sábado, 12 de outubro de 2013

Quando a oportunidade não mora ao lado

Uma pesquisa divulgada pelo jornal O Globo revelou que 51% dos 200 executivos entrevistados confirmou que já teve de se mudar de cidade, estado ou país por conta da profissão que exerce




Quando surge uma chance de mudar de emprego, o executivo deve estar consciente de que a oportunidade pode exigir guinadas na carreira e culturais, como o desafio de se transferir de uma cidade para outra.

Por isso, um plano de mobilidade para atenuar o impacto de uma reviravolta na vida do executivo deve estar previsto, caso queira administrar seu crescimento profissional, sem traumas. Ainda mais quando ele tem família ou outras ligações afetivas e materiais com a região onde se fixou. Nesse caso, quanto maior o diálogo, poder de convencimento e colaboração das pessoas ao redor do profissional, melhor.

“O executivo têm que estar desprendido da questão de lugar. Ele deve desenvolver ferramentas para possuir mobilidade e não pode se apegar a questões particulares. O Brasil é um país muito grande, o que pulveriza as representações das empresas. O profissional que coloca como prioridade a sua realidade atual, pode fechar oportunidades para ele”, alerta Carlos Contar, diretor-regional da consultoria de recolocação profissional Business Partners Consulting.

O mercado parece estar atento à obrigação de encarar uma mudança de cidade como algo natural na carreira. Uma pesquisa divulgada pelo jornal O Globo, neste mês, revelou que a maioria dos 200 executivos entrevistados (51%) sobre viagens e mobilidade geográfica confirmou que já teve de se mudar de cidade, estado ou país por conta da profissão que exerce.

A mudança de um ambiente de trabalho tem aspectos decisivos no crescimento pessoal e profissional, como o contato com novos hábitos de gestão e culturais daquela região, características que podem encorpar o currículo para futuras investidas.

Se o executivo for cogitado para ser transferido de uma unidade para outra da mesma empresa, o cuidado deve ser redobrado. Uma possível negativa, sem uma boa justificativa, pode ser vista como falta de confiança nos superiores ou de reconhecimento para a promoção. A decisão tem consequências. Caso não seja constatado um motivo de força de maior, como questões familiares, tão cedo o profissional pode correr o risco de não ser alvo de novas tentativas de promoção, abrindo a possibilidade de estacionar no crescimento da carreira dentro da organização.
No caso de o profissional pertencer a segmentos da economia que se concentrem em uma única região, é obrigatório o reconhecimento de que essa é a realidade para quem está a fim de agregar valor e conquistas à carreira.

“O executivo deve estar consciente de que ao integrar o perfil de uma carreira, precisa estar preparado para ir onde estão as melhores oportunidades. Se sou do segmento financeiro, preciso analisar São Paulo. Se sou do agronegócio, tenho que olhar para o interior do Paraná ou a região Centro-Oeste. Troca de cidade pela carreira deve ser vista como algo natural na carreira que o profissional decidiu seguir. As pessoas de sucesso têm alguns pilares que devem ser trabalhados e a questão da mobilidade é uma delas”, receita Contar.



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