terça-feira, 8 de outubro de 2013

Conheça 5 dicas para aplicar o "storytelling" no seu empreendimento

A técnica de contar histórias, quando bem explorada, pode trazer resultados significativos no mundo corporativo




Contar histórias. É isso que prega a técnica de Storytelling, utilizada para enriquecer conteúdos e envolver pessoas no mundo corporativo. Afinal, é mais fácil engajar por meio de uma narrativa – que possui apelo emocional – do que apenas com números e dados estatísticos. Mas, para que o Storytelling tenha o resultado esperado, é preciso saber como contar essa história. “Como se tem falado muito em Storytelling, alguns profissionais acreditam que essa é uma ‘moda passageira’ e que qualquer história vale como aprendizado. Porém, existem técnicas para que o ato de contar seja eficiente e atinja seus objetivos”, pondera Valéria José Maria, sócia-diretora da MOT, que se especializa em Treinamento e Desenvolvimento Gerencial.

Veja abaixo 5 dicas compartilhadas por Valéria e seu sócio Alfredo Castro, no sentido de usar a técnica do Storytelling no contexto empresarial:

1-     Seja coerente: Um dos pilares do Storytelling é a coerência cognitiva. É ela que permite que haja congruência entre o discurso, os valores, a missão e a visão das corporações. “Um momento que exemplifica bem a coerência cognitiva é na integração de novos colaboradores. Os personagens da história que esses novos colaboradores ouvem – e que são os antigos colaboradores – precisam agir, falar e pensar em consonância com aquilo que a empresa prega, para que os novos possam aderir a esse universo de ideias”, diz.

2-     Procure unir razão e emoção: Em qualquer história, a lógica é fundamental. “A trama da história é o que vai ajudar a disseminar os valores e a cultura de uma empresa. E, para conseguir os resultados esperados, não se pode prescindir da emoção, sem, entretanto, exagerar”, recomenda Castro. Ele diz que esse aspecto do Storytelling é muito frequente quando é necessário transmitir os valores da empresa ou em atividades que envolvem a segurança do trabalho. “O uso de EPI, por exemplo, é fundamental e todos sabem disso racionalmente. Mas o apelo emocional – por exemplo, contando a história de alguém que sofreu com a falta de EPI ou que escapou de um acidente graças a ele – torna o argumento ainda mais forte e ajuda a equipe a aderir ao uso”, exemplifica.

3 - Fale sobre a realização de missões extraordinárias: “A saga do herói” é um aspecto do Storytelling que caracteriza a necessidade de vencer desafios extraordinários. “Contar como atingiu uma meta de vendas difícil, como conquistou um orçamento que precisou de muita negociação ou como venceu os desafios da implantação de um sistema, por exemplo, incentiva outros colaboradores a seguirem em frente”, explica o consultor.

4 - Equilibre o medo e a esperança: Quando a equipe recebe uma missão muito difícil de ser cumprida, cabe ao bom líder saber balancear o medo e a esperança em seu discurso. “O medo é bom, pois ajuda a manter o senso de cuidado e atenção nas atividades”, afirma Castro. Mas, ele alerta que não se deve focar apenas no medo, pois a esperança permite que haja movimento, não paralisia. “O Storytelling é uma técnica que conta uma história no presente, mas o líder pode referir-se ao futuro de forma positiva, para trazer esperança ao seu discurso. O ideal é mesclar 70% de futuro com 30% do passado, que traz aprendizados”, analisa.

5 - Promova feedback da maneira correta: Castro ensina que existem quatro formas diferentes de dar feedback a um colaborador, mas que apenas uma delas é correta. “Pode-se contar uma mesma história de quatro formas diferentes, mas só uma é eficaz”. É a chamada Verdade Carinhosa, que consiste em falar sobre a percepção que o líder tem acerca de um colaborador, de maneira equilibrada. “É uma história com início, meio e fim, que fala sobre os todos os aspectos de uma ação do colaborador e sobre como o líder percebeu essa atitude”, informa o consultor. O bom líder se prepara para falar a verdade de maneira gentil, inclusive quando a finalidade do feedback é corrigir um comportamento.

Mas, lembra Castro, o feedback também pode ser feito de maneiras equivocadas. Uma delas é por meio da Mentira Carinhosa, quando os fatos verdadeiros são omitidos em nome de manter uma relação intacta, evitando os pontos negativos do colaborador. A Mentira Agressiva também é extremamente danosa, pois destrói a autoestima e manipula psicologicamente o colaborador. “É quando só se frisa o impacto negativo de um ação”. A última forma não eficiente de feedback é a Verdade Agressiva. “É quando contamos uma história que, apesar de ser verdadeira, não é comunicada com carinho. Ela tem o mesmo efeito de quando os pais brigam, descontroladamente, com seus filhos: a criança só entende a agressão, não entende o que fez de errado”, aponta Castro. Ele diz que um feedback eficiente precisa ter não apenas conteúdo, mas formato adequado, para que possa ser compreendido adequadamente.



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