parecido com esse relatado acima. Às vezes nos perdemos dentro de nós mesmos. Nós achamos incapazes, acreditamos na crítica alheia e não as usamos de forma altruísta. As pedras que já levei na vida, dariam para construir um belo castelo.

Quando somos mandados embora de um emprego, ou levamos um fora, nos sentimos os piores seres do mundo. Abre-se um buraco sob nossos pés. Nos colocamos para baixo e acreditamos ser incapazes de tentar uma vez mais. Quando perdemos alguém, nos sentimos sós. Mas sozinho, ao meu ver, é aquele que se abandona, aquele que deixou de acreditar em si mesmo. Não tem valor aquele que se vende pelo dinheiro e abre mão de seus sonhos em prol de seus prazeres momentâneos.

É tão comum ver pessoas que, por causa de uma crítica, são capazes de esconder o sorriso pelo resto do dia. Nossos verdadeiros valores estão enraizados no cerne de nossa alma. Nossos valores norteiam nossa caminhada, são parte de nossos ideais. Eles são os motores impulsionadores para realização de nossos grandes sonhos.

Estou certo em afirmar que muitas corporações não reconhecem os verdadeiros valores de seus clientes e quando o reconhecem, muitas vezes já é tarde demais. Nos relacionamentos não é diferente. Muitos de nós gastamos tempo com paixões efêmeras e dificilmente reconhecemos a pessoa amada que sempre esteve do nosso lado.

Quando compramos algo aparentemente caro (para a grande maioria) mas que nos traz uma grande satisfação pessoal, é chamado de valor percebido. Por isso lhe pergunto: como você vai amar alguém se você ainda não se ama? Devemos nos reconhecer, perceber e dar importância aos nossos valores. Em relação às pessoas que amamos, devemos deixá-las livres, pois quando voltam é porque perceberam nossos valores.

Por hora, é preciso ter uma palavra amiga, um afago, para que nos sintamos valorizados. Um elogio pode enaltecer nosso ego, mas a crítica, se bem trabalhada, é capaz de reavivar nossos verdadeiros valores. Em meio às turbulências da vida, é necessário garimpar sempre nosso próprio coração e descobrir que lá fundo ainda existem os verdadeiros propósitos para se vencer na vida. Os valores que muitos procuram e que poucos acham geralmente estão escondidos nos recônditos de nosso ser.

Não deixe que seu sorriso seja apagado pelos mágoas do tempo. Livre-se do lixo mental que lhe prende. Cuidar-se não é uma questão de orgulho mas sim de amor próprio. E como já falei em outro artigo, a maior empresa que iremos administrar é nossa própria vida. Ascenda para seus valores, não se prostre diante das adversidades da vida, mantenha o foco, tenha fé e jamais perca as esperanças.

Em uma analogia simplória e muita direta, se o seu valor está na roupa que você veste, com certeza você deveria se chamar Ralph Lauren ou Hugo Boss. O valor dos momentos não está no tempo que eles duram mas sim na intensidade em que eles são vividos. Seus valores devem sempre fazer parte do seu ativo empresarial - e lá você deve sempre creditar e acreditar -, pois os mesmos servirão sempre como bússola em suas empreitadas da vida.


O valor de cada pessoa não está no que ela veste ou consome mas sim, naquilo que ela realmente é!



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