O levantamento traz um alerta importante para os RHs: a divergência entre o que o recrutador e o candidato valorizam numa oferta de emprego
A Catho divulgou em primeira mão durante o CONARH 2014, a nova edição da Pesquisa dos Profissionais Brasileiros, que traça um panorama do mercado de trabalho do Brasil, com dados atualizados sobre contratação, demissão, entre outros.
O levantamento traz um alerta importante para os RHs: a divergência entre o que o recrutador e o candidato valorizam numa oferta de emprego. Embora a maioria dos recrutadores (76,9%) acredite que os candidatos valorizam mais o salário e a remuneração atrativa na hora da oferta de emprego, a maior parte dos profissionais (65,1%) aponta às perspectivas de plano de carreira e crescimento na empresa como mais importante.
Sobre o resultado, Leonardo Cotsifis, diretor comercial Catho Empresas acredita que é um bom ponto de atenção. “Para as empresas conquistar e reter talentos é cada vez mais um desafio. Saber o que o candidato deseja é um grande passo para conseguir vencê-lo”, observa.
A pesquisa também detalha a forma de avaliação dos candidatos por parte dos recrutadores. No geral os recrutadores entrevistam de 4 a 5 candidatos até a contratação, mas em alguns casos, como em 12,4% das empresas, mais de 10 pessoas são avaliadas. Na forma de avaliação, 70% faz aplicação de algum tipo de teste, enquanto o uso de dinâmicas é bem dividido conforme porte de empresa e cargo ofertado.
O levantamento também revela uma tendência importante: enquanto a visita às redes sociais dos candidatos segue aumentando consideravelmente e as informações encontradas já tem grande relevância para 15% dos recrutadores, a tradicional checagem das referências profissionais vem caindo nos últimos anos. “Aqui temos uma mudança de sistema para uma parte importante da avaliação do candidato. Com o auxilio da internet, a tendência é que as empresas façam buscas rápidas para checar dados que sejam relevantes e, com isso, aos poucos não precisem mais das referências profissionais”, ressalta o diretor.
A tecnologia, inclusive, torna-se cada vez mais uma aliada do RH, já que as entrevistas decisivas, que muitas vezes são feitas por executivos alocados em outras cidades, estados e até países, já são realizadas à distância por 42% dos recrutadores por meio de videoconferência, telefone, etc. Um aumento significativo com relação ao ano anterior, quando 30,1% das entrevistas eram feitas à distância.
E por fim, na hora da decisão das empresas sobre qual dos candidatos contratar, em uma escala de 0 a 5, os recrutadores levam mais em consideração as competências comportamentais (média 4,3) e o desempenho durante as entrevistas (média 4,2).
“É natural que os aspectos comportamentais tenham maior importância uma vez que dificuldades técnicas, como a falta de um inglês fluente ou o conhecimento de alguma ferramenta específica, podem ser resolvidas com maior facilidade do que problemas comportamentais. Por outro lado, o mínimo conhecimento técnico para a vaga é essencial para o andamento da avaliação”, finaliza Leonardo.
Fonte: Administradores
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