Com toda a onda em cima da revolução do gás de xisto nos
Estados Unidos, pouca se fala numa outra fonte de energia que está mudando o
país: a solar. No ano passado, os painéis solares foram a segunda maior fonte
de energia nova entre os americanos. Contando todas os novos geradores de
energia que o país colocou na rede elétrica no ano passado, os painéis solares
ficaram em segundo lugar, com 29% do total. Perdem apenas para as termelétricas
a gás natural (que inclui o gás de xisto), com 46%.
Em 2013, a capacidade de geração solar dos EUA aumentou 41%,
o maior crescimento desde o início dessa tecnologia.O país inaugurou 4,7
gigawatts de capacidade instalada de painéis solares em 2013. Seis estados
americanos não instalaram nenhum novo gerador de eletricidade no ano passado,
além dos painéis solares. Os dados são da empresa de pesquisa GTM Research e da
Associação das Indústrias de Energia Solar (SEIA na sigla em inglês).
Neste ano de possível crise energética no Brasil, voltamos a
discutir opções de geração de eletricidade que não nos deixem tão dependentes
das chuvas (como as hidrelétricas) nem poluam tanto (como as termelétricas a
gás ou óleo combustível). No meio do debate, quando alguém levanta a hipótese
de o Brasil investir mais em energia solar, é encarado com menos seriedade. O
argumento padrão é que as células solares, que convertem a luz do sol em
corrente elétrica, são caras demais. E que a energia solar não é confiável. Só
temos geração quando o sol está brilhando lá fora. Nos dias nublados, nos
períodos de chuva ou à noite, a produção de energia é pequena ou nenhuma.
Isso tudo é verdade. Se você for instalar um painel solar no
telhado para economizar na conta de energia, levará cerca de 10 anos para rever
o investimento. Mas o preço dos painéis solares está caindo. E os Estados
Unidos mostram que a tecnologia é uma alternativa para ajudar a alimentar nossa
rede elétrica em anos de pouca chuva e muito sol.
Fonte: Revista Época
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