Controle é uma função administrativa: é a fase do processo
administrativo que mede e avalia o desempenho, e toma a ação corretiva necessária.
Assim, o controle é um processo essencialmente regulatório.
CONTROLE ESTRATÉGICO
O controle estratégico – também denominado controle
organizacional – é tratado no nível institucional da empresa e se refere
geralmente aos aspectos globais que envolvem a empresa como uma totalidade. Sua
dimensão de tempo é o longo prazo. Seu conteúdo é geralmente genérico e
sintético. Daí as três características básicas que identificam o controle
estratégico da empresa:
1. Nível de decisão: é decidido no nível institucional da
empresa.
2. Dimensão de tempo: é orientado para longo prazo.
3. Abrangência: e genérico e abrange a empresa como um todo.
É macroabrangente.
Devido a enorme complexidade e as multifacetadas atividades
da empresa, torna-se difícil abordar o controle em sua totalidade, uma vez que
existem muitos tipos de controles: financeiros, contábeis, de produção, de
qualidade, de inventários, de vendas, de pessoal, etc. Isto significa que
muitas pessoas se incumbem, dentro das empresas, de tarefas relacionadas com o
acompanhamento e avaliação das atividades correntes e passadas, comparando-as
com normas e padrões desejados pela empresa. Se os resultados se afastam ou se
desviam das normas prescritas, alguma ação corretiva deve ser tomada
Todo sistema depende de insumos ou entradas que procedem de
seu meio ambiente para podermos funcionar. Os insumos ou entradas são
processados pelos diversos subsistemas e transformados em saídas ou resultados
(produtos ou serviços) que retornam ao meio ambiente. A eficiência do sistema consiste
em manter uma relação viável de entradas / saídas. O sistema perde eficiência
quando seus insumos ou entradas tardam a chegar, por qualquer motivo,
acarretando paradas ou esperas dos subsistemas. Por outro lado, o sistema que
tem mais entrada e saídas, isto é, o sistema que acumula insumos por receio de
retardas suas operações por falta deles, também perde eficiência, pois tem
excesso de recursos não utilizados. Assim, a escassez ou excesso de insumos ou
entradas constituem extremos ou desvios que devem ser evitados em qualquer
sistema produtivo.
Da mesma maneira, o sistema cujas saídas não atendem às
necessidades do meio ambiente perde eficácia. E quando suas saídas são maiores
de que demanda do meio ambiente, elas tendem a ficar retidas dentro do sistema
aguardando o momento de serem liberadas.
Como sistemas abertos, as empresas procuram continuamente
controlar suas atividades mantendo-as sempre dentro dos parâmetros ou
balizamentos adequados. E aí surge a noção de controle.
O controle estratégico visa a duas finalidades principais:
- Correção de falhas ou erros existentes: o controle serve para detectar falhas ou erros – seja no planejamento ou na execução – para apontar as medidas corretivas adequadas para sana-las.
- Prevenção de novas falhas ou erros: ao corrigir as falhas ou erros existentes, o controle aponta os meios necessários para evita-los no futuro.
O controle é algo universal, consiste fundamentalmente em um
processo que guia a atividade exercida para um fim previamente determinado. A
essência do controle reside em verificar se a unidade controlada está ou não
alcançando os resultados desejados.
Os controles organizacionais servem para:
- Padronizar o desempenho, por meio de inspeções, supervisão, procedimentos escritos ou programas de produção.
- Padronizar a qualidade de produtos e serviços oferecidos pela empresa, mediante treinamento de pessoal, inspeções, controle estatístico de qualidade e sistemas de incentivos.
- Proteger os bens organizacionais de abusos, desperdícios ou roubos, por meio de exigência de registros escritos, procedimentos de auditoria e divisão de responsabilidades.
- Limitar a quantidade de autoridade que está sendo exercida pelas várias posições ou níveis organizacionais, mediante descrições de cargos, diretrizes e políticas, regras e regulamentos e sistemas de auditoria.
- Avaliar e dirigir o desempenho das pessoas, por meio de sistemas de avaliação do desempenho pessoal, supervisão direta, vigilância e registros incluindo informação sobre produção por empregado ou perdas com refugo por empregado etc.
- Meios preventivos para o atingimento dos objetivos da empresa, pela articulação de objetivos em um planejamento, uma vez que os objetivos ajudam a definir o escopo apropriado e a direção do comportamento dos indivíduos para o alcance dos resultados desejados.
FASES DO CONTROLE ESTRATÉGICO
1. Estabelecimento de padrões de desempenho
Os padrões representam o desempenho desejado. Podem ser
tangíveis ou intangíveis, vagos ou específicos, mas sempre relacionados com o resultado que se deseja alcançar. Os
padrões são normas que proporcionam a
compreensão daquilo que se deverá fazer.
A Escola da administração Científica de Taylor deu exagerada
ênfase ao desempenho de técnicas e
métodos capazes de proporcionais padrões
de desempenho. O “estudo de tempos e movimentos” constitui uma técnica desenvolvida para
determinar o tempo padrão, isto é, o tempo médio que um operário deverá levar
para executar uma determinada tarefa. O custo padrão é um outro exemplo de técnica
que fixa padrões para analisar e controlar os custos empresariais.
Existem vários tipos de padrões utilizados para avaliar e
controlar os diferentes recursos da empresa, a saber:
- Padrões de quantidade: como número de empregados, volume de produção, volume de vendas, percentagem de rotação do estoque, índice de acidentes etc.
- Padrões de qualidade: como padrões de qualidade para a produção, funcionamento de máquinas e dos equipamentos, qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa, assistência técnica etc.
- Padrões de tempo: como permanência média do empregado na empresa, tempos padrões de produção, tempo de processamento dos pedidos dos clientes etc.
- Padrões de custo: como custo de estocagem das matérias-primas, custo do processamento de um pedido, custo de uma requisição de material, custo de uma ordem de serviço, relação custo-benefício de um novo equipamento, custos diretos e indiretos da produção etc.
2. Avaliação do desempenho
Para se controlar o desempenho deve-se, pelo menos, conhecer
algo a respeito dele e do seu passado, Isto pode parecer coisa simples, porém,
se a base da mediação ou mensuração não for bem definida, o processo cairá em
erros e confusões. Um sistema de controle depende da informação imediata a
respeito do desempenho e da unidade de mensuração deverá estar de acordo com o
padrão predeterminado e deverá ser expressa de forma que facilite uma
comparação entre o desempenho e o padrão de desempenho desejado.
3. Comparação do desempenho com o padrão
A comparação do desempenho com o que foi planejado não busca
apenas localizar os erros ou desvios, mas também permitir a predição de outros
resultados futuros. Um bom sistema de controle, além de proporcionar rápidas
comparações, permite localizar possíveis dificuldades ou mostrar tendências
significativas para o futuro. Não é possível modificar o passado, mas a sua
compreensão pode propiciar auxilio para, a partir do presente, criar condições
para que as operações futuras obtenham melhores resultados.
No fundo, a comparação pode ser feita por meio de:
- Resultados: quando a comparação entre o padrão e a variável é feita depois de terminada a operação. A mensuração realiza-se em termos de algo pronto e acabado, no fim da linha, e apresenta o inconveniente de mostrar os acertos e faltas de uma operação já terminada, uma espécie de atestado de óbito de algo que já aconteceu.
- Desempenho: quando a comparação entre o padrão e a variável é feita paralelamente à operação, ou seja, quando a comparação acompanha a execução da operação. Embora feita paralelamente ao tempo e, portando, atual, a mensuração é feita sobre uma operação em processamento e ainda não terminada. Correspondente a uma espécie de monitoração do desempenho, sem interferir no seu resultado ou na sua consecução.
A comparação do resultado ou do desempenho em relação ao
padrão pode resultar em três possibilidades:
- Conformidade ou aceitação: o resultado ou desempenho está de acordo com o padrão e, portanto, aceito.
- Os resultados ou desempenho apresenta leve desvio quanto ao padrão, mas dentro da tolerância permitida, e, portanto, aceito, embora a conformidade não seja a ideal.
- Rejeição: o resultado ou desempenho apresenta desvio, afastamento ou discrepância para maio ou para menos em relação ao padrão, além da tolerância permitida e, portanto, rejeitando e sujeito à ação corretiva.
A comparação dos resultados obtidos com os resultados
planejados geralmente é feita por meios de apresentação como gráficos,
relatórios, índices, percentagens, medidas e estáticas etc. Esses meios de
apresentação impõem técnicas à disposição do controle para que este tenha maior
informação sobre aquilo que deve ser controlado.
4. Ação corretiva
O controle organizacional deve indicar quando o desempenho
não está de acordo com o padrão estabelecido e qual a medida a adotar. O
objetivo do controle é exatamente indicar quando, quanto, onde e como se deve
executar a correção.
A ação corretiva é tomada a partir dos dados quantitativos
gerados nas três fases anteriores do processo de controle. As decisões quanto
‘as correções a serem feitas representam a culminação do processo de controle.
Qualquer que seja o nível, a área de atividade ou o problema
envolvido, o processo de controle é basicamente o mesmo e segue aproximadamente
estas quatro fases. Pode mudar o mecanismo, mas o processo é sempre o mesmo.
O controle depende e contribui para as outras funções
administrativas, guardando estreito inter-relacionamento com todas elas. Sem o
planejamento para fixar os objetivos e especificar as atividades, o controle
não teria qualquer propósito. Sem a organização, a orientação sobre quem deve
fazer as avaliações e quem deve tomar as ações corretivas não existiria. Sem a
direção, todos os relatórios de avaliação não teriam nenhuma influência sobre o
desempenho atual da empresa.
TIPOS DE CONTROLES ESTRATÉGICOS
Da mesma forma como existe uma hierarquia nas atividades de
planejamento, é evidente que há uma hierarquia de tipos de controle. O
importante é que, à medida que os planos vão descendo a escala hierárquica e
penetrando mais nos detalhes, o mecanismo do controle se torna bem mais
evidente. Os controles são mais vagos e amplos à medida que se sobe na escala
hierárquica da empresa.
Existem vários tipos de controle estratégico, a saber:
1. O DESEMPENHO GLOBAL DA EMPRESA
No nível institucional, são desenhados e utilizados sistema
de controle para medir o desempenho global da empresa. Em alguns casos,
tornam-se necessários sistemas de controle para medir o desempenho de uma ou de
todas as unidades – departamentos ou divisões – da empresa ou ainda de certos projetos
considerados prioritários.
Existem três razões básicas para a existência de controle
sobre o desempenho global da empresa:
- O planejamento estratégico é aplicável à empresa como uma totalidade no sentido de alcançar objetivos empresariais globais. Para acompanha-lo e medi-lo, tornam-se necessários controles igualmente globais e amplos, para permitir ações corretivas por parte da direção da empresa.
- Na medida em que ocorre descentralização da autoridade, as unidades passam a ser semi-autônomas em suas operações e, principalmente, em suas decisões locais, exigindo controles globais capazes de evitar o caos decorrente da completa autonomia que poderia advir.
- Controles globais permitem medir o esforço total da empresa como um todo ou de uma área integrada em vez de medir simplesmente parte dela.
Quase sempre, os controles globais na empresa são de caráter
financeiro. Existem outros aspectos importantes
na avaliação do desempenho global da empresa: seu atendimento às
necessidades do ambiente externo, sua imagem no mercado, seu potencial de
recursos humanos e de conhecimentos tecnológicos etc.
2. RELATÓRIOS CONTÁBEIS
O controle do desempenho global da empresa geralmente toma a
forma de relatórios contábeis que constituem uma conclusão de todos os
principais fatos da empresa, como volume de vendas, volume de produção, volume
de despesas em geral, custos, lucros, utilização do capital, retorno sobre o
investimento etc., dentro de um inter-relacionamento que varia de empresa para
empresa. Com isso, a administração no nível institucional pode saber como a
empresa como um todo está sendo bem ou mal sucedida em reação aos seus
objetivos.
3. CONTROLE DOS LUCROS E PERDAS
O demonstrativo de lucros e perdas (L & P) apresenta uma
visão resumida da posição de lucro ou de perda da empresa em um determinado
período de tempo. Comparando os demonstrativos dos períodos anteriores, pode-se
verificar certas variações e detectar algumas áreas que necessitam de maior
atenção por parte da administração. Como a sobrevivência do negócio depende
basicamente da lucratividade, o lucro passa a ser um importante padrão para a
medida do sucesso, seja da empresa como um todo, seja para determinados
departamentos ou divisões mais importes. O controle sobre lucros e perdas,
quando aplicável a departamentos ou divisões da empresa, se baseia na premissa
de que o objetivo do negócio como um todo é gerar lucros e cada parte da
empresa deve contribuir para esse objeto. A capacidade de cada parte atingir um
determinado lucro esperado passa a ser um padrão para medir o seu desempenho.
A análise de lucros e perdas pode ser feita recorrendo-se a
muitos métodos diferentes. Um deles é comparar a demonstração de lucros e
perdas orçada (da empresa como um todo ou de um determinado em particular),
para um determinado período, como os dados reais do mesmo período. As
diferenças entre o que foi orçado e a realidade devem ser determinadas,
identificadas e explicadas. E, se necessário, corrige-se o desvio ocorrido.
Outro método para analisar os lucros e perdas é a análise percentual que
utiliza percentagem ou índices contábeis ou financeiros, para comparar o
planejado (orçado) e o real.
4. CONTROLE PELA ANÁLISE DO RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO
(RSI)
Com a análise RSI a empresa pode avaliar suas diferentes
linhas de produtos e verificar onde o capital está sendo mais eficientemente
empregado, além de poder fazer uma aplicação balanceada do capital para
alcançar um lucro global maior. Isto lhe permite identificar os produtos mais
rentáveis, bem como melhorar outros que estão pesando negativamente na balança
dos lucros.
CONTROLE ESTRATÉGICO DO PONTO DE VISTA HUMANO
Por controle social entendem-se todos os meios utilizados
para induzir uma pessoa ou grupos de pessoas a corresponderem às expectativas
de uma organização social ou da própria sociedade. As empresas tem o poder ou
controle sobre as pessoas. A autoridade para exercer poder é geralmente
institucionada por meio de documentos escritos, devidamente publicados para
conhecimento geral das pessoas envolvidas.
AS VARIÁVEIS CAUSAIS, INTERVENIENTES E RESULTANTES
Likert procura demonstrar como as pessoas influenciam os
resultados finais da empresa. Para avaliar o desempenho humano em termos
globais, ele aponta três tipos de variáveis, a saber:
Variáveis causais: são as variáveis administrativa que são
determinadas por meio de decisões da própria empresa, como a estrutura
organizacional, a filosofia e as políticas administrativa, o estilo de
liderança, os planos e os controles, enfim, todos os fatores que a
administração amolda e altera segundo seus pontos de vista.
Variáveis intervenientes: são as variáveis provocadas pelos
participantes da empresa, ou seja, pelos próprios empregados com suas atitudes,
percepções, motivações, habilidades e capacidades, interação social,
comunicação, lealdade, decisões pessoais, etc.
Variáveis resultantes: são as variáveis finais, ou seja, as
conseqüências ou os efeitos das variações causais e dos desdobramentos provocados
pelas variáveis intervenientes. É o caso da produção, da produtividade, dos
custos, lucros, etc.
CONTROLE TÁTICO
O controle tático é exercido ao nível intermediário das
empresas, é denominado controle departamental ou controle gerencial. Refere-se
aos aspectos menos globais da empresa. Sua dimensão de tempo é o médio prazo.
Aborda geralmente cada unidade da empresa – como um departamento ou cada
conjunto de recursos tomados isoladamente.
A teoria do controle se baseia em dois conceitos
importantes:
a. Retroinformação: é a retroação ou realimentação, o
mecanismo que fornece informações relativas ao desempenho passado ou presente,
capazes de influenciar as atividades futuras ou os objetivos futuros do
sistema. Fornece as informações necessárias às decisões para promover o ajuste
do sistema.
b. Homeostase: é a tendência que todos os organismos e
organizações têm para auto-regular-se, isto é, para retornarem a um estado de
equilíbrio estável toda vez que forem submetidas a alguma perturbação por força
de algum estímulo externo.
Uma vez estabelecidos os objetivos no nível institucional,
elaborados os planos no nível intermediário, reunidos os recursos necessários e
baixadas as instruções e procedimentos, o executivo precisa assegurar que o
desempenho da execução corresponda aos planos. Neste sentido, o executivo – no
nível intermediário – precisa desenvolver um processo de controle que envolve
as quatro fases seguintes:
- Estabelecimento de padrões.
- Avaliação de resultados.
- Comparação dos resultados com os padrões.
- Ação corretiva quando ocorrem desvios ou variâncias.
1. ESTABELECIMENTO DE PADRÕES
Os padrões de controle dependem diretamente dos objetivos,
especificações e resultados previstos resultantes do processo de planejamento.
Um padrão significa um nível de realização ou de desempenho que se pretende
tomar como referência. Um padrão pode servir como um resultado esperado em
função do planejamento.
Os padrões fornecem parâmetros que deverão balizar o
funcionamento do sistema. As decisões sobre os padrões geralmente são tomadas
no decorrer do processo de planejamento, mas poderão ser reajustados à medida
que o processo de controle comece a produzir a informação de realimentação
capaz de definir se os padrões estão adequadamente prefixados ou se devem ser
alterados para mais ou para menos, a fim de se ajustar à realidade dos fatos.
O padrão fornece os critérios para medir o desempenho e
avaliar os resultados.
No nível intermediário, os padrões de controle são
geralmente estabelecidos a partir de certos objetivos departamentais tomados
como critérios para avaliar os resultados e o desempenho de cada departamento.
Cada departamento, ao fixar os seus objetivos principais e secundários, define
os padrões pelos quais poderá verificar se está ou não atingindo o leque de
objetivos a que se propôs alcançar.
2. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
O controle tático se baseia fundamentalmente nas informações
obtidas no acompanhamento da execução
dos planos de ação ou da operação dos programas previamente estabelecidos. Seu
objetivo é avaliar o desempenho ou os resultados dentro dos limites previstos
pelos padrões, a fim de garantir o alcance dos objetivos traçados. Constitui o
meio adequado de influir nas decisões para corrigir a atividade planejada ou a
operação programada e possibilitar o ajustamento da atividade ou da operação em
relação aos objetivos.
A descentralização administrativa influencia poderosamente o
controle: à medida que aumenta a descentralização, deve haver alguma
modificação nos controles da empresa. Quando as decisões são centralizadas, o
administrador geralmente estabelece padrões detalhados para os métodos e
resultados de cada fase do trabalho: padrões rigidamente definidos, métodos e
resultados de cada fase do trabalho.
A freqüência com que são feitas as avaliações também muda
com a descentralização. Na centralização, o administrador geralmente se
preocupa com detalhes e com o curto prazo. À medida que descentraliza, o
administrador deixa de lado detalhes e os relatórios diários para dirigir sua
atenção para resultados globais e para amplitudes de tempo mais longas.
3. COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS
A comparação é geralmente uma atividade especializada de
assessoria (staff) por envolver especialização. Aliás, boa parte das atividades
de planejamento e de controle é geralmente um encargo de assessoria e não de
linha. Muitos dos componentes da comparação envolvem alguma especialização
técnica e os seus resultados são transmitidos aos gerentes de linha por meio de
relatórios, mapas, circulares, etc. A partir desse material, que geralmente
constitui o sistema de informação gerencial (SIG), os gerentes de linha avaliam
o funcionamento geral de seus departamentos ou unidades e tomam as decisões
necessários para sua adequada condução.
A comparação proporciona a informação a respeito da
quantidade, qualidade, do tempo e custo das atividades de cada departamento,
capaz de permitir sua avaliação em relação aos padrões preestabelecidos. O
processo de comparação repousa na mensuração, na variância e no princípio da
exceção, que são os seus três elementos essenciais.
a. Mensuração: refere-se à informação sobre o desempenho de
um departamento, de forma a avaliá-la de acordo com algum critério quantitativo
ou qualitativo. As principais técnicas de mensuração utilizadas são a
observação e os relatórios.
- Observação: A observação do nível de atividade –
indagações feitas ao empregados, observação do desempenho e comportamento dos
mesmos, comentários obtidos dos clientes, notícias dos consumidores etc. - qualquer que seja a maneira pela qual é
feita, é um importante meio de se saber como as coisas vão indo.
- Relatórios: Por meio de relatórios, os dados chegam ao
administrador de uma forma que lhe permite fazer comparações e tomas as ações
mais indicadas. Relatórios de controle permitem revelar não apenas o que está
acontecendo em um determinado período de tempo, mas também o significado do que
está acontecendo.
b. Variância: é algum grau de desvio ou de afastamento do
desempenho atual em relação ao padrão estabelecido. A comparação procura
descobrir e localizar se existe
discrepância ou desvio entre o que está sendo feito e o que deveria ser feito.
c. Princípio da exceção: deixa de lado as ocorrências
normais que não requerem ação corretiva, para apontar somente o que é
excepcional, isto é, as ocorrências que fogem à normalidade dos acontecimentos.
4. A AÇÃO CORRETIVA
A maioria dos administradores detém e concentra em suas mãos
o controle sobre uma infinidade de assuntos e somente autoriza o prosseguimentos
das atividades após certificar-se se os diversos padrões estão sendo
observados.
Em algumas circunstâncias, a verificação e aprovação de
certos assuntos poderão ser delegados a indivíduos mediante a delegação de
poderes especiais de controle.
TIPOS DE CONTROLES TÁTICOS
1. CONTROLE ORÇAMENTÁRIO
O orçamento constitui geralmente um plano apresentado em
termos de dinheiro: a atividade da empresa é produzida em resultados esperados,
tendo o dinheiro como denominador comum.
A grande vantagem do processo orçamentário é que ele leva a
administração a explicitar seus planos futuros e a atribuir-lhes valores
financeiros.
Os orçamentos são freqüentemente empregados para comunicar
os planos às várias partes da empresa. Muitas empresas desenvolvem um sistema
de orçamento abrangente, no qual os vários orçamentos são relacionados
quantitativa e logicamente, formando um sistema integrado. Outras empresas
utilizam sistemas de orçamentos parciais, orientados para determinados aspectos
do planejamento, como orçamentos de vendas, de produção e de despesas gerais.
2. ORÇAMENTO-PROGRAMA
O orçamento-programa requer a identificação das missões e de
todas as despesas com elas relacionadas, desde a justificativa de sua
necessidade, o projeto e a produção, até sua entrega e utilização.
Todavia, o orçamento-programa tem suas limitações. Ele exige
a implementação de uma sistemática administração programática em todos os
níveis da empresa. Por outro lado, nem todas as decisões se fundamentam em
análise quantitativa e muitas delas envolvem julgamentos pessoais que não são
previstos no orçamento-programa.
3. CONTABILIDADE DE CUSTOS
Trata de informações sobre acumulação e análise de custos,
alocando os custos em algum tipo de unidade-base, como produtos, serviços,
subconjuntos, componentes, projetos ou departamentos, A contabilidade de custos
utiliza geralmente as seguintes classificações de custos:
- Custos fixos: são os custos que independem do volume de produção ou do nível de atividade da empresa.
- Custos variáveis: são os custos que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou com o nível de atividade da empresa.
A partir dos custos fixos e variáveis, pode-se calcular o
chamado "ponto de equilíbrio", isto é, o ponto em que não há prejuízo
nem lucro.
CONTROLE OPERACIONAL
O controle ao nível operacional, é o subsistema de controle
realizado ao nível da execução das operações. Trata-se de uma forma de controle
realizada sobre a execução das tarefas e operações desempenhadas pelo pessoal
não administrativo da empresa. Neste sentido, o controle operacional se refere
aos aspectos mais específicos da empresa. Neste sentido, o controle operacional
se refere aos aspectos mais específicos, como as tarefas e as operações. Sua
dimensão de tempo é o curto prazo, pois seu objetivo é francamente imediatista:
avaliar e controlar o desempenho das tarefas e operações a cada momento. É
também o subsistema de controle mais voltado para a realidade concreta da
empresa: o seu dia-a-dia, em termos de tarefas realizadas.
Enquanto o nível institucional estabelece os objetivos e o
nível intermediário elabora os planos e os meios de controle em termos
departamentais, o nível operacional traça os planos e os meio de controle em
termos específicos com relação a cada tarefa ou operação, tomadas isoladamente.
CONTROLE COM UM PROCESSO CIBERNÉTICO
Todos os sistemas cibernéticos (dotados de homeostasia e de
auto-regulação) se controlam a si mesmos por meio de um recontrole de
informações que revela erros ou desvios no alcance dos objetivos e efetua
correções. Os sistemas utilizam uma parte de sua energia para recontrolar
informações que são confrontadas com algum padrão de desempenho.
FASES DO CONTROLE OPERACIONAL
1. ESTABELECIMENTO DE PADRÕES
Os padrões representam representam a base fundamental do
controle operacional. Um padrão é uma norma ou critério que serve de base para
a avaliação ou comparação de alguma coisa. O padrão é o ponto de referência
para aquilo que será feito.
2. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
Consiste em avaliar o desempenho por meio de acompanhamento
e monitorização daquilo que está sendo executado.
3. COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO COM O PADRÃO
Consistem em comparar o desempenho com aquilo que foi
previamente estabelecido como padrão, para verificar se há desvio ou variação,
isto é, se há falha ou erro em relação ao desempenho desejado.
4. AÇÃO CORRETIVA
Consiste em corrigir o desempenho para adequá-lo ao padrão
estabelecido, é a função básica do controle pela qual as providências são
tomadas para eliminar as variâncias significativas entre o desempenho atual e o
desempenho desejado. A ação corretiva incide geralmente sobre a própria tarefa
ou operação, visa colocar as coisas em ordem.
AÇÃO DISCIPLINAR
A ação disciplinar é a ação corretiva realizada sobre o
comportamento de pessoas. Seu propósito é diminuir a discrepância entre os
resultado atuais e os resultados esperados. Pode ser positiva ou negativa. A
Ação positiva toma a forma de encorajamento, recompensas, elogios, treinamento
adicional ou orientação. A ação negativa inclui o uso de advertências,
castigos, admoestações e até mesmo desligamentos da empresa.
A ação disciplinar deve possuir as seguintes
características:
- Deve ser esperada: a ação disciplinar deve ser previstas em regras e regulamento e previamente estabelecida.
- Deve ser impessoal: a ação disciplinar não deve simplesmente buscar punir uma determinada pessoa ou grupos culpados, mas apenas corrigir a situação.
- Deve ser imediata: a ação disciplinar deve ser aplicada tão logo seja detectado o desvio, para que o infrator associe claramente a sua aplicação com a discrepância que efetuou.
- Deve ser consciente: as regras e os regulamentos devem ser feitos para todos.
- Deve ser limitada ao propósito: após tomada a ação disciplinar, o gerente deve assumir a sua atitude normal em relação ao subordinado faltoso.
Fonte: Cola da Web
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