Muito se fala sobre o peso do nome da
universidade no currículo dos profissionais. Mas até onde esta história
é verdadeira? Tire suas dúvidas aqui
É muito provável que você já tenha escutado que aqueles que
estudam em renomadas instituições de ensino superior terão mais facilidade de
conseguir um emprego do que aqueles que estudam em instituições menos
conceituadas. Mas será que isso é verdade? Até que ponto o nome da instituição
de ensino influência a escolha dos recrutadores em uma entrevista?
Entrar e concluir uma instituição de ensino superior no
Brasil, de fato, não é tarefa para todos. Segundo dados da Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 8% da população
brasileira possuem esse diploma acadêmico. Mas quando se trata das
universidades mais conceituadas, esse número de pessoas que conseguem o diploma
é ainda menor.
A coach Reginah Araújo, da Escola de Executivos e Negócios
Master Mind, revela que o nome da universidade influência sim e, em
determinados casos, é determinante na decisão dos recrutadores em uma
entrevista de emprego. "Existem universidades que são realmente referência
em algumas áreas e aí, o diploma de uma dessas renomadas universidades faz a
diferença na análise do currículo".
Para os olhos do mundo corporativo, o aluno de uma boa
faculdade já foi aprovado duas vezes: uma quando passou no vestibular e outra
quando se formou, já que o grau de exigência nestas instituições costuma ser
bem maior.
Quando se trata de candidatos para estágio, trainee ou recém
formados que, geralmente, não possuem ainda uma grande bagagem profissional, o
peso dessa escolha é mais acentuado. Claudia Monari, consultora da Career
Center, consultoria especializada em gestão estratégica de carreiras e recursos
humanos revela que "muitas empresas fazem seus processos seletivos para
programas de estágio e trainee e já na pré-seleção definem de quais universidades
devem vir os candidatos, antes mesmo de chamá-los para uma entrevista."
Mas afinal, como saber se uma universidade é bem
conceituada? Uma dessa forma é conferir a avaliação do MEC (Ministério da
Educação) sobre a instituição. Para isso existe o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior (Sinaes) que é formado por três componentes principais: a
avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Além
disso, é possível encontrar ajuda em revistas e jornais que produzem rankings de
qualidade e contato com pessoas que já passaram pelas instituições.
"Nome de universidade" - diferencial até quando?
Mas quem acha que apenas estudar em uma universidade
renomada terá sempre um diferencial para concorrer no mercado está
profundamente enganado. Especialistas em recursos humanos entrevistados pelo
Portal Administradores são unânimes em dizer que a experiência profissional
anterior conta mais na hora da escolha dos candidatos.
A consultora Claudia Monari analisa como importante o
conceito da universidade na decisão dos recrutadores, mas faz uma ressalva
sobre o tema. "Existe a possibilidade do candidato ser escolhido por conta
da universidade que fez, porém quanto mais maduro, ou seja, quanto maior a
maturidade do candidato, o fator universitário vai ficando mais distante, dando
espaço para experiência, que conta muito mais." Para Cláudia Monari "nada
substitui a prática do dia a dia e o perfil de competências que o profissional
adquire com a maturidade".
Teresa Gama, diretora e consulta do Projeto RH, empresa
especializada em recrutamento e gestão pessoal, compartilha da mesma opinião.
Para ela "quando a vaga requer uma experiência específica, uma maturidade
profissional, o que geralmente pesa mais é a bagagem do candidato e o seu
perfil. E, não apenas isso, mas também se ele buscou ampliar seus
conhecimentos, teve experiências, mesmo que com projetos que possam ter
propiciado uma visão crítica, analítica, postura empreendedora etc.
Outros diferencias
Na busca de um "lugar ao sol" no mercado, outro
fator que colabora na conquista para uma vaga é o constante aprimoramento. Para
isso, aquele que busca manter-se atualizado através de, por exemplo, cursos,
palestras, intercâmbio, leituras ou um novo idioma, é um profissional mais
valorizado no mercado. "A pessoa também pode fazer uma pós-graduação boa e
isso também dá um peso maior à sua formação", acrescenta a diretora do
Projeto RH, Teresa Gama.
Teresa salienta que "a formação é apenas um dos itens
avaliados em um processo seletivo. O perfil e as competências que a posição
requer têm um peso muito grande na decisão sobre a contratação. O mercado muda
muito e requer um profissional atualizado e com as tendências que o cargo
exige".
Mas para aqueles que ainda não possuem um currículo
diferenciado e querem conquistar uma oportunidade, a especialista Reginah
Araújo revela uma dica. "Quando o candidato não possui um belo currículo
deve possuir um ótimo desempenho na entrevista com um bom marketing pessoal e
surpreender o entrevistador".
Por tanto, independente se você possui um bom currículo ou
um ainda não tão bom assim, demonstrar sempre determinação, vontade e
personalidade nas tarefas exigidas são trunfos para te ajudar a ter mais
sucesso no futuro e no presente da sua carreira.
Fonte: Administradores
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