quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Espaço do Administrador - Mercado de Capitais




O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização.

            São constituídas pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras autorizadas. É dividido em Mercado Primário e em Mercado Secundário.

            No Mercado Primário se negocia a subscrição de novas ações ao público, onde os valores mobiliários circulam pela primeira vez e onde a empresa obtém o capital para seus empreendimentos, pois o dinheiro da venda vai para a empresa.

            No Mercado Secundário são as demais negociações com esses títulos, como simples trocas de possuidores, pois a empresa emissora já não terá mais contato com o dinheiro proveniente dessas trocas. Caracteriza-se também pelas negociações realizadas fora das bolsas, em negociações que denominamos como mercado de balcão, trazendo dessa forma mais liquidez para esses ativos financeiros.

            Dentro do mercado de capitais temos vários tipos de mercados que direcionam a forma de comercialização dos ativos, alguns dos principais descritos por Fortuna:

            Mercado de termo: o investigador se compromete a comprar ou vender certa quantidade de uma ação, por um preço fixado e dentro de um prazo determinado.

            Mercado futuro de ações: é o mercado no qual se negociam com datas de liquidação futura, durante o horário de funcionamento da Bovespa, em lotes-padrão nela já negociados, as ações autorizadas para tal.

         Mercado de futuro: tem como objetivo a proteção dos agentes econômicos - produtos primários, industriais, comerciantes instituições financeiras e investidores – contra as oscilações dos preços de seus produtos e de seus investimentos em ativos financeiros.

            Mercado de ouro: integra o grupo dos chamados mercado de risco já que suas cotações variam ao sabor da lei básica da oferta e da procura, bem como de fatores exógenos ao mercado.

            Segundo Fortuna (2005) “Mercado de Balcão é um mercado sem local físico determinado para a realização das transações. Elas são realizadas por telefone, entre as instituições financeiras. Neste mercado, normalmente, são negociadas ações de empresas não registradas na BOVESPA, além de outras espécies de títulos. O mercado de balcão é dito organizado quando se estrutura como um sistema de negociações de títulos e valores mobiliários administrados por entidade autorizada pela CVM.”

            No mercado financeiro, os ativos têm características especificas e também são controlados pelo Sistema Financeiro Nacional, ou seja, não pode ser um produto qualquer. Um bom exemplo disso é quando vamos trocar um produto pelo outro, como: um automóvel, imóvel, entre outros.

            Para Pinheiro (2012) “Um ativo financeiro é um instrumento que canaliza a poupança ate o investimento. As empresas em sua busca por financiamento podem acudir ao mercado mediante ou ativos financeiros emitindo ações ou emitindo títulos de divida.”

            Nesse contexto, para Pinheiro, as características principais dos ativos concentram-se em:
Liquidez: é a facilidade, tanto de rapidez como de certeza, na recuperação do valor nominal investido, com que o investidor possa obter os recursos investidos no ativo.

Risco: O risco dependerá de um conjunto de variáveis relacionadas com o emissor, o mercado e outros fatores.

Rentabilidade: é a capacidade do ativo de produzir juros ou outros rendimentos para a adquirente como pagamento de sua cessão de fundos e sua assunção de riscos ao longo de um período de tempo determinado, ou seja, é a capacidade de ganho que esses ativos podem auferir aos seus possuidores.

            Para Assaf Neto (2012) “O termo ativo financeiro refere a todos os direitos a benefícios futuros” Há diversas categorias de ativos financeiros que geralmente são formados por títulos e valores mobiliários em geral.

            Com base nesses conceitos, os ativos financeiros podem ser para captar recursos e também para investir o dinheiro da organização. 
Por que investir no Mercado de Capitais?

             À medida que cresce o nível de poupança individual e a poupança da empresa constituem a fonte principal do financiamento dos investimentos de um país. Tais investimentos são o motor do crescimento econômico e gera aumento de renda, com aumento da poupança e do investimento, assim por diante.

             À medida que as empresas se expandem, carecem de mais e mais recursos, que podem ser obtidos por meio de;

  • Empréstimos;
  • Reinvestimentos de lucros;
  • Participação de acionistas.


             As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Geralmente, as empresas utilizam-nas para manter sua atividade operacional.

Mas é pela participação de novos sócios que uma empresa ganha condição de obter novos recursos não exigíveis, como contrapartida à participação no seu capital.

            Com esses novos recursos, as empresas têm condições de investir em novos equipamentos ou no desenvolvimento de pesquisas melhorando seu processo produtivo, tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a comunidade. O investidor em ações contribui assim para a produção de bens, dos quais ele também é consumidor. Como acionista, ele é sócio da empresa e se beneficia da distribuição de dividendos sempre que a empresa obtiver lucros.

            Essa é a mecânica da democratização do capital de uma empresa e da participação em seus lucros.

             Antes de investir no mercado de capitais deve-se também analisar o tipo de investidor que você é, pois no mercado de capitais,  você possui diversas formas de obter retorno buscando equilibrar os três aspectos básico em um investimento: retorno, prazo e proteção. Ao avaliá-lo deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco.              
  
             Ao investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor lucratividade. Tornando-se desta forma uma ótima forma de investir seu dinheiro com diversas formas de rentabilidade de pequeno, médio e grande risco, sendo de pequena, media e grande rentabilidade respectivamente.

             Alguns dos principais benefícios que um Mercado de Ações desenvolvido pode propiciar a uma nação:

  • Financia a produção e os negócios, pois através da venda de ações as empresas obtêm recursos para expandir seu capital, com obrigações apenas no longo prazo;
  • Possibilita que os recursos poupados se tornem investimentos, proporcionando crescimento econômico e crescimento de produtividade com a inserção das poupanças no setor produtiva;
  • Constitui uma forma de crescimento das companhias, que podem aumentar sua participação no mercado através da distribuição de ações, além de possibilitar a elas aumentar seus ativos e valor de mercado;
  • Possibilita a inserção de pequenos investidores, já que para investir em ações não há a necessidade de grandes somas de capital como outros tipos de investimentos;
  • O Mercado de Ações atua como indicador econômico, uma vez que é extremamente sensível e a cotação das ações pode refletir as forças do mercado, como momentos de recessão, estabilidade, crescimento, etc.


Investimentos em Títulos:

  • Renda: Divido em fixa e variável. A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferida ao título. O rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre com o certificado de depósito bancário. A renda variável será definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo título.
  • Prazo: Há títulos com prazo de emissão variável ou indeterminado, isto é, que não têm data definida para resgate ou vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita a qualquer momento. Já os títulos de prazo fixo apresentam data estipulada para vencimento ou resgate, quando seu detentor receberá o valor correspondente à sua aplicação, acrescido da respectiva remuneração.
  • Emissão: Os títulos podem ser particulares ou públicos. Particulares, quando lançados por sociedades anônimas ou instituições financeiras autorizadas pela CVM ou pelo Banco Central do Brasil, respectivamente; público, se emitidos pelo governo federal, estadual ou municipal.



Reportagem de Carina Silva, Momento do Administrador, 05 de agosto 2015.






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo participação!