domingo, 15 de dezembro de 2013

Inovação e comprometimento para fazer do mundo um lugar melhor

Glayson Ferrari construiu uma carreira que mesclou técnica e compromisso com um mundo melhor, fazendo parte de vários processos inovadores e protagonistas




Fazendo a diferença. É assim que podemos definir o Glayson Ferrari dos Santos, administrador, pai, apaixonado por viajar e Chief Techinical Adviser do Programa Empresarial Angolano das Nações Unidas.

Ele construiu uma carreira que mesclou técnica e compromisso com um mundo melhor. Fez parte de vários processos inovadores e protagonistas, trabalhou em 14 países da América Latina, representou articulações que envolveram os quatro continentes e agora, na África, atua em favor de uma economia inclusiva na região.

Para o professor Emerson Freitas, do Centro Universitário Newton Paiva (MG), o ex-aluno Glayson “já é um grande administrador do futuro não somente pela trajetória de sucesso profissional, mas também pelo desprendimento, empreendedorismo e preocupação com as questões sociais”.

1 - Você nos contou que hoje é Chief Techinical Adviser do Programa Empresarial Angolano das Nações Unidas. Como chegou ao cargo? Poderia nos contar um pouco mais sobre sua trajetória?

Desde criança tive muito interesse pelos temas sociais. Obtive o meu primeiro contrato formal de trabalho aos 14 anos com uma ONG. Em seguida estudei Administração com foco em comércio exterior no Centro Universitário Newton Paiva em Belo Horizonte. Na universidade fundei o grupo de Cooperadores de Comércio Exterior, um grupo de estudantes e professores dispostos ao aperfeiçoamento pessoal, social e profissional.

Quase no final da universidade ingressei na ONG internacional Visão Mundial, onde permaneci por quase 10 anos, liderando programas de desenvolvimento econômico em nível nacional e internacional. Nesse período, atuei em 14 países da América Latina, liderando as discussões e mobilizações em torno da temática do comércio e do desenvolvimento econômico. Além disso, representei a América Latina durante duas rodadas internacionais de negociações da Organização Internacional do Comércio.

Fui membro do Comitê Internacional de Comércio Justo, localizado na Bélgica, e na última reunião global da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), ocorrida no Brasil, liderei a participação da sociedade civil dos quatro continentes.

Deixei a Visão Mundial para ocupar o cargo de assessor internacional do gabinete do Ministro no Ministério do Desenvolvimento Social, do governo brasileiro, em seguida ingressei no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, onde atuei como líder do Programa de Desenvolvimento Humano Local, trabalhando com municípios de todas as partes do Brasil.

Em seguida, assumi a liderança do Programa Empresarial Angolano das Nações Unidas, onde estou atualmente. Durante todo esse período atuei como consultor para organizações nacionais e internacionais e como professor de cursos de especialização e pós-graduação.

Como a sua formação em Administração colaborou para alcançar esses objetivos?


Gestão é o que fiz durante toda a minha carreira. Gestão de recursos, de pessoas, de tempo, de metas, de planos e de projetos. A minha formação me deu ferramentas essenciais para o sucesso de qualquer trabalho. Saber planejar, executar, monitorar e avaliar é condição para uma carreira dar certo. De quem sabe de onde saiu e até onde quer chegar.

Quais são os principais projetos desenvolvidos pelo Programa das Nações Unidas em que você atua no momento? Poderia nos contar mais sobre algum deles?


Estou em Angola para promover o desenvolvimento. Angola é um país em reconstrução, com infinitas possibilidades e riquezas, mas que também reserva inúmeros desafios em termos de diversificação econômica e promoção da igualdade social e econômica. Trabalhamos com o governo, a sociedade civil e o setor privado. A atuação do programa pode ser resumida nas estratégias de fomento empresarial de Angola, nomeadamente das áreas de assistência técnica, microfinanças, comercialização e políticas públicas.

Muitos estudantes de Administração estarão lendo essa entrevista. Qual mensagem você deixaria para eles?


Primeiro nós temos que saber o que queremos e do que gostamos. Definir a carreira pelo quanto se pode ganhar é um grande erro. A possibilidade de ser bem-sucedido financeiramente aumenta para quem gosta do que faz. Segundo, tem que suar muito, trabalhar, estudar, atualizar os conhecimentos, circular em diferentes ambientes, ter uma boa rede de contatos e, é claro, manter esta rede. Terceiro, ter um pouquinho de planejamento, ousadia e criatividade. Nunca mandei currículos somente para aquelas vagas para as quais eu tinha o perfil, também enviava para aqueles para as quais eu tinha potencial e várias me chamaram.




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