domingo, 15 de junho de 2014

Estudo revela que maioria dos adultos compartilham conteúdo íntimo via dispositivos móveis

O compartilhamento de conteúdo pessoal pode levar ao cyberstalking - prática criminosa utilizada para perseguir uma pessoa devido a exposição de conteúdo privado




Uma pesquisa realizada pela McAfee constatou que a maioria dos adultos corre o risco de ter conteúdo íntimo exposto na internet. Segundo o estudo realizado com 500 consumidores brasileiros, 62% dos entrevistados disseram compartilhar conteúdo privado (vídeos, fotos, e-mails e mensagens) com outros usuários. Cerca de 61% dessas pessoas relataram que não costumam apagar os arquivos recebidos, armazenando-os na web ou no próprio aparelho.

O compartilhamento de conteúdo pessoal como textos, fotos de nús, vídeos e senhas pode levar ao cyberstalking - prática criminosa utilizada para perseguir ou assediar uma pessoa devido a exposição de conteúdo privado.

Cerca de 82% dos entrevistados afirmaram que protegem seus smartphones com senha ou código de acesso. Porém, 43% compartilham as senhas com o parceiro e 49% usam a mesma senha em vários dispositivos, aumentando a probabilidade de estes serem hackeados. Além de senhas, 60% dos entrevistados diz compartilhar com o parceiro o conteúdo do smartphone e 63% compartilha também contas de e-mail.

Sobre o envio de conteúdo íntimo, 76% enviam arquivos para parceiros, enquanto 17% compartilham com desconhecidos. Dos que enviam o conteúdo para o parceiro, 91% confiam que o conteúdo íntimo não será enviado para outras pessoas, mas 75% pedem para o parceiro apagar as informações quando terminam o relacionamento ou logo após o recebimento.

Os usuários de 18 a 24 anos são os que mais acompanham os passos do parceiro na internet. Dos respondentes, 79% afirmaram olhar o celular do parceiro para ver o conteúdo armazenado nele, incluindo mensagens e fotos. Os que entram na conta do Facebook de seu parceiro somam 27%, enquanto 39% dos entrevistados afirmaram que bisbilhotam o ex nas redes sociais.

"Com todas as histórias que ouvimos sobre fotos íntimas sendo vazadas, é difícil acreditar que as pessoas ainda estão compartilhando suas senhas", diz Gary Davis, vice-presidente de negócios de consumo da McAfee. "Eles estão aumentando os riscos dessas fotos se tornarem públicas e, possivelmente, comprometerem sua identidade e reputação. Os consumidores devem tomar precauções e usar a segurança móvel para garantir que dados pessoais se mantenham privados", conclui o executivo.

É recomendado que não se compartilhe senhas ou códigos de dispositivos móveis com ninguém. Outra dica é evitar o uso de senhas fracas que podem ser facilmente descobertas (como aniversários, números em sequência ou números repetidos). Senhas de seis dígitos e letras transformadas em números são formatos mais seguros. Além disso, tomar cuidado na hora do envio de conteúdo para outros usuários é uma forma de se precaver de possíveis futuros problemas.



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