sábado, 1 de fevereiro de 2014

Inovação depende de planejamento estratégico

Criatividade é o ponto de partida para boas ideias. Um projeto inovador depende de trabalho em equipe e da identificação das necessidades do consumidor para entregar uma solução


A inovação é uma meta perseguida por grande parte das companhias que buscam se destacar frente a concorrência e conquistar um lugar de destaque junto ao consumidor. Para que isso aconteça é necessário diferenciar a criatividade da inovação, dois princípios diferentes comumente confundidos. A primeira é o ponto de partida para a segunda. Um projeto é inovador a partir do momento em que deixa de ser apenas uma ideia e se torna uma tendência de consumo entre os consumidores.

Uma mentalidade inovadora no ambiente coorporativo passa obrigatoriamente por alguns pilares: planejamento estratégico para identificação dos pontos que demandam atenção, compreensão das falhas dos produtos, percepção das necessidades dos consumidores, trabalho em equipe e esforço para driblar dificuldades orçamentárias. “Para inovar é necessário saber aonde quer que isso aconteça, pois inovar de uma maneira caótica pode até ser possível, mas identificar aonde estão os problemas é mais eficiente”, diz Luiz Serafim, Gerente de Marketing da 3M do Brasil, em entrevista para a TV Mundo do Marketing.

Criatividade como ponto de partida para inovar

Para pequenas e médias empresas, a criatividade é o ponto de partida para as empresas desenvolverem projetos de inovação. Para que isso aconteça, as empresas que se propõe a uma postura inovadora devem incentivar a liberdade criativa entre seus funcionários e estarem abertas a ouvir ideias e identificar aquelas com potencial para serem postas em prática. “A cultura é um dos principais alicerces: se tem alguém em uma área da empresa que quer dar uma ideia, mas o chefe não é sensível a ouvir, a pessoa ficará desmotivada”, comenta Luiz Serafim.

Sabe-se quando um projeto deu certo quando ele entrega resultados que podem ser no aumento de vendas, redução de custos ou aumento da satisfação do consumidor. Inovação é fazer o inédito, sendo assim, é fundamental dispor de certo grau de tolerância ao erro, inerente ao desafio de fazer algo nunca antes testado. “As pessoas tem que fazer o que gostam, mas em ambientes desafiadores. Uma das peças mais importantes para empresas inovadoras é o investimento em liderança para criar mecanismos onde os gestores inspirem as pessoas e desafiem e sejam acessíveis à ideias “, avalia o Gerente de Marketing da 3M.

Trabalho de equipe leva o projeto à pratica

Para criar algo novo é necessário mais do que uma boa ideia. Existem etapas de planejamento e execução a serem cumpridas aonde a participação de diferentes profissionais e a aproximação do público são pontos indispensáveis para identificar aonde o projeto se insere e se aproxima das necessidades reais do cliente para oferecer soluções. “O consumidor participa do processo de inovação. A empresa precisa fazer mais do que pesquisas, necessita de indicadores próximos do cliente e do mercado, carece de empatia, entrar na pele do cliente e vivenciar a experiência junto a ele”, diz Luiz Serafim, em entrevista ao Portal.

O processo de fabricação de um projeto inovador depende de um time para desenhar as características do que será lançado, desenvolver um protótipo e comunicar a ideia ao público. Para que este trabalho seja completo, um caminho é a adoção de processos colaborativos.  “Quando se tem uma estrutura de empresa em que as pessoas colaboram e trocam experiências e conhecimento, você tem uma plataforma muito favorável para crescer. Se você juntar clientes para falarem a respeito da sua empresa você tem uma ótima fonte de ideias”, aponta o Gerente de Marketing.

Para inovar a empresa precisa de projetos a longo prazo

Na rotina empresarial, entretanto, o curto prazo consome a maior parte dos esforços diários das equipes em busca de alcançar as metas e a produtividade prevista para o mês. Apesar das emergências do dia a dia, se o foco for inovar, é importante separar tempo e energia para traçar planos de longo prazo. “Além de fazer aquilo que todo mundo está fazendo para não ficar para trás e se preocupar com o giro cotidiano da empresa, é importante ter na agenda espaço para pensar a frente do seu tempo, pois isso dá espaço para inovar”, pontua Luiz Serafim.

Para enxergar uma oportunidade antes dos concorrentes o caminho é estar atento às megatendências para saber como se posicionar diante de cada uma. “Analisar as megatendências que impactam o mercado é uma questão de sobrevivência. O importante é o que as empresas, independente do segmento, estão fazendo com essas tendências e como elas estão traduzindo isso em solução e ofertas”, diz o Gerente da 3 M.

Entrega de soluções

Para fugir do lugar comum, as empresas devem buscar entregar soluções e explorar mercados que cabem dentro da marca. Uma possibilidade é criar objetos de desejo para o público, aumentando também a sua participação no ponto de venda. “A 3M inventou o durex, a fita commoditizou, ai nós criamos o acessório que corta a fita e deixa a ponta sempre a mostra. A ideia veio de uma necessidade identificada pelo cliente no ponto de venda. Se eu olhar apenas para o concorrente, sempre existirão produtos melhorando. Tenho que olhar para o cliente e o que ele quer para agregar valor”, conta Luiz Serafim.

Parte da evolução de produtos e processos de uma empresa passa por incorporar novas competências técnicas e melhorar pontos deficientes. “No Post It precisávamos rejuvenescer uma marca que já era admirada pelo público. Incorporamos competências de design que antes talvez a empresa não tivesse. Lançamos suportes de Post Its em formatos divertidos como maçã e o cachorro da Fita Scotch. Com isto, os produtos se tornam objetos de desejo”, complementa o Gerente de Marketing Brasil da 3M.



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