O Supply Chain Management ou Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos é uma ferramenta que, usando a Tecnologia da Informação (TI)
possibilita à empresa gerenciar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e
eficiência, Nestes tempos modernos em que a exigência de consumo atingiu o
limite extremo, o Supply Chain Management permite às empresas alcançarem
melhores padrões de competitividade.
Algumas considerações:
Em qualquer sociedade industrializada ou não, produtos devem
ser movimentados fisicamente entre o local onde são produzidos e o local de
consumo.
Exceto em culturas muito primitivas, na qual cada família
satisfaz suas próprias necessidades domésticas, o processo de troca se
transforma em pedra fundamental da atividade econômica.
Trocas acontecem quando existe uma discrepância entre
quantidade, tipo e tempo dos produtos disponíveis e os produtos necessários. Se
um número de indivíduos ou organizações dentro de uma sociedade tem um
excedente de produtos que alguém precisa, tem-se a base para as trocas.
Canais se desenvolvem quando muitas trocas acontecem entre
produtores e consumidores.
O alinhamento das empresas que trazem produtos ou serviços
ao mercado tem sido chamado de cadeia de abastecimento/suprimentos -supply
chain.E, um termo que tem crescido significativamente no uso e popularidade
desde o final dos anos 80, embora considerável confusão exista sobre o que na
realidade ele significa é o Supply Chain Management - SCM (gerenciamento da
cadeia de abastecimento).
Muitas pessoas usam o termo como um substituto ou sinônimo
para Logística. No entanto, a definição de Supply Chain Management é mais ampla
do que o de Logística.
O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma
evolução natural do conceito de Logística. Enquanto a Logística representa uma
integração interna de atividades, o Supply Chain Management representa sua
integração externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e
informações aos fornecedores e ao cliente final.
Assim, de acordo com o International Center for Competitive
Excellence – University of North Caroline, 1994, SCM é a integração dos
processos de negócios do usuário final através de fornecedores (originais) que
fornecem produtos, serviços e informações e agregam valor para os consumidores.
Um número de importantes diferenças existe entre esta
definição de Supply Chain Management e a definição de Logística do CLM (Council
of Logistic Management) – “Logística é o processo da cadeia de abastecimento
que planeja, implementa e controla o fluxo de bens e serviços e as informações
relativas, do ponto de origem ao ponto, de consumo de maneira eficiente e
eficaz, buscando a satisfação das necessidades do cliente”.
Pode-se afirmar que o SCM é uma abordagem sistêmica,
altamente interativa e complexa, requerendo a consideração simultânea de muitos
trade-offs (representa uma troca compensatória entre alguns parâmetros como
custos, tempo, etc) pois ele expande as fronteiras organizacionais e deve assim
considerar, trade-offs dentro e entre as organizações no que diz respeito por
exemplo a estoques: aonde inventários devem ser mantidos e onde atividades
diversas devem ser desenvolvidas.
A natureza dinâmica do meio ambiente de negócios requer
gerenciamento para avaliar e monitorar a performance da cadeia de suprimentos
regular e freqüentemente. Quando as metas de performances não são alcançadas, o
gerenciamento deve avaliar alternativas, possíveis para a cadeia de suprimentos
e implementar mudanças.
Para reforçar o entendimento do que é Supply Chain
Management e o que é Logística, pode-se citar Bowersox (98) que afirma ser, o
“supply chain um termo que considera uma seqüência de compradores ou vendedores
trabalhando em conjunto para levar o produto da origem até a casa do
consumidor” e, que a “Logística é o movimento de produtos e, da informação
relativa a eles de um lugar a outro. Isto inclui transporte, armazenagem,
movimentação de material, estoques e a informação inerente a tudo isto”. Em
síntese o autor resume que “a Logística é a integração de todas estas partes de
uma maneira seqüenciada, é algo que envolve a operação e o Supply Chain (e, por
conseguinte seu gerenciamento) é uma estratégia, uma parte maior do negócio”.
E o que seria logística? Logística é a ciência de se fazer
chegar o produto certo, na quantidade certa, no lugar certo, no tempo certo,
nas condições estabelecidas e com o mínimo custo.
Quais são as principais funções do Supply Chain Management?
O sistema inclui processos de logística que abrangem desde a
entrada de pedidos de clientes até a entrega do produto no seu destino final,
envolvendo aí o relacionamento entre documentos, matérias-primas, equipamentos,
informações, insumos, pessoas, meios de transporte, organizações, tempo etc.
Fiscalizar alguns indicadores de performance fundamentais
para o controle do resultado, como por exemplo a qualidade e a inovação dos
produtos e serviços, velocidade da execução dos processos, tempo de chegada ao
mercado e aos consumidores, nível de serviço adequado às necessidades de cada
cliente e custos compatíveis com a percepção de valor da demanda.
Possibilitar à empresa usuária cumprir rigorosas condições
de entrega e qualidade para os relacionamentos de longo prazo com clientes que
se baseiam na produtividade.
Integrar os fluxos de informações para as programações de
envio e recebimento com os outros processos.
O conceito de Supply Chain Management tem despertado notável
interesse entre os membros dos mundos acadêmico e empresarial, representando
importante evolução do que tradicionalmente vinha se conhecendo como Logística.
Quando a concorrência era menor, os ciclos dos produtos eram
mais longos e a incerteza era mais controlável, tinha sentido perseguir a
excelência nos negócios através da gestão eficiente de atividades isoladas como
Compras, Transportes, Armazenagem, Fabricação, Manuseio de Materiais e
Distribuição. Estas funções eram desempenhadas por especialistas, cujo
desempenho era medido por indicadores como custos de transportes mais baixos,
menores estoques e compras ao menor preço.
Hoje, os mercados estão cada vez mais globalizados e
dinâmicos e os clientes cada vez mais exigentes. Para satisfazê-los, proliferam
cada vez mais as linhas e modelos de produtos, com ciclos de vida bem mais
curtos. E a coordenação da gestão de materiais, da produção e da distribuição
passou a dar respostas mais eficazes aos objetivos de excelência que os
negócios exigiam. Surgiu, então, o conceito de Logística Integrada. Isto
significou considerar como elementos ou componentes de um sistema todas as
atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos
desde o ponto de aquisição dos materiais até o ponto de consumo final, assim como
os fluxos de informação que gestionam os produtos em movimento.
O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma
evolução natural do conceito de Logística Integrada. Enquanto a Logística
Integrada representa uma integração interna de atividades, o Supply Chain
Management representa sua integração externa, pois estende a coordenação dos
fluxos de materiais e de informações aos fornecedores e ao cliente final. A
gestão da cadeia como um todo pode proporcionar uma série de maneiras pelas
quais é possível aumentar a produtividade e, em conseqüência, contribuir significativamente
para a redução de custos, assim como identificar formas de agregar valor aos
produtos. No primeiro plano estariam a redução de estoques, compras mais
vantajosas, a racionalização de transportes, a eliminação de desperdícios, etc.
O valor, por outro lado, seria criado mediante prazos confiáveis, atendimento
no caso de emergências, facilidade de colocação de pedidos, serviço pós-venda,
etc.
Isso nos remete à evolução do pensamento logístico. A cada
momento, a prática da logística reflete e ao mesmo tempo alimenta o pensamento
logístico, em uma criativa interação entre o meio acadêmico e o meio
empresarial. E o que é o pensamento logístico? São os conceitos e teorias que
orientam o estudo e a pesquisa em Logística, influenciando o que se considera relevante
e justificando as soluções propostas para os problemas logísticos. Em linhas
gerais, o campo da Logística evoluiu de um tratamento mais restrito, voltado
para a distribuição física de materiais e bens, para um escopo mais abrangente,
em que se considera a cadeia de suprimentos como um todo e as atividades de
compras, administração de materiais e distribuição. Assim, não se limita a uma
única função dentre as estudadas em Administração, como o Marketing ou as
Operações, mas representa, de fato, uma área de integração desses distintos
enfoques a primeira era, denominada "do campo ao mercado", teve seu
início situado na virada para o Século XX, sendo a economia agrária sua
principal influência teórica. A principal preocupação, no caso, era com
questões de transporte para escoamento da produção agrícola.
Rotulada como "funções segmentadas", a segunda
era, estendendo-se de 1940 ao início da década de 60, sofre grande influência
militar. Não é por acaso que o próprio termo "logística" tem raízes
na movimentação e na garantia de abastecimento das tropas nas guerras. O
pensamento logístico estava voltado, aqui, para a identificação dos principais
aspectos da eficiência no fluxo de materiais, em especial as questões de
armazenamento e transporte, tratadas separadamente no contexto da distribuição
de bens.
A terceira era, denominada de "funções
integradas", vai do início da década de 60 até os primeiros anos da década
de 70. Como seu nome indica, trata-se do começo de uma visão integrada nas
questões logísticas, explorando-se aspectos como custo total e abordagem de
sistemas. Pela primeira vez, o foco deixa de recair na distribuição física para
englobar um espectro mais amplo de funções, sob a influência da economia
industrial. É interessante observar que é neste período que se presencia o
aparecimento, tanto no ensino quanto na prática da logística, de um
gerenciamento consolidado das atividades de transporte de suprimentos e
distribuição, armazenagem, controle de estoques e manuseio de materiais.
A era seguinte, estendendo-se do início dos anos 70 até
meados dos anos 80, corresponde ao "foco no cliente", com ênfase na
aplicação de métodos quantitativos às questões logísticas. Seus principais
focos são as questões de produtividade e custos de estoques. É exatamente neste
período que se irá identificar uma intensificação do interesse pelo ensino e
pesquisa da Logística nas escolas de administração.
A quinta era, que vai de meados da década de 80 até o
presente, tem ênfase estratégica, como indica o rótulo que lhe foi atribuído:
"a logística como elemento diferenciador". Identificada como a última
fronteira empresarial em que se pode, explorar novas vantagens competitivas, é
aí que surge o conceito de Supply Chain Management, cujo pano de fundo é a globalização
e o avanço na tecnologia da informação. Este período, no qual nos encontramos,
implica uma maior preocupação com as interfaces, dentro das empresas, entre as
diferentes funções, além de maior destaque das considerações logísticas no mais
alto nível de planejamento estratégico das corporações. Outra questão que ganha
relevância, nos dias atuais, é a inclusão da responsabilidade social no projeto
de novos sistemas logísticos, como por exemplo: as questões ecológicas.
A vertente mais rica no atual pensamento em logística é sem
dúvida o de Supply Chain Management. Ela conjuga os processos logísticos, que
tratam do fluxo de materiais e informações dentro e fora das empresas, com os
relacionamentos que surgem ao longo da cadeia para assegurar seus melhores
resultados em termos de redução de desperdício e agregação de valor. Ao lidar
com os relacionamentos entre empresas, é natural que o pensamento logístico
aborde uma questão afim - a das parcerias e alianças estratégicas logísticas.
Estas estratégias colaborativas promovem a união de forças de empresas -
cliente e fornecedora, cliente e cliente ou fornecedora e fornecedora - visando
explorar as atividades logísticas em busca de vantagens mútuas.
Como todo conceito novo, não há ainda um corpo de pensamento
consolidado na área de Supply Chain Management. Os artigos e as pesquisas das
principais autoridades em Logística em todo o mundo têm sua ênfase orientada
ora pelas Operações (com uma ênfase em instrumental quantitativo), ora pelo
Marketing (com uma ênfase em distribuição e canais), ora pela Engenharia (com
uma ênfase em transportes e questões militares). Mas cabe aqui perguntar: se o
conceito de Supply Chain Management representa uma visão de integração entre
funções e empresas, ao longo da cadeia, esta não deveria estar sendo refletida
no pensamento logístico? Espera-se que isso venha a ocorrer, cada vez mais, à
medida que mais pesquisadores se dediquem ao estudo da Logística, formados já
dentro dos novos conceitos integradores. Se é este o quadro em países avançados,
o que dizer da situação no Brasil? Ninguém ignora que o ambiente econômico e de
negócios em nosso país sofreu imensas mudanças ao longo desta última década. A
partir de 1990, a abertura da economia promoveu um choque competitivo que
prosseguiu com a desregulamentação de diversos setores e com a privatização de
empresas e indústrias inteiras. A estabilização iniciada em 1994, graças ao
Plano Real, e a intensificação da integração regional, com a consolidação do
MERCOSUL, constituem outras mudanças com profundos impactos sobre as empresas e
as condições de competitividade no mercado brasileiro. Um dos principais tem
sido uma enorme busca de modernização e maior eficiência na área de logística,
o que tem esbarrado, por um lado, nas deficiências de infra-estrutura e, por
outro, na carência de conhecimentos e na formação de mão-de-obra especializada.
Aplicação dos conceitos de Supply Chain Management
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS - SCM
A literatura sobre organizações, tanto os trabalhos
acadêmicos quanto aqueles direcionados ao mundo executivo, está repleta de
referências sobre cadeias produtivas. Os temas mais explorados são networks,
cadeias de valor virtual, clusters, supply chain management entre outros. Todas
essas correntes apontam para uma única direção: as empresas precisam repensar
suas estratégias competitivas, competências centrais e principalmente
fronteiras organizacionais.
O SCM inclui processos de negócios que vão muito além das
atividades relacionadas à logística integrada, considerando tanto os trade-offs
internos quantos os interorganizacionais. A aplicação deste conceito vai exigir
um esforço rumo à integração não só de processos dentro da empresa –o que
sugeriria a adoção de uma logística integrada –,mas também dos processos-chave
que interligam os participantes da cadeia de suprimentos. Exemplos destes
processos são as compras e o desenvolvimento de novos fornecedores e produtos,
este podendo envolver marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanças,
operações e logística.
Confirma esta proposição argumentando que as organizações
estão deixando de ser sistemas relativamente fechados para transformarem-se em
sistemas cada vez mais abertos. As fronteiras estão se tornando-se cada vez
mais permeáveis, e em muitos casos difíceis de se identificar. A separação
entre empresa e o ambiente passa a ser delimitada por uma tênue linha
divisória,incerta e mutável. Muitas vezes, a empresa se confunde com o
ambiente, misturando fornecedores e clientes. Fica difícil saber onde termina a
cooperação e começa a concorrência.
Entende-se que o Supply Chain Management pode ser
considerado uma tentativa de estabelecer um corte transversal das fronteiras
organizacionais visando viabilizar a gestão de processos entre corporações. Os
próprios autores advertem que “gerenciar uma cadeia de suprimento é uma tarefa
desafiadora e que é muito mais fácil escrever definições sobre esses processos
do que implementá-los”.
O sucesso no gerenciamento de cadeias de suprimento, por
muitos, considerado a última fronteira na redução de custos, é um diferencial
competitivo que não pode ser descartado no processo de globalização em que
vivemos. Num ambiente cada vez mais competitivo, a pressão do mercado por uma
crescente variedade de produtos e por melhores níveis de serviço ao menor custo
possível, a tendência à especialização via terceirização/ desverticalização e a
evolução cada vez mais rápida das tecnologias de informação e de
telecomunicações têm feito com que a logística integrada e o Supply Chain
Management estejam cada vez mais presentes na agenda das empresas de todo o
mundo conforme explanado.
Neste sentido, a adoção de abordagens sofisticadas de
gerenciamento do processo logístico tem representado um ponto chave para a
efetivação e sustentação de estratégias mercadológicas promissoras. Nesse
contexto, a logística evoluiu na sua base conceitual, passando a considerar de
forma sistêmica todas as atividades, relacionadas direta e indiretamente aos
fluxos físicos e de informação.
Conforme argumentou Ballou conceito básico de logística, do
qual evoluíram vários outros é “colocar o produto certo, na hora certa, no
local certo e ao menor custo possível”. Apesar de ser um conceito genérico,
reflete de forma clara a abrangência e o objetivo da logística.
Segundo o Council of Logistics Management – CLM “LOGÍSTICA é
a parcela do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implanta e
controla, de forma eficiente e eficaz, o fluxo e o fluxo reverso e a estocagem
de materiais, serviços, e as informações correlacionadas, entre o ponto de
origem e o ponto de consumo, de forma a atender as necessidades dos
clientes”.
Segundo LAMBERT “o conceito de gerenciamento integrado de
logística se refere à administração das várias atividades como um sistema
integrado”. Nas empresas que não têm essa visão, a logística acaba sendo um
conjunto fragmentado e normalmente não coordenado de atividades espalhadas por
vários departamentos da empresa. Nesta perspectiva, atividades como
transportes, armazenagem e processamento de pedidos são vistas como
atividades-fim, ao invés de como partes que contribuem para um desempenho ótimo
da logística da empresas como um todo.
Entretanto, o conceito de custo atrelado à integração das
atividades logísticas é o de custo total conforme BOWERSOX. Isto é, o conceito
de gerenciar a logística de forma integrada tem como base á análise do custo
total, que pode ser definida como a minimização dos diversos custos das atividades
logísticas, tais como transporte, armazenagem, inventário e sistemas de
processamento de pedido. Assim, com a abordagem de logística integrada, ao
invés de encararmos as atividades logísticas como um fim, e tentar reduzir seus
custos individualmente, enxergando-as de maneira integrada, objetivando o custo
total mínimo para o nível de serviço almejado.
Entre as dimensões que permitem alcançar a excelência
logística, as próprias definições de logística apresentadas indicam a
integração interna, ou seja, o gerenciamento integrado dos diversos componentes
do sistema logístico, como fator indispensável à obtenção de operações com
baixo custo. A otimização do custo total, entretanto, não pode alcançada sem o
envolvimento dos demais atores da cadeia logística, supondo a necessidade de um
gerenciamento inter-organizacional.
É a proposta contida no conceito de Supply Chain Management
(SCM), apesar de alguns profissionais o considerarem simplesmente como uma
extensão da logística integrada para o ambiente externo às fronteiras
organizacionais, englobando clientes e fornecedores da cadeia de
suprimentos.
“Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é a coordenação
estratégica e sistêmica das funções de negócio tradicionais bem como as ações
táticas que perpassam essas funções numa companhia e através de negócios dentro
da cadeia logística com o propósito de aprimorar a performance de longo prazo
das companhias individualmente e da cadeia de suprimento como um todo“.
A integração externa, outra das dimensões de excelência
logística, significa desenvolver relacionamentos cooperativos com os diversos
participantes da cadeia de suprimentos, baseados na confiança, capacitação
técnica e troca de informações. A integração externa permite eliminar
duplicidades, reduzir custos, acelerar o aprendizado e customizar serviços.
Considera o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos “a
integração dos processos-chave de negócios desde o usuário final até os
fornecedores originais que provêem produtos, serviços e informações que agregam
valor para os consumidores e demais interessados no negócio indica, ainda, como processos de negócio a serem tratados,
somente as empresas transnacionais com a coragem de adotar a visão de
planejamento das cadeias de abastecimento globais terão oportunidade de obter
economias de abrangência, escala e velocidade – que são fatores chave para a
liderança mundial.
A base da atuação dessas empresas que se destacam no cenário
de competição atual é o fortalecimento de alianças estratégicas entre empresas
complementares, e mesmo entre concorrentes, e a gerência da informação em todas
as fases do ciclo dos pedidos ao longo do sistema logístico, utilizando para
isso os métodos de análise e a continuada monitoração de desempenho dos
parceiros. Nesse sentido, a tecnologia de informação vem tendo uso cada vez
mais generalizado nas empresas.
Para avaliação do estágio de uma organização, segundo modelo
desenvolvido por nível de desenvolvimento da estrutura logística de uma empresa
pode ser analisado a partir de três dimensões básicas: formalização da função
logística, monitoramento de desempenho e adoção de tecnologia. Empresas que
possuem estas três dimensões bem desenvolvidas, e tendem a ter um sistema
logístico mais flexível, flexibilidade esta que permite uma diferenciação
competitiva considerando os aspectos econômicos.
No que tange a este modelo, o conceito de formalização se
refere ao gerenciamento de práticas específicas relacionadas à logística e é
representado pela presença de regras, planos, objetivos e procedimentos
escritos. Esses itens fornecem uma boa noção sobre a extensão em que a
logística é tratada como um processo fundamental dentro da empresa.
Sofisticados sistemas de mensuração de desempenho vêm se
tornando importantes para garantir o monitoramento de atividades cada vez mais
complexas. Em geral, o aumento de qualidade se deve à atenção aos detalhes que
resulta de uma gerência comprometida com uma medição contínua de desempenho,
que deve enfocar os ambientes interno e externo. A mensuração externa de
desempenho é possível através do benchmarking.
O terceiro ingrediente fundamental para um desempenho de
excelência é relacionado à adoção de tecnologia, principalmente tecnologia de
informação. O desempenho logístico está relacionado a várias tecnologias de
hardware, que podem ser divididas em dois tipos: hardware operacional, como
código de barras e robôs, e hardware computacional, como computadores pessoais.
Outros fatores importantes para o desempenho logístico é a qualidade de
informação disponível para o gerente, a transferência eletrônica de dados entre
organizações e a grande presença de softwares aplicativos.
Em resumo, a empresa precisa estabelecer a dimensão de sua
cadeia produtiva assim como o tipo de relacionamento desejado com seus
parceiros, estratégia fundamental para organizar, integrar e controlar todas as
atividades da cadeia de suprimentos, sem os males tradicionais de uma companhia
integrada verticalmente.
Tecnologia da Informação - TI
Discorrendo sobre a necessidade de informações rápidas, em
tempo real e com alto grau precisão para uma gestão eficiente da logística e da
cadeia de suprimentos, aponta três razões para tal: “Primeiro, clientes
entendem que informações do andamento de uma ordem, disponibilidade de
produtos, programação da entrega e dados do faturamento são elementos
fundamentais do serviço ao cliente”.
Segundo, com a meta de redução do estoque em toda a cadeia
de suprimentos, os executivos percebem que com informações adequadas, eles
podem, efetivamente, reduzir estoques e necessidades de recursos humanos.
Especialmente, o planejamento de necessidades sendo feito usando informações
mais recentes, permite reduzir estoques através da minimização das incertezas
da demanda.
Em terceiro, a disponibilidade de informações aumenta a
flexibilidade com respeito a saber quanto, quando e onde os recursos podem ser
utilizados para obtenção de vantagem estratégica.
- Nível estratégico, onde a utilidade da informação está
relacionada com decisões de investimentos, volumes e localização de demanda
para decisões de localização de centros
de distribuição, categorias de produtos a fabricar ou comercializar, para que
sejam desenvolvidos fornecedores, etc..
- Nível do planejamento, onde as informações são utilizadas
por gerentes e supervisores para a alocação de recursos disponíveis para o
atendimento das demandas, níveis de estoque em cada ponto da cadeia, etc.
- Nível operacional, onde temos as operações da empresa como
a evolução das ordens de produção no chão de fábrica, a entrada de pedidos de
clientes, o faturamento das vendas efetuadas, etc. No outro eixo da matriz, ele
coloca os atores principais da cadeia de suprimentos; fornecedores,
fabricantes, distribuidores ou atacadistas, varejistas e consumidores. Com esta
visualização matricial ele orienta que os sistemas de informação devem estar
disponíveis e interligados de acordo com os diversos níveis de gestão de cada
uma das entidades que compõem a cadeia de suprimentos. Nesta matriz se deveria
acrescentar outros dois atores; o transportador e o operador logístico. Estes
dois elementos são considerados a cada dia mais estratégicos para o sucesso do
Supply Chain Management, e seus sistemas de informática vem sendo interligados
com os demais participantes da cadeia de forma cada vez mais intensa,
merecendo, portanto, serem considerados de maneira evidenciada ao se planejar
sistemas informatizados de SCM.
Conclusão
O objetivo principal do gerenciamento de uma cadeia de
suprimentos é a obtenção do melhor atendimento ao cliente, com o menor custo
total possível. Para atingir estes objetivos, é fundamental que se melhore o
desempenho interno de cada um dos processos das empresas componentes da cadeia.
Mas, só esta eficiência interna não basta, é necessário que se administrem as
interações entre os processos de negócio de cada um dos elementos da cadeia de
valor de maneira a se obter um ótimo total e não somente a eficiência
localizada.
Para a gestão destes processos internos e destas interações
entre os elementos da cadeia de suprimentos, além de esforços na utilização de
diversas técnicas de gestão logística, é fundamental que se utilizem
intensamente as facilidades, proporcionadas pelas tecnologias de informação,
visando tomar decisões com a menor margem de riscos, operar com os maiores
níveis de eficiência, e se comunicar com clientes e fornecedores da melhor
maneira possível.
Fonte: Cola da Web
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