segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Casos de uso de drogas por trabalhadores cresce 50% em 4 anos

Segundo o INSS, entre 2009 e 2013 foram gastos mais de R$ 206 milhões com o pagamento de auxílios-doença em todo o Brasil




De acordo com um estudo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre a relação de trabalhadores e a dependência química, houve, entre 2009 e 2013, um crescimento superior a 50% nos números de funcionários afastados do trabalho graças à problemas enfrentados pelo uso do álcool e da cocaína, essa última presente em 84,6% dos casos.

Além do Distrito Federal, os estados do Pará, Amapá, Goiás, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Mato Grosso foram classificados como "alarmantes", segundo o índice de quantidade de casos.

Ainda de acordo com o relatório, já foram gastos, entre 2009 e 2013, mais de R$ 206 milhões com o pagamento de auxílios-doença em todo o Brasil. O valor pago para cada trabalhador é entre R$ 724 e R$ 4,3 mil, dependendo do salário.

Diante disso, muitas empresas estão optando por usar testes toxicológicos em seus colaboradores, tendo assim uma visão mais completa sobre eles e seus possíveis problemas com a dependência química. Esses testes dão uma melhor interpretação sobre as aptidões diante da execução de tarefas específicas, principalmente em cargos que trazem riscos. Eles são utilizados, inclusive, por empresas que desejam saber se candidatos a vagas não são usuários regular de drogas, principalmente em cargos cuja atividade envolve riscos. 

Uma prova disso é que a maioria das empresas utilizam o teste em urina como um requisito para a obtenção de um emprego, porém o teste é praticamente inútil como admissional. No entanto, especialistas afirmam que os testes feitos através da urina não são tão recomendados assim, pois estes só precisam de três dias de abstinência do candidado para um resultado negativo, diferente da análise feita através de uma amostra de cabelo, que necessita de três meses de abstinência.

“Para a utilização de testes de drogas no local de trabalho, torna-se necessário que a empresa tenha uma política clara, por escrito, que tenha sido discutida e acordada com todos os funcionários antes que eles sejam aplicados. Porém, uma das principais questões a serem abordadas são: o que fazer se o teste der positivo?”, explica Cristina Pisaneschi, diretora da Chromatox e especialista em testes toxicológicos.

De acordo com ela, é preciso que as empresas fiquem de olho em sinais comuns e frequentes em pessoas envolvidas com álcool e outras drogas, independente de idade, classe econômica e social, como queda na produtividade, acidentes de trabalho, faltas frequentes e problemas nas relações familiares e sociais.




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