A escolha do curso superior deve ser uma escolha planejada
em família. Nesse momento, é muito importante a participação dos pais como
apoio, e não como decisão final
É muito comum a célebre pergunta feita às crianças: “O que
você vai ser quando crescer?”. Mas sabemos que há ainda um longo caminho a
percorrer dessa fase até a real decisão de escolha e, dependendo desse caminho,
muitas vocações vão surgindo.
A escolha do curso superior deve ser uma escolha planejada
em família. Nesse momento, é muito importante a participação dos pais como
apoio, e não como decisão final. Perguntas (mesmo que aparentemente pueris)
como “O que quer ser?”, “O que gosta de fazer?”, “Onde quer estar daqui a
alguns anos?” podem abrir novas possibilidades à vida profissional do jovem. A
maneira de pensamento dessa geração é muito dinâmica, as opções de cursos e
carreiras são diversas, então ajudá-los a organizar os pensamentos e focar nos
pontos onde há conexões com sua vocação pode ser um importante ponto de
partida.
Deve-se estar atento a não cair em tentações como profissões
da moda e carreiras com probabilidades de ganhos maiores. Não que esse ranking
não seja importante, mas é preciso ter a convicção de que a escolha está sendo
feita por vocação, e não por modismos e ganhos a curto prazo – mas nem sempre
sustentáveis.
E como saber mais sobre a verdadeira vocação? O autoconhecimento é de grande valia nesse
momento. Um teste vocacional pode ajudar muito nessa hora. Ele talvez não seja
certeiro em apontar para uma carreira específica, mas certamente será um bom
orientador quanto à área de atuação mais condizente ao perfil.
Na vida universitária muitas vezes essa busca continua.
Então a faculdade, bem como o corpo docente, tem que fazer parte desse
planejamento também. Oferecer cursos extra curriculares para orientação
vocacional, elaboração de currículos para participação em processos seletivos,
são exemplos dessa “parceria”. Em contrapartida, o aluno tem que querer e
buscar esse desenvolvimento, se interessar. É e deve ser uma via de mão dupla.
Das especialidades/cursos que podem agregar hoje em dia, o
MBA ainda é importante?
Muitos cursos superiores têm uma base muito técnica. Quando
o profissional, no mercado de trabalho e/ou na iminência de assumir um cargo de
gestão se depara com a necessidade de desenvolver habilidades comportamentais e
administrativas, a procura por um curso de MBA é uma boa opção.
Um advogado que passará a dirigir seu próprio escritório,
médicos, dentistas e veterinários que montarão suas clínicas, são profissionais
que devem fazer um curso de MBA em Gestão de negócios, por exemplo.
No caso dos profissionais que ocupam cargos nas empresas, o
MBA é um caminho para valorizar o “passe” no mercado. Mas é preciso objetivar
mais que isso. Um MBA é um investimento considerável para somente visualizar um
certificado ao fim do curso. Nas aulas que ministro de MBA, sempre alerto aos
alunos, ainda no início do curso: “Aproveitem cada minuto, desfrutem da rica
troca de experiências entre os colegas de classe, façam da discussão em classe
uma poderosa ferramenta de desenvolvimento de ideias”. Um certificado sozinho tem
prazo de validade, mas o aproveitamento do conhecimento adquirido e a
aplicabilidade perduram e valorizam a carreira.
Outro ponto importante é a escolha da especialização. É
preciso estudar bastante as opções de curso e verificar o que está mais adequado
às suas atuais expectativas e necessidades para o desenvolvimento da carreira.
O curso de MBA deve estar alinhado ao seu planejamento profissional.
Hoje, perfis como facilidade de adaptação, flexibilidade
para mudanças, abertura para o novo, excelente relacionamento interpessoal,
capacidade de liderança, capacidade de pensar estrategicamente, ver a área de
atuação como negócio (intraempreendedorismo) e capacidade de
comunicação/oratória, são habilidades extremamente demandadas pelas empresas e
pelo mercado. E os cursos de MBA oferecem essas qualificações em suas grades.
Para quem ainda acredita que precisa de mais maturidade
profissional antes de optar por um curso de MBA, ou mesmo não tem condições de
arcar com esse investimento, seja no âmbito financeiro ou de tempo, a opção é a
realização de cursos de extensão, ou seja, uma atualização profissional de
curta duração, objetivando complementar o conhecimento em áreas pontuais. Eles
também são recomendados para áreas com atividades profissionais ou necessidades
mais específicas ou urgentes, como por exemplo a necessidade de aprender a
fazer uma apresentação ou focar em pontos de comportamento como liderança,
seleção de pessoas, entre outros.
Como saber qual o melhor e mais adequado para o momento (MBA
ou extensão?)
1) Qual sua
necessidade profissional agora?
2) A resolução é
com urgência ou a necessidade de aprendizagem é mais intensa?
3) Qual o tempo que
você tem para aplicação do conhecimento? Deve ser imediato ou pode ser aplicado
ao longo do tempo?
Dicas para identificar falhas de formação e como tentar
resolvê-las:
1) Quem fez um
curso de graduação muito técnico e está almejando um cargo de gestão, precisa
buscar uma complementação, visando formação em áreas como liderança e Gestão de
Pessoas, por exemplo. Nesse caso, cursar um MBA é uma alternativa
significativa.
2) Mesmo quem já
tem um MBA com essas especializações, não deve “parar no tempo”. Fazer
periodicamente cursos de extensão são fundamentais para a atualização e
desenvolvimento continuado da carreira. Desenvolver e manter as vantagens
competitivas.
3) Responda às
seguintes questões:
- Você é empregável?
- Você tem um plano de carreira ou uma carreira de empregos?
- Seu currículo é somente um cartão de visitas ou atende
prontamente às soluções que as empresas procuram?
- Mudanças no ambiente corporativo. Você sabe lidar com
elas?
4) Partindo do
pressuposto de que a empregabilidade é uma responsabilidade exclusivamente do
profissional e se este, por sua vez, almeja um melhor cargo e uma maior
remuneração, ele não deve esperar pela contrapartida da empresa, mas antes
iniciar o movimento. Mas esse movimento não é uma cobrança por promoção e muito
menos manifestar sentimentos como “não sou reconhecido”, ninguém me oferece uma
chance”. Esse impulso deve partir “do que precisa ser feito”, ou seja, onde
quero chegar, onde estou, onde preciso me desenvolver e AÇÃO.
5) Para os mais
jovens em início de carreira, é necessário aprofundar-se e interessar-se pelo
seu cargo, seu papel, que contribuições a mais podem ser dadas a fim de, não
apenas atender as expectativas da gestão, mas superá-las. Afinal, se no
departamento existem 10 estagiários e apenas 2 vagas para efetivação, quem dos
10 vai ocupá-las? Certamente quem vencerá o desafio não é quem vai esperar para
ver o resultado final, mas quem vai entregar mais e além das expectativas.
6) Vença o
“coitadismo”. Lugares de destaque e SUSTENTABILIDADE no mercado corporativo são
para os que acreditam em si e em suas capacidades. Pessoas que lutam com as
armas da criatividade, inovação, liderança, profissionalismo, cordialidade,
compreensão, gentileza e que se preocupam constantemente com seu
desenvolvimento. Conseguir um lugar de destaque já é um desafio. Garantir a
sustentabilidade desse lugar é uma questão de princípios.
7) Desenvolver
habilidades além do conhecimento técnico. Habilidades comportamentais são a
“chave mestra” para ampliar capacidades de liderança e melhorar potencialmente
os relacionamentos intra e interpessoais.
8) Desenvolver
habilidades de oratória. Falar em público através de seminários e apresentações
corporativas é uma capacidade cada vez mais demandada aos profissionais de
todas as hierarquias. Mostrar resultados de uma forma assertiva, vender ideias,
apresentar pontos importantes, enfim tudo isso pode e deve ser desenvolvido.
9) Seu currículo tem
que solucionar problemas das empresas. Uma boa edição de suas informações
profissionais e habilidades pode ajudar bastante em um melhor posicionamento em
sistemas de busca, por exemplo. O que as empresas estão buscando nas vagas
anunciadas? Onde tenho mais expertise? Essa é a linha onde tenho que dar mais
ênfase em minha apresentação.
10) Para os
novatos, é importante destacar as faltas imperdoáveis mais consideradas nas
entrevistas de emprego: aparente desinteresse do candidato e insegurança em responder
às questões. Procure estar devidamente preparado, estude a empresa e o segmento
de atuação, tenha postura profissional, vista-se adequadamente e,
principalmente, ouça com atenção para responder com clareza.
11) Para quem já
está no mercado:
- Pense no cargo que ocupa no momento e liste suas
exigências e o que poderia ser feito a mais.
- Pergunte a si mesmo se está entregando algo a mais antes
de cobrar um reconhecimento.
- Faça uma relação com o que faz de melhor tecnicamente e
quais são as suas habilidades comportamentais.
- Desenvolva ações para alcançar diferenciais.
12) Para quem está
entrando no mercado:
- É preciso cuidado com armadilhas, como aceitar propostas
de trabalho sem ter a visão de que elas estão ou não alinhadas ao que se
deseja. É importante que o profissional defina o que faz melhor e o que gosta
de fazer e, aí sim, escolha.
Enfim, as pessoas precisam encontrar sentido nas atividades
que executam diariamente nas empresas. Esse é um importante termômetro para
mensurar o quanto o profissional está mais próximo ou mais distante da
sustentabilidade e motivação em sua carreira e o que precisa ser feito para
trabalhar possíveis “gaps”.
Fonte: Administradores
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