sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Como você pode se tornar um grande líder

O jornalista Daniel Coyle recorreu à ciência para explicar em seu livro "The Talent Code" como as pessoas comuns podem se tornar extraordinariamente hábeis, inclusive para a liderança




Quando o jornalista e escritor Daniel Coyle leu um artigo sobre um pequeno clube de tênis em Moscou, Rússia, de onde vinha um número extremamente alto de talentosos esportistas, ele se viu intrigado com o potencial segredo que o clube guardava: o que tornava a taxa de aproveitamento tão alta entre os alunos do local?

Ao contrário do que pensava, após uma visita, Coyle descobriu que o segredo não estava em uma estrutura esportiva de ponta ou extravagante, mas no preparo motivacional a que os alunos tinham acesso. Depois disso, ele recorreu à ciência para explicar em seu livro "The Talent Code" como as pessoas comuns se tornam extraordinariamente hábeis e como o talento cresce com o tempo.

"O pensamento comum disseminado na mídia é de que o talento é algo com o qual você nasce, que está em seus genes. Mas quando você olha para a ciência, é uma história diferente: o talento é construído através de formas intensivas de prática e motivação", comenta. Ele não descarta o papel da genética no desenvolvimento de habilidades como o esporte, mas ressalta que, em outros campos, como a liderança, talvez a parcela de influência não seja tão grande quanto pensamos ser.

Liderança

No tangente à liderança, Coyle foi enfático: é algo em que podemos nos tornar cada vez melhores e, até mesmo, adquirir a aptidão do zero. "Se olharmos para os grandes líderes do passado, podemos vê-los construindo essa habilidade", afirma.

"Winston Churchill é um exemplo disso. Ele foi alguém que falhou repetidamente na vida e, todas as vezes, continuou avançando e se tornando melhor em comunicar-se", completa.

Você, seu líder

Os caminhos para desenvolver habilidades são diversos e, para Daniel Coyle, há uma real possibilidade de você se tornar seu próprio treinador. Ele separa as habilidades em "hard skills" - aquelas mais específicas, que podem ser definidas e medidas, como digitação, leitura e matemática - e "soft skills" - menos tangíveis, que orientam sua personalidade, como etiqueta e liderança.

O autor explica que, no caso do primeiro tipo de habilidade, o uso de um treinador de fora é quase indispensável. Já as do segundo grupo podem, muito bem, ser desenvolvidas e aperfeiçoadas sem o auxílio externo.

Observar e aprender

Daniel Coyle finaliza explicando que, com algumas atitudes, é possível incorporar diversas habilidades para se tornar um profissional melhor. "A primeira coisa é observar. Apenas observe alguém que você quer se tornar em quatro ou cinco anos e grave isso em sua mente. É preciso uma grande quantidade de energia para praticar profundamente e chegar ao máximo da sua habilidade, para cometer erros e corrigi-los repetidamente", explica.

"O próximo passo é criar um espaço onde você possa praticar essa habilidade constantemente até que esteja fazendo isso sem pensar. Às vezes, esses erros são oportunidades para construir a habilidade da forma certa", conclui Coyle.



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