quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Espaço do Administrador - Administrando a diversidade da força de trabalho




Um dos desafios mais importantes e abrangentes enfrentados pelas organizações hoje em dia é a diversidade da força de trabalho; as organizações estão se tornando mais heterogêneas em termos de raça, etnia e sexo de seus participantes. O termo se aplica a qualquer pessoa que fuja da norma convencional: deficientes físicos, os representantes da terceira idade e os homossexuais.

Fortalecendo as pessoas

Se você pegar qualquer publicação sobre negócios, encontrará matérias sobre a mudança no relacionamento entre os administradores e aqueles que, supostamente, são por eles gerenciados. O processo de tomada de decisão está sendo levado para o nível operacional, em que os empregados estão tendo a liberdade de fazer escolhas sobre cronogramas e procedimentos e de resolver sozinhos problemas relacionados com seu trabalho. Um crescente número de empresas vem adotando as equipes autogerenciadas, em que os trabalhadores operam praticamente sem qualquer chefia externa.

Lidando com a ‘temporariedade’

Antigamente, os administradores só tinham de introduzir programas importantes de mudança uma ou duas vezes a cada década. Hoje, a mudança é uma atividade contínua para a maioria deles. Administrar, hoje em dia, poderia ser definido como longos períodos de mudanças constantes, interrompidos ocasionalmente por curtos períodos de estabilidade!

O mundo enfrentado pelos administradores e trabalhadores hoje é de permanente temporariedade.

Todas as atividades realizadas pelos trabalhadores estão em permanente mudança e eles precisam continuamente atualizar seus conhecimentos e habilidades para atender as novas exigências do trabalho.As próprias organizações estão constantemente reorganizando suas divisões, desfazendo-se de negócios que não têm bom desempenho, fazendo operações de downsizing, subcontratando serviços e substituindo os funcionários permanentes por temporários.

O estudo do comportamento organizacional pode ajudar a entender de um mundo profissional em contínua mudança, a aprender a superar as resistências à mudança e a criar uma cultura organizacional que seja voltada para ela.

Modelo de Comportamento Organizacional

Um modelo é uma abstração da realidade, uma representação simplificada de um fenômeno real. No nosso modelo de Comportamento Organizacional, há três níveis de análise: do nível individual para o sistema organizacional. Cada nível é construído sobre o nível anterior. O conceito de grupo sai do nível básico do indivíduo; vamos sobrepondo limitações estruturais sobre os níveis do indivíduo e do grupo para chegarmos ao nível do comportamento organizacional.

As variáveis dependentes

As variáveis dependentes são os fatores-chave que você pretende explicar ou prever e que são afetados por outros fatores. Quais são as variáveis dependentes básicas no comportamento organizacional?

Os estudiosos do assunto tradicionalmente enfatizam a produtividade, o absenteísmo, a rotatividade e a satisfação com o trabalho.

Produtividade: Uma organização é produtiva quando consegue atingir seus objetivos, obtendo resultados ao mais baixo custo possível (eficiência e eficácia). Precisamos descobrir quais são os fatores que influenciam a eficiência e a eficácia dos indivíduos, dos grupos e da organização como um todo.

Absenteísmo: O absenteísmo é o não-comparecimento do funcionário ao trabalho. É obviamente difícil para uma organização atingir seus objetivos, se seus funcionários não comparecem para trabalhar. Níveis de absenteísmo acima do normal, em qualquer caso, causam um impacto direto sobre a eficiência e a eficácia da organização.

Rotatividade: É a permanente saída e entrada de pessoas da organização, voluntária ou involuntariamente. Um índice alto de rotatividade resulta em aumento de custos para recrutamento, seleção e treinamento. Quando a rotatividade é muito grande ou envolve a perda de pessoal valioso, pode prejudicar sériamente a eficiência da organização.

Satisfação com o Trabalho: A última variável dependente que analisaremos será a satisfação com o trabalho, que podemos definir neste momento como a diferença entre as recompensas recebidas de fato pelo funcionário e aquilo que ele acredita merecer.

As variáveis independentes

Quais são os principais determinantes da produtividade, do absenteísmo, da rotatividade e da satisfação com o trabalho? A resposta a esta questão nos leva às variáveis independentes.

Variáveis no Nível do Indivíduo: As pessoas entram para as organizações com determinadas características que vão influenciar seus comportamentos no trabalho, tais como: características biográficas, como idade, sexo e estado civil; características de personalidade; estrutura emocional; valores e atitudes; e níveis básicos de capacitação.

Essas características pouco podem ser alteradas pelo esforço de gerenciamento e tem grande impacto sobre o comportamento.

Variáveis no Nível do Grupo: O comportamento de um grupo é mais do que a soma das ações dos indivíduos que fazem parte dele. A complexidade de nosso modelo aumenta quando compreendemos que o comportamento das pessoas é diferente quando elas estão sozinhas ou em grupo.


Variáveis no Nível do Sistema Organizacional: O comportamento organizacional alcança seu mais alto nível de sofisticação quando somamos a estrutura formal ao nosso prévio conhecimento do comportamento dos indivíduos e dos grupos. Da mesma forma que os grupos são mais que a soma de seus membros individuais, a organização também é mais que a soma dos grupos que a compõem. O desenho da organização formal, os processos do trabalho e as funções, as políticas e práticas de recursos humanos da organização e a cultura interna, tudo isso tem impacto sobre as variáveis dependentes.

Fonte: ROBBINS, Stephen P. – Comportamento Organizacional – São Paulo– Prentice Hall, 2002


Carina Silva,  Momento do Administrador







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