Ao mesmo tempo que as empresas discutem suas marcas,
precisam discutir pobreza, mudança sociocultural, sustentabilidade ambiental,
valores, colaboradores, a relação com seus parceiros e acionistas, sem é claro
esquecer do lucro
Alvin Toffler, divide a civilização humana em três ondas
econômicas. A primeira onda das sociedades agrícolas, a segunda onda na Era
Industrial e a terceira onda na Era da Informação, em que mente, informação e
alta tecnologia são tipos de capital essenciais ao sucesso.
Por sua vez, Susilo Bambang Yudhoyono, Presidente da República
da Indonésia, ao prefaciar o livro de Philip Kotler, "Marketing 3.0",
anuncia uma nova onda, portanto a "quarta onda", voltada para a
criatividade, a cultura, a tradição e o meio ambiente, pelo aquecimento global
do planeta e também pela capacidade dos profissionais de marketing detectarem
as ansiedades e os anseios humanos, profundamente enraizados na criatividade,
cultura, tradição e meio ambiente.
Bem, aqueles que passam pelas escolas e em especial pelos
livros do mestre Kotler, irão ler, que exatamente esta é uma das funções dos
profissionais de marketing; compreender os desejos dos clientes, as
necessidades dos consumidores de um produtos, de um serviço. Parece muito
óbvio.
Mas o que é tão óbvio, tem sido apresentado desde a década
de 1950 e muitas, mas muitas empresas até agora, 2014, ainda não estão
aplicando.
Década 1950
No pós-guerra foram desenvolvidos os primeiros conceitos de
marketing, bem como de segmentação de mercado e o mix de marketing.
Assim, a função principal do marketing era gerar demanda de
produtos, e para explicar de maneira concisa McCarthy desenvolveu o conceito
dos 4Ps (Product) Produto, (Price) Preço, (Promotion) Comunicação e (Place)
Distribuição.
Claro que ao longo do tempo muitos outros autores foram
querendo adicionar muitos outros P´s a este modelo, mas continuam sendo apenas
decorrências dos P´s originais, que nada modificam o conceito original
(Pessoas, Processo, Provas Físicas, Opinião Pública, entre outros).
Década 1980
Durante a década de 1980, a economia permaneceu incerta
porque o crescimento havia migrado, principalmente, para os países em
desenvolvimento na Ásia. Gerar demanda em épocas turbulentas, marcadas pela
incerteza, era mais difícil, exigindo mais do que apenas os 4P´s. A demanda era
escassa.
Neste momento, diante da maior concorrência e maior
necessidade de estratégia, tem origem o marketing 2.0.
Década 2000
O ano foi 2008, o mês mais uma vez "setembro", e
uma vez mais uma profunda crise talvez como não se via desde a Grande Depressão
da década de 1930. De uma só vez, marcas como Bears Stearns, Lehman Brothers
desapareceram, AIG e General Motors tiveram que ser socorridas pelo governo
americano como jamais alguém pudera imaginar. Sim, bancos, investidores ambiciosos,
especuladores e vendedores de junk bonds, foram os culpados. Quando a bolha
financeira estourou e os valores dos imóveis afundaram, pobres e ricos ficaram
mais pobres. Desastre para a economia americana, pois 70% do PIB era composto
pelos gastos dos consumidores. Empresas demitiram e o desemprego dobrou, de 5%
para 10%.
O futuro do marketing
Então, gradativamente as disciplinas de marketing estão
tendo seus conceitos transformados.
A gestão de produtos, mudou dos 4P´s para o conceito de
cocriação.
A gestão do cliente, se segmentação, definição de
mercado-alvo e posicionamento para o conceito de "comunização".
A gestão da marca, do atual conceito de construção da marca,
para o desenvolvimento de personalidade da "marca".
Ou seja, o conceito de marketing era vertical e agora é
horizontal, é preciso mais interligação entre ações, disciplinas e acima de
tudo nas próprias comunidades onde residem clientes e consumidores.
Segundo Kotler, para ter sucesso, as empresas precisam
entender que os consumidores apreciam cada vez mais a cocriação, a
"comunização" e o desenvolvimento da personalidade da marca.
Por isso, caro leitor, leitora, marketing é cada vez mais é
a atividade ou um conjunto de ações e processos para criar, comunicar, entregar
e trocar ofertas que tenham valor para os consumidores, clientes, parceiros e a
sociedade em geral.
Fonte: Administradores
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