quinta-feira, 28 de maio de 2015

O que será do Brasil em 2018?

Apesar de 2015 ainda estar chegando à metade, uma análise objetiva do que o cenário político-econômico nacional nos reserva a médio prazo serve de guia acerca do que o futuro nos reserva e o que devemos fazer para viver nele com segurança e tranquilidade




Para todo aficionado pela Administração, pensar no futuro e se preparar para ele representam posturas tão essenciais quanto o alimento que nos nutre e o sangue que circula por nossas veias. Afinal de contas, se não planejarmos (e nos planejarmos), alguém fará isso por nós, para nós ou contra nós.

Isso posto, e por sugestão de alguns colegas, este que lhes escreve resolveu projetar alguns cenários político-econômicos para o Brasil em 2018. O cenário mais provável, ceteris paribus, segue descrito abaixo:

1. Considerando que o país está passando por um ajuste fiscal, com vistas à correção dos fundamentos macroeconômicos, o quadriênio 2015-2018 começará com retração do produto interno bruto (PIB) e terminará com um crescimento econômico modesto. Não seria surpresa alguma se o PIB tivesse ao longo desse quadriênio variações anuais, respectivamente, de -1%, 0%, +1% e +2%.

2. Quanto à inflação, tudo converge para que ela fique acima do limite superior da meta, atualmente em 6,5% ao ano, em 2015 e 2016. Nos dois anos subsequentes, espera-se uma inflação anual entre 6 e 6,5%.

3. Quanto à taxa de desemprego média anual, desconsiderando aquela parcela da população economicamente ativa que está desocupada e não busca emprego, a tendência é de aumento até 8% antes de se estabilizar. Isso se deve a duas causas: a primeira, o desemprego estrutural que tende a crescer com o avanço da automatização no campo e na indústria e com a internacionalização de postos de trabalho; a segunda, deve-se ao crescimento do contingente de pessoas que estavam desocupadas e não procuravam emprego e que passarão a procurá-lo, como consequência da estagflação econômica que afetará o país em 2015 e 2016.

4. Quanto à política partidária, e tendo em vista o atual equilíbrio de forças que governam o país, tudo indica que as eleições presidenciais terão, além dos candidatos de partidos nanicos e sem chances de vitória, quatro fortes concorrentes. Um desses é o do grupo do PT e seus “exércitos” (CUT, MST, militância partidária, etc.). O segundo é o do PSDB, que conta com alguns nomes expressivos e com grande apoio dos segmentos mais conservadores da sociedade. O terceiro candidato é do PMDB, que ainda precisa buscar consenso interno em prol do apoio de um dos seus três postulantes à candidatura à Presidência da República: o articulador Michel Temer, o pragmático Eduardo Cunha e o paisagista Eduardo Paes. Por fim, o quarto concorrente virá da bancada evangélica, composta por diversas igrejas que professam um mesmo Deus, mas que ainda carecem de consenso entre elas em torno de um mesmo discurso. Porém, como o eleitorado dessa bancada é fiel e suas lideranças são pragmáticas, carismáticas e articuladoras, o projeto do grupo evangélico de lançar um candidato a Presidente com chances de vitória parece próximo de se concretizar.

5. Quanto ao ambiente político, e observando os movimentos e as barganhas que os partidos políticos vêm realizando com o Governo, tudo conspira para que mais um escândalo ganhe destaque na mídia muito em breve. Afinal de contas, a fonte da corrupção reside na ambição humana por poder e dinheiro, não importando a quem se corrompe se o poder e o dinheiro virão das empresas estatais, das agências reguladoras, da educação, da saúde ou dos esportes.

 Enfim, ficam as ponderações acima e o desejo de que o Brasil e os brasileiros mostrem que são maiores e melhores do que quaisquer prognósticos negativos e que façam a diferença.

Um forte abraço a todos, sobretudo aos que contribuíram com este trabalho, e fiquem com Deus!



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