Alguns dicionários nos apresentam a definição de motivação como sendo o ato de motivar; exposição de motivos ou causas; conjuntos de fatores psicológicos, conscientes ou não, de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, que determinam um certo tipo de conduta em alguém.
Motivação
• Seria um estado de espírito?
• Uma força que nos leva a alcançar um objetivo?
• Depende de nós mesmos ou necessariamente deve vir de outros?
• O que realmente pode motivar uma pessoa e ao mesmo tempo não servir de motivacional à outra?
A motivação pode se originar de um simples elogio, uma simples demonstração de que acreditamos no potencial de alguém ou no nosso próprio. Pode ser por prêmios, por dinheiro, favores, enfim, existe uma infinidade de possibilidades. Porém, é preciso ter bastante cuidado, pois o que pode motivar uma pessoa, pode não ser interessante para outra.
A motivação pode fluir de aspectos da vida pessoal, como um simples elogio, um ato de demonstração de confiança e não somente de aspectos profissionais.
Daniel é um garoto que joga futebol nas categorias de base do Desportivo F.C, time da sua cidade, em que é titular da equipe há algum tempo. Repentinamente, durante um treino, é comunicado pelo técnico que ele deverá ir para a reserva porque o treinador queria testar Zezinho na posição dele. Quais as maneiras que Daniel poderia encarar essa nova situação?
1ª opção: Daniel ficou abalado e chateado por perder sua vaga na equipe, sua autoestima ficou arruinada e ele já estaria até pensando na possibilidade de sair desse time e procurar outro que reconhecesse melhor seu valor. Afinal, ele não se conforma em perder o lugar no time titular, pois se considera superior a Zezinho.
2ª opção: Daniel ficou triste, mas conformado. Ele entendeu que apareceu outro melhor do que ele no momento e que vai render muito mais para o sucesso da equipe e, nesse caso, Daniel se mantém satisfeito com a atual situação, pois, na visão dele, pelo menos ainda faz parte do grupo.
3ª opção: Daniel encara como um desafio. Ele percebe que nesse momento tem a concorrência do Zezinho, que vive uma melhor fase, e cabe única e exclusivamente a Daniel dar o melhor de si nos treinamentos e jogos em que entrar para convencer ao técnico e a si mesmo de que deve ser o titular. Recuperar sua posição de titular é sua motivação.
No decorrer de um jogo importante, o Desportivo F.C perdendo por 1 x 0, o técnico, pensando em uma substituição, chama Daniel para entrar no jogo na metade do segundo tempo. Levando em consideração as diferentes formas que Daniel poderia encarar os fatores motivacionais descritos acima, como ele poderia reagir?
1ª opção: Daniel agora é reserva e vai entrar no jogo. Mas ele sabe que já não se espera tanto dele, a ponto de que ele entre, resolva a partida e salve o time da derrota. Afinal, ele não é mais titular.
Daniel está desmotivado e acredita que, mesmo que ele entre no jogo e salve o time da derrota, voltará a ser reserva no próximo jogo. Ou seja, o que vier para Daniel é lucro.
2ª opção: Daniel vai entrar no jogo totalmente motivado. É sua chance de mostrar para o treinador que ele merece a titularidade e vai agarrar essa oportunidade com unhas e dentes para conquistar seu objetivo, que é voltar a ser titular da equipe. Ele vai para o jogo entendendo a oportunidade de reverter essa situação.
Obviamente, existem tantas outras formas de encarar a situação em que se encontra Daniel. O que importa é que cada personalidade pode reagir em situações como essa de forma diferente, e não mecanicamente. Isto é o que faz do ser humano uma espécie tão fascinante.
Mas para você, a motivação é exclusividade do ser humano? Vejamos o exemplo:
Treinamos nossa cadelinha de estimação para fazer suas necessidades fisiológicas em um determinado local e sobre uma folha de jornal. Foram semanas de treinamento, sempre com a seguinte troca: cada vez que ela fizesse as necessidades no local correto, era premiada com um pouco de comida (ração, bifinhos, etc.).
Semanas depois, isso virou uma regra. Ela faz suas necessidades de maneira correta e vem ao nosso encontro demonstrando incrível satisfação, esperando a recompensa.
E nesse caso, com um animal, existe o fator recompensa e motivação ou apenas faz parte do instinto animal? A premiação e a motivação é exclusividade do comportamento humano?
Acredita-se que não seja apenas um simples instinto animal e sim a motivação que o cãozinho tem em cumprir sua tarefa esperando a tão aguardada premiação.
Fonte: Portal da Educação
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