sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cristóvão Colombo – o corajoso, insistente e teimoso navegador

Dedicado à vida marítima, Cristóvão Colombo foi um dos maiores exploradores da história e um dos pioneiros a navegar meses seguidos em mar aberto




Em todos os livros de história da 5ª série, ele está presente. A maioria dos relatos o retratou como um grande oficial e explorador europeu, responsável por liderar a frota que alcançou o continente americano em 1492 – o que, na realidade, não é mentira. Porém, são poucos os livros que revelam as reais barreiras que o navegador genovês Cristóvão Colombo enfrentou para deixar seu nome marcado na história. Esses obstáculos foram ultrapassados graças, principalmente, a sua habilidade incomum de convencimento, insistência e confiança em seus objetivos, características predominantes nos bons administradores, independente da época.

Tudo começou quando alguns países europeus procuravam por um trajeto marítimo para o Oriente que lhes permitissem comercializar diretamente com a Índia, de onde eram redistribuídas as especiarias e os produtos de luxo. Como solução para o problema surge, então, o projeto do ambicioso – e convencido da esfericidade da Terra – navegador Cristóvão Colombo, que pretendia atingir as Índias navegando pelo Ocidente, contornando o planeta. A ideia, que parecia absurda para a época, ganhou resistência inicial.

Não foi fácil encontrar um patrocinador para essa empreitada. Colombo tentou, mas não convenceu os portugueses. Não teve sucesso também com os reis da Inglaterra e da França. Só depois de muita insistência foi que conseguiu a acolhida da coroa espanhola e dos banqueiros genoveses de Sevilha.

Em agosto de 1492, finalmente, ele partiu com duas caravelas, uma nau, ventos a favor e uma autoconfiança inabalável. Passou dois meses no mar – um recorde nunca antes alcançado. Porém, Colombo ficou longe de realizar o que prometeu. Quem poderia supor que, no caminho, existia todo esse “novo mundo”? As ilhas que desbravou não só tinham nada a ver com as Índias, como também faziam parte de uma terra desconhecida pelos europeus.

Um ano depois, Colombo retornou à Espanha, onde foi recebido triunfalmente e nomeado vice-rei da nova colônia. Guiado pela convicção em uma missão divina e com o aval dos reis espanhóis para realizar o processo de assentamento e colonização no território, ele repetiu mais três vezes a viagem em um curto espaço de tempo.

Cumpre reconhecer os méritos de Colombo. O primeiro, a sair em mar aberto e voltar em segurança. Ele não fez a rota para as Índias, mas modificou o caminho da humanidade ao chegar às ilhas das Caraíbas e, mais tarde, à costa do Golfo do México, na América Central. Seus feitos inspiraram o nome de, pelo menos, um país, a Colômbia, e de duas regiões da América do Norte: a Colúmbia Britânica, no Canadá, e o Distrito de Colúmbia, nos Estados Unidos. O navegador morreu em 1506 e – teimoso como poucos – estava certo de que realmente alcançara as terras da Ásia.



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