quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Startups precisam aparecer para prosperar

Investir em estratégias de comunicação pode fazer a diferença




Empresas nascem a partir de boas ideias, de sonhos e com propósito de renovação. Quando um empreendedor fala de seu projeto, o faz de forma apaixonante, deixando um rastro de empatia por onde sua palavra passa. De forma intuitiva, ele sabe que o sucesso de sua startup dependerá muito da capacidade de convencer - clientes, parceiros, investidores e os próprios colaboradores - que seu modelo de negócios é viável, e que dificuldades iniciais serão superadas.

O planejamento da comunicação é, portanto, um fator crítico de sucesso que merece atenção equivalente ao business plan, embora aconteça em uma etapa cronologicamente posterior. Por ter assistido a diversas empresas na sua etapa de lançamento, identifico duas áreas em que o empreendedor recorrentemente precisa de apoio no relacionamento com seus stakeholders.

A primeira é o conteúdo e a argumentação. Por estar metido a fundo no seu negócio, o novo empresário pode ter dificuldades de contar a sua história de forma relevante. No ramo de tecnologia, é muito comum que o fundador tenha uma formação técnica, como programador. No entanto, a comunicação com o mercado deve abandonar o “bit e byte” e se pautar pelo discurso de proposta de valor aos consumidores e venture capitals. Mostre conhecimento sobre seu segmento, concorrência, modelo comercial, precificação e retorno sobre o investimento, entre outros tantos temas.

Ainda no capítulo conteúdo, outro ponto de melhoria é a distinção entre objetivos e anseios. Se, por exemplo, uma startup anuncia planos de expansão antes mesmo de ter alcançado bons resultados para sua operação atual, poderá criar ceticismo em interlocutores mais racionais. Ambição sem lastro pega mal. Ao contrário, é importante transmitir credibilidade, admitindo pontos fracos e oferecendo planos de mitigação para os cenários mais pessimistas. Por definição, a aposta em novas empresas envolve riscos, mas aqueles que são desconhecidos ou ignorados pelo empreendedor causarão a desconfiança de partes externas.

A segunda oportunidade de melhoria na comunicação de startups refere-se à abrangência. Transmitir boas mensagens adiante apenas através do boca-a-boca pode ser um processo demorado, e que simplesmente não funciona para alguns segmentos. Com um CNPJ aberto, cada mês no vermelho consome capital de giro e coloca o projeto mais próximo do “troféu joinha”. O investimento em comunicação para geração de receitas, portanto, deve ser considerado à luz do custo de não fazê-lo.

Para fugir dos montantes da publicidade tradicional, as startups são early adopters de ferramentas de marketing de baixo custo, como SEO, links patrocinados, mídias sociais e assessoria de imprensa. Em comum, todas elas têm as vantagens de exigir um baixo ticket de entrada, e seu retorno pode ser facilmente rastreado por cliques ou contatos telefônicos.

Uma estratégia de comunicação bem elaborada e executada poderá se transformar em ferramenta poderosa para atração de oportunidades, capitais e talentos. Com estes três elementos, o sonho de um negócio próprio tem mais chances de dar certo.



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