A Apple pediu à Fair Labor Association (FLA) no ano passado
para avaliar as condições de trabalho nas fábricas da Foxconn, após a empresa
controladora pela Hon Hai Precision Industry ser fortemente criticada por uma
série de suicídios e acidentes com funcionários desde 2010
TAIPÉ (Reuters) - O grupo de tecnologia Foxconn disse na
sexta-feira que precisa de mais tempo para reduzir horas extras em fábricas na
China, depois que monitores de trabalho designados pela Apple, principal
cliente da empresa, afirmaram que a redução da jornada até 1o de julho seria um
desafio.
A Apple pediu à Fair Labor Association (FLA) no ano passado
para avaliar as condições de trabalho nas fábricas da Foxconn, após a empresa
controladora pela Hon Hai Precision Industry ser fortemente criticada por uma
série de suicídios e acidentes com funcionários desde 2010.
Em um terceiro relatório, a FLA disse que a Foxconn tinha
resolvido 98 por cento dos problemas levantados na avaliação inicial, incluindo
corte de jornada e de horas extras, melhoria de condições de saúde e segurança,
aumento de participação do sindicato. A empresa emprega mais de um milhão de
funcionários em fábricas na China.
A Foxconn, no entanto, enfrentou desafio de fazer mais
cortes de horas extras para os padrões das normas estabelecidas pela legislação
chinesa até a data prevista, segundo o relatório, que foi divulgado na
quinta-feira. A lei estipula um máximo de 40 horas de trabalho mais nove horas
extras por semana.
"Precisamos de mais tempo com o prazo", afirmou o
porta-voz da Foxconn, Louis Woo, à Reuters. "Não conseguimos dizer quando
poderemos cumprir a meta agora. Estamos tentando chegar a um calendário
realista."
Muitos trabalhadores da Foxconn, migrantes de várias partes
da China, opõem-se a uma redução das horas extras, porque querem ganhar a maior
quantidade de dinheiro possível em um curto espaço de tempo. Alguns
trabalhadores disseram que podem deixar a empresa, se as horas extras forem
cortadas.
A Hon Hai, maior fabricante terceirizada de eletrônicos do
mundo, obtém cerca de 60 a 70 por cento de sua receita de contratos com a
Apple.
Fonte: Administradores
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