sexta-feira, 7 de março de 2014

O sol brilha mais para os americanos




Com toda a onda em cima da revolução do gás de xisto nos Estados Unidos, pouca se fala numa outra fonte de energia que está mudando o país: a solar. No ano passado, os painéis solares foram a segunda maior fonte de energia nova entre os americanos. Contando todas os novos geradores de energia que o país colocou na rede elétrica no ano passado, os painéis solares ficaram em segundo lugar, com 29% do total. Perdem apenas para as termelétricas a gás natural (que inclui o gás de xisto), com 46%.

Em 2013, a capacidade de geração solar dos EUA aumentou 41%, o maior crescimento desde o início dessa tecnologia.O país inaugurou 4,7 gigawatts de capacidade instalada de painéis solares em 2013. Seis estados americanos não instalaram nenhum novo gerador de eletricidade no ano passado, além dos painéis solares. Os dados são da empresa de pesquisa GTM Research e da Associação das Indústrias de Energia Solar (SEIA na sigla em inglês).

Neste ano de possível crise energética no Brasil, voltamos a discutir opções de geração de eletricidade que não nos deixem tão dependentes das chuvas (como as hidrelétricas) nem poluam tanto (como as termelétricas a gás ou óleo combustível). No meio do debate, quando alguém levanta a hipótese de o Brasil investir mais em energia solar, é encarado com menos seriedade. O argumento padrão é que as células solares, que convertem a luz do sol em corrente elétrica, são caras demais. E que a energia solar não é confiável. Só temos geração quando o sol está brilhando lá fora. Nos dias nublados, nos períodos de chuva ou à noite, a produção de energia é pequena ou nenhuma.

Isso tudo é verdade. Se você for instalar um painel solar no telhado para economizar na conta de energia, levará cerca de 10 anos para rever o investimento. Mas o preço dos painéis solares está caindo. E os Estados Unidos mostram que a tecnologia é uma alternativa para ajudar a alimentar nossa rede elétrica em anos de pouca chuva e muito sol.



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