Os desafios da administração em termos de diversidade das
organizações e complexidade do ambiente em que operam, forças ajudam a
complicar o panorama com que se defrontam os administradores. O mundo em que
vivemos, é mutável e turbulento, onde as mudanças em aspecto constante. Drucker
utilizava a expressão era de descontinuidade para representar um mundo onde a
mudança não se faz por etapas sucessivas e lógicas.
A descontinuidade provoca uma total ruptura com o passado e
trona-se difícil qualquer previsão a respeito do futuro. Naisbitt preocupou-se
em definir as megatendências (grandes mudanças). Todas essas transações
provocam profundos impactos na vida de uma empresa. O sucesso das organizações
dependerá da sua capacidade de ler e interpretar a realidade externa.
A ênfase pragmática nas técnicas e no “como fazer as coisas”
com a utilização de fórmulas e receitas universais de gerência já utilizadas
com sucesso, sem que visualize cada situação como uma nova e diferente
situações. O mais importante do que o como fazer é o que fazer. Nisso reside a
essência fundamental da administração contemporânea: a visão estratégica de
cada operação.
O administrador precisa hoje em dia estar perfeitamente
informado a respeito de forças e variáveis como a globalização e a
competitividade, o desenvolvimento tecnológico e da informação.
A GLOBALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE
Existe uma nova ordem mundial. A globalização da economia,
ela está derrubando fronteiras, ultrapassando diferentes línguas e costumes e
criando novo mundo inteiramente novo e diferente. Para um consultor japonês
Keniche Ohmae salienta que as fronteiras dos negócios no mundo estão
desaparecendo rapidamente. Os líderes governamentais tornam-se preocupados com
a competitividade econômica de suas nações, enquanto os líderes das grandes
organizações se voltam para competitividade organizacional em uma economia
globalizada. Ohmae identificou a chamada tríade - Japão, Estados Unidos e
Europa como uma importante âncora da economia global. O mundo da globalização
oferece, de um lado oportunidades inéditas de prosperidade econômica e por
outro lado é extremamente exigente no preparo dos outros países para usufruir
das novas oportunidades.
As organizações globais diferentes das organizações
multinacionais de estilo colonial das décadas de 1960 e 1970. Mas, servem para
todos os seus consumidores em mercados básicos com igual dedicação, onde quer
que eles estejam. Seu sistemas de valores é universal e não é dominado por
dogmas locais ou regionais. Outro aspecto importante é que as organizações
globais se fundamentam em valores comuns e compartilhados de crenças e de
confiança.
A globalização é um fenômeno mundial e irreversível, que
apresenta os seguintes aspectos:
- O desenvolvimento e intensificação da tecnologia da informação(TI) e dos transportes, fazendo do mundo uma verdadeira aldeia global;
- A ênfase no conhecimento e não mais na matérias-primas básicas;
- A formação de espaços pluri- regionais (como Nafta, comunidade Europeia, Mercosul);
- A internacionalização do sistema produtivo, do capital e dos investimentos;
- A gradativa expansão dos mercados;
- As dificuldades e limitações dos Estados modernos e a obsolência do direito;
- O predomínio das formas democráticas do mundo desenvolvido.
Ives Granda diz que na globalização as relações econômicas
superam os controles e barreiras dos países, numa incessante tentativa de
produzir melhor a um custo menor em todo mundo. Ë evidente que a globalização
da economia favorece os países mais desenvolvidos, pois estes possuem melhor tecnologia,
maiores recursos e estabilidade econômica permanente, sendo sua capacidade de produzir
em larga escala, por um preço mais reduzido, superior à dos países emergentes.
Po outro lado, a globalização da economia impõem um aumento
de produtividade real, por outro lado, dificulta a luta e inúmeros segmentos
por uma melhoria de competitividade, ao desnível de seu potencial produtivo,
onerando por defasagem cambial, juros mais elevado e carga tributária
cumulativa incidente sobre apenas sobre os produtos nacionais e não sobre
estrangeiros.
OPORTUNIDADES E DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO
A globalização da economia é melhor para países
desenvolvidos, que podem aproveitá-la com maiores benefícios, do que para os
países emergentes. Os Estados Unidos e o Japão praticam um protecionismo
sofisticado por meio de sobretaxas e controle de qualidade, são maiores
beneficiários da globalização. A globalização é fundamental mas, com cautela
necessárias, o maior desafio atual é criar um sistema de maximizar o
crescimento global, que seja mais equitativo e capaz de integrar as potências econômicas
emergentes.
O novo papel da pequenas empresas torna-se vital nesse novo
contexto. Faz-se necessário desenvolver canais de acesso das micros e pequenas empresas
ao mercado global.
A globalização está criando uma situação para que o
administrador tenha condições de capacitação profissional e mobilização pessoal
para desempenhar suas atividades em mundo de negócios que exigem dela a
compreensão de outras culturas. O novo desafio da globalização não é mais um
simples campeonato nacional ou sul-americano. Ë um verdadeira olimpíada
mundial.
O processo de globalização passa por 4 estágios:
- Estágio doméstico: O mercado potencial é limitado pelo mercado nacional, com todas as instalações de produção de marketing localizada no país.
- Estágio internacional: As exportações aumentam, e a empresa geralmente adota uma abordagem multi doméstica, quase sempre utilizando uma divisão específica para lidar com o marketing em vários países individualmente.
- Estágio multinacional: A empresa tem instalações de produção de marketing localizada em vários países, com mais de um terço de suas vendas fora do país.
- Estágio global: São as corporações internacionais que ultrapassam a centralização em um determinado país.
MEIOS DE INTERNACIONALIZAR AS ORGANIZAÇÕES
Todas as organizações têm uma variedade de meios para se
envolver em negócios internacionais. Uma deles é buscar fontes de suprimento em
outros países, chamado de outsourcing. Outro é desenvolver mercados para seus
produtos acabados em outros países, o que envolve exportação, licenciamento e
investimentos indiretos. São as chamadas estratégias de entrada em mercados,
porque representam meios alternativos para vender produtos e serviços em
mercados estrangeiro.
Fontes externas: O chamado outsourcing significa o
engajamento em uma divisão de trabalho internacional de modo que a manufatura
possa ser feita em outros países com as mais baratas fontes de trabalho de
fornecimento.
Exportação: A organização pode manter sus instalações de
produção dentro da nação de origem e transferir seus produtos para venda em
países estrangeiros.
Licenciamento: Através do licenciamento, a organização (o
licenciador) em um país torna certos recursos disponíveis em outros países (o
licenciado). Esses recursos requer tecnologia, habilidades administrativas, e
direitos de patentes e de cópia, que permitem que ao licenciado a produzir e
comercializar um produto similar àquele que o licenciador produz.
A franquia (franchising) é uma forma de licenciamento em que
franqueador proporciona franquias com um completo pacote de serviços e
materiais que incluem equipamentos, produtos, ingredientes, marca e direitos
sobre a marca, assessoria administrativa e sistemas padronizados de operação.
Investimento Direto representa um investimento direto em
instalações de manufatura em outro país em alto nível de envolvimento no
comércio internacional. O investimento indireto significa que a organização
está envolvida em administrar diretamente os ativos produtivos em outra nação.
Tipo comum de investimento direto é o engajamento em alianças e parcerias
estratégicas, como o empreendimento conjunto (join venture). Nele a organização
compartilha custos e riscos com outra organização, geralmente no país
hospedeiro, para desenvolver novos produtos, construir uma nova instalação
manufatureira ou estabelecer uma rede de vendas e distribuição.
Outra alternativa é Ter filial estratégia de capital local
sobre a qual a organização tenha controle completo. O investimento direto
proporciona redução de custos em relação à exportação pelo fato de estabelecer
canais de distribuição mais curtos e reduzir custos de estocagem e de
transporte.
CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÕES MULTINACIONAIS
O tamanho e volume dos negócios internacionais são tão
grandes que se torna difícil compreendê-los em sua extensão. As organizações
multinacionais ou transacionais podem movimentar verdadeiras riquezas de ativos
de um país para outro e influenciar economias nacionais, suas políticas e
culturas. Elas apresentam algumas características administrativas distintas,
como:
Uma organização multinacional é um sistema integrado de
negócios no mundo todo. Afiliados estrangeiros trabalham em estreita aliança e
cooperação entre si. Capital, tecnologia e pessoas são transferidos entre
países afiliados.
Uma organização multinacional é geralmente controlada por
uma única autoridade administrativa que toma as decisões estratégicas
relacionadas com todas as afiliadas.
Os administradores de topo da organização multinacional
exercem uma perspectiva global. Visualizam o mundo como um mercado para
decisões estratégica, aquisição de recursos, localização da produção,
propaganda e eficiência de marketing.
A filosofia administrativa pode diferir disso quer
descrevemos. Existem organizações etnocêntricas que enfatizam características
de seus países de origem, organizações policêntricas que são mais orientadas
para os mercados dos países hospedeiros e organizações geocêntricas que são
orientadas para o mundo e sem qualquer identidade nacional.
A MUDANÇA TECNOLÓGICA E A INFORMAÇÃO
Um aspecto fundamental do ambiente contemporâneo é o impacto
da alta tecnologia como uma força dominante em nossas vidas. Para muita gente,
a tecnologia é a vilã da história: a máquina no lugar do homem, ocupando
espaços antes ocupados por ele e provocando o desemprego estrutural. Mas para
Krugman, não é a máquina que tira o trabalho do homem. O homem já vinha
trabalhando feito máquina, apertando parafusos, oito horas por dia, durante a
vida inteira. O avanço da tecnologia nem sempre exige maior qualificação da
mão-de-obra.
Rifkin acrescenta que a mão de obra mais barata do mundo não
será tão barata quanto a tecnologia que vai substituí-la. Vai mais além:
pequenos grupos de trabalhadores de elite irão substituir a ocupação maciça de
mão de obra, pois processo de restruturação empresarial e de modernização
tecnológica apenas teve o seu início.
Alvin Toffler considera a velocidade das transações e
decisões de negócios como o maior desafio a ser ultrapassado por indivíduos,
organizações e países. Ele descreve que um mundo complicado pelas diferenças de
poder baseadas não somente no desenvolvimento econômico, mas também no acesso à
tecnologia da informação. O novo sistema para criar riqueza consiste de uma
rede global e expansão de mercados, bancos, centro de produção e laboratórios
em comunicação instantânea uns com os outros, constantemente intercambiado
enormes e crescentes fluxos de dados, informação de conhecimento - e capitais. Em um mundo onde a mudança ocorre
a uma velocidade crescente, a informação e a tecnologia precisam ser utilizadas
para obter plena vantagem.
Os grandes desafios que procuram as cúpulas das organizações
hoje são muito variados: como enfrentar competidores globais; como investir em
novos produtos/ serviços; como fazer alianças estratégicas com os concorrentes;
como se comportar na era das redes (como internet) e assim por diante.
Raimar Richers refere-se ao impacto da tecnologia da
informação sobre as hierarquias gerenciais. Diz Richers que, pela primeira vez
na história da humanidade, a inovação tecnológica tende a ser mais rápida e
flexível do que a evolução dos desejos do consumidor.
O NOVO PERFIL DO EMPREGO
O mercado de trabalho substitui, ao longo da Revolução
Industrial, as fazendas pelas fábricas. Na revolução da informação, está se
deslocando rapidamente do setor industrial para economia de serviços. Gradativamente,
a indústria oferece menos emprego, embora esteja produzindo cada vez mais à
modernização, tecnologia, melhoria de processos e aumento da produtividade das
pessoas. Cada vez mais, o setor de serviço oferece mais empregos. A
modernização das fábricas vai na direção de produtos melhores e mais baratos,
ampliando o mercado interno de consumo e ocupando uma fatia maior no mercado
externo ou global. A modernização industrial provoca uma migração de empregos,
e não a extinção de empregos, tal como na modernização da agricultura no
Primeiro Mundo.
Joel Beting defende a tese de que quem faz o emprego do
trabalhador não é o produtor, mas sim o consumidor, que é o próprio
trabalhador. Já o crítico do sistema Paul Krugman, liga duas pontas: a
modernização é reacelerada pela globalização nas duas mãos. A modernização
promove no conjunto da economia e na pecaridade do trabalho. Em resumo, o
balanço da modernização é positivo.
A maior pressão dentro das organizações está relacionada com
o impacto do desenvolvimento tecnológico e das contínuas inovações, no sentido
de proporcionar a maior produtividade e qualidade no trabalho. Significa que a
produtividade e qualidade para proporcionar competitividade através de produtos
melhores e mais baratos. A redução da oferta de empregos em cada organização.
Na outra ponta encontramos o aumento do mercado e a consequente oportunidade
para um maior número de organizações com mais empregos em uma economia
eminentemente dinâmica e competitiva. Paradoxal? Nem tanto.
A IMPORTÂNCIA DO SETOR NÃO LUCRATIVO
Essa comunidade de organizações inclui hospitais, escolas,
igrejas, museus, orquestras sinfônicas, corais, centros culturais ou de artes,
entidades filantrópicas e beneficentes e outras milhares de organizações - que visam
a objetivos de serviços sociais, em oposição aos objetivos de lucros de
empresas. Sem falar nas organizações não-governamentais (ONGS) que estão
proliferando no mundo moderno em atividades que vão desde preocupações
ecológicas e ambientais a atividades relacionadas com educação, pobreza e
assistência social. Aspectos típicos da organizações não - lucrativas envolvem
a motivação de empregados voluntários trabalhando com dirigentes e desenvolvendo
um suporte financeiro e identificação com a comunidade.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Responsabilidade social é o grau de obrigações que uma
organização assume através de ações que protejam e melhorem o bem - estar da sociedade
à medida que procura atingir seus próprios interesses. Refere-se ao grau
eficiência e eficácia que uma organização apresenta no alcance de suas
responsabilidades sociais. Uma organização socialmente responsável é aquele
desempenha as seguintes obrigações:
- Incorpora objetivos sociais em seus processos de planejamento.
- Aplicar comparativas de outras organizações em seus programas sociais.
- Apresenta relatórios aos membros organizacionais e aos parceiros sobre os progressos na sua responsabilidade social.
- Experimenta diferentes abordagens para medir o seu desempenho social.
- Procura medir os custos dos programas sociais e o retorno dos investimentos em programas sociais.
ÁREAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
Algumas áreas de mensuração da responsabilidade social.
Muitas organizações se engajam em objetivos sociais dependendo de seus próprios
objetivos organizacionais. Mas todas as organizações fazem investimento em
algumas das seguintes áreas:
Área funcional econômica refere-se ao desempenho da
organização em atividades como produção de bens e serviços necessários às
pessoas, criação de empregos para a sociedade, pagamentos de bons salários.
Área de qualidade de vida: refere-se ao grau em que a
organização para melhoria da qualidade geral de vida na sociedade ou redução da
degradação ambiental.
Refere-se ao grau em que a organização investe recursos
financeiros e humanos para resolver problemas sociais da comunidade.
Área de solução de problemas: refere-se ao grau em que a organização
lida com problemas sociais.
Estratégias de responsabilidade social
Existem dois pontos de vistas a respeito da responsabilidade
social das organizações: o clássico e o socioeconômico. Sob o ponto de vista
clássico, a responsabilidade da administração é fazer estritamente com que o
negócio proporcione lucros máximos para organização. Esse modelo estreito de
visão é apoiado pôr Milton Friendman, um respeitado economista do livre mercado
que apregoa que as organizações devem proporcionar dinheiro aos investidores. O
ponto de vista socioeconômico, ao contrário, assevera que uma organização deve
estar ligada ao bem- estar social, e não apenas aos seus lucros.
Em termos de comprometimento com a responsabilidade social,
as organizações podem adotar quatro alternativas de estratégia, indo desde uma
estratégia obstrutiva até uma estratégia proativa.
O administrador deve aceitar a responsabilidade pessoal para
fazer as coisas certas. Amplos critérios sociais e morais devem ser utilizados
para examinar os interesses dos múltiplos interessados um um ambiente dinâmico
e complexo.
OS PARCEIROS DA ORGANIZAÇÃO
Todas as organizações funcionam dentro de um complexo
conjunto de interesses com elementos do seu ambiente específico e geral, cada
organização forma um intensa rede relacionamentos com outras organizações e
instituições para poder funcionar satisfatoriamente.
Na realidade, “todo processo produtivo e de geração de
riqueza somente se torna viável através da participação conjunta de diversos
parceiros, cada qual contribuindo com algum esforço ou recurso.
ORGANIZAÇÕES DE CLASSE MUNDIAL
Frente à nova realidade dos negócios globais, nossas
organizações precisam modernização não apenas nos seus aspectos organizacionais
e tecnológicos, mas sobretudo nos aspectos relacionados com cultura e
mentalidade, para poder melhorar seu desempenho em nível mundial. O espírito de
cidadania e de responsabilidade social precisa ser incrementado em nossos
administradores.
Fonte: Cola da Web
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