quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Espaço do Administrador - Armazenagem


Armazenagem, controle e manuseio de mercadorias são componentes essenciais da logística. Seus custos são elevados. A seleção dos locais onde esse processo será feito está intimamente associada aos custos desse processo.

É conveniente para as organizações alocarem grandes espaços físicos para armazenagem e estocagem? Sabemos que é muito difícil especificar a demanda com precisão, por isso, em muitos casos são necessários à utilização de grande espaço físico. Podemos minimizar esse espaço, fazendo com que nosso estoque seja o mínimo possível, reduzindo-se assim os custos totais em armazenagem.

Os estoques podem servir como redutor dos custos de transportes, pois permite o uso de quantidades econômicas de transportes, ou seja, utilizando-se o máximo que o responsável pelo frete consegue lhe trazer você estaria economizando custos com esse serviço.

Muitas empresas, porém, nos dias atuais, estão evitando as necessidades de estoques, aplicando a filosofia JUST-IN-TIME. Entretanto é muito importante que a demanda por produtos acabados seja conhecida com alto grau de precisão e com fornecedores confiáveis a fim de obter um suprimento adequado à demanda, caso contrário tal método não funciona.

Caso exista a necessidade de armazenar matérias é muito importante e até preocupante controlar esses estoques. Os custos com armazenagem e manuseio de mercadorias podem absorver de 10 a 40% das despesas logísticas de uma firma.

NECESSIDADES DE ESPAÇO FÍSICO

As empresas necessitam de espaço físico para estocagem? Quais os motivos que levam as firmas a ter enormes armazéns para estocagem? Esses são pontos importantes a serem respondidos antes de ser feito qualquer ato concreto. Se as demandas forem todas conhecidas com exatidão, e as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, não há necessidade para manter espaço físico para estoque. Porém isso não costuma ocorrer com freqüência por diversos motivos: demanda variável, atraso nos fornecimentos, marketing, etc.

Podemos reduzir os custos de armazenagem utilizando como base quatro razões básicas:

1 – REDUZIR CUSTOS DE TRANSPORTE E PRODUÇÃO – A estocagem de produtos, tende a reduzir custos de transporte pela compensação nos custos de produção e estocagem.

2 – COORDENAÇÃO DE SUPRIMENTO E DEMANDA – Caso trabalhe-se com produto sazonal (ou seja, que não se pode encontrar em qualquer época do ano com facilidade), deve-se estocar esses produtos para venda fora da safra/época, com isso terá um aumento na receita considerável.

3 – AUXILIAR PROCESSO DE PRODUÇÃO – A manufatura de certos produtos, como queijos e bebidas alcoólicas, precisam de um período de tempo para maturação. No caso de produtos taxados, segurar a mercadoria até a sua venda evita o pagamento de impostos antecipado.

4 – AUXILIAR MARKETING – Para a área do marketing somos importantes à disponibilidade do produto para o mercado. Pela estocagem do produto próximo ao consumidor se tem uma entrega mais rápida e melhoria no nível de serviço, com isso o processo de marketing será um sucesso.


LOCALIZAÇÃO DE DEPÓSITOS

Estabelecido que temos necessidade por área de armazenagem devemos definir a localização desse espaço. Primeiro definiremos a melhor localização geográfica, levando-se em conta se é um local de fácil acesso, tanto para o fornecedor quanto para o fornecimento, se o local é ideal para ser um centro de distribuição, o custo para preparar o terreno, custo de produção, se essa área possui um potencial para expansão caso seja necessárias futuras ampliações das instalados, disponibilidade de mão-de-obra local para que não seja preciso trazer trabalhadores de outros locais, valor do local e sistema viário, verificando as condições das estradas, se tem muito pedágio até seu destino final.

Localizado o depósito, deve-se determinar o tamanho do edifício. Verificar se é preferível ter custos com construção ou utilizar um local alugado. Após construção feita levar em consideração a segurança do local e de seus estoques, verificar e avaliar qual tipo de produto será estocado, para assim saber quais são os cuidados específicos e necessários de cada material do local.

Uma vez montado o depósito e o mesmo funcionando, utilizar sempre que possível à aplicação do importante princípio logístico de despachar tão longe quanto possível com o maior volume viável, pois, a estrutura dos fretes é tal que grandes lotes de entrega têm fretes unitários significativamente mais baixos do que entregas menos volumosa.


AVALIAÇÃO DE ESTOQUE

A gestão de estoque tem como preocupação a busca constante da redução dos valores monetários de seus estoques, atuando para mantê-los o mais baixo possível e dentro dos níveis de segurança financeiro e dos volumes para atender à demanda. Essa atividade é uma das mais importantes de uma empresa de manufatura, algumas chegam à falência por imobilizar elevadas somas de capital em estoques. Alguns fatores que justificam a avaliação de estoque são: assegurar que o capital imobilizado seja o mínimo possível; assegurar que estejam de acordo com a política da empresa; garantir que a valorização do estoque reflita seu conteúdo; o valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisão; evitar desperdícios como roubos, extravio, etc.

Torna-se indispensável uma perfeita avaliação financeira do estoque para proporcionar informações exatas e atualizadas das matérias primas e produtos em estoque sob responsabilidade da empresa. O valor real de estoque que dispomos é feito por dois processos; um por meio das fichas de controle de cada item de estoque, e o segundo por meio de inventário físico. No primeiro processo podemos avaliar os estoques pelos métodos de custo médio, Fifo (peps) e Lifo (ueps).

FIFO – O procedimento de baixa dos itens de estoque é feito para ordem de entrada de material na empresa, o primeiro que entrou será o primeiro que sairá, e assim utilizarmos seus valores na contabilização do estoque.

LIFO – Considera que o primeiro a sair deve ser o último que entrou em estoque, sempre teremos uma valorização do saldo baseada nos últimos preços.

CUSTO MÉDIO – A avaliação por este método é muito freqüente, pois seu procedimento é simples e ao mesmo tempo age como um moderador de preços, eliminando as flutuações que possam ocorrer. Tem por metodologia a fixação de preço médio entre todas as entradas e saídas. O procedimento de baixa dos itens é feito normalmente pela quantidade da própria ordem de fabricação e os valores finais de saldo são dados pelo preço médio dos produtos.

CURVA ABC – A Curva ABC tornou-se utilidade ampla nos mais diversos setores em que se necessita tomar decisões envolvendo grande volume de dados e a ação torna-se urgente. A Curva ABC é usada para avaliação de estoques, produção, vendas, salários e outros.

Sua grande eficácia está na diferenciação dos itens de estoque com vistas a seu controle e, principalmente, a seu custo. A Curva ABC classifica os itens da empresa por grau de importância, sendo os materiais necessários para seu funcionamento classificados como A, os estoque e itens que são necessários, mas não atrapalham seu funcionamento caso faltem por um determinado período é considerado como B e os matérias administrativos como canetas, papeis, lápis entre outros são considerados como C.


CONCLUSÃO

Antes de tudo é necessária uma rigorosa avaliação, sabendo quais são seus objetivos, avaliando o que será necessário e qual será o melhor método para se trabalhar. Verificando que a armazenagem será necessária devemos buscar sempre um melhor local e com menor custo possível para se fazer um centro de distribuição. Nunca perder o controle do seu estoque, nem financeiramente e nem fisicamente, assim teremos controle sobre o que temos e se realmente aquilo é necessário, e por fim classificar seus itens em grau de importância para sabermos qual área devemos ter mais cuidados e atenção.

Fonte: Cola da Web


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