quinta-feira, 4 de maio de 2017

Não se conforme com o conhecimento que você adquiriu na universidade até hoje




Durante nossa “breve” passagem pelo curso de Administração, você deve estar pensando, BREVE?? bem são 4 ou 5 anos de curso, no meu caso foram 5, mais bônus de greves, mas uso o termo “breve” para enfatizar a forma como você aproveitou ou está aproveitando seu tempo durante o curso, tenha sede de conhecimento, traga para sala de aula novas discussões do que está acontecendo na atualidade, aproveite esse tempo da melhor forma possível, pois no fim o que fica é o conhecimento que você adquiriu e colocou em prática de alguma forma, por que é assim que aprendemos, colocando em prática e o mais importante ao fim dessa jornada, não pare de estudar, siga imediatamente para uma pós na área que você goste.  

Uma linha de pesquisa que conheci recentemente, e que me chamou muita atenção a ponto de escrever este artigo diz respeito  as cadeiras de Teoria Geral da Administração pagas durante o curso, estudamos os modelos científicos e clássicos de gestão como o Taylorismo e o Fordismo, juntamente com outros modelos todos de origem Americana, pelo fato de que a Administração se originou nos EUA, no entanto, hoje já é possível sairmos um pouco dessa zona de conforto e explorar os modelos de gestão de outros países como México, França, Alemanha, Rússia, China e Japão realizando assim um trabalho de benchmarking, trazendo para as empresas novas perspectivas. 

Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores Administradores, membros do Núcleo de Estudos da Teoria Geral da Administração do CRA da Bahia, produziram o livro que tem como título “Administração sem fronteiras” Vol. 1, organizado por Sandro Pinto, onde é possível conhecer um pouco sobre os modelos de gestão e ferramentas utilizadas nos seguintes países: Alemanha, México, França, Japão, Índia e China.  

Neste artigo irei trazer algumas características e fermentas interessantes existentes em três países, são eles: Japão, China e Alemanha, provocando assim uma reflexão acerca de como o campo de administração é vasto e dinâmico e que é possível ir muito além do que é visto em sala de aula.  

Vamos lá! 

JAPÃO  

O modelo de gestão Japonesa é considerado uma extensão moderna das ideias trazidas pelo Taylor e Ford, iniciados a partir do conjunto de inovações organizacionais desenvolvidas pelo sistema Toyota de produção.  Outra característica importante do modelo japonês diz respeito a cultura, o interesse e valorização não só do colaborador, mas de todos os stakeholders, onde o objetivo principal não é o lucro, mas a mediação dos interesses dos diferentes grupos que a compõem as organizações sendo construído sobre um conjunto de contrapartidas verdadeiras, emprego vitalício e mercados internos de trabalho.  

CHINA 

A China assim como o Japão apresenta uma forte presença cultural em tudo o que faz. Existe uma característica cultural chinesa muito importante que é o “guanxi” que refere-se a um tipo especial de relações ou conexões sociais com base em interesses e benefícios mútuos, em que as relações entre parceiros acontecem por meio de obrigações recíprocas e troca de favores.  O guanxi destaca-se como um tipo especial de relação “networking” que une os parceiros de troca por meio de obrigações recíprocas para obtenção de recursos através de uma cooperação contínua e troca de favores, mas esse método só irá funcionar e trazer resultados se os indivíduos estiverem dispostos a usar o seu guanxi em nome da organização. 

ALEMANHA 

O mecanismo de cogestão, amplamente difundido nas empresas alemãs, tem como fundamento o entendimento de que trabalhadores e patrões são parceiros em uma relação de longo prazo. 

A cogestão pode ocorrer em uma empresa de três maneiras 


  1. Participação no capital da empresa; 
  2. Participação nos lucros; e  
  3. Participação na gestão propriamente dita. 


Fazendo com que os colaboradores se sintam parte integrante da empresa, gerando assim Ganha, Ganha e benefícios mútuos, pois garante aos colaboradores o acesso de informação, documentos, exposição de ponto de vista, fiscalização, votação para formação do conselho. Ou seja, é um modelo de gestão que convida o colaborador a participar da gestão da empresa.  

O ponto chave dessa discussão, não é impor que seja pego o que está sendo feito lá fora e imediatamente aplicar de forma pronta e acabada numa organização, pois como sabemos, cada organização é única, tem suas próprias características, tais modelos podem resolver alguma falha de gestão iminente, através da sua adaptação a realidade de cada organização, como também podem ser fonte de inspiração para a criação de um modelo próprio.  

Procure estar antenado ao que está acontecendo na sua profissão, leia muito, escreva artigos e publique-os, leve novas discussões para a sala de aula, disseminar conhecimento é um forma de colocar em pratica aquilo que você aprendeu.  

Você Sabia?  

Empresario chinês, presidente da Tiens Group, Li Jinyuan em 2015 pagou uma viagem de férias à França para mais de 6 mil empregados para comemorar os 20 anos da empresa, fato que se repetiu em 2016 levando os colaboradores que tiveram melhor desempenho, dessa vez para a  Espanha. 

Até a próxima adm’s!  

 “A capacidade para inovar, decidir e agir são prerrogativas humanas, somente as pessoas podem ter ideias, ser criativas, inovadoras, inventar e reinventar e no cenário competitivo essas características são fundamentais”. (Yeda Oswado) 

Momento do ADM, Adm. Rafaela Mota - 04 de maio 2017.


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