O livro "O Sucesso é Ser Feliz" nos faz pensar
sobre um assunto que é extremamente complicado de se discutir no atual modelo
de sociedade, até onde fazer sacrifícios pelo dinheiro vale a pena. E mais,
será que ele é tão importante assim ou nós o estamos valorizando demais. E
principalmente, se o sucesso profissional traz felicidade.
Ele diz que quando as pessoas descobrem a beleza que
carregam na alma, logo se dão conta das infinitas possibilidades de
transformação que podem realizar em suas vidas.
Ao olhar para dentro de si e descobrir sua força, deixam de
viver como escravas e imediatamente assumem sua grandeza, abrindo a porta da
gaiola onde vivem e voando por todo o universo.
O mais importante de tudo é poder ter a sensação de que
viver vale a pena. Viver a plenitude da experiência de brincar com uma criança
ou saborear uma fruta. Apreciar o contato dos pés descalços com um gramado ou
com a areia da praia. Perceber o vento batendo no rosto ou a água da chuva
escorrendo pelos cabelos. Sentir a alegria de um pescador voltando para casa
com o alimento para sua família.
O verdadeiro sucesso é satisfazer sua ânsia de felicidade. E
isso você só consegue quando se relaciona com sinceridade com as pessoas que
ama, quando é amigo de seus filhos e, principalmente, quando consegue ser amigo
de si próprio. Isso implica compreender seus erros, ser seu cúmplice para
enfrentar os desafios, motivar-se para superar novos obstáculos e,
principalmente, desfrutar ao máximo a sensação de felicidade, sem culpa nem
medo. Ser feliz é o mais compensador de todos os sucessos.
Como as ondas do mar, a vida é dinâmica. É tão certa a
subida quanto a descida. Cada momento tem a sua beleza. No prazer nós nos
expandimos e na dor nos contraímos. Um movimento é complementar ao outro.
Apreciar a alegria e a dor constitui a base da felicidade.
Você não pode ser feliz somente quando tem prazer, pois perderá o maior
aprendizado da existência. Você deve descobrir um jeito de ser feliz na
experiência dolorida porque ela carrega a oportunidade de desenvolvimento. A
felicidade é um jeito de viver, é uma conduta, uma maneira de estar agradecido
ao sol, à lua, a quem lhe estende a mão e também a quem o abandona, pois
certamente nesse abandono está a possibilidade de você descobrir a força que
existe em seu interior.
A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro
sabe aproveitar sua dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente
vítima de seus problemas.
Se uma pessoa passar a vida toda evitando sofrimento, também
acabará evitando o prazer que a vida oferece. Há milhares de tesouros guardados
em lugares onde precisamos ir para descobri-los. Há tesouros guardados numa
praia deserta, numa noite estrelada, numa viagem inesperada, num salto de
asa-delta... O importante é ir ao encontro deles, ainda que isso exija uma boa
dose de coragem e desprendimento.
As mudanças nunca ocorrem amanhã, mas sempre hoje, no
presente. Não acontecem quando alguma coisa no mundo, ou nas pessoas que o
cercam, se modifica, mas quando algo muda dentro de você. É o momento em que a
consciência domina o vício.
Todos carregamos dentro de nós uma boa dose de loucura, que
passamos a vida inteira procurando esconder. Porém, como um vulcão, um dia ela
explodirá. Viver sempre certinho; é como sentar-se sobre um vulcão, que
permanece inativo por muito tempo, mas que, de repente, pode entrar em erupção.
Negar as próprias aspirações é um desperdício de energia que faz falta para as
suas realizações. Não se libere apenas no Carnaval ou no estádio de futebol.
Permita-se fazer suas loucuras todos os dias, até que ser você mesmo faça parte
do seu dia-a-dia.
A infelicidade é uma forma de olhar o mundo pelo lado
contrário. Em vez de você tirar proveito do momento atual, lamenta-se do que
poderia ter acontecido. Infelicidade também é viver para impressionar os
outros. Nós nascemos com um potencial infinito de realização. Porém, à medida
que vamos sendo educados, durante a infância e a adolescência, perdemos a rota
original de nossa própria existência. Deixamos de fazer aquilo que nos realiza
e passamos a agir em função dos outros: pais, professores, e depois, toda a
sociedade.
Nosso objetivo de vida nos é imposto e passamos a
condicionar nosso sucesso ao aplauso das pessoas que nos cercam. Para continuar
merecendo essa aprovação, progressivamente abandonamos nossas vocações e
passamos a realizar os desejos alheios. Mas não se consegue ser feliz
valorizando mais a opinião dos outros do que seus próprios sentimentos. Alguns
se sentem infelizes, mas raciocinam: Se os outros estão aplaudindo é porque
estou no caminho certo. E avançam nas suas frustrações.
Você é mais importante do que qualquer julgamento alheio.
Portanto, para ser feliz, viva para surpreender a si próprio, e não aos outros.
A maioria das pessoas passa pelas oportunidades sem lhes dar atenção. Muitas se
arrependem de não ter se dedicado ao grande amor de suas vidas; outras, por ter
jogado fora oportunidades profissionais.
Precisamos entender que as oportunidades são poucas e que
não podemos desperdiçá-las; por isso, não podemos perder muito tempo com nossas
escolhas. Muitas vezes, a questão resume-se em pegar ou largar, e para isso
devemos estar preparados. A velocidade para descobrir a importância das coisas
pelas quais devemos lutar é fundamental. Há quem sacrifique a vida para
conseguir status e poder. No desejo de conquistar títulos e riqueza, sufocam-se
os sonhos do coração. É uma grande ilusão. Outros muitos habituam-se a
colecionar virtudes para conquistar a simpatia alheia. Em vez de ser eles
mesmos, passam a ser como Cristo, como Moisés, como Buda, sem perceber que
nenhum recomendou que fôssemos iguais a eles, mas que simplesmente fôssemos
inteiramente nós mesmos.
A felicidade é feita de pequenas pérolas que você cultiva a
cada dia, cada hora. Portanto, desenvolva hábitos que criem mais alegria em sua
vida. Mas não confunda: colecionar quinquilharias que não levam a nada é
completamente diferente de colecionar boas recordações, momentos de intimidade,
superações de desafios, aproximação de amigos, o que ajuda a encontrar a
felicidade.
Você deve aprender a estar com você. Isso significa cuidar
de seus sentimentos, de seus sonhos. Estar sempre atento ao que passa dentro de
você. Criar o hábito de observar-se. Não ser como o cachorro que corre atrás do
pedaço de pau que o dono joga. Quando você concorda com a correria da vida, com
a angústia que ela proporciona, deixa de estar com você. A forma de evitar que
isso aconteça é permanecer centrado no processo interno. Aprender a ser afável,
generoso, cuidar das feridas, dos sonhos, ser compreensivo com os erros, com as
fraquezas, com os tropeços. Até Cristo pediu para o Pai afastar o cálice. A fé
é o que nos mantém em pé, mesmo quando estamos doentes, em um leito, ou
perdidos numa tempestade de problemas. Enquanto você acreditar, o medo não vai
se instalar. Acreditar em quê? você pode estar perguntando. E a resposta é
acreditar em tudo: na vida, em Deus, no amor, nas pessoas e, principalmente, em
si mesmo.
O medo será seu companheiro até você aprender a olhar para
ele com objetividade e descobrir que não passa de criação de suas fantasias. É
também o que os orientais chamam de tigre de papel: quando se olha na escuridão
parece um monstro, mas, à luz do dia, percebe-se que é feito de papel, sem
nenhum poder de destruição.
Viver oferece riscos. De uma hora para outra podemos nos
apaixonar, e a pessoa amada ir embora. Criar os filhos, e eles partirem.
Construir uma empresa, e ela falir.
Para viver intensamente é necessário conviver com os riscos.
O alto-astral é uma das pontes mais importantes para a felicidade. O
alto-astral se refere à nossa capacidade de brincar e transcender a cada
acontecimento. Quando as coisas dão errado para um pessimista, ele logo se
culpa, ainda que o erro não tenha sido seu. O otimista, ao contrário, reage com
tranquilidade e pensa: Bem, todo mundo tem seu dia de azar. Em seguida, procura
uma solução para livrar-se logo do problema. Diante de uma dificuldade, o
pessimista acha que ela nunca será superada e que aparecerão muitas outras,
enquanto o otimista tem a capacidade de analisar qualquer tipo de questão, organizá-la
e solucioná-la rapidamente.
Comece a cultivar o alto-astral dentro de você, a brincar
com os revezes da vida, a enfrentar com bom humor até as situações mais
complicadas. Abandone a sua seriedade, viva solto, aja com leveza. Divirta-se
consigo mesmo, com suas dificuldades, com seus deslizes. Você perceberá que a
vida fica mais fácil.
O alto-astral é uma forma de ver a vida. Portanto, é
diferente do prazer. Quando falamos de prazer, inevitavelmente pensamos em
sexo, comida, lazer. O alto-astral é bem mais do que isso. É um gesto de
generosidade com a vida, com os erros, com as dificuldades. A seriedade leva ao
julgamento; o alto-astral, à compreensão. Uma boa maneira de saber como anda
seu alto-astral é observar se está julgando os outros. Quando alguém está feliz
não perde tempo nem energia com isso.
O alto-astral tem origem na bondade, que, por sua vez,
começa no amor. O amor cria a verdadeira alegria de viver. O amor é uma energia
dirigida à vida. Quando alguém está apaixonado, sua aura ilumina-se, sua
criatividade atinge o auge e, principalmente, a sensação de estar vivo toma
conta de seu coração. O amor nasce da generosidade da alma, da nobreza de
caráter. O amor desperta o desejo de crescer juntos, fornece coragem para
superar os bloqueios internos e, principalmente, para mergulhar na vida. Amor
não é posse, ao contrário, é libertação. Quando alguém ama permite com seu amor
que a outra pessoa adquira mais autonomia.
Ame todas as pessoas e brinque com elas, especialmente com
você mesmo.
É importante também tirar o medo da sua vida. Muitos adultos
infelizes foram crianças castigadas sem explicações, o que as tornou
extremamente confusas. Certo dia, por exemplo, brincando com uma bola,
provocaram risos e foram elogiadas. No dia seguinte, ao repetir a brincadeira,
apanharam. Ninguém explicou a elas a diferença entre, na primeira vez, brincar
com a bola no quintal e, na segunda, na sala de estar, entre os vasos chineses
da mãe. Quando a criança não compreende a lógica dos castigos, passa a sentir
medo de ser punida e começa a acreditar que a vida é mesmo ingrata. Pessoas
assim não percebem que existe uma lógica para as coisas acontecerem. Por ter
sempre vivido sob tensões, até a visão do divino fica prejudicada, e elas
começam a ver Deus como um ser muito punitivo, que castiga tanto quanto a mãe
ou o pai faziam. Por sua vez, a infelicidade por falta de força é a infelicidade
mais dolorida que existe e que lentamente despedaça o coração. Quando a pessoa
olha para a sua vida, percebe que realizou muito pouco do seu potencial. Olha
para o passado e vê as oportunidades que perdeu. Nas noites solitárias lembra-se
dos amores desperdiçados. É uma dor silenciosa que ela tem de carregar em seu
exílio dentro de casa.
Tenha em mente que sucesso sem luta é impossível. Sucesso é
consequência de esforço, dedicação, planejamento. Os milagres existem, mas são
construídos. As mágicas são simplesmente ilusões. Não existe magia na escalada
do sucesso. Muitas vezes, a base do sucesso é o trabalho de bastidores. A luta
não é decidida no tatame, mas na sua maneira de ir ao combate. Quando você se
levanta da cama para ir ao tatame, já decidiu o resultado da luta. O pior
adversário está dentro de você. Quando você decide realizar uma meta, proiba-se
de dizer a palavra : será . Acredite sempre, aconteça o que acontecer, e lute
pelos seus sonhos.
Também é importante temos um carinho especial pela criança
que existe dentro de cada um de nós. Costumamos nos esquecer dessa criança
durante os anos em que vivemos lutando para conquistar nossos objetivos. Mas,
para estar em paz, é importante fazer as pazes com essa criança e cultivá-la
todos os dias, para que ela se sinta amada, protegida e cuidada. Quando não
cuidamos bem dessa criança forma-se um vazio dentro de nós. Parece que sempre
está faltando algo. Por isso, em meio a tantas riquezas, uma pessoa se sente
pobre e, no meio de muito amor, sente-se mal
amada. A criança interior continua pedindo sua atenção. A primeira
atitude que as pessoas tomam quando crescem é abandonar sua criança interior.
Escondem-na no sótão para que ninguém as veja. Mas essa criança continua
pedindo afeto, de uma maneira disfarçada.
Por fim, para realizar seus sonhos, você precisa dos quatro
Ds:
- determinação;
- dedicação;
- disciplina;
- desprendimento.
Determinação é aquela força interior capaz de levar alguém a
afirmar com convicção: Este é o meu sonho. Não morro sem realizá-lo, nem que
demore vinte, trinta anos.
Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um
objetivo.
Disciplina é a capacidade de seguir um método. Quando se
fala em disciplina, a primeira coisa que vem à mente é o conceito de rigidez.
Mas a disciplina, na verdade, está associada à palavra discípulo, que é aquele
que tem capacidade de aprender com um mestre, segundo seu método. Ter método é
fundamental para chegar ao topo da montanha! Se você quiser extrair água de um
poço, não pode furar um buraco a cada dia. Precisa avançar em um único poço até
atingir o ponto onde está a água.
Desprendimento é a capacidade de abandonar o que não está
funcionando para aprender o novo. É desapegar-se de certa maneira de fazer algo
para conseguir um resultado melhor.
O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que
imaginamos.
O melhor momento para ser feliz é agora!
Fonte: Cola da Web
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