quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Jovens não se importam com políticas de segurança digital das empresas, aponta pesquisa

Cerca de 45% dos entrevistados latino-americanos com idade entre 21 e 32 violaria políticas restritivas da empresa




As políticas de segurança das empresas com relação às novas tecnologias não interessam muito aos jovens trabalhadores, sobretudo da chamada geração Y. De acordo com um estudo realizado pela consultoria Vision Critical a pedido da Fortinet, houve um aumento de 42% na iniciativa de quebrar as regras em comparação a uma pesquisa semelhante realizada no ano passado.

O estudo foi realizado em outubro por meio de entrevistas junto a 3,2 mil funcionários de 20 países com idades entre 21 e 32 anos que trabalham em período integral e têm dispositivos (tablet, smartphone ou notebook) próprios. Os países latino-americanos que participaram da pesquisa foram Brasil, Chile, Colômbia e México. Embora a maior parte dos quesitos seja semelhante à média global, alguns pontos foram bem peculiares.

Confira abaixo os principais resultados.

Forte tendência à violação

Apesar do otimismo dos entrevistados sobre a disposição para uma política BYOD ("bring your own device", ou "traga seu próprio dispositivo"), com 45% concordando que ela os autoriza a utilizar seus dispositivos, 51% da amostra global afirmou que violaria qualquer política em vigor que proibisse o uso de dispositivos pessoais no trabalho ou para propósitos de trabalho.

Esta tendência de ignorar medidas destinadas a proteger o empregador e o empregado ocorre igualmente em outros domínios de uso pessoal de TI. Cerca de 36% dos entrevistados que utilizam seu armazenamento em contas pessoais em nuvem (por exemplo, DropBox) para fins de trabalho disseram que quebrariam qualquer regra que visasse impedi-los .

Ainda que o percentual de funcionários latino-americanos dispostos a violar as políticas de BYOD (45%) seja ligeiramente menor do que o índice global, destaca-se que, ao contrário da amostra total que indica que as empresas com políticas em vigor "os autoriza" a utilizar seus dispositivos, na América Latina 55% dos entrevistados afirmaram que a empresa na qual trabalham não têm uma política corporativa definida gerenciando o uso de dispositivos pessoais no trabalho.

Isso representa uma oportunidade para as empresas educarem seus funcionários sobre a importância de tais políticas e sobre o eventual impacto negativo ao quebrarem essas medidas de segurança. Isto é ainda mais relevante considerando-se o fato de que 64% dos entrevistados latino-americanos disseram que usam seus próprios dispositivos pessoais para fins de trabalho, o que representa uma quantidade maior do que a amostra global que foi de 44%.

Contas pessoais na nuvem para dados corporativos confidenciais

Em nível global, 89% da amostra tem ao menos uma conta pessoal em um serviço de armazenamento em nuvem com o DropBox representando 38% da amostra total. Cerca de 70% dos titulares de contas pessoais usam suas contas para fins de trabalho. Os números dos entrevistados da América Latina são mais altos, com 94% da amostra indicando que eles têm pelo menos uma conta pessoal de um serviço de armazenamento em nuvem e 80% indicando que eles usam suas contas pessoais para fins de trabalho.

Um dos aspectos mais reveladores do estudo é que, embora os entrevistados entendam que existam riscos de segurança na utilização de serviços em nuvem, eles ainda armazenam informações que podem ser críticas e perigosas para o sucesso da empresa em que trabalham. No caso da América Latina, mais da metade (61%) dos indivíduos pesquisados ​​afirmaram compreender os riscos de segurança envolvidos ao utilizar serviços em nuvem. No entanto, quase um terço (31%) da amostra latino-americana admite o armazenamento de dados dos clientes que utilizam estas contas, 24% armazenam documentos particulares críticos como contratos / planos de negócios, 13% guardam informações financeiras enquanto 7% arquivam senhas. Esses números são as mesmas respostas registradas em nível global.

Equipamentos com risco

Entre uma das constatações mais preocupantes da pesquisa, 14% dos entrevistados disseram que não iriam dizer ao seu empregador se um dispositivo pessoal usado para fins de trabalho tornou-se comprometido e perigoso. No caso da América Latina, 12% disseram que também não diriam nada, no entanto, quando questionados se sentiam ter a obrigação de entender os riscos de segurança para a sua empresa a partir do uso de dispositivos pessoais no trabalho ou para o trabalho, a maioria (90%) concordou que isso é de fato muito importante.



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