Saiba como o aumento do IOF nos cartões de débito e
pré-pagos afeta seus planos e veja como rever o orçamento
São Paulo – Com o aumento do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) sobre transações feitas com moedas estrangeiras os viajantes
não têm muita escapatória e arcar com a alta do tributo será praticamente
inevitável.
Passam a contar com o imposto de 6,38% os pagamentos em
moeda estrangeira feitos com cartões de débito, os saques em moeda estrangeira
no exterior, os carregamentos de cartões pré-pagos e as compras de cheques de
viagem (traveller checks).
O único tipo de transação que continua com a alíquota de
0,38% é o saque da moeda estrangeira em espécie nos bancos e corretoras de
câmbio independentes.
Na prática, se antes o viajante pagava 3,80 dólares a cada
1.000 dólares carregados no cartão pré-pago, por exemplo, a partir de agora ele
deverá pagar 63,80 dólares.
Diante dessa nova configuração, o consultor financeiro André
Massaro avalia que não restam alternativas ao turista brasileiro, a não ser
amargar o prejuízo. “O viajante foi muito prejudicado. A única opção para não
pagar o imposto de 6,38% é comprar a moeda física, mas não é recomendável
comprar altas quantias em espécie porque existem riscos de roubos, perdas e de
compra de dinheiro falso”, diz.
Como o imposto é debitado no momento do carregamento, quem
carregou o cartão pré-pago até o dia 27 de dezembro, não terá que arcar com o
tributo mais alto, inclusive se precisar sacar no exterior valores que foram
carregados até essa data. O mesmo vale para os cheques de viagem comprados
antes do dia 28 de dezembro, quando passou a vigorar a nova medida.
Orçamento
Para quem tem uma viagem planejada e ainda não comprou a
moeda estrangeira, a orientação é reavaliar o orçamento contemplando gastos
maiores.
Segundo Massaro, uma pessoa que pretende gastar 10 mil
dólares no exterior, por exemplo, não deve sacar todo o montante em espécie.
“Como regra geral, sacar algo entre 1.000 a 2 mil dólares pode ser considerado
menos inseguro. Mas, mais do que 3 mil dólares já é mais inseguro e
inconveniente e aí é melhor pagar os 6,38% e reconhecer a perda, não tem
jeito”, afirma.
Apesar de sair mais em conta, comprar uma grande quantidade
de moeda estrangeira em espécie traz o risco de roubo e perda do dinheiro, que
podem pesar muito mais no bolso do que o pagamento do tributo à alíquota de
6,38%.
A recomendação a partir de agora, portanto, é reavaliar o
orçamento da viagem vislumbrando um gasto 6% superior ao previsto
anteriormente. E caso os gastos estejam no limite e não seja possível aumentar
o orçamento, o viajante deve considerar o corte de algumas despesas.
Cartão de crédito
Com a mesma tributação para os cartões de débito, pré-pagos
e cartões de crédito, ficou muito mais vantajoso fazer as compras no crédito.
“Não faz mais sentido fugir do cartão de crédito nas
viagens. Agora que foi igualado o imposto vale a pena usar o crédito para
acumular mais milhas e benefícios nos programas de recompensa dos cartões”,
comenta André Massaro.
Onde é mais barato comprar moeda em espécie
O Banco Central disponibiliza por meio de seu site uma
ferramenta online para pesquisar a melhor taxa de câmbio para comprar e vender
moeda estrangeira, antes e depois de viajar.
O serviço, chamado Ranking do VET, permite ao usuário
comparar e ranquear as instituições que comercializam moedas, como bancos e
corretoras de câmbio independentes, segundo o Valor Efetivo Total (VET) das
suas operações de câmbio.
Fonte: Exame


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