sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Entrevistado x entrevistador: uma via de mão única?

Quando a escolha acontece de maneira mútua e equilibrada, o “casamento” tende a ser muito mais promissor




Ser chamado para uma entrevista de emprego é algo que costuma trazer bastante entusiasmo, esteja você em um momento bom de carreira ou não. Afinal, o convite é uma prova concreta de que suas conquistas acadêmicas e profissionais estão despertando o interesse de recrutadores e empresas. Como acontece em nossa vida pessoal, é sempre bom ser reconhecido.

Mas há outros dois sentimentos que costumam bater à nossa porta quando surge uma entrevista: ansiedade e medo. Infelizmente, por muitas vezes vi candidatos adotarem um discurso “ideal”, distante do seu verdadeiro “eu” por estarem nervosos e aflitos para gerarem a tão sonhada boa impressão. Este é um processo muito humano, é verdade. Mas essa atitude pode simplesmente significar o fim precoce de uma etapa promissora. Afinal, um discurso raso ou irreal não se sustenta por muito tempo e pode jogar por terra todos os esforços empregados para a conquista da vaga dos sonhos.

Por isso, ao ser chamado para uma entrevista, o que costumo recomendar é que o profissional seja exatamente quem é – de corpo e alma. Se ele chegou até ali, já deu alguns passos importantes no processo. Vale a pena arriscar perder aquela oportunidade por ter demonstrado ser outra pessoa? Em um momento como esse, a empresa quer se aprofundar em algo muito mais complexo do que suas competências técnicas. Ela quer conhecer também seu propósito e seus valores. Isso mesmo.

Ela quer descobrir se você - inteiro, com pontos fortes e a desenvolver – é a pessoa com o perfil mais aderente àquela cultura. Portanto, nada de disfarces. Afinal de contas, a entrevista é a oportunidade que ambos têm de se avaliarem. Aproveite a conversa para checar se aquela oportunidade e aquele contexto organizacional estão alinhados aos seus objetivos de vida e carreira.

Quando a escolha acontece de maneira mútua e equilibrada, o “casamento” tende a ser muito mais promissor. Pense nisso!



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