A produtividade interfere diretamente na rentabilidade, ou
seja, no quanto a empresa lucra para cada real investido no seu negócio
Nestes tempos intranquilos em que vivemos de economia
internacional apertada, do baixo crescimento do PIB brasileiro, da acirrada
concorrência dos importados e pela própria agilidade em que mudanças ocorrem na
sociedade proporcionada pelo alto padrão da tecnologia, a atenção para a
produtividade tem que ser redobrada.
Vamos entender! A produtividade interfere diretamente na
rentabilidade, ou seja, no quanto a empresa lucra para cada real investido no
seu negócio. Por isso, ter produtividade é de interesse estratégico e é uma
avaliação que deve ser permanente. Em síntese, quanto maior a produção pelo
menor custo, maior é o seu ganho. Ter produtividade é ter capacidade de
competir e isso é condição de permanência no mercado.
Não é só na indústria que se mede o índice de produtividade.
No varejo, por exemplo, esse índice é a venda por metro quadrado da área a ser
vendida. Quanto maior a venda do metro quadrado, maior o ganho de produtividade
pelo maior volume de negócios no mesmo espaço, tornando assim os custos da loja
relativamente menor. Em empresas de prestação de serviços, outro exemplo, a
melhor medição é o volume de negócios dividido pelo número de colaboradores ou
faturamento por pessoa.
Por onde então começar o trabalho de melhorar a
produtividade? Quando se tem aumento de escala decorrente do crescimento das
vendas, geralmente o que primeiro acontece é a redução dos custos pela imediata
e total ocupação da capacidade ociosa. O bicho pega quando se tem que fazer
investimentos de ampliação e processos para atender uma produção ainda maior.
Neste caso, com a produção acima da capacidade, um detalhado
diagnóstico é necessário ser feito porque vários fatores entram em
consideração, em especial a visão de longo prazo. É recomendável que se faça um
planejamento financeiro e estratégico para dar o devido respaldo. Mas, há um
ponto a ser observado que antecede a tudo isso. Trata-se da cadeia de valores.
É por onde damos os primeiros passos para as melhorias da produtividade ideal.
Quando se observa uma empresa operar, identificamos o que
cada colaborador faz, para quem e por que. Quando mapeamos isso, entendemos
claramente a origem dos custos. É nesse momento que colocamos a lente de
aumento para ampliar bem os detalhes.
O próximo passo é classificarmos essas pessoas em apenas
duas categorias: as que pertencem às atividades primárias e as que pertencem às
atividades de suporte. As atividades primárias são aquelas que criam valores.
Aquelas atividades ligadas à produção, inovação, venda, marketing, logística e
pós-venda. Criam valores porque geram faturamento, receita, giro e lucro.
As atividades de suporte, por outro lado, não criam valores,
mas são aquelas que proporcionam condições para que as atividades primárias
possam acontecer. São as ligadas à infraestrutura, administração, recursos
humanos, pesquisa e desenvolvimento e compras.
As atividades que não agregam valor são importantes para as
que criam. Uma joga na defesa e a outra no ataque. O que temos que observar
nessa maneira de qualificar os setores e as pessoas envolvidas, é como
deveremos tratá-los. Treinar, contratar, demitir, remanejar e aperfeiçoar as
competências, considerando a sua posição no conjunto da empresa.
Quando chegamos nesse ponto é que começamos a pensar e agir
na produtividade, diretamente no rendimento da operação e das pessoas. Só
depois é que poderemos desenvolver processos, definir investimentos em
instalações, sistemas e equipamentos e que por vezes nem precisam ser feitos.
A melhoria dos índices de produtividade tem o seu começo no
entendimento e aplicação dos conceitos da cadeia de valores que correspondem ao
permanente cuidado na alocação dos recursos. A própria arrumação da casa pode
trazer um resultado imediato.
Fonte: Administradores
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